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Montfort Associação Cultural desmascara o #sedevacantista Frei Tiago de São José

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 8 de julho de 2023 | 17:29

 

(foto reprodução You Tube)


 

Uma situação um tanto quanto inusitada está deixando muitos católicos confusos: O Bispo da Diocese de Bragança Paulista, Dom Sérgio Aparecido Colombo decidiu expulsar da sua diocese o Mosteiro Carmelita Eremita em Atibaia coordenado pelo Frei Tiago de São José, que já estava na diocese cerca de onze anos. Existem divergências sobre o real motivo da expulsão. Em uma carta aberta para toda diocese, Dom Sérgio afirma que o ato foi necessário tendo em vista a desobediência do Frei Tiago em diversas ocasiões e muitas irregularidades encontradas pelo clero com relação ao mosteiro.


 

 

Refutação das Teses Sedevacantistas de Frei Tiago de São José





Por Alberto Zucchi




Bastou um vídeo de pouco mais de dois minutos da Professora Lucia Zucchi anunciando sua palestra sobre a ação de grupos separados da Igreja, no III Congresso Montfort da Paraíba, para que o “mundo” sedevacantista entrasse em reboliço e confusão. Dentre os reclamos dos que se apresentam como representantes do pensamento sedevancantista, um em especial nos causou espanto e profunda tristeza: a manifestação do Frei Carmelita Tiago de São José. Sempre tivemos grande amizade por Frei Tiago, e em muitas oportunidades nos encontramos e conversamos. Entre nós sempre houve uma estreita colaboração. Até há pouco tempo, ele tinha sobre o sedevancantismo exatamente a mesma posição da Montfort: é um vírus que se espalha e que tem como origem uma falsa noção sobre a infalibilidade do Papa. O Frei Tiago de dois anos atrás seria um “galicano” na opinião do Frei Tiago de hoje. Incialmente, é necessário dizer que objetivamente fomos caluniados. Na apresentação do vídeo publicado por Frei Tiago está escrito:



“Montfort convoca Congresso polêmico contra o DOGMA DA INFALIBILIDADE PAPAL”




Sempre fomos a favor do dogma da Infalibilidade Papal, sempre o defendemos, principalmente contra muitos protestantes que nos escreveram. O que não aceitamos é a concepção que Frei Tiago faz agora deste dogma que, como veremos a seguir, não corresponde à doutrina católica. É verdade que durante o vídeo Frei Tiago esclarece um pouco melhor sua acusação, mas de toda a forma, o texto da apresentação ainda contém uma calúnia escancarada. Frei Tiago nos acusa de não aceitar o dogma da Infalibilidade Papal, "segundo a definição que ele mesmo criou" deste dogma. Segundo ele, o Papa jamais erraria em matéria de fé e moral, em qualquer situação. Com isso, Frei Tiago cai no erro mencionando pela Professora Lucia Zucchi em seu pequeno vídeo. O radicalismo de Frei Tiago chega ao apogeu quando ele defende a tese de que, se um suposto papa comete um erro doutrinário, essa é a prova de que ele de fato nunca foi papa, sendo na realidade um impostor que se apoderou do papado. Isso é o que teria acontecido com todos os papas conciliares, de João XXIII até o atual Papa Francisco. A opinião de Frei Tiago baseia-se em alguns textos que comentam a infalibilidade papal, afirmando que o papa não pode errar nunca em matéria de fé e moral. 










Se o Papa erra então teríamos a prova de que ele não é Papa, nem nunca foi. Simples assim. Frei Tiago constatou que os Papa conciliares erraram, logo eles nunca foram papas, são usurpadores. Mais simples ainda.Entretanto, esqueceu-se Frei Tiago - esqueceu é a palavra correta porque ele conhece a doutrina católica - sobre a infalibilidade, que existem condições para que o Papa se manifeste de forma infalível.A infalibilidade foi proclamada como dogma na Constituição Dogmática Pastor Aeternus, promulgada pelo Concílio Vaticano I em sua Quarta Sessão, capítulo VI em 18 de julho de 1870, nos seguintes termos:




“1839. Por isso Nós, apegando-nos à Tradição recebida desde o início da fé cristã, para a glória de Deus, nosso Salvador, para exaltação da religião católica, e para a salvação dos povos cristãos, com a aprovação do Sagrado Concílio, ensinamos e definimos como dogma divinamente revelado que o Romano Pontífice, quando fala ex cathedra, isto é, quando, no desempenho do ministério de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica alguma doutrina referente à fé e à moral para toda a Igreja, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa de São Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual Cristo quis munir a sua Igreja quando define alguma doutrina sobre a fé e a moral; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis."




