Sabemos por experiência que qualquer manifestação no Twitter ou na internet de uma pessoa que tem muitos seguidores – e o papa é um grande influenciador – sobre um assunto que não está bem esclarecido e esquadrinhado, atacando qualquer pessoa é provocar o linchamento virtual. Esse silêncio do papa é, na verdade, de extrema responsabilidade e não o contrário. Uma coisa que muita gente deveria fazer na internet, e não só o papa, é esperar e averiguar com responsabilidade o que está por trás dos fatos para ver realmente o que está acontecendo, entender todas as circunstâncias, para somente depois se manifestar. É preciso ter cautela no campo minado das redes sociais.
O que o Papa Francisco já disse (e o que ele não vai
dizer) sobre as igrejas queimadas no Chile
*Por Paulo Polzonoff
Jr.
O silêncio do Papa
Francisco não é cúmplice, e sim sábio e inspirado! O Papa Francisco se
manifesta sobre muitas coisas. Só este ano, já falou sobre racismo, perseguição aos Cristãos, pandemia e
queimadas na Amazônia. Mas, ao menos até a conclusão deste texto, o Pontífice
ainda não se pronunciou especificamente sobre as igrejas incendiadas pela
extrema-esquerda no Chile. O silêncio papal tem levado muitas pessoas, não sei
se cristãs ou não, a desconfiarem do líder da Igreja Católica. Há quem sugira
que o Papa está empenhado na luta progressista e falam em “silêncio cúmplice”.
O que muitos não
sabem e poucos lembram, até por conta da insuportável velocidade das redes
sociais, é que o Papa Francisco já falou sobre o que aconteceu no Chile. No dia
22 de agosto, ele escreveu:
“Peço a todos que parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao
ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego. E acrescentou: Deus não
precisa ser defendido por ninguém e não quer que o seu nome seja usado para
aterrorizar as pessoas”.
Em outra época, isso encerraria a questão e o assunto dos incêndios criminosos e seria tema para as páginas policiais dos jornais chilenos e talvez para um ou outro filósofo interessado na "ética da violência". O problema é que os ânimos estão muito exaltados e a caridade cristã às vezes parece inadequada para estes tempos conflagrados.
Diante da imagem de
uma igreja em chamas, pode ser difícil entender, quanto mais aceitar, que o
cristianismo prega a misericórdia, não o confronto. É compreensível que
muitos cristãos desejem do Papa Francisco uma reprimenda aos manifestantes
chilenos que dessacralizaram duas igrejas. Afinal, eles temem que na ação da
extrema-esquerda esteja um prenúncio de seu fim, do seu aniquilamento. Houve
até quem comparasse as igrejas incendiadas à famigerada Noite dos Cristais promovida
pelos nazistas, sugerindo que o confronto e a reprimenda papal são necessários
para a própria sobrevivência do cristianismo e dos cristãos.
Mas aí é que está o xis da questão. Por algum motivo, de uns tempos para
cá fomos levados a acreditar que a Verdade deve se impor pela força, sempre
pela força, e nos esquecemos de que a verdadeira força, para os cristãos, está
na misericórdia. Na busca por entender o que levou aquelas pessoas a destruírem
as igrejas. Seria uma visão distorcida da história? Seria ganância pura e
simples? Ou seria até uma orfandade espiritual?
No afã de buscar uma ordem em meio ao caos, de ver vingada a fé e de
restituir alguma paz ao mundo, buscamos subjugar de alguma forma aqueles que consideramos
seres de caráter duvidoso, diabólicos, a encarnação do Mal e coisas do gênero.
Os gestos de triunfo dos adversários, transformados em inimigos, são uma humilhação insuportável. E é muito natural que queiramos ver extirpada da sociedade uma visão de mundo que promove o ódio em nome do amor. Mas será a força, tanto a física quanto a da palavra, o melhor instrumento para isso? Não é. Se fosse, Jesus não teria se submetido a Pilatos e ao povo que escolheu libertar Barrabás, pedindo ao Pai que fosse misericordioso com aqueles que o mandavam para a cruz. O problema é que muitos cedem à tentação de ver o pontificado de Francisco sob o prisma da política ocidental e de vários conceitos que não se aplicam à Igreja. Como se Francisco fosse um candidato perpétuo à reeleição, sujeito ao voto de confiança ou desconfiança dos fiéis.
