Em 13 de
outubro de 1917 ocorreu a última Aparição de Nossa Senhora em Fátima. Em vista
do caráter relevante de tal data, no presente artigo é estabelecida uma relação
entre a Mensagem de Fátima e o comunismo!
“Não se deve misturar política com
religião”. É uma afirmação muito
difundida, até certo ponto verdadeira, mas que precisa ser analisada com
cuidado! Hoje em dia, é claro, há um abuso no apresentar a religião como
instrumento de transformação política da sociedade. Fazem-se muitos dessa práxis
os adeptos da chamada Teologia da Libertação.Entretanto – numa visão completamente distinta – a Igreja sempre ensinou que também os
aspectos políticos, sociais, econômicos da vida humana devem estar impregnados
de religiosidade. E que uma coisa não pode simplesmente ser separada da outra. Com
efeito, a própria Mãe de Deus veio nos trazer em Fátima uma mensagem de cunho essencialmente
religioso, na qual figuram entretanto referências a problemas políticos de
nosso conturbado século. Se uma doutrina político-social é contrária à Religião
Cristã, estabelecendo, por exemplo, o Estado como uma instituição atéia, a qual
devemos nos curvar em obediência cega e inquestionável, não nos deve causar
surpresa que Nossa Senhora tenha verberado contra essa concepção.
Circunstâncias em que foram enunciadas as profecias
de Fátima
O comunismo, como doutrina, é muito anterior
às aparições de Fátima! O manifesto comunista de Marx
já havia sido publicado há mais de 60 anos, quando ocorreram as aparições de
Nossa Senhora, em 1917. Existiam, aqui e acolá, partidos comunistas,
alguns deles mesclados com associações terroristas e anarquistas. Mas, não
tinham até então conquistado o poder em
nenhum país. Portanto, não haviam conseguido aplicar na prática suas
catastróficas teorias político-sociais igualitárias. Na
época das aparições de Fátima, o mundo encontrava-se em meio aos trágicos
combates da Primeira Guerra Mundial, e a atenção da opinião pública estava toda
voltada para o resultado desse embate, que iria decidir por muitos anos o
destino da humanidade. Nessas circunstâncias, o problema de o comunismo
alcançar o poder em alguma nação, e de lá difundir sua ideologia, atraía a
atenção só de poucos círculos políticos especializados, e não a do grande
público europeu ou americano. A maioria das pessoas achava que os
grandes debates do século que começava se travariam a respeito da divisão dos
territórios coloniais na África e Ásia, ou da luta ideológica entre monarquia e
república; e não da luta entre comunismo e anticomunismo. Em sua Mensagem, Nossa Senhora quis focalizar o que seria o
grande inimigo da Religião católica em nosso século, não tendo feito nenhuma
menção à França, à Inglaterra ou à Alemanha, grandes potências da época
envolvidas na guerra. Portanto, quando a Rússia ainda não havia sido
dominada pelo comunismo, Nossa Senhora já advertira sobre o perigo da expansão
dos erros dos quais essa nação seria o porta-estandarte.
Palavras de Nossa Senhora de Fátima em 13 de julho de 1917:
“A guerra (Primeira Guerra Mundial) vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado
de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma
luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o
mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e
ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a
consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora dos
primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e
terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e
perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que
sofrer, várias nações serão aniquiladas; por fim, o meu Imaculado Coração
triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e
será concedido ao mundo algum tempo de paz”(Antonio Augusto Borelli
Machado, As aparições e a mensagem de
Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia,
Editora Vera Cruz Ltda., 35ª edição, São Paulo, 1993, pp. 46-47).
Da leitura dessas palavras proféticas
surgem indagações:
1)- Por que Nossa Senhora não menciona o
comunismo ou a Rússia comunista, e alude apenas à Rússia em geral?
