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Unidade, Liberdade e Caridade: Desmistificando a Atribuição a Santo Agostinho

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 23 de janeiro de 2020 | 21:50





por *Francisco José Barros de Araújo 






Circula amplamente no meio cristão — tanto entre católicos quanto entre outras denominações — um princípio bastante citado:


“Nas coisas essenciais, unidade; nas não essenciais, liberdade; em todas as coisas, amor.”


Frequentemente, esse princípio é atribuído a Santo Agostinho, mas, na realidade, sua primeira formulação conhecida veio do teólogo luterano do século XVII, Rupertus Meldenius (também conhecido como Peter Meiderlin, 1582-1651). Ele só foi registrado formalmente por Marco Antonio de Dominis (1566-1624) em sua obra A Republica Ecclesiastica (Londres, 1617, Livro 4, Capítulo 8, p. 676). Desde então, a frase se popularizou e muitas lideranças cristãs de diversas denominações passaram a utilizá-la, muitas vezes colocando a unidade acima da fidelidade absoluta à Palavra de Deus.







No entanto, a prática de Paulo e dos primeiros cristãos não seguiu esse princípio. Pelo contrário, Paulo orientou Timóteo a guardar a verdade integralmente, sem diluí-la:



“Guarde este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo...” (1Tim 6,14)


O argumento de que certas verdades poderiam ser “não-essenciais” ou “periféricas” em nome da unidade e da caridade não encontra respaldo nas Escrituras, na Tradição ou no Magistério da Igreja. Um exemplo claro disso é o apóstolo Judas Tadeu, que exortou os cristãos a:



“Batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3)



Em outras palavras, mesmo “um ponto” — aparentemente pequeno — não deve ser ignorado ou relativizado. A verdadeira unidade cristã não se constrói sobre concessões à verdade, mas sobre a fidelidade completa ao Evangelho. Nesse sentido, o magistério da Igreja pós Concílio Vaticano II convoca da seguinte forma os fieis:







CAPÍTULO II


OS FINS DO APOSTOLADO DOS LEIGOS





Introdução: a obra de Cristo e da Igreja





5. A obra redentora de Cristo, que por natureza visa salvar os homens, compreende também a restauração de toda a ordem temporal. Daí que a missão da Igreja consiste não só em levar aos homens a mensagem e a graça de Cristo, mas também em penetrar e actuar com o espírito do Evangelho as realidades temporais. Por este motivo, os leigos, realizando esta missão da Igreja, exercem o seu apostolado tanto na Igreja como no mundo, tanto na ordem espiritual como na temporal. Estas ordens, embora distintas, estão de tal modo unidas no único desígnio divino que o próprio Deus pretende reintegrar, em Cristo, o universo inteiro, numa nova criatura, dum modo incoativo na terra, plenamente no último dia. O leigo, que é simultâneamente fiel e cidadão, deve sempre guiar-se, em ambas as ordens, por uma única consciência, a cristã.





O apostolado para a evangelização e santificação do mundo




6. A missão da Igreja tem como fim a salvação dos homens, a alcançar pela fé em Cristo e pela sua graça. Por este motivo, o apostolado da Igreja e de todos os seus membros ordena-se, antes de mais, a manifestar ao mundo, por palavras e obras, a mensagem de Cristo, e a comunicar a sua graça. Isto realiza-se sobretudo por meio do ministério da palavra e dos sacramentos, especialmente confiado ao clero, no qual também os leigos têm grande papel a desempenhar, para se tornarem «cooperadores da verdade» (3 Jo. 8). É sobretudo nesta ordem que o apostolado dos leigos e o ministério pastoral se completam mutuamente. Inúmeras oportunidades se oferecem aos leigos para exercerem o apostolado de evangelização e santificação. O próprio testemunho da vida cristã e as obras, feitas com espírito sobrenatural, têm eficácia para atrair os homens à fé e a Deus; diz o Senhor: «Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que vejam as vossas boas obras e dêem glória ao vosso Pai que está nos céus» (Mt. 5, 16).Este apostolado, contudo, não consiste apenas no testemunho da vida; o verdadeiro apóstolo busca ocasiões de anunciar Cristo por palavra, quer aos não crentes para os levar à fé, quer aos fiéis, para os instruir, confirmar e animar a uma vida fervorosa; «com efeito, o amor de Cristo estimula-nos» (2 Cor. 5, 14); e devem encontrar eco no coração de todos aquelas palavras do Apóstolo: «ai de mim, se não prego o Evangelho» (1 Cor. 9,16) (1).E dado que no nosso tempo surgem novos problemas e se difundem gravíssimos erros que ameaçam subverter a religião, a ordem moral e a própria sociedade humana, este sagrado Concílio exorta ardentemente os leigos a que, na medida da própria capacidade e conhecimentos, desempenhem com mais diligência a parte que lhes cabe na elucidação, defesa e reta aplicação dos princípios cristãos aos problemas de nosso tempo, segundo a mente da Igreja.






CAPÍTULO IV



AS VÁRIAS FORMAS DO APOSTOLADO







Introdução: apostolado individual ou associado



15. Os leigos podem exercer a sua ação apostólica quer como indivíduos quer unidos em diversas comunidades e associações.