O segredo para entender essa aparente contradição talvez esteja na
declaração de Cristo, do qual o Papa é o representante, de que Seu Reino não é
deste mundo. Deste mundo são as feministas chilenas com seus coquetéis molotov.
Deste mundo são as consequências político-eleitorais dos atos contra a fé.
Deste mundo é a briga entre esquerda e direita. Deste mundo é o desejo de
eliminar aquele que pensa diferente.
Deste mundo é o discurso incisivo, o chamado às armas, o desejo de
punição, de vingança, de reunir meia-dúzia de amigos, atravessar a cordilheira
dos Andes montado a cavalo e invadir Santiago aos gritos de Deus vult.
As virtudes do silêncio
Por isso acredito que o Papa Francisco, para a decepção de uns e alívio de outros, não dirá nada sobre as igrejas queimadas no Chile. Como me advertiu um amigo, é algo perigoso de se dizer e deixar registrado aqui. Os tempos são estranhos e posso queimar a língua, ou melhor, a ponta dos dedos. Mas acho que o Papa optará pelo silêncio. Não o silêncio cúmplice, como querem alguns, e sim o silêncio sábio e humilde, inspirado por Deus. Até porque o silêncio tem sobre a palavra, qualquer palavra (incluindo as escritas aqui), mas principalmente as mais enfáticas, várias vantagens.É no silêncio, por exemplo, que refletimos a fim de, no momento oportuno, expressarmos a misericórdia e o perdão. É no silêncio que nos percebemos também incendiários (metaforicamente falando, claro), que nos vemos como pecadores e falhos, incapazes, portanto, de criar na Terra uma versão do Paraíso – ideia arrogante que está na essência macabra de todos esses movimentos que atuam sob o guarda-chuva do marxismo.
*Paulo Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor (os
textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do
Povo).
Fonte: Gazeta do Povo
CHILE, arcebispo de Santiago: "O Santo Padre está
perto de nós e reza por nós"
Dom Aós: "Quero transmitir a todo o povo chileno, não só aos católicos a
solidariedade do Santo Padre que está muito próximo de todos nós e reza por
nós".
Por Vatican News
Nesta quinta-feira,
22/10/2020 (após os incêndios criminosos no Chile)o arcebispo de Santiago, dom
Celestino Aós, durante a sua participação num programa de Rádio Maria
"Ponto de Encontro", voltou a falar sobre o plebiscito, que no
domingo 25 de outubro chamará os chilenos a expressarem-se sobre a
Constituição, e sobre as duas igrejas queimadas na capital, convidando a um
diálogo mais justo e pacífico no país. Dom Aós, entrevistado pelo padre
Roberto Navarro e pela jornalista Macarena Gayangos, respondendo à pergunta
sobre os atos de violência ocorridos em Santiago do Chile no passado
fim-de-semana durante os quais foram queimadas duas igrejas na sua
arquidiocese, disse estar preocupado não tanto com a destruição material dos
edifícios, mas com o sofrimento das comunidades paroquiais. A indignação, disse
ele, é tudo "para o povo de Deus, para nós, para os crentes, isso é o que
dói". O prelado, tal como o Papa Francisco, expressou a importância de ser
irmãos e irmãs, de aprender a viver juntos no respeito pela dignidade de cada
pessoa. Depois relatou uma conversa que teve com o Papa há alguns dias, durante
a qual o Pontífice expressou a sua proximidade e solidariedade para com o povo
chileno, e encorajou-o a continuar na sua missão de busca da paz e do encontro:
"Quero transmitir a todo o povo chileno, não só aos católicos"
- disse o arcebispo -, "a solidariedade do Santo Padre que está muito
próximo de todos nós, que reza por nós e que se interroga, como nós, como pode
nos ajudar a irmos avante”.
Enfim, o arcebispo de
Santiago convidou uma vez mais os cristãos e todos os cidadãos chilenos a
cumprirem o seu dever cívico e a exercerem o seu direito de voto no próximo
domingo, sabendo que cada ação tem consequências. Ele pediu a todos aqueles que
não podem ir votar que rezem "pelo Chile, por aqueles que votam, para que
escolham com lucidez".
"Temos de escolher aqueles que são capazes e têm respeito pelos
direitos" - disse o prelado -, "porque, como vemos com dor, há outras pessoas que fazem escolhas diferentes, que escolhem
a violência, a destruição, e neste momento queremos construir, viver em
paz e na coexistência".