De forma didática, em resposta ao questionamento de um consulente de nosso site, o Professor Orlando Fedeli - outro galicano na opinião de Frei Tiago - resumiu as seguintes condições para que os pronunciamentos de um papa sejam infalíveis: “As condições para o exercício do carisma da infalibilidade, de acordo com o dogma estabelecido pelo Concílio Vaticano I, em 1870, são quatro:




1 - Que o Soberano Pontífice se pronuncie como sucessor de Pedro, usando os poderes das chaves, concedidas ao Apóstolo pelo próprio Cristo;

2 - Que se pronuncie sobre Fé e Moral;

3 - Que queira ensinar à Igreja inteira;

4 - Que defina uma questão, declarando o que é certo, e proibindo, com anátema, que se ensine a tese oposta.”










Ademais, se interpretarmos os textos apresentados de forma literal, como quer Frei Tiago, o papa seria infalível em tudo e não somente em matéria de Fé e Moral, pois nos trechos apresentados diz-se apenas que o Papa é infalível porque ele age em nome da Igreja. Um dos erros de Frei Tiago é supor que não existam graus no Magistério da Igreja, do que decorre que toda a afirmação papal seja infalível. Em sentido contrário, no estudo sobre os Graus de Assentimento ao Magistério, elaborado pelo Padre Daniel Pinheiro, do Instituto do Bom Pastor – IBP, uma associação de padres também galicana segundo o Frei Tiago, fica claro, com ampla argumentação e bibliografia, que o magistério contém graus que pedem diferentes assentimentos para os católicos, e portanto, recebem graus diferentes de assistência divina. Afirma o Padre Daniel Pinheiro:




“Parece solidamente estabelecido que a cada grau do Magistério corresponde um grau de assentimento. E isso por causa da natureza profunda do Magistério eclesiástico enquanto participação mais ou menos perfeita na potestas docendi de Nosso Senhor, encontrando-se nos diversos graus de Magistério uma assistência divina mais ou menos eficaz. E também por causa da natureza da inteligência que pode assentir de maneira absoluta somente se encontra a evidência da coisa em si mesma ou a evidência da infalibilidade da autoridade que afirma uma doutrina ou uma verdade. Grau de assentimento corresponde necessariamente a grau de Magistério. Não se pode negar isso sem cometer erro tanto em relação ao Magistério Eclesiástico quanto à teoria do conhecimento do homem. Negar isso é ir contra a Revelação e a lei natural.”




Concluiu o Padre Daniel Pinheiro no mesmo trabalho, mostrando que existem dois extremos errados relacionados à doutrina do magistério: 





-O primeiro é dos modernistas que negam qualquer autoridade ao Papa. 



-E o segundo dos sedevacantistas que consideram que todo o pronunciamento do Papa deve ser infalível. 





Vejamos:




“O Magistério Eclesiástico é uma noção analógica, comportando vários graus que vão do Magistério infalível ao Magistério dos Bispos diocesanos, passando, entre outros, pelo Magistério Supremo puramente autêntico. A cada grau do Magistério, que se funda sobre a autoridade com que tal ensinamento particular é feito, corresponde necessariamente um grau de assentimento distinto.O Magistério puramente autêntico tem uma verdadeira autoridade que decorre da potestas docendi de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas o grau de participação nesse poder não faz desse Magistério um Magistério ao qual é devido um assentimento absoluto e irrevogável. Não se deve confundir aquilo que a Igreja distingue: Magistério infalível e Magistério não-infalível de um lado e assentimento absoluto e assentimento moralmente certo e condicionado do outro. Não se trata de desprezar aquilo que a Igreja ensina por seu Magistério não infalível, que permanece o modo regular e normal de ensinar, mesmo se in paucioribus (em certos casos raros) esse grau de Magistério pode conter erros.Entre os dois extremos [68], um por defeito (o Magistério não infalível não tem nenhum valor: modernistas, progressistas e liberais) e o outro por excesso (todo Magistério que vem do ápice da hierarquia é necessariamente infalível: conservadores, sedevacantistas e certos tradicionalistas), tertium datur: doctrina catholica. Ao Magistério supremo não-infalível é devido um assentimento religioso e interno da inteligência e da vontade. Ele é, porém, somente moralmente certo e condicionado. Se o contrário do ensinamento desse Magistério foi ou for decidido pela Igreja, ou demonstrado com verdadeira evidência pela razão – o que não deve ser facilmente admitido[69] – o fiel católico pode licitamente suspender o juízo, duvidar e mesmo dissentir, sempre com a reserva que nos impõem a prudência e o respeito devido à autoridade, sobretudo à autoridade suprema. As condições e limites dessa reserva serão determinados pelas circunstâncias e, máxime, pelo grau de dano que pode causar tal erro.”(https://scutumfidei.org/2013/01/21/assentimento-ao-magisterio-parte-iii/)





Para Frei Tiago "não há qualquer diferença no grau de autoridade com que o Papa ensina" e, desta forma, todo o ensinamento papal tem de ser infalível !




