Por *Francisco José Barros Araújo
Hebreus
12,1: "Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande
nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que
nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta..."
QUAIS AS possíveis JUSTIFICATIVAS "PÓS CONCILIARES" PARA A RETIRADA OU REDUÇÃO DAS IMAGENS SAGRADAS DE DENTRO DAS
IGREJAS?
1ª)- "O Concílio Vaticano II nos leva a contemplação e valorização do ESSENCIAL e centro da liturgia: Jesus Cristo!" - A justifica é excelente! Só que na prática não vemos isso! Se coloca tudo no centro da liturgia: ecologia, ideologias, saneamento básico, a pessoa do celebrante, antropologia, etc. menos a Jesus. Além de que, muitas dessas imagens e modelos de interior de igrejas, são patrimônios históricos e deve ser mantido seu formato e disposição original.
2ª)- "
A retirada de imagens favorecerá o ecumenismo com os irmãos separados" -
Essa infelizmente, foi outra justificativa furada e fracassada!
Estamos transformando nossos belíssimos templos católicos, e nos assemelhando
aos AUDITÓRIOS e salas de aulas dos templos protestantes. E o efeito foi o
contrário! Não se tem testemunho em nenhuma paróquia ou
diocese mundo afora, que essas "adaptações" tenham aproximado ou trago
protestantes de volta ao catolicismo (muito
pelo contrário, o que vemos é uma "debandada de católicos" para o
protestantismo subjetivista e sentimentalista).
3ª)- "
A retirada ou redução das imagens sacras diminui o risco de
idolatria" - Essa é a desculpa mais esfarrapada e
contaminada pelo proselitismo protestante que acabou se infiltrando no clero e
meio católico, o qual é necessário aqui, infelizmente, "ENSINAR PAI NOSSO
A PADRE" ,com uma catequese básica sobre tipos de culto, imagens e o que é
idolatria.
As sagradas escrituras mostram várias passagens em que Deus "ordena claramente" que se fizessem esculturas. Eis algumas:
No Livro dos Números, quando os judeus se rebelavam contra Deus porque os tirara do Egito, Deus os puniu, castigando-os com serpentes. E o povo rogou a Moisés que intercedesse a Deus por eles, dizendo: "Roga [a Deus] que afaste de nós as serpentes! E Moisés orou a Deus pelo povo, e o Senhor disse a ele: "Faze uma serpente de bronze, e põe-na por sinal; aquele que, sendo ferido, olhar para ela, viverá. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e pô-la por sinal; e os feridos que olhavam para ela, saravam." (Num. XXI, 7-9). De novo: se Deus proibiu fazer figuras e esculturas do que havia sobre a terra, como então ordena que Moisés faça uma serpente de bronze? E, mais, quem olhasse para a serpente era curado, ocasionando aos judeus mais rústicos a idéia - que poderia ser uma tentação -- de considerar que na serpente de bronze havia algo de espiritual ou divino capaz de curar. Poderia haver contradição em Deus? Claro que não! Então deve haver alguma explicação para isso? Deus proíbe fazer imagens e depois Deus manda fazer imagens? Uma delas, uma imagem de serpente que curava sendo olhada. Reparem ainda, na passagem bíblica, Deus admitindo intercessores humanos entre Ele e os homens, ao contrário do que erradamente ensinam os protestantes de todas as seitas, que não admitem intercessores (apesar de contraditoriamente, pedirem a suas lideranças, a igreja e irmãos, que rezem por eles).
Quando Deus mandou fazer o Templo, ordenou que se fizesse um mar de bronze, isto é, uma grande bacia de bronze, com 12 bois, e disse:
"e [o mar] estava assente sobre doze bois, três dos quais olhavam para o setentrião, três para o ocidente, três para o meio dia e três para o oriente, e o mar estava em cima deles; as partes posteriores deles escondiam-se todas para a parte interna" (I Reis, VII, 25).