Na aparição de 13 de julho de 1917, o
comunismo ainda não tinha conquistado o poder nesse país, pois o governo do
Czar havia sido substituído pelo governo burguês de Kerensky, em março daquele
ano. E foi só com a revolução de outubro de 1917 – dia 7 de novembro no
calendário ocidental – que a Rússia caiu sob o jugo comunista. Na época das
aparições, não teria sentido falar de Rússia comunista. Mas, no contexto da
Mensagem fica claro que esse país transformar-se-ia num flagelo e, mais ainda,
num flagelo anticatólico.
2)-Além disso, se não foi o comunismo,
quais teriam sido os erros que a Rússia difundiu em nosso século? Seriam os da
chamada Igreja Ortodoxa?
A hipótese é vácua, pois essa igreja permanece ali mumificada, sem verdadeira capacidade de expansão. Aliás, o pior aspecto dela foi ter-se dobrado servilmente – em muitos de seus elementos mais representativos – ao comunismo, servindo-lhe até de sustentação.
Mais ainda. Foi a partir da Rússia que o comunismo realmente se difundiu pelo mundo, utilizando os grandes recursos do país e lançando mão dos eficientíssimos métodos de guerra psicológica revolucionária como arma de propaganda. Todas as nações que tiveram a infelicidade de serem dominadas pelo comunismo podem traçar a origem de sua desgraça, colocando como ponto de referência a Rússia, seja pelo envio de armas e de agentes subversivos, seja pelo fato de terem sido ocupadas diretamente pelo Exército vermelho.
As profecias de Fátima já se realizaram?
Algumas sim, outras ainda não! Como a consagração pedida por Nossa Senhora a seu Imaculado Coração parece não ter sido realizada estritamente segundo os requisitos estabelecidos por Ela, nem a devoção da comunhão dos primeiros sábados foi suficientemente praticada, não se evitou a Segunda Guerra Mundial, a Rússia não se converteu e não houve paz. Ocorreu, pelo contrário – como Nossa Senhora previra – a grande difusão dos erros do comunismo, a partir da Rússia, pelo mundo inteiro. Fundaram-se partidos comunistas em todos os continentes. Foram lançadas as classes sociais umas contra as outras. Expandiu-se o terrorismo por todo o globo. Em nosso continente, Cuba não cessou de ser até agora um foco de subversão que continua a difundir o vírus mortal do comunismo, especialmente em países da América Latina.Em todas as nações que o comunismo dominou, houve uma sistemática coerção da liberdade da Igreja que chegou até a perseguição. Proibiu-se a difusão da doutrina católica e a realização de atos de culto em público, escolas e estabelecimentos caritativos católicos foram confiscados, numerosos católicos foram aprisionados, torturados e muitos deles chegaram ao martírio. Recentemente ainda foram beatificados vários mártires, como o Bispo búlgaro Eugênio Bossilkov, as Carmelitas do Convento de Guadalajara, na Espanha, e o Cardeal Stepinac, da Croácia.Um ponto, entretanto, da parte conhecida da Mensagem de Fátima, oferece certa dificuldade de interpretação. É a frase: “Várias nações serão aniquiladas”. De fato, muitas nações foram dura e até durissimamente castigadas na Segunda Guerra Mundial, perdendo parcelas enormes de população, muitos territórios e, em alguns casos, até a independência. Mas parece não poder dizer-se simplesmente que foram aniquiladas, isto é, reduzidas a nada.
Como, então, interpretar isso?