Necessidade e natureza do apostolado individual






16. O apostolado individual que deriva com abundância da fonte de uma vida verdadeiramente cristã (cfr. Jo. 4,14), é origem e condição de todo o apostolado dos leigos, mesmo do associado, nem nada o pode substituir. A este apostolado, sempre e em toda aparte proveitoso e em certas circunstâncias o único conveniente e possível, são chamados e, por isso, obrigados todos os leigos, de qualquer condição; ainda que não se lhes proporcione ocasião ou possibilidade de cooperar nas associações. São muitas as formas de apostolado pelas quais os leigos edificam a Igreja, santificam o mundo e o vivificam em Cristo. A forma peculiar do apostolado individual, e sinal muito acomodado também aos nossos tempos, porque manifesta Cristo vivo nos seus fiéis, é o testemunho de toda a vida laical que flui da fé, esperança e caridade. Porém, pelo apostolado da palavra, em certas circunstâncias absolutamente necessário, os leigos anunciam a Cristo, expõem a sua doutrina, difundem-na segundo a sua própria condição e capacidade, e professam-na com fidelidade. Além disso, como cidadãos deste mundo, os leigos, ao cooperarem na construção e governo da ordem temporal, devem, na vida familiar, profissional, cultural e social, buscar, à luz da fé, normas de ação mais elevadas e manifestá-las aos outros oportunamente, conscientes de que assim se tornam cooperadores de Deus criador, redentor e santificador, e Lhe dão glória. Finalmente, vivifiquem os leigos a sua vida com a caridade e mostrem-no por obras na medida do possível. Lembrem-se todos que pelo culto público e pela oração, pela penitencia, pelos trabalhos e livre aceitação das agruras da vida; pelas quais se conformam a Cristo paciente (cfr. 2 Cor. 4,10; Col. 1,24), podem atingir todos os homens e contribuir para a salvação de todo o mundo.








O apostolado individual em circunstâncias especiais




17. Este apostolado individual é urgentemente necessário naquelas regiões em que a liberdade da Igreja é gravemente impedida. Nestas circunstâncias dificílimas, os leigos, suprindo, na medida do possível, o sacerdote, põem em risco a própria liberdade e, às vezes, a vida. Ensinam aos que os cercam a doutrina cristã, formam-nos na vida religiosa e na mentalidade católica, induzem-nos a frequência dos sacramentos e fomentam a piedade, sobretudo a eucarística. O sagrado Concílio dá graças do fundo do coração a Deus que não deixa de suscitar, também em nossos dias, leigos de fortaleza heróica no meio das perseguições, e abraça-os com afeto paterno e ânimo agradecido. O apostolado individual tem especial campo de ação nas regiões onde os católicos são poucos e dispersos. Os leigos, que exercem nelas só apostolado individual pelas causas acima mencionadas ou por razões especiais, mesmo nascidas da própria actividade profissional, reunam-se oportunamente para dialogar em grupos menores, sem forma estrita de instituição ou organização, de modo que sempre se manifeste aos outros o sinal da comunidade da Igreja como verdadeiro testemunho de amor. Deste modo, pela amizade e pela comunicação de experiências e com a , ajuda espiritual mútua, fortalecem-se para superar as dificuldades da vida e da ação demasiado isolada e produzir mais abundantes frutos de apostolado.








33. Por isso, o sagrado Concílio pede instantemente no Senhor a todos os leigos que respondam com decisão de vontade, ânimo generoso e disponibilidade de coração à voz de Cristo, que nesta hora os convida com maior insistência, e ao impulso do Espírito Santo. Os mais novos tomem como dirigido a si de modo particular este chamamento, e recebam-no com alegria e magnanimidade. Com efeito, é o próprio Senhor que, por meio deste sagrado Concílio, mais uma vez convida todos os leigos a que se unam a Ele cada vez mais intimamente, e sentindo como próprio o que é d'Ele (cfr. Fil. 2,5), se associem à Sua missão salvadora. É Ele quem de novo os envia a todas as cidades e lugares aonde há-de chegar (cfr. Lc. 10,1); para que, nas diversas formas e modalidades do apostolado único da Igreja, se tornem verdadeiros cooperadores de Cristo, trabalhando sempre na obra do Senhor com plena consciência de que o seu trabalho não é vão no Senhor (cfr. 1 Cor. 15,28).














ATENÇÃO! Judas não delimitou quais aspectos da fé deveriam ser defendidos. O significado claro é que sempre que qualquer dimensão da fé — seja considerada essencial ou supostamente periférica — estiver sob ataque, o povo de Deus deve unir-se em sua proteção, em vez de relativizá-la como algo “não-essencial”. A seguir, apresentarei os "três lados da moeda", para que, ao final, você possa realizar o discernimento adequado com base na Escritura e na Tradição Cristã.





