É provável que muita gente confunda sabedoria com esperteza. A esperteza tem mais a ver com astúcia, malícia, manha, subtileza, e este tipo de comportamento é capaz de aparentar uma certa “sabedoria”, mas pelos seus frutos, revela o quão daninho, perverso, humano e diabólico que é. O demônio e esperto e inteligentíssimo, mas não é sábio! A Sabedoria é de proveninência divina e os seus resultados são bem diferentes. A perversidade, esperteza e o oportunismo prolifera como uma praga que corrompe indivíduos, famílias e a sociedade. Quantos se aproveitam da desgraça alheia para enriquecer? Quantos usam a sua esperteza para enganarem outros, sem escrúpulos? É difícil ficar indiferente perante tanta corrupção, tornando um pequeno grupo de “felizardos”, mais prósperos que a maioria da população mundial. Todos os dias, os meios de comunicação informam, mas também formatam e deformam uma sociedade incauta, com coisas repugnantes, que seria melhor nem se tornarem conhecidas.
Na bíblia o salmista que escreve:
“Pois eu tinha inveja dos
soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte,
mas firme está a sua força. Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são
afligidos como outros homens. Pelo que a soberba os cerca como um colar;
vestem-se de violência como de um adorno. Os olhos deles estão inchados de gordura;
superabundam as imaginações do seu coração. São corrompidos e tratam
maliciosamente de opressão; falam arrogantemente... Eis que estes são ímpios;
e, todavia, estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as riquezas... Quando
pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado; até que entrei no
santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles.” (Salmo 73,3-8.12.16-17)
Deus não dorme, e os
espertos são destronados repentinamente, num ápice, quando menos esperam! O
apóstolo Paulo revela o caráter destes “espertos”:
“Porque muitos há, dos quais
muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz
de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles
é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.” (Filipenses 3,18-19)
Os maus exemplos proliferam, e rezamos suplicando para que Deus ainda no tempo que estamos a viver, levante lideranças cristãs e homens públicos com a VERDADEIRA SABEDORIA, que amenizem os estragos e seja restaurem a confiança de muitos. Ainda há gente SÁBIA neste tempo, mas muitos acabam por desejar protagonismos, reconhecimentos e se afastam da graça de Deus. Um dos ensinamentos bíblicos mais pragmáticos, isto é, que contêm considerações de ordem prática, realista, sem rodeios, com alvos bem definidos, sem subterfúgios, é o do apóstolo Tiago: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.” (Tiago 3,13.17-18)
Não é de hoje que o homem – na busca por vantagens materiais, políticas, profissionais, sociais, familiares – decidiu adotar costumes, hábitos, procedimentos e atitudes para alcançar seus objetivos nem sempre empregando métodos aconselháveis. A História mesmo nos dá conta de um bom número de personagens que atropelaram os chamados “bons costumes” para atingir seus propósitos. Inicialmente, o que difere o homem esperto do homem sábio é a paciência. A paciência é da essência da sabedoria, enquanto a esperteza tem na pressa, na agitação, na precipitação, na imoderação o “modus operandi” mais apropriado. O termo sábio vem do grego “sofós”, daí gerando “sofia” que significa sabedoria. Tem como características principais a habilidade para agir de maneira acertada.“O mundo é salvo pelo Crucificado e não pelos que crucificam. O mundo é redimido pela paciência de Deus (sabedoria) e destruído pela impaciência (esperteza) dos homens...” (Discurso papal no início do ministério Petrino de Bento XVI). O vocábulo tem a ver com a inteligência de certas pessoas no sentido de exercitar, mais do que outras, o dom de se proverem de conhecimento de forma mais rápida, mais eficiente, mais racional. O sábio é aquele que tem paciência para aprender a respeito das coisas e inteligência para executá-las corretamente, sempre respeitando a moral, a ética, os costumes. Outra característica do termo é sempre se inclinar para o bem, além de dotar de humildade, respeito para com o pensamento dos outros, gentileza no trato com o próximo e espírito público as pessoas dispostas a se lastrearem nessa concepção.