Estudiosos da Mensagem de Fátima chamam a atenção para um fato: Nossa Senhora afirma que a Primeira Guerra Mundial iria acabar, mas que, como castigo dos pecados da humanidade, no reinado de Pio XI começaria outra pior, o que já sucedeu. Será, então, que esse castigo aplacou a justiça divina justamente irritada contra os homens ou virá ainda um terceiro castigo? Neste caso, esse novo castigo teria uma escala provavelmente maior (pois os pecados não têm senão aumentado) e determinaria, este sim, o fato de várias nações pura e simplesmente serem aniquiladas e desaparecerem da face da Terra?Reforça esta interpretação o fato de o aniquilamento de várias nações ser mencionado no trecho que fala das guerras promovidas pelo comunismo e não no contexto da Segunda Guerra Mundial. Ao que facilmente se objetará que o comunismo já morreu. Não obstante, o fato é que o marxismo nunca dominou tantos governos desde a queda do Muro de Berlim como agora. Dos 15 países da Comunidade Européia, 13 estão sob governos social-democratas, socialistas ou de agremiações esquerdistas; na Rússia acaba de ser nomeado como primeiro-ministro um ex-agente da KGB; na Ásia, os comunistas clássicos continuam no poder na China, no Vietnã, na Coréia do Norte. Em nosso continente, além de Cuba e a Guiana serem oficialmente comunistas, a Venezuela é governada por um partido de esquerda e a Colômbia está seriamente ameaçada pelas guerrilhas marxistas. No Brasil, o MST – de orientação confirmadamente comuno-católica – vai assumindo cada vez mais as características de um movimento guerrilheiro de vastas proporções, que a qualquer momento pode surpreender a Nação.Mais subtil, porém não menos real, é a metamorfose do comunismo clássico e sua expansão pelo mundo, especialmente a partir da Revolução da Sorbonne, em 1968. É a Revolução Cultural de cunho esquerdista que vai desagregando toda a sociedade pela dissolução dos costumes, a disseminação da droga, o divórcio, o aborto, o homossexualismo, a imoralidade nos meios de comunicação social, etc.Diante desse panorama, como pensar que os castigos enunciados em Fátima tiveram seus dias encerrados com o término da Segunda Guerra Mundial?Lembremo-nos entretanto que a mensagem de Nossa Senhora em Fátima conclui com uma entusiasmante promessa: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!” Coloquemos, pois, toda nossa confiança nEla, nesta hora trágica e gloriosa para a Santa Igreja e a Civilização Cristã.
Fonte: Revista Catolicismo
MAS AFINAL, QUAIS SÃO OS ERROS DO COMUNISMO?
Como muitos já sabem, nos advertiu a Rainha do Céu, a Rússia "espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja". E acrescentou: "Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas."A Rússia representa, nas mentes de maior parte das pessoas, a origem do comunismo — pensado principalmente como um sistema econômico em competição com o capitalismo. No entanto, quando nós realmente compreendemos o comunismo, a propagação dos erros da Rússia torna-se evidente.O livro “O Comunista Exposto: Desvendando o Comunismo e Restaurando a Liberdade” é a fonte mais concisa e acessível que delineia as metas e a ideologia comunistas. Foi escrito por W. Cleon Skousen, um ex-agente do FBI que teve contato direto com várias fontes originais e a melhor inteligência da organização quando se investigou a infiltração comunista nos Estados Unidos. O livro está catalogado no Registro do Congresso e o presidente Ronald Reagan comentou sobre ele dizendo: "Ninguém está mais qualificado para discutir a ameaça do comunismo a esta nação."
Uma seleção
dos objetivos do comunismo listados por Skousen servem para ilustrar a sua
disseminação por todas as nações, especialmente no Ocidente:
1)-Eliminar todas as leis que regulam a obscenidade, qualificando-as como "censura" e como uma violação da liberdade de expressão e de imprensa.
2)-Romper os padrões culturais de moralidade, promovendo pornografia e obscenidade em livros, revistas, filmes, rádio e TV.
3)-Apresentar a homossexualidade, a degeneração e a promiscuidade como sendo "normal, natural, saudável".
4)-Infiltrar as igrejas e substituir a religião revelada pela religião "social".
5)-Desacreditar a Bíblia e enfatizar a necessidade de uma maturidade intelectual que dispense qualquer "muleta religiosa".
6)-Eliminar a oração ou qualquer tipo de expressão religiosa nas escolas, com o fundamento de que ela viola o princípio da "separação entre Igreja e Estado".
7)-Desacreditar a família enquanto instituição. Incentivar a promiscuidade, a masturbação desde a infância e o divórcio fácil.
8)-Enfatizar a necessidade de afastar as crianças da influência negativa e impositiva dos pais. Atribuir "preconceitos, bloqueios mentais e retardamento das crianças à essa influência supressiva dos pais".
