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Alguns teólogos dizem ter sido desnecessário o dogma da Imaculada Conceição de Maria – Mas por que?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 11 de dezembro de 2022 | 15:32

 

 


 

 

É sempre bom lembrar que a "opinião pessoal" de teólogos (por mais renomados que sejam), quando não está em conformidade com o magistério oficial da igreja, "devemos tratar suas afirmações apenas como opinião pessoal" (e não a posição magisterial da igreja relativa ao tema). A igreja quando define algo dogmaticamente, ela ver antes a questão por todos os ângulos, por isso a demora em dar essa definição, pois ela pesa antes junto aos seus peritos, estudiosos e outras igrejas cristãs (ortodoxas, protestantes históricas, e em diálogo ecumênico), todos os prós e contras, bem como suas implicações presentes e futuras. Muitos por não entenderem e não fazerem a reta relação da virtude da pureza com o mundo que nos rodeia, confundem o real conceito bíblico de "Pureza" (sem misturas) com ingenuidade e até com hipocrisia. 






A Pureza é uma virtude, a ingenuidade é um deficiência. Maria Santíssima era pura, mas não era ingênua, e demonstrou isso quando perguntou ao anjo: “Como se dará se não conheço homem algum?...” Maria em seu tempo, seja na sua infância ou já em sua adolescência, deve ter presenciado como muitos de nós, pelas ruas de Nazaré, animais (gatos, cachorros, cavalos, aves, e outros animais) copulando. Para ela isso era natural, e algo querido por Deus – Minha avó era ingênua! Pelo fato dela vomitar muito em sua primeira gravidez, achava que o parto era pela boca. Ser puro é ser livre do pecado, não das tentações e das concupiscências. Maria em virtude de sua missão, era livre do pecado e das concupiscências, (não das tentações). Maria Santíssima como Jesus e todos os santos e santas da Igreja, também foi tentada, mas ao contrário de Eva, não cedeu às tentações, porque ao contrário de nós, ela era plena, favorecida, ou seja, cheia da Graça de Deus.




Teologicamente falando, existem três tipos de purezas:

 

 


-A pureza preservada (sem mérito, mas por obra da graça em virtude da missão) que foi a de Maria Santíssima.

 

 

-A pureza guardada e ofertada pelo reino de Deus e pelos homens (o celibato pelo reino).

 

 

-A pureza restaurada pela graça da conversão (como foi a de Maria Madalena discípula de Jesus).

 



 


 



A pessoa torna-se pura quando os seus pensamentos e ações são limpos em todos os sentidos. Quem pecou pode purificar-se pela fé em Jesus Cristo (como Maria Madalena e tantos outros na história da Igreja) arrependendo-se e recebendo as promessas e ordenanças do evangelho:



"Aquele que é limpo de mãos e puro de coração receberá as bênçãos do Senhor" (Salmo 24,3–5).



"Bem-aventurados os puros de coração" (Mat. 5,8)



"Em tudo o que é puro, nisso pensai" (Filip. 4,8)

 

 

O segredo para viver uma vida pura é permanecer em Cristo, ouvir Sua Palavra e guardar os Seus mandamentos: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra” (Salmos 119,9). Deus promete a verdadeira felicidade aos que são puros de coração (conf. Mateus 5,8). Em que devemos concentrar os nossos pensamentos? A Bíblia diz em Filipenses 4,8: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”



Quem poderá ver o Senhor? aquele que até os anjos em sua presença cobrem o rosto com vergonha?



Isaias 6,2: "Em torno dele posicionavam-se serafins. Cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. E, ao mesmo tempo, clamavam uns aos outros: “Santo, Santo, Santo, é Yahweh dos Exércitos, eis que toda a terra está plena da glória do SENHOR!”




A Bíblia diz em Salmos 24,3-4: “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.”


Apoc.21,27: "Nela jamais entrará qualquer coisa impura, tampouco, alguém que pratique ações vergonhosas ou mentirosas..."



Isaias 26,10: "Ainda que se mostre favorável ao perverso, este contudo não aprenderá a justiça; e ainda na terra da retidão cometerá iniqüidade e não verá a majestade de Javé".





A pureza também define a verdadeira religião:



Tiago 1,27: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo"




A pureza é um requisito para a preparação da Segunda Vinda de Cristo:




1 João 3:2-3: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos. E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como Ele é puro.”