Fonte: Vatican News Service – AP
10 ensinamentos do Papa Francisco sobre "sua devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus"
O Papa Francisco
revelou sua devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus, dizendo que ela o
acompanha e o acompanhou em cada passo de sua vida.
“Essa Teresa, agora, acompanha um idoso. E quero testemunhar isso, quero
dar testemunho, porque ela me acompanhou, me acompanha a cada passo. Ensinou-me
a dar os passos...”
Assim confidenciou o Santo Padre durante uma pregação espontânea de mais de meia hora pronunciada para quase cem religiosas de clausura. Foi durante a visita que o Papa Francisco realizou ao mosteiro de clausura das monjas carmelitas em Antananarivo (capital de Madagascar), onde rezou com quase 100 religiosas contemplativas procedentes dos diferentes mosteiros de todo o país que, por exceção, saíram de seus claustros para encontrar o Pontífice.Por isso, depois de rezar a hora média, o Santo Padre abriu o seu coração às religiosas para lhes contar espontaneamente sobre sua devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus e os ensinamentos da Santa em sua vida.Santa Teresinha é “uma amiga fiel, por isso, não queria falar com vocês sobre teorias, queria lhes contar sobre minha experiência com uma santa e contar o que uma santa é capaz de fazer e qual é o caminho para ser santas”, disse o Papa, que as encorajou a seguirem em frente com coragem. Ao chegar, o Pontífice foi recebido pela priora do mosteiro, Ir. Maria Magdalena da Anunciação, que disse em francês, em nome de todos os presentes, algumas palavras de boas-vindas ao Papa. Depois, o Papa Francisco rezou a hora média com elas e, no final, entregou-lhes a homilia escrita que havia preparado para elas.
"para que pudessem ler, meditar tranquilas", enquanto destacou
que queria lhes dizer "algo do coração", porque para "seguir o
Senhor é preciso sempre coragem”, embora “seja verdade que o trabalho mais
árduo é Ele quem faz, mas devemos ter a coragem de deixar que Ele o faça”,
afirmou.
Depois de lhes contar
a história de duas monjas, uma idosa e uma jovem, o Pontífice explicou: “Isso
não é uma fábula, é uma história de vida”, a jovem se chamava Irmã
Teresa do Menino Jesus e destacou vários ensinamentos:
1. “A caridade nas
coisas pequenas e nas coisas grandes. O caminho da perfeição se encontra nesses
pequenos passos no caminho da obediência”.
2. "A coragem de
dar pequenos passos, a coragem de crer que na minha pequenez Deus é feliz e
Deus trará a salvação do mundo".
3. "Se você
quiser mudar não somente o mosteiro, não somente a vida religiosa, mas mudar e
salvar com Jesus, salvar o mundo, comece com esses pequenos atos de amor, de
renúncia a si mesma, que aprisionam Deus".
4. "O mundanismo
não é uma monja de clausura, é uma cabra que segue seus caminhos, que leva para
fora da clausura".
5. "Quando vier
em vocês pensamentos de mundanismo, fechem a porta e pensem nos pequenos gestos
de amor: estes salvam o mundo".
6. "Os diabos
educados tocam a campainha... O tentador não quer ser reconhecido, por isso vem
disfarçado de pessoa nobre, educada”.
7. "Este
conselho eu lhes dou: falem imediatamente. Falem logo se algo lhes tira a
tranquilidade, antes mesmo de tolher a paz".
8. “Sempre a
transparência do coração. Falando, sempre se vence. É verdade, é preciso
reconhecer que nem todas as prioras são o prêmio Nobel da simpatia”.
9. “Para a tentação,
para a luta espiritual, o exercício da caridade não se aposenta: você deve
lutar até o fim. Até o final. Também na escuridão... Nesta luta – cruel, mas
bonita – quando é verdadeira, não se perde a paz”.
10. “Eu gostaria que
todas fossem crianças no espírito... Com aquela dimensão da infância que o
Senhor ama tanto”.
Por último, o Papa
Francisco enfatizou que no final da vida de Santa Teresinha, ela ficou doente e
"pouco a pouco pareceu-lhe ter perdido a fé" e enfatizou que isso
aconteceu com Santa Teresinha que "em sua vida soube afastar os demônios
educados". Por isso, o Papa concluiu que:
“É preciso caridade, oração. A caridade de pedir um conselho a tempo, de
escutar... E a oração com o Senhor, a oração: Senhor, é verdade isso que estou
sentindo? Isso que a serpente me disse, é verdade?”.
Fonte: ACI DIGITAL
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