9)-Além do comunismo, no entanto, outro dos erros da Rússia que se espalhou com força por todo o mundo foi o aborto. A prática foi legalizada na Rússia pela primeira vez em 1920 e, até hoje, o país apresenta a maior taxa de aborto per capita do mundo: com uma população de 143 milhões, há 1,2 milhões de abortos por ano.
Não resta dúvida de que as predições e promessas de Maria se tornarão verdadeiras!
Nossa Senhora de Fátima previu a Segunda Guerra Mundial e até mesmo um sinal de alerta que a precederia. Alertou sobre a epidemia de impureza que infestou o planeta. Deu aos fiéis tarefas a cumprir, a fim de que se realize o triunfo do seu Imaculado Coração — profecias estas às quais ela será igualmente fiel. Então, assim como nós honramos nossas próprias mães, vamos examinar novamente os pedidos de Nossa mãe santíssima e colocá-los em prática. Ela pediu oração, particularmente a do Santo Rosário e a devoção do Escapulário do Carmo. Ela pediu reparação pelos pecados e ultrajes perpetrados contra a graça de Deus e pelas blasfêmias contra os Sagrados Corações de Jesus e Maria, especialmente com a prática dos cinco primeiros sábados. E, finalmente, ela pediu a consagração ao Imaculado Coração de Maria, tanto a título pessoal como, publicamente, a da Rússia pelo Papa e pelos bispos de todo o mundo.
Padre Paulo Ricardo
O comunismo elimina o mais sagrado dom que o homem recebeu de Deus: "a
liberdade"
Desde que o comunismo (socialismo) surgiu no mundo, como expressão prática do marxismo-leninismo, a Igreja o combateu sem tréguas, por ser ateu, materialista, desumano, utópico, adverso a Deus e à Igreja. Segundo os seus mentores, Karl Marx, Lenin e outros, a religião é o “ópio do povo”, isto é, a droga que deixa o povo alienado e sujeito às explorações do capitalismo e dos ricos. A acusação vazia contra a Igreja é a de que ela só ensinava aos fiéis buscarem o céu, abandonando a Terra, sem lutar pelos direitos sociais.As muitas encíclicas dos Papas, desde a Rerum Novarum de Leão XIII (1878-1903) até o “Evangelho da Alegria” do Papa Francisco, desmentem essa mentira. A Igreja sempre foi a Instituição, em toda a história da humanidade, que mais caridade fez no mundo.Para “libertar” os proletários, o comunismo prega a revolução violenta, a “luta de classes” até a eliminação de todas as classes, o que é uma utopia; incita a revolta dos empregados contra os patrões, dos pobres contra os ricos; joga irmãos contra irmãos, prega a eliminação da propriedade privada e persegue todo tipo de religião, de modo especial o Cristianismo.Acima de tudo, o comunismo elimina o mais sagrado dom que o homem recebeu de Deus: a liberdade. Veja o que se passa em Cuba ainda hoje: o cidadão não pode deixar o país; é uma “ilha-prisão” em pleno século XXI, onde o povo não vota há mais de cinquenta anos. E ainda tem gente que a defenda.Piérre Proudhon (†1865) disse: “O comunismo degrada os dons naturais do homem, coloca a mediocridade no nível da excelência e chama a isso igualdade”. Na verdade, tenta criar uma igualdade utópica que Deus nunca desejou.
A fé católica ensina a socorrer o pobre em suas
necessidades materiais, mas não pela violência, não derramando sangue inocente
nem tirando a liberdade e a vida preciosa do ser humano e o transformando
apenas em um dente da engrenagem do deus Estado.