Como se explica que o mesmo Deus que proibira, no Sinai, fazer esculturas do que existe sobre a terra, mande fazer doze bois? Afinal, é proibido ou não fazer esculturas? Que confusão fazem os protestantes lendo apenas uma frase isolada da Bíblia, esquecendo -- de propósito -- outras. Descrevendo o mar de bronze, diz a Bíblia: "O trabalho da base era a cinzel e havia esculturas entre as junturas. Entre as coroas e festões havia leões, bois, querubins e também nas junturas da parte de cima; debaixo dos leões e dos bois pendiam como que umas grinaldas de cobre." (I Reis, VII, 28-29). No Livro I das Crônicas ou I dos Paralipômenos se lêem outras particularidades das esculturas que Deus ordenou que fossem feitas por ordem de Salomão para o Templo de Deus, em Jerusalém "Pôs no oráculo dois querubins feitos de madeira de oliveira., de dez côvados de altura"(...) "adornar todas as paredes do Templo em roda com várias molduras e relevos, figurando nelas querubins, palmas e diversas figuras, que pareciam destacar-se saindo da parede" (...) "Nestas duas portas de madeira de oliveira entalhou figuras de querubins, palmas, relevos de muito realce de ouro tanto os querubins como as palmas, e todas as outras coisas" (...) "esculpiu nelas querubins palmas e relevos muito salientes; "(I Cr. V, 23-24; 29; 32; 35). "Também para os garfos, copos, turíbulos de ouro puríssimo, para os leõezinhos de ouro, segundo os seus tamanhos, destinou o peso de ouro para cada um dos leõezinhos. Do mesmo modo, para os leões de prata, separou outro peso de prata. Para o altar, em que se queima o incenso, deu do ouro mais fino, para que dele se fizesse a figura dum carro de querubins, que estendessem as asas e cobrissem a arca da aliança do Senhor" (I Cr. XXVIII, 17-18). Quando a Arca da Aliança caiu em mãos dos filisteus, Deus os puniu com uma praga. Para se livrarem dela, os filisteus consultaram os seus advinhos, que mandaram que eles fizessem cinco objetos de ouro representando a parte de seu corpo ferida pela praga, e cinco ratos de ouro, colocando esses objetos junto com a Arca da Aliança, sobre um carro de boi, deixando-o livre para partir. E o carro foi em direção dos judeus, que recuperaram a Arca. Ora, o fato de que Deus atendeu os filisteus, curando-os, comprova que Ele aceitara a dádiva dos cinco ratos de ouro e dos cinco objetos representando a parte ferida pela praga. Portanto, nem sempre as esculturas são condenáveis. Todas essas citações comprovam que, se Deus proibiu fazer esculturas e imagens no primeiro mandamento, Ele mandou, em outras ocasiões, e por diversas vezes, que se fizessem esculturas e figuras. Como explicar, repetimos, essa aparente contradição, já que em Deus é impossível haver contradição? A explicação não é difícil. Há dois tipos de proibições: as proibições absolutas e as proibições relativas. Imagine você, prezado leitor(a), um professor irritado com sua classe barulhenta, que lhes grita:
"Proíbo que abram a boca!"
A seguir, ele chama um dos alunos para pedir-lhe a lição, numa chamada oral. Ele pergunta uma coisa ao Zezinho, que nada responde. Pergunta outra, Zezinho mantem-se absolutamente de boca fechada. Pergunta pela terceira vez, e Zezinho fica absolutamente silencioso. O professor lhe dá nota zero. A seguir, o professor surpreende um outro aluno comendo um sanduiche. Irritado de novo, diz que doravante proíbe que comam. Terminadas as aulas, Zezinho vai para casa e recusa comer e falar: mantém-se de boca fechada. A mãe insiste e Zezinho se mantém inamovível; a boca dele não abre. Afinal explica por escrito porque não fala e não come: o professor o proibira de comer e falar. Por isso tirou zero na lição oral e recusa comer qualquer coisa. Evidentemente, Zezinho é pouco entendedor... O professor "proibira abrir a boca em classe", no sentido que proibia conversar, mas não repetir a lição oralmente. Ele proibira comer durante a aula, mas não em casa. As proibições do professor eram de caráter relativo, e não absoluto. O professor não dissera nenhuma contradição. Falta de inteligência indicava Zezinho ao entender proibições para a classe, durante a aula, como proibições absolutas, válidas para sempre e em todas as circunstâncias. Da mesma forma, se Deus proibiu fazer imagens e, depois, por diversas vezes, mandou fazer imagens, como em Deus não pode haver contradição, segue-se que a proibição de fazer imagens é relativa e não absoluta. Deus proibiu fazer imagens para adoração. Deus proibiu fazer ídolos, e não fazer imagens. Por isso a Igreja, que compreende e aceita tudo o que Deus disse na Sagrada Escritura e que não isola uma frase de outra, mas a todas harmoniza, a Igreja sempre permitiu o uso de imagens e sua veneração, mas nunca a sua adoração. Aliás, qualquer protestante, na prática diária, desobedece o que eles dizem ser a verdadeira interpretação do primeiro mandamento, porque tiram fotografias de si e de seus parentes, guardam-nas e, se têm carinho por uma pessoa, beijam sua foto.