ARGUMENTAÇÃO A FAVOR DO PRINCÍPIO



“Nas coisas essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade; e em todas as coisas, a caridade”



Este princípio filosófico sustenta que há aspectos da fé onde a unidade é indispensável e outros onde a liberdade é mais apropriada. Além disso, enfatiza que o amor deve permear todas as ações e decisões do cristão. Antes de avançarmos, é fundamental esclarecer a diferença entre o que é essencial e o que seria supostamente não essencial:



1) O que significa “essencial”?



O termo deriva de essência, que representa o núcleo, a natureza e o cerne da fé cristã — aquilo que não pode faltar sob hipótese alguma. São verdades fundamentais, que definem e sustentam a fé. Existem também orientações, mandamentos e promessas na Palavra de Deus que, embora não façam parte do Credo Apostólico, são essenciais à vivência genuinamente cristã, pois fortalecem e alimentam a fé, como pequenos gravetos que mantêm viva a fogueira do espírito.



Como Paulo afirma perante o rei Agripa:




“Até ao dia de hoje permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer” (Atos 26,22).




Todos os artigos do Credo Apostólico estão baseados nas Escrituras e representam o conteúdo essencial da fé transmitido pelos apóstolos.



2) Exemplos de crenças essenciais na fé cristã



-Creio em Deus Pai – Todo-Poderoso, Criador dos céus e da terra (Salmo 2,7; Provérbios 30,4; Gênesis 1; 17,10).

-Creio em Jesus Cristo, Messias – Cumpridor das promessas do Antigo Testamento (João 5,39; Isaías 7,14; Salmo 2,7).

-Concebido pelo Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria (Isaías 7,14).

-Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado (Isaías 53; Salmo 22).

-Ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao Céu (Isaías 53,10-11; Daniel 7,13; Salmo 110,1).

-Está assentado à direita de Deus Pai, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos (Salmo 96,13).

-Creio no Espírito Santo (Gênesis 1,2; Joel 2,28; Ezequiel 43,5).

-Creio na Igreja Católica, universal e santa (Gênesis 12,3; Daniel 7,14).

-Creio na comunhão dos santos (Hebreus 12,1; Salmo 133,1).

-Creio na remissão dos pecados (Isaías 53,5).

-Creio na ressurreição da carne (Isaías 25,8; Ezequiel 37,1-13).

-Creio na vida eterna (Daniel 12,2).





Além disso, três verdades essenciais não incluídas explicitamente no Credo Apostólico:




-Jesus é Deus, não apenas um profeta ou espírito perfeito (João 1,1-18; Filipenses 2,6-7).

-A salvação é pela graça de Cristo, não por obras, embora as boas obras sejam fruto da fé (Efésios 2,8-10).



3) Liberdade nas questões "não essenciais"



Alguns aspectos da prática cristã são importantes, mas não determinam a salvação, e neles Deus concede liberdade:



-O modo de rezar (palavras, leitura ou pensamento) não compromete a salvação.

-Ritos e celebrações litúrgicas: a essência é a participação e presença real de Cristo na Eucaristia, conduzida por sacerdote legítimo; detalhes como idioma, postura ou instrumentos musicais não são essenciais.

-Local de reunião: catedral, capela, ao ar livre ou em prisão, desde que a fé e a prática estejam presentes (Hebreus 10,25).

-Formação teológica: essencial ter mestres e doutores na fé, mas não todos os fiéis precisam ser especialistas.

-Acompanhamento musical é valioso, mas não essencial à salvação.



A liberdade cristã deve ser guiada pelo amor e não usada para indulgência no pecado (2Cor 3,17; Gl 5,13; 1Cor 10,23). Como afirma a Carta a Diogneto (séc. II): "os cristãos vivem no mundo como cidadãos do céu, cumprindo leis terrenas sem se apegar exclusivamente a elas, mantendo liberdade e fidelidade à fé."




4) Caridade em todas as coisas


A prática da fé, essencial ou não, deve sempre estar enraizada no amor:



“Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, mas não tiver amor, sou como o bronze que soa ou o címbalo que retine” (1Cor 13).



A caridade é o selo da vida cristã; sem ela, nem fé, nem esperança têm valor final. No juízo eterno, a caridade é o que permanecerá para sempre.




ARGUMENTAÇÃO MODERADA AO PRINCÍPIO



A Reforma Protestante tentou unir a fé e liberar da tradição romana, mas resultou em milhares de denominações, mostrando a dificuldade de unidade. Hoje, os cristãos permanecem divididos em questões:


-Essenciais: divindade de Jesus, Palavra e Magistério vs. Sola Scriptura, batismo infantil, arrebatamento, indissolubilidade do matrimônio, etc.



-Menores ou periféricas: interpretação profética, hábitos de bebida, detalhes sobre Maria (Imaculada Conceição, Virgindade), uso da língua e gestos litúrgicos.





O apóstolo Paulo nos lembra:



“Há um só corpo e um só espírito... um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos...” (Efésios 4,4-6).



O princípio de orientação proposto por algumas lideranças cristãs:



“Nas coisas essenciais, unidade; nas não essenciais, liberdade; em todas as coisas, amor.”



Foco nas essenciais, permitindo liberdade nas não essenciais, sempre com caridade e respeito mútuo.