 



PUREZA E MAGISTÉRIO DA IGREJA

 






 

Pudor exigência da pureza

 



§2521 A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da esperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar preservado. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união.

 


§2533 A pureza do coração exige o pudor, que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

 



Pudor sinal da dignidade humana

 



§2524 As formas revestidas pelo pudor variam de uma cultura a outra. Em toda parte, porém, ele permanece como o pressentimento de uma dignidade espiritual própria do homem. O pudor nasce pelo despertar da consciência do sujeito. Ensinar o pudor a crianças e adolescentes é despertá-los para o respeito à pessoa humana.

 


 

Exigências e condições da pureza

 




 

§2525 A pureza cristã requer uma purificação do clima social. Exige dos meios de comunicação social uma informação que não ofenda o respeito e a modéstia. A pureza do coração liberta a pessoa do erotismo tão difuso e afasta-a dos espetáculos que favorecem o "voyeurismo" e a ilusão.

 



§2532 A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.

 



Luta pela pureza

 



§2520. O Batismo confere àquele que o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado deve continuar a lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançará a pureza de coração:

 


*pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e indiviso;

 

*pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o fim verdadeiro do homem; com uma atitude simples, o batizado procura encontrar e realizar a vontade de Deus em todas as coisas;

 

*pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos: "A desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15,5);

 

*pela oração: Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças... forças que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se vos lho concedeis. E sem dúvida me teríeis concedido, se com gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé, pusesse em vós minha preocupação.

 


 

§2522 O pudor protege o mistério das pessoas e de seu amor. Convida à paciência e à moderação na relação amorosa; pede que sejam cumpridas as condições da doação e do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se discrição.

 



§2523 Existe um pudor dos sentimentos, como existe o do corpo. O pudor, por exemplo, protesta contra a exploração do corpo humano em função de uma curiosidade doentia (como em certo tipo de publicidade), ou contra a solicitação de certos meios de comunicação ir longe demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.

 


§2526 O que se costuma chamar permissividade dos costumes se apoia numa concepção errônea da liberdade humana; para se edificar, esta última tem necessidade de se deixar educar previamente pela lei moral. Convém exigir dos responsáveis pela educação que dêem à juventude um ensino respeitoso da verdade, das qualidades do coração e da dignidade moral e espiritual do homem.

 



§2527 "A Boa Nova de Cristo restaura constantemente a vida e a cultura do homem decaído, combate e remove os erros e os males decorrentes da sempre ameaçadora sedução do pecado. Purifica e eleva incessantemente os costumes dos povos. Com as riquezas do alto ela fecunda, como que por dentro, as qualidades do espírito e os dotes de cada povo e de cada idade; fortifica-os, aperfeiçoa-os e restaura-os em Cristo."

 



Pureza do coração condição de ver a Deus



 

§2519 Aos "puros de coração esta prometido ver a Deus face a face e ser semelhantes a Ele. A pureza de coração é a condição prévia da visão. Desde já nos concede ver segundo Deus, receber o outro como um "próximo"; permite-nos perceber o corpo humano, o nosso e o do próximo, como um templo do Espírito Santo, uma manifestação da beleza divina.

 



§2531 A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.

 



Pureza dom do Espírito Santo

 



§2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.

 



Relação entre a pureza do coração do corpo e da fé

 



§2518 A sexta bem-aventurança proclama: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). A expressão "puros de coração" designa aqueles que entregaram o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, principalmente em três campos: a caridade, a castidade ou a retidão sexual, o amor à verdade e à ortodoxia da fé (sem misturas).Existe um laço de união entre a pureza do coração, do corpo e da fé: Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem".

 

 

REFLEXÃO TEOLÓGICA SOBRE A IMACULADA CONCEIÇÃO:







Por Ir. Pe. *Lauro do Coração Eucarístico de Jesus, N.J.