Conheça a origem e a "espiritualidade da
Via-Sacra", piedade que santifica os fiéis cristãos a tantos séculos!
Dom Estêvão Bettencourt, OSB, na revista ‘Pergunte e Responderemos’, de número 26, de fevereiro de 1960, fala-nos sobre a tradição do valoroso exercício de piedade que é a Via-Sacra. Segundo o memorável já falecido teólogo e monge benedito, a Via-Sacra é um exercício de piedade em que os fiéis percorrem com Jesus o seu caminho (via crucis), do Pretório de Pilatos até o monte Calvário. Esse exercício muito antigo, que remonta os primeiros séculos da Igreja Católica, tomou forma com o tempo, até a Via-Sacra, como conhecemos em nossos dias.Desde os primórdios, os fiéis veneravam os lugares santos, onde viveu, morreu e foi glorificado Jesus Cristo. Peregrinos de países mais longínquos iam à Palestina para orar nesses lugares. Em consequência dessas peregrinações, surgiram narrativas, das quais as mais importantes da antiguidade são a de Etéria e a do peregrino de Bordéus, que datam do século IV. Muitos desses peregrinos reproduziam, em pinturas ou esculturas, os lugares sagrados que visitaram.
DA VISITA DOS FIEIS AOS Lugares santos
A tendência de reproduzir os lugares santos aumentou por causa das Cruzadas (século XI-XIII), a qual proporcionou a muitos fiéis a oportunidade de conhecer os lugares santos e de se beneficiarem da espiritualidade desses locais. Por isso, aumentaram as capelas e monumentos que lembram os santuários da Terra Santa. Essas capelas e monumentos passaram a ser visitados por pessoas que não podiam viajar para a Cidade Santa.Até o século XII, os guias e roteiros que orientavam a visita dos peregrinos à Palestina não tratavam de modo especial os lugares santos relacionados à Paixão de Cristo. Em 1187, apareceu o primeiro itinerário que seguia o caminho percorrido por Jesus. Porém, somente no fim do século XIII, os fiéis passaram a separar a Via dolorosa do Senhor em etapas ou estações. Cada uma dessas era dedicada a um fato do caminho da Cruz de Cristo e acompanhada por uma oração especial. Por causa da limitação dos maometanos, os cristãos passaram a ter um programa para a visita desses lugares santos, relacionados à Paixão de Cristo.
A Via crucis
No fim do século XIV, já havia um roteiro comum que percorria, em sentido inverso, a Via crucis. Este começava na Igreja do Santo Sepulcro, no Monte Calvário, e terminava no Monte das Oliveiras. As estações desse caminho eram bem diferentes da via atual. Alguns autores do fim do século XV, como Félix Fabri, afirmavam que aquele itinerário – do Calvário ao Monte das Oliveiras – era o mesmo que a Virgem Maria costumava percorrer, recordando a Paixão de seu amado Filho Jesus Cristo.Os peregrinos que visitavam a Terra Santa, no fim da Idade Média, testemunhavam um extraordinário fervor, pois arriscavam suas vidas na viagem e se submetiam às humilhações e dificuldades impostas pelos muçulmanos ocupantes da Palestina. Tal fervor fez com que muitos cristãos, que não podiam ir à Terra Santa, desejassem trocar a peregrinação pelo exercício de piedade realizado nas igrejas e mosteiros. Esse desejo fez com que fosse desenvolvido o exercício do caminho da Cruz de Jesus Cristo. O fervor levou os fiéis a percorrerem o caminho doloroso do Senhor Jesus na ordem dos episódios da história da Paixão de Cristo. A narrativa da peregrinação do sacerdote inglês Richard Torkington, em 1517, mostra que, no início do século XVI, já se seguia a Via dolorosa do Senhor na ordem dos acontecimentos. Isso possibilitava aos fiéis a reviverem, mais intensa e fervorosamente, as etapas dolorosas da Paixão.No Ocidente, as pinturas ou esculturas das estações da Via-Sacra eram variadas. Algumas delas tinham apenas sete ou oito estações. Outras contavam com 19, 25 ou até 37 estações na Via dolorosa de Cristo. Em 1563, o livro “A peregrinação espiritual”, de Jan Pascha, descreve uma viagem espiritual que deveria durar um ano, num roteiro que partia de Lovaina para a Terra Santa.
