Wałęsa em 1967, começou a
trabalhar como eletricista no estaleiro naval de Gdansk, onde assistiu à
repressão de manifestações operárias pela força das "armas ditatoriais" de seu país. Estes acontecimentos
trágicos levaram-no a lutar pela "constituição de sindicatos livres" no
país. Wałęsa torna-se, com efeito,
fundador e líder do Solidariedade, a "organização sindical independente do
Partido Comunista" que obteve importantes concessões políticas e
económicas do Governo polonês em 1980-1981, sendo nessa altura, ilegalizado e
passando à clandestinidade.
Em 1980, Wałęsa liderou o movimento grevista dos trabalhadores do estaleiro de Gdansk, onde cerca de 17.000 trabalhadores protestavam contra a carestia de vida e as difíceis condições de trabalho. A greve alargou-se rapidamente a outras empresas. Com dificuldade, as reivindicações dos trabalhadores acabaram por ser concedidas. As reivindicações sociais dos trabalhadores tomaram consequências claramente políticas quando foi assinado um acordo que lhes garantia o direito de se organizarem livremente, bem como a garantia da liberdade política, de expressão e de religião. O fato de ter liderado as paralisações dos grevistas e de ser católico, deu a Wałęsa uma grande base de apoio popular, mas os seus ganhos tiveram um carácter efémero ante a resistência do regime comunista. Em 13 de dezembro de 1981, o governo impôs a lei marcial, e a maioria dos líderes foram presos, incluindo Wałęsa, até 14 de novembro de 1982.
Em 8 de outubro de 1982 o Solidariedade foi considerado ilegal. O
país passou a ser governado pelo general Wojciech Jaruzelski. A agitação
operária continuou, embora de forma mais contida. Wałęsa só seria libertado em
1982. Um ano depois era-lhe
atribuído o Nobel da Paz!
Ele foi incapaz de aceitá-lo pessoalmente, temendo que o governo polonês o impedisse de voltar ao país. Então, sua esposa Danuta aceitou o prêmio em seu lugar. O Solidariedade saiu da clandestinidade após negociações com o governo em 1988-1989, assim como outras organizações sindicais. Com o desmoronamento do Bloco de Leste e a liberalização democrática do regime, ficou consagrada a realização de eleições livres. Em 9 de dezembro de 1990, Wałęsa foi eleito presidente, tendo tomado posse em 22 de dezembro de 1990. Uma vez Lech Walesa, presidente do sindicato Solidariedade, na Polônia, não aceitou ser comparado com Lula. A mídia quis saber porque Lech Walesa não recebia Lula? Nos anos 1980, Lech Wałęsa passou a criticar abertamente o sindicalista brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado sobre o motivo de se recusar a trabalhar ou se alinhar politicamente com Lula, Wałęsa foi direto e incisivo em sua resposta, deixando evidente o abismo moral e histórico que separava ambos:
"Lula representa tudo aquilo que combatemos. Nós, poloneses,
vivemos o inferno sob a tirania de Stálin e sonhamos apenas com a
liberdade. Lula, por sua vez, vive em um
país democrático e ainda assim sonha em submeter as pessoas a Tirania."
Não estou aqui para agradar seguidores, mas para deixar clara a
diferença entre um sindicalista que luta pela liberdade e outro movido pela
ambição de poder: a declaração, à época, causou desconforto e foi tratada
por muitos como exagero ou intolerância ideológica. Décadas depois, porém, a
história mostrou que Wałęsa falava não por rivalidade política, mas a partir da
experiência concreta de quem conheceu o totalitarismo por dentro — e soube
identificá-lo, mesmo quando disfarçado em novos discursos.
É só seguir a lógica do Bonde da História — aquele que não aceita passageiros atrasados nem admite revisão ideológica dos fatos:
O petismo, liderado por Lula da Silva, especializou-se em muitas práticas ao longo dos anos — todas elas recorrentes, previsíveis e amplamente documentadas no debate público:
– Defender e proteger criminosos, desde que estes estejam alinhados ideologicamente ou sejam úteis ao projeto de poder do partido. No universo petista, a culpa raramente é individual; ela é sempre “do sistema”, da imprensa, da Justiça, do mercado ou de um inimigo conveniente da vez.