Qualquer ensinamento errôneo de um papa em matéria de Fé ou Moral seria uma prova indubitável de que se trata de um papa falso. Frei Tiago comete o erro do excesso descrito pelo Padre Daniel Pinheiro. Infelizmente, Frei Tiago não para por aí e desta noção errônea da infalibilidade ele tira conclusões absurdas. Assim, para ele, não somente a sede é vacante mas também de fato a Igreja desapareceu. Não há mais papas desde João XXIII até nossos dias. São todos impostores de uma pseudo Igreja. Desta forma, ele chega ao extremo do erro sedevancantista defendendo um “eclesiovacantismo”, ou seja, não se sabe mais onde está a Igreja, a qual deverá ser refundada por uma intervenção sobrenatural, assim como foi a Ressureição de Nosso Senhor. Deste modo, se aplicarmos para a Igreja o mesmo raciocínio que Frei Tiago faz em relação ao Papa, teríamos que admitir que: Nosso Senhor prometeu que a Sua Igreja não pereceria, ora a Igreja que está aí acabou, logo ela não é a Igreja de Cristo. As teses de Frei Tiago nos levariam a ter que admitir que a verdadeira Igreja é, hoje pelo menos, uma igreja mística e sem estrutura, que seria orientada não pela hierarquia, mas por virtuosos “gurus”, estes sim chamados por Cristo para guiar os fiéis. Porém, diante de tanta incerteza, de tanto tempo sem papa, diante de tanta prevaricação dos bispos, diante do desaparecimento de fato da Igreja... seria de se perguntar se a própria ordenação do Frei Tiago foi válida, uma vez que ele foi ordenado por um Cardeal claramente modernista e defensor da Teologia da Libertação. Enquanto esta questão não fosse resolvida seria necessário colocar em dúvida se de fato ele é padre. Ressalto que não estou eu mesmo duvidando da ordenação de Frei Tiago, apenas demonstro como podem ser absurdas as consequências das ideias defendidas por ele. Segundo a exposição de Frei Tiago, para sabermos se um papa é realmente papa seria necessário examinar a sua doutrina e, ao se identificar em seus pronunciamentos qualquer erro de fé e moral, isso seria um sinal inequívoco de que o ocupante da cátedra de Pedro não é papa, nunca foi papa, e sim um verdadeiro impostor. Então, acima do Papa deveria se instaurar uma comissão julgadora, provavelmente de “gurus” virtuosos e capacitados, portadores, estes sim, da verdadeira doutrina, que examinariam o que o Papa afirma para confirmarem se ele é o verdadeiro Papa. E, por mais paradoxal que pareça, isto só poderia ser feito ao final da vida do Papa, pois enquanto ele não morresse sempre estaria sujeito a dizer algo contrário à doutrina católica.




As consequências das teses de Frei Tiago levam de fato à negação da Hierarquia e da Igreja visível





Mais ainda, essa comissão de notáveis deveria definir quais são as verdades em que o papa é obrigado a crer para ser um verdadeiro papa. Por exemplo, em outro vídeo do seu canal, Frei Tiago afirma que, com base na Bíblia, se demonstra que a terra não é um planeta giratório e que não orbita em torno do sol. No texto que acompanha o vídeo encontramos a seguinte afirmação:




“A Escritura Sagrada e revelada por Deus nos ensina que vivemos num lugar único, central e imóvel que chamamos de Terra. O céu foi criado por Deus para a Terra e o Inferno colocado debaixo da superfície da Terra.”




Acreditar que a terra é imóvel, segundo Frei Tiago é, portanto, uma verdade de fé revelada! Portanto, os papas que não aceitam essa “verdade de fé” não seriam verdadeiros papas. E nunca teriam sido papas. Será que houve algum Papa nos séculos XIX e XX, para não voltar mais no tempo, que acreditava que a terra é imóvel? Assim, é inevitável surgir a pergunta: há quanto tempo será que não temos papas? No passado, houve um outro frei que julgou ter mais capacidade para interpretar a Bíblia do que os corruptos papas do Renascimento. Com isso, pode declarar que todos os papas eram usurpadores. A doutrina defendida por este frei se espalhou pelo mundo e produziu um enorme desastre... Não estou afirmando que Frei Tiago é protestante, mas é claro que a sua doutrina sobre a infalibilidade e o seu pensamento sobre a atual situação da Igreja levam ao protestantismo. Finalmente, Frei Tiago nos promete um verdadeiro curso para provar suas posições sedevacantistas. Ele deveria começar tal curso analisando de forma minuciosa o que cada Papa ensinou e nos informando quais deles não cometeram nenhum erro de doutrina e moral em qualquer ocasião. Os que passarem pelo teste serão, na ideia do Frei Tiago, os únicos verdadeiros Papas. Tudo o que os demais papas fizeram não teriam qualquer valor. Imagine-se a confusão... Falando nisso, Frei Tiago precisa explicar porque inicia sua série de anti-papas com João XXIII e não se questiona sobre Pio XII.Em 24 de dezembro de 1939, o Papa Pio XII lançou sua primeira Rádio-Mensagem de Natal, e nela introduziu uma novidade extraordinária e perplexitante: a inclusão, no seu texto, da íntegra de uma carta pessoal que o Presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, acabara de lhe enviar. Essa carta foi publicada sem críticas ou ressalvas pelo Papa, endossando, portanto, o texto do anti-católico presidente americano. Dentre os muitos erros da carta de Roosevelt encontramos a seguinte afirmação:




“nas circunstâncias do momento presente [a II guerra mundial] não há nenhum líder espiritual ou temporal que possa executar um plano determinado, capaz de por fim a esta destruição e a reconstruir uma nova ordem”




E prossegue o Presidente americano no texto enviado e publicado pelo Papa:





“Confio, pois, plenamente, que todas as confissões religiosas do mundo, que crêem no mesmo Deus, envidarão todos os seus grandes esforços, em prol de uma tão grande causa” [A paz mundial].






A defesa do ecumenismo feita pelo Presidente americano é clara. O apoio dado por Pio XII a este texto é inequívoco. Se o texto tivesse sido publicado pelo Papa Francisco, como uma carta remetida por seu amigo secretário geral do partido comunista chinês, certamente seria apresentado como mais uma prova pelos sedevacantistas de que o Papa seria um impostor. Porque então a mesma situação não serve para acusar Pio XII? Isto para não mencionar que foi Pio XII quem iniciou a reforma litúrgica... Será que mesmo São Pio X escaparia das condenações de Frei Tiago? Creio que não, pois é conhecido que São Pio X elogiou o movimento Sillon e posteriormente admitiu seu erro condenando o mesmo movimento na Encíclica Notre charge apostolique, de 1910. Ora, se todo o pronunciamento em matéria de Fé e Moral feito pelo papa tiver que ser infalível, quando São Pio X elogiou o Sillon ele não poderia ser papa e, se já não era papa antes, de nada adiantaria o seu arrependimento para retomar o lugar de Pedro.Para continuarmos ainda com outros exemplos, poderíamos citar a Petite Église. Essa surgiu de uma comunidade de católicos que não concordou com o absurdo acordo feito entre o Papa Pio VII e Napoleão Bonaparte, o qual coroou o liberalismo. Pio VII então, não passaria no exame doutrinal de Frei Tiago e seria mais um a ser acrescentado na lista dos papas usurpadores. A Petite Église estaria, portanto, certa em seu ato cismático? Será que é isto que Frei Tiago defende? Sobre os elogios que tantos papas fizeram à obra de Dante, a Divina Comédia? Hoje sabe-se que Dante utilizou de uma aparência católica para difundir a heresia cátara. Ora, Dante não poderia enganar a Deus e, portanto, os papas que elogiaram esta obra não seriam verdadeiros papas, mas sim impostores, já que não teriam gozado da infalibilidade.Voltando atrás no tempo veríamos que o trabalho de Frei Tiago em identificar a nova lista dos papas verdadeiros será enorme e chegará em São Pedro. Será que, para Frei Tiago, São Pedro era Papa? Afinal de contas, negou Cristo três vezes e através de seus atos ensinou aos cristãos da época algo errado sobre a possibilidade de se comer as carnes proibidas no Antigo Testamento... Creio que o Frei Tiago não repetirá o absurdo de alguns sedevancantistas que frequentam seu canal de que, neste caso, negando publicamente a Cristo e ensinando algo que o próprio São Paulo julgou importante corrigir em público, não houve um erro doutrinário.Estaria eu exagerando neste exemplo de São Pedro, que repito com muita insistência quando trato do sedevancatismo e com o qual Frei Tiago também concordava? Para aqueles que acharem inadequada esta comparação recomendo escutarem o sermão de Dom Lefebvre contra o sedevacantismo de 10 de maio de 1983, na capela da Imaculada Conceição de Maria Santíssima. Neste sermão ele afirma que São Paulo acusou a São Pedro nos seguintes:



“Não tem uma atitude fiel à fé verdadeira. Não caminha na fé católica”

Porém, Dom Lefebvre conclui:

“Mas São Paulo não disse: Já não é Papa”

No mesmo sermão, sobre aqueles que dizem que não há verdadeiros papas e bispos, Dom Lefebvre diz com veemência:

“Não os aceito, não os aceito, isto é cisma!”

Será que Frei Tiago considera Dom Lefebvre também um Galicano?












