O cartaz da Campanha da Fraternidade 2024
Nos últimos anos, parte da ação pastoral e assistencial no Brasil tem se desviado de sua essência evangélica, transformando-se em instrumento de causas político-partidárias e ideológicas. O que antes deveria ser o anúncio da conversão e da misericórdia, tornou-se, em muitos casos, um palco de discursos sociais impregnados de militância e ideologia de gênero. Essa confusão entre o Evangelho de Cristo e o evangelho das causas humanas enfraquece a missão da Igreja, substituindo o chamado à santidade por uma agenda de ativismo. O verdadeiro Evangelho não é um manifesto político, mas o caminho da salvação que liberta o homem do pecado — não o aprisiona em slogans.Cartaz tem representação do Papa Francisco em referência à Encíclica Fratelli Tutti, inspiração do tema da campanha
Na Campanha da Fraternidade 2024 o tema escolhido foi “Fraternidade e Amizade Social”
Com inspiração na Encíclica do Papa Francisco Fratelli Tutti. Já o lema da campanha é “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt. 23,8). O cartaz foi criado pelos jovens Samuel Sales e Wanderley Santana, de Brasília (DF). Nele, é ilustrado o cenário da comunidade como uma casa, espaço onde se acolhem os irmãos para a partilha do alimento e da vida. O símbolo maior da comunidade é a celebração da fé ao redor de uma mesa, com pão, vinho e fraternidade. A mesa remete ao sacramento da amizade de Deus com a humanidade, e em torno dela, todos se reúnem. Os alimentos na mesa, típicos da dieta mediterrânea, fazem referência às refeições de Jesus. Já as janelas indicam uma casa aberta aos desafios do mundo e da realidade.
Inspiração
no Papa Francisco
Entre as pessoas do cartaz está o Papa Francisco com sua bengala. Esta imagem expressa aquele que assume suas limitações e propõe ao mundo a amizade social por meio de sua Encíclica Fratelli Tutti. O Santo Padre usa a cruz de Dom Helder Câmara, que participou da fundação da CNBB em 1952, recordando as semelhanças entre ambos, colaboradores da história da CNBB e da Igreja no Brasil e no Mundo.A cruz de Dom Helder é também uma recordação para marcar os 60 anos da Campanha da Fraternidade, celebrada nacionalmente pela primeira vez em 1964. A Campanha da Fraternidade foi criada por Dom Eugênio Sales, na época Arcebispo da arquidiocese de Natal (RN). E teve com Dom Helder, então secretário-geral da CNBB, o grande esforço pastoral em torná-la nacional, sendo assumida por toda Igreja no Brasil.
Oração da Campanha da Fraternidade 2024
"Deus Pai, vós criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade. Vós os resgatastes pela vida, morte e ressurreição do vosso filho Jesus Cristo e os tornastes filhos e filhas santificados no Espírito!Ajudai-nos, nesta Quaresma, a compreender o valor da amizade social e a viver a beleza da fraternidade humana aberta a todos, para além dos nossos gostos, afetos e preferências num caminho de verdadeira penitência e conversão.Inspirai-nos um renovado compromisso batismal com a construção de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz! Conforme a Boa-Nova do Evangelho!Ensinai-nos a construir uma sociedade solidária sem exclusão, indiferença, violência e guerras! E que Maria, vossa serva e nossa mãe, eduque-nos para fazermos vossa santa vontade! Amém!"
Da
Redação, com CNBB
Conclusão
A caridade autêntica não se confunde com ideologia. Incluir, na lógica cristã, nunca significou aprovar o pecado, mas acolher o pecador com o propósito de conduzi-lo à libertação. Quando a Igreja — ou seus representantes — trocam o altar pela militância e a confissão pela pauta ideológica, ocorre um desvio grave da missão recebida por Cristo: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). A fé cristã não é bandeira partidária, e o amor de Deus não é instrumento de propaganda.
O Evangelho não se reduz a um discurso de “aceitação”, mas é antes o convite à conversão, à mudança de vida e à busca da santidade. O verdadeiro ato de inclusão é aquele que cura, transforma e santifica, porque a missão da Igreja é libertar o homem do pecado — não adaptá-lo a ele. Nesse contexto, é importante recordar que a amizade social, tantas vezes invocada nos debates contemporâneos, não pode ser reduzida a um conceito meramente político ou ideológico. A fraternidade cristã não exclui ninguém, mas tampouco se apoia em divisões partidárias ou slogans de ocasião.
A verdadeira amizade social nasce do reconhecimento da dignidade humana à luz de Deus e da busca sincera pelo bem comum, sem rótulos, sem manipulação e sem relativizar a verdade moral. A sociedade só encontrará paz e verdadeira inclusão quando compreender que amar não é concordar com o erro, e que respeitar não é silenciar diante da mentira. A Igreja é chamada a ser sinal de unidade, não de polarização — instrumento de reconciliação, não de disputa ideológica. A amizade social de inspiração cristã não se constrói sobre alianças partidárias, mas sobre o amor que vê em cada ser humano um filho de Deus chamado à salvação. Só assim a caridade deixará de ser espetáculo e voltará a ser Evangelho vivo.
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A Paz em
Cristo e o Amor de Maria, a mãe do meu Senhor (Lucas 1,43)



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