John Locke e as “essenciais da fé”










No livro A Razoabilidade do Cristianismo (1695), John Locke protestou contra a imposição de crenças humanas como se fossem revelação divina. Seu alvo não era a Igreja Católica, mas a reformada Anglicana. Para ele:


-O que está explicitamente na Bíblia deve ser crido.

-Opiniões humanas ou interpretações particulares não podem ser impostas como essenciais.




Locke cita "essenciais verdades claramente reveladas", como:



-“Jesus é o Cristo.”

-“Deus criou os céus e a terra.”




Exemplos de "interpretações pessoais equivocadas" (não essenciais):



-Rotular denominações de “Babilônia” ou “religião falsa” (cf. Lc 9,49-50).

-Afirmar que o Reino de Deus só se manifesta numa única Igreja (protestante ou católica).

-Usar acusações como “papólatra”, “idólatra”, “herege”, "papagaio de pastor", etc.

Essas posturas são fruto de opiniões particulares, não de ensinamentos bíblicos explícitos.




O Reino de Deus foi central na pregação de Jesus e, depois, dos apóstolos:



-É a governança de Deus por meio de Cristo, o Messias, que reinará definitivamente em “céus novos e terra nova” (cf. CIC 1042; Lumen Gentium 48).

-Jesus é o Rei desse Reino, sacerdote e rei “segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 5,6).

O foco cristão deve estar em Cristo, e não em especulações interpretativas sobre os detalhes de como e quando o Reino virá.




Cinco verdades essenciais para a salvação



-Um só Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

-A Bíblia é Palavra de Deus, confirmada pela Tradição e pelo Magistério.

-A salvação está na Verdade, que é Cristo e sua Igreja (Jo 17; 1Tm 3,15).

-A Igreja é necessária à salvação (Mt 16,18; Jo 14,6), como corpo de Cristo, embora Deus possa salvar fora de seus limites visíveis (At 10,34-35), com a Alma da Igreja: O Espírito Santo.

-A salvação é pela graça mediante a fé, que se manifesta nas boas obras (Ef 2,8-10; Tg 2,14-26; Mt 25,31-45).





Questões não essenciais (não ligadas diretamente à salvação)



-Interpretações proféticas de forma pessoal e particulares.

-Natureza do milênio ou do arrebatamento.

-Especulações sobre o corpo ressuscitado.

-Discussões sobre irmãos de Jesus.

-Entendimento sobre dízimos.

-Papel de Israel no plano de Deus.

Essas questões são importantes para estudo, mas não devem ser impostas como condição de salvação.



Exortação final - Os cristãos são chamados a:



-Defender juntos a fé essencial.

-Conceder liberdade nas questões secundárias.

-Praticar amor, paciência e humildade nas divergências.



Jesus é o Cabeça da Igreja e guia cada um no tempo oportuno. Devemos estar abertos à correção, prontos a reconhecer equívocos, e dispostos a aprender uns com os outros na unidade do Espírito.Assim, temos uma fé clara, centrada em Cristo, fundamentada na Escritura, Tradição e Magistério, sem perder tempo em disputas periféricas que apenas dividem o Corpo de Cristo.



Doutrina e amor: dois pilares inseparáveis



A sã doutrina é essencial para permanecermos no “Espírito da Verdade” (cf. Jo 4,23-24). Contudo, o que identifica de forma mais clara os discípulos de Cristo não é apenas a ortodoxia doutrinal, mas o amor vivido. 



O amor cristão: sinal dos discípulos e Jesus deixou claro:



-“Um novo mandamento lhes dou: amem-se uns aos outros… Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos.” (Jo 13,34-35)

-“O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei.” (Jo 15,12-13)

-“Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei.” (Rm 13,8)

-“O conhecimento incha, mas o amor edifica.” (1Cor 8,1)

-“Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.” (Rm 12,10)

-“Sirvam uns aos outros mediante o amor.” (Gl 5,13)



Os verdadeiros cristãos se reconhecem pelo amor fraterno, não pela rigidez de um código doutrinário. O amor edifica e une, enquanto o Espírito Santo guia, pouco a pouco, cada fiel à plenitude da verdade.



Amor sem verdade? Verdade sem amor?



Aqui está o perigo: muitos colocam a caridade sem viver a verdade, e isso a desvirtua. Deus é amor, mas também é justiça e verdade. Sem verdade, não há verdadeira caridade; sem caridade, a verdade se torna árida e perde sua força.




São Paulo ensina:



-“A caridade é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14).

-“A ciência incha, mas a caridade edifica” (1Cor 8,1).

-“A caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rm 13,10).

-“Tudo o que fizerdes, fazei-o na caridade” (1Cor 16,14).

-“Cresçamos na verdade e no amor, em Cristo que é a Cabeça” (Ef 4,15).





Jesus declara: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). A Igreja é guardiã da verdade de Cristo! O Catecismo ensina:



-“A salvação está na verdade” (CIC 851).



-“A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15).





Por isso, São Paulo exorta:



-“Permanece firme na sã doutrina” (Tt 1,9; 2,1.7).

-“Perseveravam na doutrina dos Apóstolos, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).



Jesus mostrou que a verdade não aprisiona, mas liberta:



-“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8,32).

