É sempre bom lembrar que a "opinião pessoal" de teólogos (por mais renomados que sejam), quando não está em conformidade com o magistério oficial da igreja, "devemos tratar suas afirmações apenas como opinião pessoal" (e não a posição magisterial da igreja relativa ao tema). A igreja quando define algo dogmaticamente, ela ver antes a questão por todos os ângulos, por isso a demora em dar essa definição, pois ela pesa antes junto aos seus peritos, estudiosos e outras igrejas cristãs (ortodoxas, protestantes históricas, e em diálogo ecumênico), todos os prós e contras, bem como suas implicações presentes e futuras. Muitos por não entenderem e não fazerem a reta relação
da virtude da pureza com o mundo que nos rodeia, confundem o real conceito bíblico de "Pureza" (sem
misturas) com ingenuidade e até com hipocrisia.

A Pureza é uma virtude, a ingenuidade
é um deficiência. Maria Santíssima era pura, mas não era ingênua, e demonstrou
isso quando perguntou ao anjo: “Como se dará se não conheço homem algum?...” Maria em seu tempo, seja na sua infância ou já em sua adolescência, deve ter presenciado como muitos de nós, pelas ruas de Nazaré, animais (gatos, cachorros, cavalos, aves, e outros animais) copulando. Para ela isso era natural, e algo querido por Deus –
Minha avó era ingênua! Pelo fato dela vomitar muito em sua primeira gravidez,
achava que o parto era pela boca. Ser puro é ser livre do pecado, não das tentações e das concupiscências. Maria em virtude de sua missão, era livre do pecado e das concupiscências, (não das tentações). Maria Santíssima como Jesus e todos os santos e santas da Igreja, também foi tentada, mas ao contrário de Eva, não cedeu às tentações, porque ao contrário de nós, ela era plena, favorecida, ou seja, cheia da Graça de Deus.