 



Dedico toda a reflexão aqui apresentada aos meus queridos irmãos que com a graça de Deus, serão ordenados presbíteros nas primeiras vésperas do “domingo de Maria”(IV do advento), dia 17 de dezembro de 2011, pela intercessão da Virgem nossa Mãe possam exercer santamente o seu múnus pastoral de Santificar, Ensinar e Governar o povo de Deus:




Ir.Paulo Henrique,N.J

Ir.Erasmo Carlos,N.J

Ir.Marcelino,N.J

Ir.Marcus,N.J  ( o “Menino de Maria”)

 



Gn 3,15; Lc 1,28.42




Talvez muitos ainda não observaram, mas no Brasil temos o privilégio de celebrar duas vezes a festa da Imaculada Conceição de Maria: 08 de Dezembro celebra a Igreja universalmente. No Brasil, celebramos também com orações e leituras próprias, mas conservando o essencial da festa e adaptada á realidade brasileira, a solenidade, de “Nossa Senhora da Conceição Aparecida” (12 de Outubro). Pessoalmente nunca entendi porque dizemos “Aparecida”, uma vez que se trata, sem dúvida, de uma manifestação especial da Virgem em nossa querida Pátria, porém o tipo de manifestação (uma imagem pescada), a meu ver, não condiz com o título que recebe. Mas sem dúvida é uma imagem da Virgem sob o título de Nossa Senhora da Conceição. Reverenciar Nossa Senhora sob esta invocação, no mistério de sua Conceição, não era novidade na Terra de Santa Cruz, pois, antes disto a Padroeira era Nossa Senhora da Conceição mesmo! Apenas se acrescentou o título de “Aparecida”. Há muito tempo atrás, antes mesmo da definição dogmática em 1854 pelo Papa Pio IX, os reis de Portugal consagraram o Reino e todos os seus domínios à Nossa Senhora da Conceição. Portanto o Brasil já nasceu com a alcunha mariana. Alguns objetam que seria padroeiro do Brasil São Pedro de Alcântara, mas como se pode verificar na história da família real brasileira, era apenas o santo onomástico dos dois Imperadores que tivemos: D. Pedro de Alcântara I e D. Pedro de Alcântara II.




Mas o que significa a expressão “Imaculada Conceição”? 



Imaculada quer dizer “sem mancha”, Conceição significa “concepção”, ou seja, o momento exato que um ser humano começa a existir no seio da mãe, isto pressupõe que as outras concepções são manchadas? Isto mesmo, manchadas pelo pecado original[1]. Alguns imaginam que Conceição Imaculada tem a ver com a Conceição virginal do Menino Jesus, é um erro. Outro equívoco é achar que Maria ao ser concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, foi concebida virginalmente como ela conceberia o seu Divino Filho. A Virgem Maria nasceu da união normal entre seus pais: São Joaquim e Santa Ana, mas no momento exato de sua concepção, o seu coração foi preservado admiravelmente do pecado original e de todas as suas conseqüências. Outro erro pior, uma verdadeira heresia seria dizer que, em virtude de ser concebida sem pecado, a mãe de Jesus não teve necessidade de ser salva por seu Divino Filho, uma vez que o Cristo veio chamar os pecadores e não os justos. Sendo Nossa Senhora concebida em estado de justiça como pode necessitar de salvação?  A Bíblia diz que quem invocar o nome do Senhor será salvo e somente assim alcançamos a salvação Rm 10,11. Jesus veio para salvar a todos At 4,11; as Sagradas Escrituras dão testemunho que todos os Homens necessitam de salvação, logo Maria, nossa mãe, também necessita de salvação. Diante disto, como fica o dogma da Imaculada Conceição? (por que e para que?). Sabemos que os católicos acreditam, sobretudo, na Bíblia; nossos “irmãos separados” às vezes nos interpelam, até agressivamente, e dizem que nós inventamos doutrinas estranhas que vão além da Palavra de Deus. Para compreender a fé católica tenhamos sempre presente o que a igreja ensina acerca da Revelação, da Tradição e do Magistério[2]. Durante muito tempo houve grande discussão na Igreja a respeito da possibilidade da Conceição Imaculada de Maria ser uma realidade. Mesmo que, antes da definição dogmática em 1854, já havia até ordens religiosas aprovadas que eram e são totalmente dedicadas à veneração de Nossa Senhora sob este título, como é o caso das monjas concepcionistas, ordem fundada por Santa Beatriz (1426 – 1491). Também temos os Franciscanos, que faziam um quarto voto de lutar pela definição deste dogma, evidentemente após 1854 este costume não teve mais razão de ser, Nossa Senhora da Conceição é padroeira desta ordem, ou melhor, das ordens franciscanas. Esta festa já era celebrada na Inglaterra e Normandia no séc. XI. Nesta discussão temos o nome de grandes Santos envolvidos dentro e fora da Ordem de São Francisco, ou mesmo antes do nascimento do “pobrezinho de Assis” e de sua fraternidade. Uns e outros eram a favor ou contra esta definição e cada um defendia teologicamente o seu ponto de vista. O cerne da questão gravitava sempre em torno do que, abreviadamente, expusemos acima. Nomes como: Santo Irineu, Santo Agostinho, Santo Anselmo, São Boaventura, o beato Duns Escoto, Santo Tomás de Aquino, Santo Afonso de Ligório, etc.O início da famosa escola teológica Franciscana se dá nos primórdios da Ordem, esta escola desde muito cedo, concebeu especial amor e veneração à Nossa Senhora. Escreveu São Francisco a Santo Antônio:“Irmão Francisco a Irmão Antônio, meu bispo, saudações. Apraz-me que ensine a Sagrada Teologia aos irmãos, contanto que, nesse estudo, não se extinga o espírito da oração e devoção, como está contido na regra”.[3]Nesta estimada escola brilhará o “Doutor Mariano” “Duns Escoto”, também intitulado como “Doutor Sutil”, mencionado assim entre outros. Este beato superará as dificuldades e demonstrará a possibilidade e conveniência teológica da conceição imaculada de Maria. 