-“Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade.” (Jo 17,17).



O Espírito Santo é quem conduz a Igreja à plenitude da verdade (Jo 16,13).




A missão de Cristo e da Igreja - Jesus veio ao mundo para testemunhar a verdade:




“É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo.” (Jo 18,37).



Por isso, a Igreja não pode abrir mão da verdade em nome de uma caridade superficial. Como dizia Paulo VI:



“O mal do mundo é propor soluções fáceis para problemas difíceis, soluções que não resistem a uma análise ética e moral porque não respeitam a verdade revelada.”




E Santo Agostinho aconselhava:




“Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade.”



Assim, vemos que verdade e caridade não competem, mas se completam. Quem vive apenas uma delas, acaba por perder as duas. A salvação exige ambas, pois Deus é Amor e Deus é Verdade.







Muitos, desejando parecer bondosos, acabam sacrificando a verdade em nome de uma falsa caridade. Esse comportamento não é virtude, mas relativismo moral, que ignora o ensinamento da Igreja. Caridade sem verdade torna-se maquiavélica, pois adota o princípio de que “os fins justificam os meios”. Ora, já advertia São Tomás de Aquino: a base da moral cristã é esta — “não é lícito praticar o bem por meios maus”.


Bento XVI disse na sua encíclica “Caritas in veritate”:




“A caridade sem a verdade é sentimentalismo”










ATENÇÃO! A verdadeira caridade nunca pode ser praticada sacrificando a verdade. Não é caridade usar dinheiro roubado ou da corrupção para ajudar os pobres; nem justificar adultério, relações homossexuais ou sexo antes do casamento em nome do “amor”. Também não é lícito recomendar meios imorais, como a camisinha ou a luta de classes, para alcançar supostos bens maiores.  Os fins jamais justificam os meios. Sempre que a caridade se afasta da verdade, degenera em falsidade. Só a verdade ilumina e guia a caridade, para que esta conduza à salvação.






A diferença entre a justiça e a caridade?












Sabemos que Deus é ao mesmo tempo amor e justiça. Mas qual a diferença entre justiça e caridade? O professor Dr. Cesar Saldanha, católico fervoroso, costuma ilustrar com uma história vivida por seu pai, juiz do trabalho em Porto Alegre. Certa vez, após perder uma causa, um patrão irritado atirou dinheiro na mesa do juizado e disse ao empregado: 


-“Toma aí, uma esmola!” 

O homem, envergonhado, aceitou. Então o juiz respondeu ao patrão: 

“Muito bem, você deu uma esmola, fez um ato de caridade. Agora, vamos fazer justiça: pague ao empregado o que realmente lhe é de direito!”



A lição é clara: a caridade pode ir além da justiça, mas nunca substituí-la. Antes de amar, é preciso ser justo.



Justiça é dar a cada um, o que lhe é de direito; caridade, amor, é dar daquilo que é “meu”!



A justiça se exerce pelo Direito, sem ela não pode haver a caridade, pois a justiça define o que é meu. Sem saber o que é meu, não posso fazer a devida caridade; pois “não se pode fazer caridade com o chapéu do outro”, com os bens do outro. A justiça e o Direito são necessários, mas não são suficientes para que uma sociedade viva bem.


Prof. Felipe Aquino - Cleofas






Não há caridade sem a verdade!







Por Orlando Fedeli






“Sem Fé é impossível agradar a Deus” (Heb 1, 6).






Desde sua primeira encíclica, Deus caritas est, o Papa Bento XVI tem salientado como a palavra amor tem sido deturpada em nosso tempos: “O termo «amor» tornou-se hoje uma das palavras mais usadas e mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente diferentes” (Bento XVI, Deus caritas est, n2).Mais ainda do que abusado, o termo amor foi sendo prostituído em nossos dias. Sobretudo nos sermões progressistas e na CEB’s quando amor passou a ser simples filantropia.






Como principiou essa prostituição do termo amor?










Como se deu a deturpação do verdadeiro sentido do amor, reduzindo-o de virtude teologal da Caridade a mero sentimento ou até a impulso animal? Esse processo foi longo e planejado. Bento XVI, em sua aula de Regensburg, apontou sua raiz no voluntarismo de Duns Scoto, que colocou a vontade (o querer, o amar) acima da inteligência. Daí abriu-se o caminho para o Romantismo e o Modernismo, nos quais o amor foi desvinculado da razão.  Pascal, com sua famosa frase — “O coração tem razões que a própria razão desconhece” — já expressava esse deslocamento. Os românticos, por sua vez, proclamavam: “Sinto, logo existo”. Para eles, o amor deveria ser irracional, pura paixão sem fundamento racional. Rousseau sintetiza bem esse espírito: “Existir, para nós, é sentir; nossa sensibilidade é anterior à nossa inteligência, e antes tivemos sentimentos do que ideias”.  Assim, a caridade sobrenatural foi sendo degradada, pa






Rousseau irá mais longe ainda em seu repúdio à racionalidade, ao escrever:







Ouso quase assegurar que o estado de reflexão é um  estado contrário a natureza, e que o homem que medita é um animal depravado...” (Jean-Jacques RousseauDiscurso sobre a Origem da desigualdade entre os homens, I Parte, In Os Pensadores, XXIV,  Abril Cultural, p.247).