Ao sábio também está reservada a capacidade de enxergar longe, fugindo das implicações do dia-a-dia, não permitindo que dificuldades ocasionais lhe turvem a visão ampla do futuro – isso sem lhe tirar a qualidade de reconhecer seus próprios erros e buscar as soluções com rigor e desassombro. Já o esperto sempre cai na graça da torcida. Principalmente no Brasil onde os princípios são atropelados e se mesclam de tal forma que ninguém consegue mais enxergá-lo na inteireza de suas supostas qualidades. Como no salmo acima, muitos concluíram que não tem muita vantagem em ser sábio. O negócio é ser esperto, agir com competência para lograr êxito, mesmo que através de práticas que abusem de atos desonestos, imorais. É bem verdade que em certas ocasiões os sábios podem até usar de artifícios da esperteza para, digamos assim, encurtar caminho na busca do que procuram, porém, sem usar meios ilegítimos para atingir fins legítimos, pois para o cristão os fins não justificam os meios. Porém, dificilmente o contrário acontece. Dificilmente, podemos afirmar que alguns espertos se utilizam da sabedoria para alcançar seus objetivos. Por quê? Pela própria essência, pelas próprias características, pelos propósitos que movem o esperto em todas as direções. Há também, quem confunda esperteza com inteligência. Sim, há muitas inteligências e o esperto ou espertalhão precisa ter uma ou alguma delas. Mas esperteza e sabedoria não são sinônimos!
Inteligência e sabedoria não são sinônimos?
Por exemplo: uma família que tem um monte de gente com uma “inteligência burra”, ou seja, que só serve pra estudar, tirar notas altas na escola, mas não nos dá sabedoria para subir e melhorar de vida. Vivem todos na famosa "pindaíba". Enquanto isso, pessoas de uma outra família conhecida, eram “ruins de escola”, quando passavam de ano era com notas bem ruins, mas quase todos mudaram de vida para melhor. Enfim, percebemos que há inteligências e sabedorias, muito variadas, algumas delas – bem práticas – presentes em pessoas consideradas “burras”.No caso da corrupção, por exemplo, há pessoas (não só políticos) que a praticam com grande competência, e que escapam sempre da justiça, enquanto outras, às vezes muito mais “inteligentes”, quando resolvem meter a mão em grana pública são pegas facilmente e condenadas. Políticos manhosos exageram nessa esperteza que julgam ser “inteligência”, e acabam dançando no xilindró e expostos à execração pública pela mídia.
o que a bíblia nos ensina sobre a verdadeira sabedoria?
“Esperteza, quando é demais,
engole o próprio dono.” (Provérbio
popular)
“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria...” (Colossenses 3,16)
“A sabedoria oferece proteção, como
o faz o dinheiro, mas a vantagem dela é esta: a sabedoria preserva a vida de
quem a possui” (Eclesiastes 7,12)
“O conselho da sabedoria
é:Procure obter sabedoria; use tudo o que você possui para adquiri-la” (Provérbios 4,7)
“Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria
humana, agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da
pregação.” (1 Coríntios 1,21)
“Ao homem que o agrada, Deus dá
sabedoria, conhe¬cimento e felicidade. Quanto ao pecador, Deus o encarrega de
ajuntar e armazenar riquezas para entregá-las a quem o agrada. Isso também é
inútil, é correr atrás do vento”. (Eclesiastes
2,26)
“Não seja sábio aos seus próprios
olhos; tema o Senhor e evite o mal”. (Provérbios
3,7)
CONCLUSÃO:
Nos restringindo à sabedoria, os conceitos variam ao gosto de cada um. Mas nos ditados populares e nos pensamentos de “sábios”, a verdadeira sabedoria é relativa a Deus e não a si mesmo. Sobre a sabedoria humana Sócrates, por exemplo, dizia que “só sei que nada sei” e o fato de saber que nada sabia lhe dava vantagens sobre outras pessoas que pensavam saber muito. O homem revela quem é, pela sua conduta. Que haja diferença entre aqueles que servem o Senhor na vida dos outros, com sabedoria, e aqueles que se servem da sua própria esperteza para usarem das coisas de Deus com egoísmo, para benefício próprio.
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