A moral não aceita que se faça o bem por meios maus; os fins não podem justificar os meios. Para os comunistas todos os meios são válidos para implantar o comunismo. É um sistema maquiavélico que matou milhões.Winston Churchill (†1965) dizia: “Um jovem que não foi comunista não tinha coração; mas o adulto que permanece comunista não tem cérebro”. M. Thatcher dizia que “o socialismo acaba quando acaba de gastar o dinheiro dos outros”.É importante meditar um pouco sobre o que a Igreja já falou sobre isso. O documento de Puebla (III CELAM, 1979) deixou bem claro: “(…) A libertação cristã usa ‘meios evangélicos’, com a sua eficácia peculiar, e não recorre a nenhum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes (…) (nº 486) ‘ou à práxis ou análise marxista’” (nº 8).Na Encíclica do Papa Pio XI, Divini Redemptoris, sobre o ”Comunismo Ateu” (19 de março de 1937), ele a condena veementemente. Pio IX disse: “E, apoiando-se nos funestíssimos erros do comunismo e do socialismo, asseguram que a ‘sociedade doméstica tem sua razão de ser somente no direito civil’ (Quanta Cura, 5). Leão XIII pediu: “Não ajudar o socialismo. Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não deem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita” (Quod Apostolici Muneris, no. 34). “Porque, enquanto os socialistas, apresentando o direito de propriedade como invenção humana contrária à igualdade natural entre os homens; enquanto, proclamando a comunidade de bens, declaram que não pode tratar-se com paciência a pobreza e que impunemente se pode violar a propriedade e os direitos dos ricos, a Igreja reconhece muito mais sabia e utilmente que a desigualdade existe entre os homens, naturalmente dissemelhantes pelas forças do corpo e do espírito, e que essa desigualdade existe até na posse dos bens. Ordena, ademais, que o direito de propriedade e de domínio, procedente da própria natureza, se mantenha intacto e inviolado nas mãos de quem o possui, porque sabe que o roubo e a rapina foram condenados pela lei natural de Deus” (Quod Apostolici Muneris, – Encíclica contra as seitas socialistas, no. 28/29).“Entretanto, embora os socialistas, abusando do próprio Evangelho para enganar mais facilmente os incautos, costumem torcer seu ditame, contudo há tão grande diferença entre seus perversos dogmas e a puríssima doutrina de Cristo, que não poderia ser maior” (Quod Apostolici Muneris, 14). “A Igreja, pregando aos homens que eles são todos filhos do mesmo Pai celeste, reconhece como uma condição providencial da sociedade humana a distinção das classes; por essa razão, ensina que apenas o respeito recíproco dos direitos e deveres, e a caridade mútua darão o segredo do justo equilíbrio, do bem estar honesto, da verdadeira paz e prosperidade dos povos. (…) “Mais uma vez, nós o declaramos: o remédio para esses males não será jamais a igualdade subversiva das ordens sociais” ( Alocução de 24/01/1903 ao Patriarcado e à Nobreza Romana).“A sociedade humana, tal qual Deus a estabeleceu, é formada de elementos desiguais, como desiguais são os membros do corpo humano; torná-los todos iguais é impossível: resultaria disso a própria destruição da sociedade humana.” - “Disso resulta que, segundo a ordem estabelecida por Deus, deve haver na sociedade príncipes e vassalos, patrões e proletários, ricos e pobres, sábios e ignorantes, nobres e plebeus, os quais todos, unidos por um laço comum de amor, se ajudam mutuamente para alcançar o seu fim último no céu e o seu bem-estar moral e material na terra” (Quod Apostolici Muneris).Pio XI disse: “(…) Como pede a nossa paterna solicitude, declaramos: o socialismo, quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como ‘ação’, se é verdadeiro socialismo, (…) não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de modo completamente avesso a verdade cristã.”“Socialismo religioso, socialismo cristão são termos contraditórios: ninguém pode, ao mesmo tempo, ser bom católico e socialista verdadeiro” (Quadragesimo Anno, nº 117 a 120).