E, no "Romantismo alemão", Novalis defenderá a mesma tese irracionalista: 






“O pensamento é apenas o sonho do sentir, é um sentir entorpecido” (Apud Gerd  Bornheim, A Filosofia do Romantismo, in J. Guinsburg, O Romantismo, ed. Perspectiva, Sâo Paulo, 1978, p. 96).Essa primazia do sentimento, típica do Romantismo, vai ser adotada até por autores que se apresentam como católicos tradicionalistas, como Plinio Corrêa de Oliveira, o fundador da TFP. Plínio valorizava antes o sentir do que o compreeder. Por exemplo, no artigo “O Senso Comum e a Procura do Absoluto(In Revista “Dr. Plínio”, N0 71, Fevereiro de 2.004, p. 27 -30), ele afirma que:“O primeiro passo para saborear os bens espirituais, consiste em sentir. Não se trata apenas, ou sempre, de fazer a explicitação das coisas percebidas pelos sentidos. O passo inicial indispensável é uma espécie de sentir do qual nascerá mais tarde a explicitação. Esta seria o segundo estágio, menos imprescindível, enquanto o primeiro é o mais precioso, porque dele depende o resto do processo...” (Plínio Corrêa de Oliveira, O Senso Comum e a Procura do Absoluto”, in Revista “Dr. Plínio”, ano VII, N0 71, Fevereiro de 2.004, p. 27. Os destaques são meus).










Portanto, para essa visão, o essencial e mais valioso não é a verdade ou a razão, mas o sentir. A explicitação racional torna-se secundária diante da primazia do sentimento — e nisso se insiste como se fosse o ponto central





Insisto na importância desse primeiro sentir: sem uma espécie de vivência (palavra perigosa, mas adequada às nossas reflexões) muito rica do objeto ou situação apreendidos pelos sentidos, as etapas posteriores serão nulas (Plínio Corrêa de Oliveira,"O Senso Comum e a Procura do Absoluto”, in Revista Dr. Plínio, ano VII, N0 71, Fevereiro de 2.004, p. 27, O destaque é nosso).



Portanto, o primeiro “sentir vivencial” passou a ser considerado essencial para a compreensão. No fim do século XIX, o amor começou a ser confundido com o agir. Em Maurice Blondel, filósofo ligado ao Modernismo, o querer tornou-se fundamento do conhecer, levando à defesa da “ação” como princípio. A partir daí, disseminou-se uma verdadeira epidemia de voluntarismo, onde o agir foi reduzido a puro fazer:


-Georges Sorel enalteceu a ação sindical; 

-Lênin transformou o marxismo em prática revolucionária profissional; 

-Mussolini glorificou a ação pela ação; 

-Marinetti, nos manifestos futuristas, chegou a exaltar a violência, o incêndio de bibliotecas, o poder do motor e até a mística do soco. 


Essa idolatria da vontade desembocaria no triunfo dos totalitarismos, tanto de direita quanto de esquerda.





Infelizmente, por culpa da infiltração ideologia modernista na Igreja, até nos movimentos católicos triunfou a mística da ação:





A Acão Católica, lançada por Pio XI, fundamentou-se mais no agir do que no conhecimento da verdade. Portanto, mais na ação do que na Fé. E a caridade se transformou em ativismo político. Com o tempo, essa capitulação fez com que os movimentos de ação “católica” acabassem por se unir ao movimento comunista internacional, passando a agir até mesmo na guerrilha armada marxista, do matai-vos uns aos outros, a reboque do Partido Comunista.Ora, é impossível amar sem conhecer. Ninguém pode querer xoró no avesso. Porque ninguém pode conhecer xoró, pois xoró não existe. Imagine-se, então, como seria possível amar, querer xoró, um ser inexistente, e ainda pior: no avesso. É o conhecimento da inteligência que move a vontade a querer. Por isso não pode haver caridade sem a Fé.



Infelizmente, a Igreja Latino Americana, depois da Conferência de Medellin sancionou a caridade como ação revolucionária:




Daí nasceu a Teologia da Libertação, que confundiu a redenção cristã com a “libertação” marxista do proletariado. Nessa visão ideológica, a agitação política foi travestida de amor, a caridade se reduziu a ação revolucionária, e Cristo foi transformado num rebelde, renegando-se o Redentor e a sua Cruz. Mesmo nas paróquias menos ideologizadas, o amor foi reduzido a assistencialismo, como simples distribuição de comida, ecoando a propaganda revolucionária. No Brasil, as Campanhas da Fraternidade acabaram se tornando equivalentes à filantropia de inspiração maçônica ou espírita. O resultado desse “amor” sem verdade é o esvaziamento da própria caridade: um sentimentalismo vazio, manipulável, que pode justificar qualquer coisa. Bento XVI advertiu com clareza em Caritas in veritate:





“Só na verdade é que a caridade refulge e pode ser autenticamente vivida. Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. A verdade liberta a caridade dos estrangulamentos do emotivismo, que a despoja de conteúdos relacionais e sociais. Na verdade, a caridade reflete a dimensão simultaneamente pessoal e pública da fé no Deus bíblico, que é conjuntamente ‘Agápe’ e ‘Lógos’: Caridade e Verdade, Amor e Palavra” (n. 3).










