Em uma entrevista coletiva de 45 minutos a
bordo do avião, um repórter perguntou se era moralmente correto que os países enviassem
armas para a Ucrânia.“Esta é uma decisão política que
pode ser moral, moralmente aceitável, se for feita sob condições de
moralidade”, disse Francisco.Ele expôs os princípios da “Guerra Justa”
da Igreja Católica Romana, que permitem o uso proporcional de armas mortais
para autodefesa contra uma nação agressora.“A legítima
defesa não é apenas lícita, mas também uma expressão de amor à pátria. Quem não
se defende, quem não defende algo, não ama. Quem defende (algo) ama”, disse.Explicando
a diferença entre quando é moral ou imoral fornecer armas a outro país,
Francisco disse:“Pode ser imoral se a intenção for
provocar mais guerra, ou vender armas ou despejar armas que (um país) não
precisa mais. A motivação é o que em grande parte qualifica a moralidade dessa
ação”, disse. O papa, que pela segunda vez em uma viagem internacional
assistiu à coletiva de imprensa em vez de ficar de pé devido a uma doença
persistente no joelho, foi questionado se a Ucrânia deveria negociar com o país
que a invadiu e se havia uma “linha vermelha” a Ucrânia deveria desenhar
dependendo das atividades russas, após o que poderia se recusar a negociar.“É
sempre difícil entender o diálogo com países que iniciaram uma guerra… é
difícil, mas não deve ser descartado, disse ele. Eu não excluiria o diálogo com
nenhum poder que esteja em guerra, mesmo que seja com o agressor… Às vezes você
tem que fazer um diálogo assim. Cheira mau, mas, tem que ser feito, disse.Ele
(o diálogo) é sempre um passo à frente, com a mão estendida, sempre. Porque
senão fechamos a única porta razoável para a paz, disse Francisco.Às vezes eles
(o agressor) não aceitam o diálogo. Que pena. Mas o diálogo deve ser sempre
realizado, ou pelo menos oferecido. E isso faz bem a quem o oferece”, disse.
Fonte:
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/papa-diz-que-fornecer-armas-a-ucrania-e-moralmente-aceitavel-para-autodefesa/
No final de 2018, em audiência no
Vaticano, o Papa Francisco asseverou que:
"A legítima defesa tem origem no
amor-próprio, um princípio fundamental da moralidade e um dever para aquele que
é responsável pela vida do outro".
Ou seja, utiliza o Papa a lição clássica
sobre obrigação moral para embasar seu pensamento. A primeira expressão da
obrigação moral é o primeiro princípio fundamental da moralidade que é
conhecido racionalmente e diz:“O bem deve ser feito, o mal evitado” -
Acrescentou, ainda, que deve ser uma justa medida e necessária, no entanto
salientou que essa medida pode até em certas circunstâncias ser necessário
tirar a vida do injusto agressor. Disse, em resumo, o Santo Padre papa
Francisco: “O amor-próprio é um princípio fundamental
da moralidade. Portanto, é legítimo fazer valer o direito à própria vida, mesmo
quando for necessário infligir um golpe mortal no agressor”. Dada a
regra divina do “Não Matarás”, alguns podem dizer que existe uma contradição
insanável entre tirar a vida de outro e preservar a própria vida e a de quem se
deve proteger. Essa contradição, no entanto, é aparente, pois seria impossível
o cumprimento, ao mesmo tempo, de deveres excludentes, pois sendo o dever
emanado de Deus(que ordena o homem a perseverar no ser e no bem) entregar-se ao
mal e em certas circunstâncias, poupar a vida de uma pessoa malvada seria
transgredir o dever de fazer o bem. Dessa forma, então, há de prevalecer o
dever mais grave e, de fato, o único, neste caso a ser feito, o de praticar a
legítima defesa.
Fonte: ACI DIGITAL
Papa Francisco assinala que a
“legítima defesa deve ser necessária e medida"
O Papa Francisco recordou que: “A legítima
defesa não é um direito, mas um dever para aquele que é responsável pela vida
de outro”. Durante a audiência que concedeu na manhã de 17/12/2018, aos membros
da delegação da Comissão Internacional contra a Pena de Morte, recordou que: “A defesa do bem comum exige colocar o agressor
na situação de não causar dano. Por essa razão, aqueles que têm autoridade
legítima não devem rejeitar toda agressão, mesmo com o uso de armas, sempre que
isso seja necessário para a preservação da própria vida ou das pessoas sob seus
cuidados...Nesse sentido, explicou que qualquer ação defensiva, para ser
legítima, deve ser necessária e medida”. Em resumo, destacou que: “O
amor-próprio é um princípio fundamental da moralidade. Portanto, é legítimo
fazer valer o direito à própria vida, mesmo quando for necessário infligir um
golpe mortal no agressor”.
Papa reconhece o direito à legítima
defesa "como último recurso"
O Pontífice fez esta afirmação na
terça-feira, 26 de novembro de 2019, na coletiva de imprensa que concedeu no
voo de volta a Roma após sua viagem apostólica à Tailândia e ao Japão. O Santo
Padre ressaltou que:"A hipótese da legítima defesa
permanece sempre, e recordou que também, é uma hipótese que se contempla na
teologia moral, mas como último recurso", enfatizou.O Santo Padre
priorizou a diplomacia e a mediação como ferramentas para resolução de
conflitos e, apenas como último recurso, a legítima defesa. Nesse sentido, Francisco
mostrou sua satisfação pelo progresso ético que a humanidade está
experimentando, o qual significa que "avança no bem, não só no mal".