Como
surgiram as 14 estações DA VIA SACRA?
Cada dia daquela peregrinação era acompanhada de um tema de meditação e exercícios de piedade. Em 1584, Adrichomius retomou o itinerário espiritual de Jan Pascha e lhe deu a forma que tem a Via-Sacra como a conhecemos hoje, ou seja, o caminho da Cruz de Cristo acontece a partir do pretório de Pilatos, onde Jesus foi condenado à morte, num total de 14 estações, até o Calvário, onde morre o Crucificado. Os franciscanos tiveram um papel importante na propagação do exercício da Via-Sacra. Desde o século XIV, estes são os guardas oficiais dos lugares santos da Terra Santa e, talvez, por isso dedicaram-se à propagação da veneração da Via-Sacra em suas igrejas e conventos. Desde o fim da Idade Média, os franciscanos erguiam estações da Via-Sacra, segundo o roteiro de Jan Pascha e Adrichomius. Isso fez com que essa forma prevalecesse sobre as outras formas de devoção da Via dolorosa de Cristo. Foram, também, os franciscanos que obtiveram dos Papas a concessão de indulgências ao exercício da Via-Sacra. Dentre os filhos de São Francisco, destaca-se São Leonardo de Porto Maurício, que ergueu 572 “Vias-Sacras” de 1731 a 1751. Assim, o exercício da Via crucis desenvolveu-se ao longo dos séculos até atingir sua forma atual, a partir da obra de Pascha e Adrichomius no século XVI. A aprovação da Santa Sé e a concessão de indulgências mostram que a veneração e a meditação da Via dolorosa de Cristo fazem muito bem para a piedade cristã, especialmente no tempo da Quaresma. Por isso, desfrutemos dos benefícios da Paixão de Cristo como são propostos pela Via-Sacra, piedade que santifica os fiéis cristãos a tantos séculos.
Dom Estêvão Bettencourt, OSBM
ATENÇÃO
AMADOS(AS): "Imagem não é o mesmo que ídolo!"
Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida e divindade própria, conforme explica o profeta Habacuc:Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: "Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta" (Habacuc 2,18 - 19) .A Bíblia reza no livro de Josué: "Josué prostrou-se com o rosto em terra DIANTE DA ARCA DO SENHOR, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel" (Josué 7, 6).Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel?Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma "serpente" de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que "olhar" é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?Pergunta que não quer calar: O poder de cura é oriundo da imagem ou de Deus? O mesmo atribuímos as imagens e objetos sacros.Temos as provas de como esse culto já era uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal "serpente" era o símbolo do Cristo crucificado: "Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem" (Jo 3, 14).Ora sabemos que os protestantes dobram os joelhos diante da bíblia ao orarem, COMO FAZEM OS JUDEUS DIANTE DA TORÁ.E nas escrituras sagradas não estão somente alusões a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo, mas aos patriarcas, profetas, santos apóstolos, a igreja e demais mártires fieis a Deus como Estevão em Atos dos apóstolos, e principalmente lá esta Maria a MÃE DE DEUS, tão desonrada e blasfemada pelos protestantes.Portanto indiretamente eles dobram-se a estes, pois não podemos tirá-los das escrituras sagradas.Eles poderiam contra argumentar, mas nos dirigimos é a Cristo, argumento que defenderia nossa veneração Católica, pois também não nos dirigimos diretamente às imagens, mas a quem elas representam, em espírito e em verdade junto a Cristo por terem perseverado até o fim. ( Conforme Apoc. 2,26-28).Alguns protestantes dobram-se diante da CRUZ SEM CRISTO, que é um símbolo PAGÃO usado pela suástica Nazista DE HITLLER e grupos satânicos.Os Satanistas são extremamente meticulosos neste ponto em não colocar a imagem do homem pregado na Cruz com a coroa de espinhos, pois representaria Cristo ao qual não são submissos.A idolatria portanto, consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo.Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras, como lemos no livro de Daniel.Teríamos ainda que achar que os três elementos: Deus o santo e a imagem são a mesma coisa.Nunca se ouviu algum católico defendendo que a imagem de algum Santo era Deus; mesmo porque isso seria cair em um PANTEISMO (defendido ardorosamente por Calvino e Lutero, OS PAIS DO PROTESTANTISMO em algumas de suas obras, tais como CONVERSAS AO PÉ DA MESA ).Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Francisco, por exemplo, não é S. Francisco, mas Deus. E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Francisco é a própria estátua.Nisto demonstra que somos mais esclarecidos que os protestantes, pois para os protestantes uma simples imagem eles a consideram como o próprio Deus, o que de forma alguma não se aplica aos Católicos esclarecidos, pois nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, (visto que esta consiste em adorar um falso deus , portanto um ídolo).Alguns protestantes argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma, ou, afirmação na Bíblia?É uma outra entre tantas CONTRADIÇÕES GROTESCAS dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, entretanto, para discordar dos católicos, E PROTESTAR (A razão de ser do protestantismo), não é necessária a Bíblia, basta uma simples afirmação protestante que DÍGA-SE DE PASSAGEM, não tem VALOR nem autoridade nenhuma para nós católicos.Parece-nos que o deus dos protestantes, ou as suas interpretações quanto à questão da imagens sacras, andam meio esclerosadas (esquecendo-se), pois o mesmo Deus, que no livro do Êxodo proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20).Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9).Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou, está havendo uma má interpretação teológica.Portanto, fica claro que o erro não está na confecção das imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas: Latria, ou dulia, veneração, ou adoração. Estas diferenças qualquer católico sabe distinguir perfeitamente, sem precisar dos alertas fanáticos dos protestantes.Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinha muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo ADORANDO ( E não honrando ) o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, portanto as advertências à idolatria é uma constante no Antigo Testamento, situação totalmente diferente do conhecimento e esclarecimento hoje no meio Cristão.Nas imagens sacras e obras de arte católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "imitadores" de Cristo, como aconselhou o próprio S. Paulo:"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" ( I Coríntios 11,1).Neste caso, é muito claro e simples: Veneramos e procuramos imitar os exemplos do seguimento perfeito a Cristo e adoramos o Deus que agiu neles.Nas catacumbas Cristãs dos primeiros Cristãos em Roma, encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade.Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio evangelista Lucas e está na catedral de Loreto, exposta à veneração dos fiéis.As imagens católicas carregadas em nossas procissões, representam pessoas virtuosas, quando não a imagem do próprio Cristo sofredor e ou, ressuscitado, como vemos na SEMANA SANTA. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos, tais como a prostituição, as orgias e a bebedeira. (não a bebida em si, que é recomendada sem excessos nas escrituras ). A bíblia nos ensina que o culto de Adoração devemos somente a Deus, reconhecendo-o como Senhor todo poderoso, portanto, Onipotente, que sabe tudo, portanto Onisciente, e Onipresente, ou seja, está presente em todo lugar. Quanto ao culto de Veneração, ou honra, a bíblia nos ensina sim, que devemos dar quem merece! Pois assim está escrito:
“Dai honra a quem merece honra - Eclesiastes 7, 2.”
“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra" - Rm 13,7
“Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado
Gamaliel, doutor da lei, venerado por
todo o povo, mandou que por um pouco
levassem para fora os apóstolos...” - Atos 5,34
OS TRÊS TIPOS DE CULTOS:
1. Culto
de latria (grego: “latreuo”) quer dizer adorar - É o culto
reservado a Deus.
2. Culto
de dulia (grego: “douleuo”) quer dizer: respeitar, ter em
conta, exemplo, honrar, ou simplesmente venerar. Reservado aos anjos fieis a
Deus e seu santos.