Nunca se falou tanto de amor nos púlpitos; nunca, porém, o amor foi tão traído como em nossos dias. Hoje “amor” significa apenas desejo, emotividade, prazer passageiro ou até perversão. Usa-se a palavra para justificar adultério, relações ilícitas, uniões contra a lei de Deus, drogas, violências e até crimes. O termo tornou-se tão profanado que, por respeito, deveria ser usado com o mesmo cuidado com que os judeus tratam o Nome divino.




O fato é simples: sem a verdade, não existe caridade. O amor que não nasce da fé é apenas filantropia ou sentimentalismo. Como ensina São Paulo: “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). E mais: “Tudo o que não procede da fé é pecado” (Rm 14,23).



A caridade autêntica não exclui a correção, a crítica e até a punição justa, pois ensinar os ignorantes e corrigir os que erram são obras de misericórdia. Amar é também defender a verdade contra o erro. O falso amor contemporâneo, que se recusa a corrigir e só quer agradar, não é amor cristão. Como lembrou Santo Agostinho: 



“Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade.”



BIBLIOGRAFIA:

 

 

- LOCKE, John. A Razoabilidade do Cristianismo. Stanford University Press; 1ª edição (1 janeiro 1958)

 

- LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. Tradução de Anoar Aiex.  2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978

 

- LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978

 

-KELLER, Timothy. A fé na era do ceticismo: como a razão explica Deus. Trad. Regina Lyra. São Paulo: Vida Nova, 2014.

 

-GOHEEN, Michael W; BARTHOLOMEW, Craig G. Introdução à cosmovisão cristã: vivendo na intersecção entre a narrativa bíblica e a contemporânea. Trad. Márcio Loureiro Redondo. São Paulo: Vida Nova, 2016.

 

-PLANTINGA, Alvin. Crença cristã avalizada. Trad. Desidério Murcho. São Paulo: Vida Nova, 2018.



*Francisco José Barros de Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17 - Perfil curricular no sistema Lattes do CNPq Nº 1912382878452130.

 


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Anônimo
8 de junho de 2022 às 08:37

Excelentes esclarecimentos! Grata a Deus por pessoas e páginas assim! Contem com minhas orações e parabéns pelo maravilhoso e abençoado trabalho de vocês.

Anônimo
14 de março de 2024 às 11:02

Comecei a ler e já no primeiro parágrafo, percebo contradição que no mínimo merece revisao: como se pode afirmar que o primeiro a dizer tal frase foi no século XVII e o primeiro a registrá-la foi no século XVI??? viajaram no tempo ou na maionese? Sem falar na arrogância, como se fosse Uniciente e saber tudo que foi dito em toda a vida de Agostinho de Hipona... e ainda se intitular portador da verdade!!! Leia Joao 17;21-23 pra enderender a importancia da unidade,, II corintios 3:17, sobre a liberdade e I Corinrios 13 e a bíblia toda, sobre o amor... atributos divinos nao negados na frase atribuida a Agostinho... lamentável demais o que produzem estes "teólogos" em seus ocios...

Anônimo
16 de março de 2024 às 08:33

Prezado(a) anônimo(a),

Tentando se passar por sábio(a), acabou demonstrando sua tolice. O destaque é nosso, porém, a idiotice é sua (recomendamos retornar aos bancos escolares do primeiro grau onde se estuda sobre a datação dos séculos). E antes que queira excluir sua missa, ficará doravante para nossos internautas sua hilária pérola, e deixaremos ao julgamento de nossos leitores dizer quem navegou na maionese(?):

“Comecei a ler e já no primeiro parágrafo, percebo contradição que no mínimo merece revisao: como se pode afirmar que o primeiro a dizer tal frase foi no século XVII e o primeiro a registrá-la foi no século XVI??? viajaram no tempo ou na maionese? ...”

AULINHA BÁSICA SOBRE DATAÇÃO EM SÉCULOS PARA “ANÔNIMO AJUMENTADO METIDO A SÁBIO:

•Século I: ano 1 até o ano 100;
•Século II: ano 101 até o ano 200;
•Século III: ano 201 até o ano 300;
•Século IV: ano 301 até o ano 400;
•Século V: ano 401 até o ano 500;
•Século VI: ano 501 até o ano 600;
•Século VII: ano 601 até o ano 700;
•Século VIII: ano 701 até o ano 800;
•Século IX: ano 801 até o ano 900;
•Século X: ano 901 até o ano 1000;
•Século XI: ano 1001 até o ano 1100;
•Século XII: ano 1101 até o ano 1200;
•Século XIII: ano 1201 até o ano 1300;
•Século XIV: ano 1301 até o ano 1400;
•Século XV: ano 1401 até o ano 1500;
•Século XVI: ano 1501 até o ano 1600;

•Século XVII: ano 1601 até o ano 1700;