Por último, quase ao final do vídeo, Frei Tiago compara o pensamento dos sedevacantistas e dos católicos que aceitam a autoridade do Papa, acusando os últimos de defender que é lícito desobedecer e julgar o papa. Na realidade, ocorre exatamente o contrário: são os sedevacantistas que julgam que podem definir quem são os verdadeiros papas e os submetem ao seu julgamento pessoal. Nós obedecemos e nos submetemos ao Papa, quando ele nos manda fazer algo de errado nós não fazemos e, mesmo assim, não cabe a nós julgá-lo. Para concluir, informamos aos nossos leitores que todas essas ideias serão explicadas na palestra da Professora Lucia no Congresso Montfort da Paraíba. Eles poderão então ouvir a argumentação, apresentar seus questionamentos no final e, se Deus quiser, mudar a sua opinião cismática.





Faltou caridade no debate contra os sedevacantistas?




Por Francis Mauro Rocha

 







 



Diante do embate atual que travamos contra a "seita dos sedevacantistas", representados sobretudo pelas figuras do terraplanista Frei Tiago e do Controverso Caótico, muitos nos acusam de faltar com a caridade por conta do uso de invectivas contra os nossos adversários. Na realidade, não vemos aí falta de caridade. As invectivas pessoais não são, como querem aqueles que nos criticam, necessariamente contra a caridade, pois a mesma caridade, muitas vezes exige, por causa do zelo pela verdade, que se usem tais invectivas. 




Que a invectiva seja católica, o Evangelho é prova disso! 

 



Nosso Senhor Jesus Cristo continuamente polemizou com os fariseus, escribas e doutores da lei, usando contra eles de invectivas santas, ao chamá-los de malditos, raça de víboras, hipócritas e filhos do diabo! “A caridade transcende tanto a invectiva como a doçura das palavras, ela "impera" tanto sobre uma como sobre a outra” (Trecho do artigo Polémique et Charité do padre Padre Victor-Alain Berto, na revista la Pensée Catholique n°45-46, de junho de 1956). 




É importante ressaltar a contradição daqueles que nos criticam nesse ponto, pois são poucos, e mesmo quase nenhum, os que protestam contra a grande quantidade de impropérios que os sedevacantistas destilam contra a pessoa do Sumo Pontífice. Assim, pode ser expresso o pensamento desses sectários da seguinte forma: são válidos todos os impropérios desde que não sejam contra nossos idolatrados gurus!Em nossa defesa, contra as acusações injustas dos sectários, traduzimos um texto bem esclarecedor de um dos maiores estudiosos atuais de São Tomás, o dominicano Jean-Pierre Torrell, que nos parece transmitir com bastante fidelidade a verve polemista do Anjo da Escola. Fica manifesto em seus escritos que o inigualável Doutor não era tão delicado e contido no trato com a pessoa dos seus adversários como se supõe.Para introduzir o texto traduzido do francês sobre a verve polemista do Aquinate, revisitamos, como introdução, um trecho de um artigo muito importante para o nosso fundador, Professor Orlando Fedeli que também era acusado da suposta falta de caridade. 




O texto é de um conhecido polemista católico francês, o Padre Victor-Alain Berto, que foi conselheiro espiritual de Monsenhor Lefebvre:




“O senhor se escandaliza por encontrar invectivas numa publicação que se intitula católica. Isso acontece simplesmente, porque a invectiva é católica, prova disso está no Evangelho, provas disso são, não só os onze volumes de São Jerônimo na coleção do Migne, mas cem outros tomos da Patrologia. Portanto, a agressão não é, de si mesma, e em todos os casos, contrária à caridade. A caridade transcende tanto a invectiva como a doçura das palavras, ela "impera" tanto sobre uma como sobre a outra, conforme as circunstâncias. Será verdade que "o Evangelho só fala de caridade"? Que maravilha! eu me declaro de acordo com isso! Entretanto, ele contém expressões agressivas, o que nos leva a concluir que as invectivas, de si, não são contrárias à caridade do Evangelho. E quanto a uma caridade que não seja a do Evangelho, eu pouco me importo em não observá-la.Sustento, pois, absolutamente, meu direito de fazer invectivas; repilo absolutamente a reprimenda de faltar com a caridade, fundada apenas sobre o simples uso da invectiva; afirmo que essa crítica procede de um erro sobre a própria natureza da caridade. Certamente, pode-se faltar contra a caridade ao fazer uma invectiva e posso ter incorrido nessa desgraça. Mas pode-se também faltar com a caridade também na doçura e, condenar a invectiva em nome da caridade, não é conforme com a caridade tal como o Evangelho do muito doce e do muito terrível Senhor Jesus nos dá noção e nos mostra na prática”(para visitar o texto completo, procure em:https://www.montfort.org.br/bra/veritas/religiao/polemica-caridade/ )

 




A seguir o *texto do dominicano Jean-Pierre Torrell




 

São Tomás, o polemista.