– Apoiar, financiar e legitimar ditadores e ditaduras, seja na América Latina ou fora dela. Cuba, Venezuela, Nicarágua, Irã, além de aproximações com regimes autoritários em África e no Leste Europeu, nunca foram um problema moral para o petismo — desde que compartilhassem a mesma retórica “anti-imperialista”. Direitos humanos, nesse contexto, tornam-se seletivos e ideologicamente condicionados.
– Saque do dinheiro público e destruição fiscal, com a corrosão das contas de estatais, municípios, estados e do próprio país. Empresas estratégicas foram transformadas em caixas-preta partidárias, usadas para financiar esquemas de corrupção, comprar apoio político e perpetuar alianças espúrias que custaram bilhões aos cofres públicos.
– Mas a especialidade maior, a marca registrada do lulopetismo, sempre foi mentir — mentir sobre os fatos, sobre a economia, sobre a história, sobre decisões judiciais e, principalmente, sobre si mesmo. É a mentira repetida, martelada e reciclada até que ganhe aparência de verdade, mesmo quando desmentida pelos próprios autos.
É nesse ponto que a manipulação narrativa atinge seu ápice. Após a decisão do Supremo Tribunal Federal, por 8 votos a 3, que confirmou o entendimento já adotado monocraticamente pelo ministro Edson Fachin — de que a 13ª Vara Federal de Curitiba seria incompetente para julgar os processos envolvendo Lula — o lulopetismo tratou imediatamente de vender ao público uma tese falsa: a de que Lula teria sido “absolvido” ou “inocentado”. Isso é uma distorção deliberada dos fatos. O que houve foi uma decisão processual sobre competência territorial, e não um julgamento de mérito. Até então, segundo denúncia do Ministério Público Federal, Lula fora condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro, em segunda instância por três desembargadores de um colegiado unânime, e teve condenações confirmadas no Superior Tribunal de Justiça por cinco ministros. Em todas essas etapas, a tese da incompetência de Curitiba fora rejeitada. O próprio STF, agora, revisou essa interpretação por uma maioria circunstancial. O resultado prático foi a anulação das condenações por vício formal, e não a invalidação dos fatos apurados. Ainda assim, o placar acumulado de magistrados que validaram as condenações ao longo do processo chegou a 12 votos contra 8 — um dado sistematicamente omitido pelo discurso lulopetista. Dizer, portanto, que Lula é inocente, que teria sido vítima de perseguição política ou que o Supremo “restabeleceu a verdade” não passa de propaganda ideológica, da velha cartilha petista em funcionamento: confundir o público, reescrever a cronologia e transformar nulidades processuais em absolvições morais.No lulopetismo, a realidade raramente importa. O que importa é a narrativa — ainda que construída sobre meia-verdade, omissões e falsificações convenientes.
Lula só será, de fato, inocente no dia em que boi voar de cabeça para baixo tocando gaita de fole — não por exagero retórico, mas porque os fatos, a cronologia e as próprias decisões judiciais jamais apontaram para a inexistência de crimes. O que houve foram nulidades processuais, jogos de interpretação jurídica e revisões formais de competência. Nada disso apaga provas, delações, rastreios financeiros, testemunhos e condenações sucessivas registradas ao longo de anos. A Justiça pode anular sentenças; a história não anula fatos.
A absolvição moral não nasce de brechas legais nem de manobras hermenêuticas. Ela exige coerência entre discurso e prática, desprendimento do poder e compromisso real com o interesse público — virtudes ausentes em um projeto político que sempre tratou o Estado como instrumento de dominação, e não como serviço à sociedade. Essa constatação, aliás, não é exclusividade de adversários políticos. Ela foi expressa com clareza por alguém que esteve dentro do projeto petista, participou de sua construção intelectual e depois rompeu por honestidade moral. Como bem sintetizou Frei Betto, em entrevista ao jornal Zero Hora, em 24 de novembro de 2013:
“O PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder. Permanecer no poder passou a ser mais importante do que criar uma alternativa civilizatória para a nação brasileira.”