O Papa falou sobre o direito à legítima defesa em uma reflexão mais geral sobre
a paz e a violência. Explicou que tem um projeto de uma encíclica sobre
violência, mas "ainda não a vejo amadurecida, certamente devo rezar muito
e devo buscar o caminho". De fato, assegurou que, embora exista um
projeto, a encíclica “a fará o próximo Papa, porque mal tenho tempo. Há projetos
que estão na gaveta, esse sobre a paz está lá, por exemplo. Está lá
amadurecendo”, assinalou. No entanto, ressaltou que já faz inúmeras declarações
sobre violência e paz. Por exemplo, "o problema do bullying com as
crianças da escola: É um problema de violência! Falei precisamente sobre esse
assunto aos jovens japoneses. É um problema que estamos tentado ajudar a
resolver com muitos programas educacionais. É um problema de violência, e os
problemas de violência devem ser enfrentados”.Sobre a
paz e as armas, destacou o papel mediador de algumas organizações
internacionais e países, como a Noruega, “sempre disposto a mediar e a
encontrar uma saída para evitar a guerra. Isso está sendo feito e me apraz, mas
é pouco. As organizações internacionais não se arriscam, as Nações Unidas não
se arriscam. Ainda é preciso fazer mais.
Pense, sem ofender, no Conselho de Segurança da ONU: há um problema com as
armas e todos estão de acordo para resolver esse problema para evitar um
incidente bélico, todos votam sim, um com direito de veto vota não, e tudo se
bloqueia" - Por isso, convidou a refletir sobre o direito de veto no
Conselho de Segurança da ONU:“Escutei (não sei julgar), que talvez as Nações
Unidas deveriam dar um passo avante renunciando no Conselho de Segurança ao
direito de veto de algumas nações. Não sou um técnico nisso, mas escutei como
uma possibilidade. Não sei o que dizer, mas estaria bem que todos tivessem o
mesmo direito”.De qualquer forma, defendeu esforços crescentes para "deter
a produção das armas e deter as guerras e avançar na negociação, também com a
ajuda dos facilitadores e intermediadores". Como exemplo de resultados
positivos em uma negociação, falou do caso da Ucrânia e da Rússia:“Houve a
negociação para a troca de prisioneiros. Isso é positivo: sempre é um passo
para a paz”. Assinalou que, na Ucrânia, "agora, há uma troca para pensar a
planificação de um regime de governo na Donbass e estão discutindo sobre
isso". O Papa continuou sua reflexão sobre os países fabricantes de armas
e denunciou a "hipocrisia armamentista", que consiste em "países
cristãos, ou ao menos de cultura cristã, países europeus que falam de paz e
vivem das armas. Isso se chama hipocrisia” - "Acabar com essa hipocrisia
implica que uma nação tenha a coragem de dizer: ‘Eu não posso falar de paz,
porque a minha economia lucra muito com a fabricação de armas’".Por fim,
narrou uma história:“Em um porto, agora não lembro bem, chegou um barco cheio
de armas que deveria passar as armas a outra embarcação para ir para o Iêmen
(todos sabemos o que acontece no Iêmen). Os trabalhadores do porto disseram
‘não’. Aqueles trabalhadores foram corajosos. O barco voltou para seu lugar de
partida. É um caso, mas nos ensina como se deve seguir nessa direção. Hoje a
paz é muito frágil. Mas não desanimemos”.
Fonte: ACI DIGITAL
Guenois, Jean-Marie pergunta ao
papa Francisco: “E a legítima defesa com as armas?”
O Santo Padre responde: “A hipótese da legítima defesa permanece sempre! Também é uma
hipótese que se contempla na teologia moral, mas como último recurso, último
recurso com as armas. A legítima defesa com a diplomacia, com as mediações…
Último recurso: legítima defesa, mas sublinhando o último recurso.
Estamos avançando em progresso ético e me agrada colocar em questão essas
coisas. Quer dizer que a humanidade avança no bem, não só no mal”. O Santo Padre volta a usar o Catecismo n. 2308-2309.Por fim,
esta fala do Papa tratou da legítima defesa das nações. A de pessoas em
particular (cf. Catecismo n. 2263-2266), que é plenamente válida, inclusive por
meio de armas de fogo, ele defendeu no Discurso à Delegação da Comissão
Internacional contra a pena de morte, em 17/12/2018. Vale a pena lê-lo
na íntegra! Este é o ensinamento do Papa Francisco sobre pena de morte e
legítima defesa.
Fonte:https://pt.aleteia.org/2019/12/02/francisco-pena-de-morte-e-legitima-defesa/
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Tirando o argumento religioso da caridade, pois nem todas as pessoas são religiosas, ou crê em Deus, portanto, não são obrigadas a aderirem ao argumento religioso da caridade. Fora isto, as pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: Ou pela via da razão, ou pela via da força. Se você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de me convencer através argumentos convincentes e incontestes, ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela força. Todas as interações humanas recaem em uma dessas duas categorias, sem exceções. Razão ou força, só isso. Em uma sociedade realmente moral e civilizada, as pessoas somente interagem por estas DUAS VIAS de persuasão. A força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa que remove a força da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais paradoxal que isso possa parecer. Quando eu porto uma arma, você não pode lidar comigo pela Força. Você vai precisar usar a Razão para tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de anular suas ameaças ou uso da sua Força física pela arma que porto, e de seu conhecimento. A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um marginal de 19.
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