Em seus escritos polêmicos em favor da vida religiosa, Tomás se engaja e se mostra pessoalmente de maneira mais aparente do que em muitas outras obras; sentimos que ele foi atingido naquilo que lhe é mais caro: a vocação pela qual lutou em sua juventude. É por isso que essas obras estão entre aqueles em que melhor captamos o caráter passional de seu temperamento e nos permitem acrescentar alguns traços significativos ao seu retrato espiritual. Se temíamos que ele fosse muito tímido na conturbada situação da universidade, esses escritos não carecem nem de vigor, nem de firmeza e nem mesmo, como sublinha M.-M. Dufeil (1), de uma "ironia sarcástica (que) irrompe de vez em quando" no Contra impugnantes. Assim, à objeção de que não se pode pertencer a dois colégios ao mesmo tempo (o corpo dos mestres e o de uma família religiosa), Tomás responde que os cânones de modo algum proíbem essa dupla filiação, mas sim a filiação simultânea: não se pode ser, ao mesmo tempo, cônego de duas igrejas diferentes (2).Se os escritos posteriores evitam esse tom, não são menos severos nem menos ásperos; a moderação do jovem mestre tem seus limites e, embora ele faça o possível para se conter nesse "diálogo sério e tenso" (H.-F. Dondaine), às vezes se deixa levar a ponto de julgar seus adversários: "Eles mentem completamente" (plane mentiuntur) (3). Todos se lembram também do conhecido final de De perfectione:“Se alguém quiser escrever contra este trabalho, será muito agradável para mim (acceptissimum); de fato, a verdade nunca se manifesta melhor do que resistindo àqueles que a contradizem e refutando seu erro; como diz o livro de Provérbios: "O ferro é afiado pelo ferro, o homem é refinado pelo contato com o próximo" (4).O final dos Contra retrahentes não é menos firme: “Se alguém quiser contradizer este livro, não fique balbuciando na frente das crianças, mas escreva um livro e publique-o para que pessoas competentes possam julgar o que é verdadeiro e refutar o que é falso pela autoridade da verdade (5). » Non coram pueris garriat (não fique balbuciando na frente das crianças): sem dúvida há aqui uma alusão aos alunos da faculdade de Artes, obviamente mais jovens que os estudantes de teologia, aos quais se tentava dissuadir de entrar nos frades dominicanos. Vale a pena insistir neste final: é o terceiro texto deste mesmo ano de 1271 que formula este convite à discussão em forma de desafio pessoal (6). Em um artigo já relatado, Edward Synan observou a abundância de metáforas emprestadas da cavalaria nos contextos mais inesperados. Acrescentam-se à documentação que recolheu estes desafios lançados ao adversário que fazem pensar, de fato, naqueles que os cavaleiros dirigiam entre si no momento de se engajar nos seus torneios.Mas não basta dizer que Tomás pode lançar um desafio; ele é capaz de mostrar seu espanto, sua impaciência e até sua indignação quando os argumentos de seus adversários são muito inconsistentes ou não verificáveis. Isso não vale apenas para o jovem Tomás, aquele do Contra Impugnantes, mas para o homem que permaneceu até o fim de sua vida: em 1270-1271 já tinha mais de 45 anos. Basta reler algumas passagens para se convencer disso e ver um tipo de homem bem diferente do obeso plácido e majestoso popularizado pela iconografia atual.Em resposta ao superior geral da Ordem, Jean de Verceil, que o questionou sobre as posições de Pierre de Tarentaise, que lhe haviam sido denunciadas como suspeitas, Tomás formula seu julgamento. Reconhece os pontos fracos do colega, mas também não tem medo de defendê-lo em termos mais claros: “O opositor faz uma calúnia, não entende o que está em questão". E um pouco mais adiante: "O que o opositor diz é calunioso e totalmente frívolo (7)».Em relação a uma posição radical sobre o intelecto separado, ele se surpreende, por outro lado, que alguém possa se extraviar "tão imprudentemente" (8), e ele não tem medo de falar de "delírio" (insania) para qualificar a posição oposta (9). É especialmente no De imitate intellectus que a coleção desses traços de impaciência se torna mais abundante; o que é em parte explicado pelo calor da discussão e pelo caráter crucial do assunto, mas é justamente dado como um exemplo do que um "mestre polemista" é capaz (10).