Vamos em rápidas palavras tentar expor os argumentos do bem aventurado Duns Escoto:




Escoto tem como fundamento de sua reflexão teológica “O primado universal de Cristo”, aliás, ele é um dos maiores defensores do “cristocentrismo”. Os teólogos da época ensinavam: “Cristo sendo o redentor do gênero humano, obviamente não podia ter sido contaminado com o pecado original. Porém, Nossa Senhora, ao contrário, contraiu o pecado original porque não concebida virginalmente como seu Filho” [4]. Maria teria primeiro começado a existir na carne do pecado, posteriormente e segundo a maneira de se crer na época, quando a alma foi infusa no corpo é que veio a sua santificação e redenção. Por fim, a tese da redenção universal de Cristo exige que todos temos necessidade de sermos remidos, mesmo a Ss. Virgem.




A estes teólogos vai responder o “Doutor Sutil”:




Dizia-se que a carne era o meio de transmissão do pecado original à alma, quando a alma é infusa no corpo, porque a carne foi concebida no pecado. Responde Duns Escoto que "o pecado original é na sua essência a ausência de santidade (justiça) original; para alguém ser imaculado (a), portanto, seria suficiente que Deus, nosso Senhor, infundisse na alma, no momento da sua criação, a graça santificante para anular a contaminação com o pecado original e seus efeitos na vida do(a) agraciado (a)."




Quanto ao questionamento da relação entre alma e corpo e, se o contágio vem da alma ou do corpo, mais uma vez se revela a inteligência brilhante do doutor mariano. 




Escoto demonstra que "o pecado é apenas a carência da justiça dada gratuitamente aos nossos pais antes do pecado, esta carência não chegaria até nós se nossos pais tivessem vivido com fidelidade o plano de Deus, neste caso, o que chegaria até nós, obviamente, seria a justiça original. Conclui o nosso doutor que o pecado original é uma realidade moral e não física, por isso, o dom da graça ou sua privação não pertence à ordem material. O pecado original não é contraído por meio da carne ou sua concupiscência." No ato sexual os cônjuges dão só a matéria que depois é animada por Deus diretamente. 




Esta interpretação dá a “possibilidade” ao teólogo perceber o mistério de fé da Imaculada Conceição de Maria (até onde a mente humana pode alcançar, claro), porque Deus, por meio da graça, pode anular o decreto que impede ao ser humano, neste caso Maria, de ter acesso à justiça original. 




Continua nosso estimado doutor; porém, a justificação pode vim no momento da conceição, durante a gravidez ou no momento ou depois do nascimento. Se vier depois da conceição existe a contração do pecado original, contudo, se vier no momento exato da concepção existe uma “PRESERVAÇÃO” do pecado original. Maria, então, no mesmo instante em que começou a existir, recebeu de Deus a justiça original.Cristo é o redentor de todos, como diz a Bíblia, e a Nossa Senhora o Cristo também redime de maneira particular por causa da importância que ela tem para a história de nossa salvação, é uma redenção mais excelente do que a de todos os outros Homens. Redimir do pecado não é só libertar do pecado, mas é antes e sobretudo preservar do pecado. Este é o modo de redenção mais perfeito e sublime!