3. Culto de
hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do
culto de honra, sem atingir o culto de adoração. Reservado a Maria a mãe de
Deus, a bem aventurada entre todas as mulheres.
A
latria é o culto que se deve somente a Deus e consiste em reconhecer nele a
divindade, prestando uma homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor
dos homens. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador
de todos nós, etc.O culto de dulia é especial aos santos, como sendo amigos de
Deus.O culto de hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como
Mãe de Deus.
ATENÇÃO! O
"Concílio Universal de Trento" formalmente legitimou o uso das
imagens!
“As
imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser
adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e
veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou
para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como
os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim,
porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de
modo que nas imagens que possuímos, e diante das quais nos descobrimos ou
inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos QUE ELAS
REPRESENTAM (Sessão XXV).
O outro Concílio Cristão Universal de Nicéia, o primeiro
celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I, defende o culto
das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável !
Lê-se
nos atos deste concílio: “NÓS RECEBEMOS o culto das
imagens, (recebido da tradição dos primeiros Cristãos) e ferimos de anátema os
que procedem de modo contrário. Anátema a todo
aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os
ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema
àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos..."
CONCLUSÃO:
Portanto, nós católicos estamos em perfeita conformidade com o ensino tradicional dos primórdios do Cristianismo. Mais clareza, só cego para não querer ver e entender, o que seria puro orgulho espiritual e falta de humildade, que são atitudes não Cristãs. E por fim, sabemos que por muito tempo, quando não tínhamos TV’s, internet, e outros meios de comunicação, as imagens eram o evangelho vivo para os analfabetos, e foi um forte meio de evangelização!
*Francisco José Barros
Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma
Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
Fernando Leite de Matos - "LITURGIA: As imagens"
Hoje nas lembranças do Facebook apareceu esta imagem da Catedral Santa Luzia antes da reforma realizada em 2022 e um detalhe chamou minha atenção: as imagens e os quadros da Via-Sagrada que foram retiradas. Na verdade acredito que estamos caminhando para o mesmo erro do início da década de 1970, quando, em muito lugares, as igrejas passaram por reforma onde foi destruído muito do nosso Patrimônio Histórico. Atualmente neste processo de reforma das igrejas, que estão usando o nome de "adequação litúrgica" - observo profunda mudanças que na verdade é "fruto de uma interpretação", e não da norma da Igreja. Entre elas: a substituição do altar de tamanho ideal para a celebração para um menor que mal cabe o que essencial para a realização da Eucaristia, a retirada das imagens, inclusive a do Cristo Crucificado.
Hoje vou falar da retiradas das imagens por ocasião dessa
adequação, e antes que alguém diga que é antiliturgico, vou direto a
Sacrosanctum Concilium n. 125 que diz:
"Mantenha-se o costume de propor nas igrejas imagens sagradas
à veneração dos fiéis, mas em pequeno número e corretamente
dispostas para não induzir os fieis em erro, nem causar estranheza ao povo
cristão."
Um olhar a tradição da Igreja vamos observar que no II Concílio de Nicéia, no ano 787, já se falava sobre a veneração dos Santos em seus ícone e orienta que a tradição da Igreja da veneração às imagens seja mantida e ainda prevê pena para quem "ousar pensar ou ensinar ao contrário. Pode alguém dizer que o II Concílio de Nicéia já foi superado? O Ritual de Bênçãos (RB) de 1984, , retoma o mesmo ensinamento":
"Com o fim de levar os fiéis a meditarem no mistério da glória de Deus, que resplende a face de Jesus Cristo e em cada um de seus santos e para que se tornem, eles próprios, 'uma luz no Senhor', a santa mãe Igreja os convida maternamente à veneração das santas imagens"(RB n. 985).
Tanto em Nicéia como no RB a Igreja nos diz que as imagens não só trazem à memória dos fiéis Jesus Cristo e os santos que representam, como também, de certo modo, levam os devotos à sua presença. São Basílio Magno dizia que:
"A
honra prestada ao ícone passa para o modelo original".
Fernando Leite de Matos - Diocese de Mossoró-RN
Fonte:https://www.facebook.com/fernando.leite.374
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