Pio XII explicou bem a diferença entre as
pessoas:
“Pois bem, os irmãos não nascem nem permanecem todos iguais: uns são fortes, outros débeis; uns inteligentes, outros incapazes; talvez algum seja anormal, e também pode acontecer que se torne indigno. É pois inevitável uma certa desigualdade material, intelectual, moral, numa mesma família (…) Pretender a igualdade absoluta de todos seria o mesmo que pretender idênticas funções a membros diversos do mesmo organismo” (Discurso de 4/4/1953 a católicos de paróquias de S. Marciano).João XXIII, como os demais Papas, defendeu a necessidade da propriedade privada: “Da natureza humana origina-se ainda o direito à propriedade privada, mesmo sobre os bens de produção” (Pacem in Terris, n°. 21). João Paulo II, falando contra o capitalismo selvagem, disse: “Nesta luta contra um tal sistema, não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de fato, não passa de um capitalismo de estado, mas uma sociedade do trabalho livre, da empresa e da participação” (no. 35) “A Igreja reconhece a justa função do lucro, como indicador do bom funcionamento da empresa” (nº. 35). “Aquele Pontífice (Leão XIII), com efeito, previa as consequências negativas sob todos os aspectos – político, social e econômico – de uma organização da sociedade, tal como a propunha o ‘socialismo’, e que então estava ainda no estado de filosofia social e de movimento mais ou menos estruturado” (Enc. Centesimus Annus, n°12).João Paulo II também mostra o erro grave do socialismo: “(…) É preciso acrescentar que o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada” (nº 13).“Na Rerum Novarum, Leão XIII, com diversos argumentos, insistia fortemente contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e o desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja até nossos dias” (nº 30).O Livro Negro do Comunismo – Crimes, Terror e Repressão (Stéphane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panné, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek, Jean-Louis Margolin, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999, 917 págs.) – faz um balanço do amargo fruto que este diabólico regime gerou para a humanidade. Oitenta anos depois da Revolução Bolchevique na Rússia (1917) e sete depois de a União Soviética ter acabado (1997), a trajetória trágica do comunismo pode ser contabilizada pelo número de vítimas.É a história da trágica aplicação na vida real de uma ideologia carregada de falsas promessas de igualdade e justiça que custou entre 80 e 100 milhões de vidas, com a esmagadora maioria de vítimas nos dois gigantes do marxismo-leninismo, a União Soviética e a China; além de Cuba, Viet Nan, Laos, Cambodja, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Polônia, Hungria, etc.Na China, houve cerca de 65 milhões de mortos, a maioria dizimada pela fome desencadeada a partir do Grande Salto para a Frente, o desastroso projeto de autossuficiência implantado por Mao Tsé-tung em meados dos anos 50. Tratou-se da pior fome da História, acompanhada de ondas de canibalismo e de campanhas de terror contra camponeses acusados de esconder comida.Na URSS, de 1917 a 1953, ano da morte de Stalin, os expurgos, a fome, as deportações em massa e o trabalho forçado no Gulag mataram 20 milhões de pessoas. Só a grande fome de 1921-1922, desatada em grande parte pelo confisco de alimentos dos camponeses, ceifou mais de 5 milhões de vidas.Na Coreia do Norte, comunista de carteirinha que ainda perdura, a execução de “inimigos do povo” contabiliza pelo menos 100 mil mortos. Em termos proporcionais, contudo, o maior genocida comunista é o Khmer Vermelho do Camboja: em três anos e meio (1975-1979), com sua política inclemente de transferência forçada dos moradores das cidades para o campo, matou de fome e exaustão quase 25% da população.Os crimes do stalinismo e a matriz da política de terror empregada por outros regimes comunistas ficaram bem conhecidos desde o XX Congresso do Partido Comunista Soviético em 1956.O organizador do Livro, Stéphane Courtois, é um ex-maoísta convertido em crítico do marxismo; ele argumenta que o crime é intrínseco ao comunismo e não apenas um instrumento de Estado ou um desvio stalinista de uma ideologia de princípios humanitários. Courtois também sugere a equiparação do comunismo ao nazismo, com base na ideia de que ambos partilham a mesma lógica do genocídio. “Os mecanismos de segregação e de exclusão do totalitarismo de classe são muito parecidos com os do totalitarismo de raça”, escreve Courtois.Quem ainda tem coragem de defender tal barbárie? No entanto, ela ainda existe na mente de muitos acadêmicos, jornalistas e outros que parecem não conhecer as lições da História.
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