A oração da missa do dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição de Maria, foi certamente composta tendo por base a reflexão do Beato Duns Escoto:

 



“Ó Deus, que preparaste uma digna habitação para o vosso Filho, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua materna intercessão. Por nosso Senhor…”




Esta oração resume de maneira genial toda uma reflexão teológica em que o Doutor mariano foi um dos principais artífices. Ela também não só diz que Maria é redimida sendo preservada do pecado, mas insiste que esta preservação do pecado foi em vista dos méritos de Cristo em sua obra de redenção dos Homens.[5] Vejamos também o texto da definição dogmática da Bula “Ineffabilis Deus” do Papa Pio IX:

 



“Em honra da santa e indivisível Trindade, para decoro e ornato da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião Cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Cristo, o salvador do gênero humano, foi preservada imaculada de toda mancha do pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis.”




Observemos que o texto da definição traz a expressão que a oração da missa explicita: “…Em vista dos méritos de Cristo…”, certamente para evitar toda ambigüidade doutrinária. 




Já o concílio de Trento (1542 a 1562) havia afirmado que, não existe nada que impeça a crença na Imaculada Conceição de Maria, mas não achou oportuno para aquele tempo a proclamação de tal dogma. Apenas fez a observação que quando a Igreja o fizesse, colocasse de maneira mais clara possível, a estreita ligação do dogma com o mistério da redenção humana. Isto quer dizer em outras palavras, o que já afirmamos em outro lugar, não se trata, num primeiro momento, privilégio de Nossa Senhora por si mesmo, isto é apenas conseqüência, mas Nossa Senhora é imaculada para nós, para nossa salvação! O estudo, o pensamento, a reflexão, a oração e a contemplação do grande teólogo Duns Escoto foi decisiva e altamente positiva para a Igreja chegar à definição deste dogma.  Em resumo se pode dizer que ao proclamar este dogma, a Igreja afirma como parte integrante e essencial de sua doutrina, que Maria foi redimida sim, como todos os seres humanos, porém de uma maneira diferente, pois foi “preservada” e não “salva” do pecado original, em previsão dos méritos de Cristo, para a nossa salvação em Cristo. 



Continua ainda o nosso amado doutor sutil: 





“Logo, Cristo foi perfeitíssimo Redentor ao preservar sua mãe do pecado original”. Duns Escoto não para por aqui, demonstra também, a partir do conceito de “perfeito redentor”, que os mistérios da Imaculada Conceição e Assunção de Maria, mutuamente se iluminam e estão particularmente ligados entre si. Depois de sua morte, a Escola Franciscana de Teologia, cumprindo a Palavra do Senhor ao dar graças ao Pai por revelar os mistérios do Reino aos mais pequeninos, continuará iluminando a teologia católica, sempre com um pensamento todo especial voltado a Mãe da Igreja. A tese de Duns Escoto foi crescendo e se firmando cada vez mais, se tornou o “cavalo de batalha” dos “imaculistas” (franciscanos) contra os “maculistas” (dominicanos), sabemos que S. Tomás de Aquino (a princípio), em seus escritos negava a possibilidade da Imaculada Conceição de Maria. A ordem de S. Domingos de Gusmão, como a de S. Francisco de Assis, guardam uma devoção toda especial à Ss. Virgem, são os primeiros e principais propagadores da devoção ao S. Rosário (beato Alano da Rocha) e coroa das sete dores e alegrias de Maria. S. Domingos e S. Francisco, apesar das diferenças, foram grandes amigos. Claro está que, os dominicanos não defendiam sua tese simplesmente pelo gosto de competição e ainda menos, por pouca devoção à Nossa Senhora, é bem ao contrário, mas por amor à verdade revelada que procuravam esclarecer sempre mais. Depois da morte de Duns Escoto aparece outro astro de 1ª grandeza, S. Bernardino de Sena (1380 – 1440), foi o maior pregador do séc. XV, também pertenceu a mencionada escola franciscana, ficou conhecido como “cantor da beleza da Virgem”, também “doutor mariano” e, sobretudo “doutor da assunção”. Ele aprofundou o pensamento de Duns Escoto, é considerado o iniciador ou precursor da devoção ao Imaculado Coração de Maria.