É neste livro que Averróis é descrito como um depravator e até mesmo um perversor do pensamento de Aristóteles (11), mas pelo menos não se suspeita de sua inteligência. Por outro lado, Tomás duvida fortemente de seus adversários parisienses, a quem ele apostrofa duramente: “Aqueles que defendem essa posição devem confessar que não entendem nada de nada (confiteantur se nihil intelligere) e que nem são dignos de discutir com aqueles que atacam (12)”. Podemos passar por cima de outras amenidades deste tipo e voltar aqui para o final, que também é justamente célebre:"Se alguém, gloriando-se de uma falsa ciência, pretende argumentar contra o que acabo de escrever, que não fique conversando nos cantos ou na frente de crianças (in angulis uel coram pueris) incapazes de julgar um assunto tão difícil, mas escreva contra esta obra - se  se atrever. Ele terá então que lidar não apenas comigo, que sou apenas o menor deles, mas com uma multidão de outros amantes da verdade, que serão capazes de resistir ao seu erro e vir em auxílio de sua ignorância (13)”.Ainda que concordemos que essa polêmica não nos dá o melhor de Tomás, devemos reconhecer que o homem que fala assim não tem nada a ver com um intelectual tímido; ele está ciente de seu valor e não tem medo de enfrentar seu adversário. No máximo, ele talvez se aborreça, no fundo do coração, por não ter encontrado um adversário à sua medida. Mas o que também supomos é uma sensibilidade vibrante, que ele é obrigado a conter para que não irrompa com muita frequência, em uma discussão em que a paixão não deve obscurecer a clareza do argumento. Essas descobertas já seriam suficientes para destruir a lenda de um autor discreto que não fala por si e nunca se revela. Tomás não escreveu nenhuma Confissão, é verdade, mas suas obras falam dele muito mais do que se poderia pensar. E o que percebemos ao ler seus escritos é indiscutivelmente confirmado pela análise de sua escrita.Há muito sabemos o que o estudo das caligrafias traz para o campo da história do pensamento tomista, ao nos permitir ver por quais hesitações Tomás passou antes de chegar a sua redação final (14). Não é isso que vai nos fazer parar por aqui, mas sim um aspecto demasiado negligenciado que este estudo também nos permite descobrir: uma melhor compreensão de que tipo de homem  foi Tomás. A caligrafia de Tomás é lendariamente difícil, mas não se pode dizer que ele não sabia escrever. O padre Gils, um indiscutível especialista em caligrafias, há muito demonstrou a futilidade desses lugares-comuns (15). Tomás simplesmente tinha uma escrita personalizada ao mais alto grau, que revela com força irrefutável o temperamento de seu autor.As expressões que mais aparecem no estudo austero e fascinante de Gils são tão surpreendentes que se percebe que ele sentiu a necessidade de repeti-las e sustentá-las com centenas de exemplos. Tomas está “tenso e com pressa”; ele “gostaria de ir mais rápido”; “essa paciência”, de que ele precisaria para escrever corretamente, “Tomas não tem”. É só porque ele percebeu que “suas próprias formas eram muitas vezes mal interpretadas por seus próprios assistentes” que ele se esforça para ser mais claro."Com pressa", "cansado", "distraído", deixou em seu texto "lapsos", "cacografias" e "equívocos". Em seu esforço para compor, quando o assunto ou a palavra escapa, e ele repete o mesmo parágrafo até três vezes, "ele escreve o contrário do que pensa, esquece as palavras, comete anacolutos" e... nem sempre se corrige. Como não podemos dizer tudo, retenhamos este resumo final: “São Tomás é, portanto, um homem que se apressa. Ele se depara com as exigências da escrita. Ele constantemente experimenta suas próprias distrações, que o forçam a parar e voltar. Ele luta com a ordenação de seu pensamento e com os meios de expressá-lo. Ele é meticuloso e indiferente às inconsistências que seu irresistível impulso para frente o leva a cometer” (16).Deve-se reconhecer que este retrato não se encaixa bem com a ideia de pensador atemporal que costumamos ter do "Doutor Comum" ou do "Anjo da Escola". Dir-se-á que, ainda que corresponda à realidade, isso, em última análise, pouco tem a ver com o seu pensamento que, pelo menos, está permanentemente fixado? Raciocinar dessa maneira seria desconsiderar as raízes históricas dessa doutrina, que é, no entanto, tão esclarecedora para sua compreensão exata. Não é o próprio Tomás que repete depois de Aristóteles: "Considerando as coisas em sua gênese, obtém-se uma compreensão perfeita delas" (17)? Não é apenas pelo andamento das sucessivas redações que devemos nos interessar por esse estudo, mas sim pelo que ainda se buscava em seu pensamento no momento de sua morte, e que tantos pontos de suas obras atestam. Há mais a ganhar do que a perder neste tipo de pesquisa.Sem aprofundar aqui a questão de sua evolução intelectual, dificilmente seria correto, naquele que é venerado como santo, negligenciar demais a pessoa que ele foi e o modelo de vida cristã que encarnava. Inquestionavelmente, há continuidade entre o homem que escreve assim e aquele que desafia com tanta irreverência seus adversários ou se irrita com a inconsistência deles. Se conseguiu se expressar com tanta veemência, devemos imaginar a quantidade de continência virtuosa que deve ter sido usada no nascimento de obras mais contidas, nas quais seus traços de humor praticamente nunca transparecem. Por outro lado, a impaciência revelada nessas discrepâncias de linguagem dizem com eloquência que a espontaneidade com moderação que todos reconhecem em seu gênio foi, de fato, fruto de uma conquista. Meditando sobre o que não passa de uma simples observação, o discípulo de Tomás pôde perceber que "ele não é apenas um mestre em pensar, mas em viver."