Eis aqui o que afirmamos com fonte:


Circula no meio Cristão (tanto católico como em outras denominações Cristãs) uma filosofia baseada no seguinte princípio: "Nas coisas essenciais, unidade, nas não-essenciais, liberdade; em todas as coisas, amor".Este princípio é comumente atribuído a Santo Agostinho, mas, na verdade, foi dito pela primeira vez por um protestante Luterano do sec XVII, Rupertus Meldenius, também, conhecido por Peter Meiderlin, princípio este que só foi registrado formalmente por Marco Antonio de Dominis (1566-1624) no Livro 4, capítulo 8, página 676 do primeiro volume de sua obra: A Republica Ecclesiastica do Libri X — Londres, 1617. A partir de então, se tentou malabarísticamente, promover a unidade acima da verdade absoluta da Palavra de Deus...

Estude um pouco mais e depois volte, se ainda tiver coragem depois desse vexame...

Shalom!

Everaldo – Colaborador do Apostolado Berakash


Anônimo
16 de março de 2024 às 10:42

Ora, assim como só se pode dar a saúde combatendo a doença, também só se pode defender e ensinar a verdade, condenando o erro oposto a ela. A caridade exige que se critique os erros do próximo e até mesmo que se os condene e que se os castigue. Pois o Catecismo ensina que ensinar os ignorantes e castigar os que erram são obras de misericórdia espiritual, portanto, obras de caridade, de amor verdadeiro. Infelizmente, a caridade de hoje, se pensa bem erradamente, que o amor proibe punir, corrigir, criticar e até castigar. O “é proibido proibir” da revolução Hippie, foi traduzido hoje como “Tudo é permitido”, menos claro, se praticar a verdade ainda que na caridade, para o mundo de hoje, basta a caridade sem verdade, pois esta última incomoda.

Clarice Santos - MG

Anônimo
16 de março de 2024 às 13:22

Alguem avise ai a esse jumento metido a sabidão que o século XVII vai do ano ano 1601 até o ano 1700 e que tanto Rupertus Meldenius (1582 - 1651 ) como Marco Antonio de Dominis (1566-1624), ambos faleceram despois do ano 1600, portanto, no século XVII.

Nelson - SP

Anônimo
17 de março de 2024 às 12:25

Essa pessoa anônima deve ter estudado com o método Paulo Freire
kkkkkkkkkkkkkkkk Eis ai o resultado! kkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo
30 de abril de 2024 às 10:24

ATENÇÃO! Não posso, por exemplo, querer fazer caridade com dinheiro roubado, ou tirado do narcotráfico. Não posso ajudar os pobres usando da corrupção. Não posso, “por caridade” dizer a um casal de segunda união que podem comungar, ou dizer a uma dupla de homossexuais que o amor deles justifica a sua vida sexual. Não se pode dizer aos jovens que namoram que o amor deles justifica o sexo antes do casamento. Não se pode recomendar o uso da “camisinha” para evitar a AIDS, porque é um meio é mau, imoral, que estimula o sexo fora do casamento.Não se pode promover a justiça através da luta de classes, e do desrespeito às leis. Não se pode invadir terras e casas dos outros para promover a justiça. Os fins não justificam os meios. E isto acontece quando a caridade é vivida sem observar a verdade. E assim por diante, vemos hoje muitos sacrifícios da verdade de Deus em nome de uma “falsa caridade”. A verdade norteia o bom uso da caridade, para que ela não se desvirtue. Sem a verdade a caridade é falsa, e não pode haver salvação.

José Mário - Fortaleza.CE

Anônimo
27 de dezembro de 2024 às 18:53

O ponto a q a frase atribuída ao sr Agostinho se destina é que não devemos obrigar outras pessoas a seguir a fé da mesma maneira q nós, pois Cristo nunca obrigou qq pessoa a abrir a porta. Como disse certa vez, "quem é por nós não é contra nós. Deixai-os".
Cada um viva conforme o entendimento q possui.

Como está escrito: " o Senhor julga o coração"

Anônimo
28 de dezembro de 2024 às 12:33

Este princípio é comumente atribuído a Santo Agostinho, mas, na verdade, foi dito pela primeira vez por um protestante Luterano do sec XVII, Rupertus Meldenius,também, conhecido por Peter Meiderlin (nascido em 22 de março de 1582, em Oberacker; falecido em 1 de junho de 1651, em Augsburg), princípio este que só foi registrado formalmente por Marco Antonio de Dominis (1566-1624) no Livro 4, capítulo 8, página 676 do primeiro volume de sua obra: A Republica Ecclesiastica do Libri X — Londres, 1617. A partir de então, se tentou malabarísticamente, promover a unidade acima da verdade absoluta da Palavra de Deus. Este princípio de tanto ser repetido, foi adotado por muitas lideranças Cristãs das mais diversas denominações. Paulo porém, não agiu conforme este princípio, e não se tem registros históricos de que também, os primeiros Cristãos tenham agido assim na Igreja primitiva, muito pelo contrário, Paulo instruiu Timóteo a manter a verdade:“Guarde este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo...”(1Tim 6,14).

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