Pergunta S. Bernardino:



“Que coisa saiu do coração da Virgem?” e responde: “A Mãe de Deus por nove meses deu hospitalidade no seu coração e no seu seio a Deus mesmo… Ela também só pronunciou sete palavras no Evangelho, as palavras de Maria correspondem a sete atos de amor”.




Os textos bíblicos que colocamos no cabeçalho desta reflexão (Gn 3,15; Lc 1,28.42) foram usados por muitos doutores como ponto de partida para a reflexão da possibilidade, real ou não, da Imaculada Conceição de Maria. Contudo, não existe nenhum texto da Escritura que afirme categórica e diretamente esta verdade de Fé. Sabemos que desde os primórdios do Cristianismo já se discutia esta possibilidade, já acenamos sobre o valor da “Tradição Apostólica” para a Igreja e que esta considera a “Tradição” como fonte de revelação, juntamente com seu Magistério.




Poderíamos nos perguntar qual o papel de Maria hoje, porque tanta reflexão ao redor da pessoa de Maria? 



Estudar os dogmas referentes à Ss. Virgem nos ajuda a compreender o seu papel eminente na história da nossa salvação, a própria Escritura dá testemunho disto em Jo 2,1-12. O casamento é uma imagem cara aos profetas de Israel para falar do amor de Deus por seu povo, nesta história de amor, Maria, nossa mãe, ocupa um lugar especial, ela não é só mais uma nesta aventura, mesmo também sendo redimida, tem o seu papel especial; aliás, o papel singular da Virgem é um “sinal” para nós, pois Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, não salva ninguém sem ativa colaboração nossa. O milagre em Caná começa com a apreensão e observação de Maria, “eles não têm mais vinho” (Jo 2,3b) e se realiza plenamente porque a mãe observa que para o Senhor intervir é necessário que façamos algo, “façam tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5b). Para nossa vida cristã e até pastoral é bom que nos deixemos guiar e educar na escola de Maria, este “centro de formação” não afasta de Jesus, pelo contrário, “forma Jesus nos corações e os corações são formados em Jesus” (S. Louís M. G. de Montfort). Por disposição especial de Deus, temos alguém que nos ajuda na caminhada de volta, para o caminho que havíamos perdido (Gn 3,23-24), esta pessoa só poderia ser alguém que pudéssemos chamar de Mãe (Jo 19,27).



“Todas as graças vem por ela, e por meio dela se recebe, porque ela é a Mãe de Graça e a ela deve recorrer quem quer e deseja a graça”. (S. Bernardino de Sena).





NOTAS DE REFERÊNCIA



1. Não queremos aqui nos deter em um assunto que requer atenção redobrada, porém é preciso ressaltar que para um estudante do dogma da Imaculada Conceição é mister, por primeiro, compreender bem o que seja pecado original.



2. Um outro assunto que os estudantes dos dogmas marianos devem estar bem a par, é a temática da revelação divina e como ela se dá em termos da fé católica.



3. Cavaleiro da Imaculada ano 26 nº.08 (299) Agosto/2004. Certamente que S. Francisco de Assis não podia imaginar nem de longe, o alcance desta autorização para se estudar teologia em sua ordem. S. Antônio é considerado o primeiro teólogo da Ordem Franciscana.



4. Lembremos que Maria nasceu da união normal de S. Joaquim e S. Ana e segundo a tradição, como S. Isabel ao conceber João Batista, S. Ana até então era uma mulher estéril.



5. Desnecessário dizer que a obra redentora do Pai, por meio de seu Filho, Jesus, atinge a todos os Homens no tempo e no espaço, pois em Deus não há limites de tempo ou espaço.

 



-À reflexão sobre a Imaculada Conceição de Maria, sugerimos duas outras reflexões do mesmo autor que se intitulam: “Tradição da Igreja e Magistério da Igreja” e “Dogma, imposição ou  certeza emergente da fé?” Isto porque compreendemos ser importante que o leitor aprofunde à luz da fé da Igreja, o significado destes temas para uma melhor compreensão do mistério da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e sua relação com a economia de nossa salvação.

 



*Ir.Pe.Lauro do Coração Eucarístico de Jesus, N.J - Padre religioso do Instituto Religioso Nova Jerusalém graduado em Filosofia e Teologia pelo FCF. Atualmente está se especializando em Estudos Bíblicos nesta faculdade.