Quando até antigos aliados reconhecem que a busca pelo poder se sobrepôs a qualquer ideal democrático ou civilizatório, já não se trata de perseguição política, mas de confissão histórica tardia. O petismo deixou de ser um meio para melhorar o país e passou a existir apenas para se perpetuar — custasse o que custasse, mesmo que o custo fosse a corrosão institucional, a degradação moral e a fratura social. No fim, sobra apenas isso: um projeto de poder sem projeto de nação, sustentado por narrativas, vitimização seletiva e uma tentativa incessante de reescrever a própria biografia. Mas, como sempre, o tempo é implacável. E ele continua dizendo aquilo que nenhuma propaganda consegue silenciar.
CONCLUSÃO:
Eis, portanto, a diferença essencial — e moralmente intransponível — entre dois líderes sindicais que muitos insistem, por ignorância histórica ou má-fé política, em comparar. Lech Wałęsa enfrentou um regime comunista real, imposto pela força das armas, pela censura e pelo medo. Arriscou a própria liberdade e a própria vida para desmontar um sistema que esmagava consciências, reprimia a fé, anulava o indivíduo e transformava o Estado em senhor absoluto da sociedade. Quando venceu, restaurou a democracia, devolveu o poder às instituições e se retirou com dignidade, sem caudilhismo, sem culto à personalidade e sem apego ao cargo. Lula, ao contrário, jamais combateu uma ditadura concreta. Surgiu, cresceu e ascendeu politicamente em um país democrático, com imprensa livre, eleições periódicas e pluralismo político — exatamente as liberdades que Wałęsa jamais teve sob o comunismo soviético. Ainda assim, em vez de defender esses valores, Lula os relativizou. Onde Wałęsa rompeu com o totalitarismo, Lula o normalizou. Onde um lutou para desmontar o Estado opressor, o outro trabalhou para aparelhá-lo.
A diferença torna-se ainda mais alarmante quando se observa o alinhamento internacional de Lula. Wałęsa enfrentou ditaduras; Lula as cortejou. Enquanto o líder polonês denunciou regimes autoritários como inimigos da dignidade humana, Lula elogiou, financiou e deu sustentação política a governos notoriamente ditatoriais — Cuba, Venezuela, Nicarágua, Irã, Rússia, entre outros — sempre em nome de uma suposta “soberania popular” que serve apenas para encobrir censura, perseguição política, prisões arbitrárias e miséria institucionalizada. Não é coincidência. Ditaduras se reconhecem entre si. O discurso é sempre o mesmo: o problema nunca é o regime, mas “o imperialismo”, “a direita”, “a imprensa”, “o judiciário”, “as elites”. A narrativa muda; a lógica é idêntica. E Lula jamais escondeu sua preferência por esse modelo, desde que o poder permaneça concentrado e protegido de qualquer limite institucional. Wałęsa compreendeu, por experiência direta, aquilo que muitos só aprendem tarde demais: o comunismo não falha por erro de execução, mas por falha moral. Ele exige o sacrifício da liberdade no presente em troca de uma promessa futura que nunca se cumpre.
Por isso, onde chega, deixa como legado repressão, escassez, corrupção estrutural e destruição do tecido social. É por isso que decisões processuais não reescrevem a história. Nenhuma anulação técnica transforma corrupção sistêmica em virtude, nem converte um projeto de poder em virtude democrática. A absolvição moral não nasce de brechas legais, mas da coerência entre discurso e prática — algo que Wałęsa manteve e Lula jamais teve. No fim, a frase histórica permanece intacta e atual: “Lula representa tudo aquilo que combatemos.” Não é um insulto. É um diagnóstico. Um aviso vindo de quem viu a liberdade ser esmagada — e sabe reconhecer, a tempo, os que brincam com ela.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:










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Lulaladrão! teu lugar é na prisão e não na presidência! Devolve o dinheiro que roubou!
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