Jean-Pierre Torrell O.P. - Université de Fribourg (Suisse)



 

*Texto traduzido do artigo: TORRELL, Jean-Pierre. “Séculiers et mendiants ou Thomas d'Aquin au naturel”. Revue des sciences religieuses, v. 67, n. 2, p. 19-40, 1993.




 








 REFERÊNCIAS:



 

(1) M. -M. Dufeil, Evolution ou fixité, p. 471.

(2) Contra impugnantes 3, lignes 341-372, p. A 67.

(3) Ibid. 24, linha 238, p. A 162; gramaticalmente, seria sem dúvida possível traduzir: "Estão enganados", o que deixaria aos seus adversários o benefício da boa-fé, mas o contexto, que lembra a malevolência com que se procede em relação aos religiosos, dificilmente deixa dúvidas sobre a indignação de Tomás.

(4) De perf., cap. 30, pág. B 111, com citação de Prov. 27, 17.

(5) Contra retrahentes, cap. 17, pág. C74.

(6) Cf. o final de De unitate intellects, cap. 5, Leão., T. 43, pág. 314, linhas 434-441; Quodl. IV q.12 a.l [23], início da Responsio, onde Tomás utiliza um texto de Agostinho para lançar esse desafio.

(7) Resp. de 108 art., 16 et 74, Léon., t. 42, p. 282 et 290.

(8) Super III De anima, cap. 1, lin. 372-73 (Léon., t. 45/1, p. 207) : « Mirum autem est quomodo tam leuiter errauerunt. »

(9) De substantiis separatis 13, lignes 26-28 (Léon., t. 40, p. D 64) : « Adhuc in maiorem insaniam procedentes aestimant Deum nihil nisi se ipsum intellectu cognoscere. »

(10) Este é o título de um artigo de P. Glorieux, “Un maître polemiste: Thomas d'Aquin”, MSR 5 (1948) 153-174, ao qual nos remetemos com prazer para algumas informações adicionais sobre este ponto; Veja também Léon., Super lob, Introdução, t. 26, pág. 18*.

(11) De unitate intel. 2, linha 155; 5, linha 392: Leon. 43, pág. 302 e 314; isso é algo bem diferente de uma simples mudança de humor, Tomas há muito compreendeu até que ponto a interpretação de Averróis se opõe à sua e ele não pode "pensar nela sem raiva", cf. R.-A. Gauthier, Leon., T. 45/1, pág. 224*-225*, que compilou um arquivo impressionante sobre este assunto.

(12) Ibid. 3, linhas 315-17, p. 306; Veja 5, linha. 397-400, pág. 314 onde Tomás confessa seu espanto ou melhor sua indignação por um filósofo cristão (não identificado de outra forma) ousar falar tam irreverenter da fé cristã.

(13) Ibid. 5, lignes 434-441, p. 314.

(14) Basta referirmo-nos a dois estudos magistrais: P.-M. Gils, “Textos não publicados de S. Thomas: As primeiras redações do Scriptum super Tertio Sententiarum”, RSPT 46 (1962) 445-462 e 609-628; LIBRA. Geiger, "Os escritos sucessivos de Contra Gentiles 1,53 do autógrafo", em São Tomás de Aquino hoje, "Research in Philosophy 6", Paris, 1963, p. 221-240.

(15) Não podemos recomendar seu estudo geral em que P.-M. Gils resume o que aprendeu com sua assídua frequência de mais de 40 anos da caligrafia de Tomás: “S. Thomas auteur”, Léon., t. 50, pág. 175-209.

(16) P.-M. Gils, Léon., t. 50, p. 176, 179, 195, 208-209.

(17) Cf. Aristóteles, Política I ii, l, ed. J. Aubonnet, Paris, 1960, p. 13; Vejo S. THOMAS, Sententia libri Politicorum, Leon., t. 48, pág. A 73, linhas 135-137: “In omnibus enim ita uidemus quod si quis inspiciat res secundum quod oriuntur ex suo principio, optime poterit in eis contemplari ueritatem. Selecionamos a tradução, por M.-D. Chenu, Theology as a science in the 19th century, Paris, 31957, p. 9.




BIBLIOGRAFIA



 

-https://www.montfort.org.br/bra/veritas/papa/caridadesedevac/

 

-https://www.montfort.org.br/bra/veritas/papa/respfreitiago1/

 

-https://domvob.wordpress.com/tag/frei-tiago-de-sao-jose/




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