 



 CONCLUSÃO



 

Com tudo isso constatamos que a virtude da pureza e a imaculada Conceição de Maria tem sim consequências "teológicas" (pois o impuro não pode jamais gerar o que é puro, conforme Jó 14,4)  e consequências "práticas" (somo chamados como novas criaturas em Cristo a viver a virtude da pureza, conforme Salmo 24,3–5; Filip. 4,8).O mais desafiante e paradoxal, é que hoje com o mundo bastante afastado e até incomodado com a pureza, evitando-se tocar a todo custo neste incômodo assunto, mas historicamente, não podemos esquecer que até os pagãos reconheciam o valor da virgindade para a manutenção da família e da própria pátria. Em Roma, exigia-se a virgindade das vestais, sacerdotisas do culto dos deuses familiares, símbolo da virgindade que mantinha as famílias e a própria Roma. Os romanos diziam que Roma se manteria, enquanto ela fosse capaz de suscitar homens e mulheres virgens, e que Roma pereceria quando não tivesse mais força de gerar virgens. E isso é muito sábio. Com efeito, um povo que despreze a virgindade, a pureza e a castidade formará uma juventude ávida de prazer sexual. Ora, o moço que só busca o prazer detestará a dor, e não terá força para sofrer. E então, o país que só tiver uma juventude luxuriosa não terá jovens capazes de dar a vida pela pátria. Roma pereceu depois que se tornou tão impura que não havia mais nem vestais virgens, nem heróis. Teve então que contratar, entre os bárbaros que a atacavam, os mercenários que a defendessem por dinheiro. Por isso disse bem um poeta, que não foi tão bom como católico: "A juventude não foi feita para o prazer, e sim para o heroísmo". O heroísmo exige luta e aceitação da dor, e até da morte, por amor a um valor mais alto. Hoje, pureza e virgindade são menoscabadas, desprezadas e ridicularizadas, porque os homens não crêem em valor mais alto do que seu prazer e do que o dinheiro. Por isso, também se perdeu a noção de beleza verdadeira. Belo, hoje, é, no máximo, o que tem apelo sexual. A Beleza - "splendor veritatis" - "o bem claramente conhecido", "o resplendor da forma , na proporção da matéria", exige para ser conhecida e amada, que se tenha para ela um "occhio chiaro ed affeto puro", como diz outro poeta, com verdade, (mas ao qual se devem fazer tantas restrições, infelizmente), Dante. Sim, a Beleza e a pureza existem! A beleza não é uma simples palavra do dicionário. Existe sim, a Beleza absoluta, que coincide com a Verdade absoluta e com a Bondade absoluta, que é o próprio Deus Nosso Senhor. Mas, para conhecer a Beleza, é preciso olhá-la com olhar claro, isto é, com olhar desinteressado, sem a obscuridade produzida pela paixão, especialmente pela paixão impura. E só quando se conhece a Beleza com olhar claro, sabiamente, é que se pode ter por ela um afeto puro.É de estranhar que hoje, quando não se crê nem em beleza, nem em verdade, nem em bondade, nem em virtude, se deixe de acreditar em Deus? Os impuros não conseguem ver a Deus, e nem acreditar sequer em sua existência. Só crêem no que vêem. E eles nada vêem, porque são cegos espiritualmente. São cegados pela paixão impura. Por isso Nosso Senhor Jesus Cristo nos disse: "Bem aventurados, -  isto é, felizes,-  os puros de coração, porque verão a Deus". Sim, só os puros são felizes, e já neste mundo, porque sua pureza lhes permite ver tudo com olhar claro, e lhes permite amar tudo com afeto puro. Por isso, eles vêem a Deus em todas as coisas.Corneille escreveu uma bela poesia em que diz: "Si ton coeur étair droit..." Se teu coração fosse reto..." Se teu coração fosse reto, verias em todas as coisas a Deus, criador de tudo, porque em todas as coisas Ele colocou algo dEle mesmo (ou como vestígio, ou como imagem, ou como semelhança). Todas as coisas falam dEle, e Ele é ainda mais admirável nas menores. Tudo nos fala dEle, desde o pequeno grão de areia até ao imenso elefante. Desde o vagalume , até o sol. Desde o átomo até a Virgem Maria, tudo só fala dEle. Mas, para ver Deus em todas as coisas, e compreender a maravilha do Universo criado, é preciso ter "occhio chiaro ed affeto puro" É preciso que tenhamos um coração puro. Pureza, Castidade Beleza não sejam para nós apenas palavras do dicionario, e sim dos mais altos dons de Deus e de nossos mais altos valores. Viver a pureza nos dias de hoje é um grande desafio. A atual sociedade vive uma mudança de valores e ideais que nos coloca em um mundo desestabilizado, e a pureza se perde nesse meio. O nosso próximo é visto mais como um objeto sexual do que como filho de Deus. É fundamental entendermos que a luxúria começa com o olhar e, depois, vai para o pensamento; por fim, cai no coração. “Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,28). Portanto, o pecado não começa somente no ato em si, como a fornicação, mas também no olhar e no desejo malicioso que vamos deixando se desenvolver dentro de nós e não lhe impomos limites.








Três dicas para você viver a VIRTUDE pureza nos dias de hoje







1. Purificação no olhar: ao olhar uma mulher ou um homem que chame a sua atenção, não tampe os seus olhos, mas aprenda a vê-la (o) como filha (o) de Deus. O pecado não está em olhar, mas em permanecer olhando a ponto de desejá-la (o). Faça uma breve oração: “Senhor, eis uma obra admirável aos meus olhos! Eu O louvo por tamanha beleza e peço que ela (e) seja santa (o). Amém”.





2. Purificação no pensar: como consequência de olhar sem a decisão de viver a pureza, os pensamentos começam a fantasiar e os desejos conscientes e inconscientes vão tomando conta da pessoa. Por isso, após olhar, procure não ficar pensando naquela “bela imagem” com a qual você se deparou. Rompa os seus pensamentos quando ela ou ele voltar, pense em outras coisas. Caso permaneça pensando, converse com Deus e entregue a Ele a sua luta em ser um(a) autêntico(a) cristão(ã).





3. Purificação no coração: o Catecismo da Igreja Católica vai nos ensinar que “a purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar” § 2532. Ou seja, você precisa romper com a pornografia, com o sexo antes do casamento, com as orgias e tudo que fere a sua pureza. É questão de decisão e luta contra as más tendências e paixões da carne. Reze com o salmista: «Ó Deus, cria em mim um coração puro» (Sl 50[51], 12).Se você deseja viver a virtude da pureza nos dias de hoje, assuma essas três dicas como meta diária para a sua vida. É preciso treinar-se para alcançar essa virtude. “A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e, desde já, ver todas as coisas segundo Ele” (cf. CIC 2531).Roguemos a Deus que nos dê, ou mantenha sempre, o coração puro, para que o vejamos desde agora, nesta vida, e, para sempre, na eternidade.

 

 

 

Oração a São Luiz Gonzaga para restauração da Pureza

 








"Ó São Luiz Gonzaga, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo e mais recente devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo segundo meu estado de vida. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Ó glorioso S. Luiz, adornado pela Igreja com o belo título de Jovem angélico, pela vida puríssima, que no mundo vivestes, a vós recorro neste dia com o mais ardente afeto da alma e coração.Ó modelo perfeito, ó benigno e poderoso Protetor, quanto preciso do vosso auxílio! Preparam-me insídias o mundo e o demônio, sinto a veemência das paixões, conheço a fraqueza e a inconstância da minha índole. Quem poderá defender-me, si não vós, ó angélico Santo, glória, honra e amparo dos jovens? A vós, pois, recorro com toda a minha alma, a vós com todo o meu coração me entrego. Intento assim, prometo e quero ser vosso especial devoto e glorificar-vos por vossas sublimes virtudes e especialmente pela vossa angélica pureza; imitar os vossos exemplos, e promover a vossa devoção entre os meus companheiros.Ó meu amável S. Luiz Gonzaga, guardai-me, defendei-me sempre sob a vossa proteção e seguindo os vossos exemplos, possa um dia ver e louvar a Deus convosco no paraíso por séculos sem fim. Amém!"




Ó Deus, distribuidor dos dons celestes, que no angélico jovem Luiz Gonzaga reunistes admirável inocência de vida com igual penitência, pelos seus merecimentos e orações concedei-nos, que, pois na inocência o não seguimos, o imitemos na penitência. Por Cristo, Senhor nosso!





-Rogai por nós S. Luiz Gonzaga!



-Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

 


 





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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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