“A fumaça de Satanás entrou na Igreja” - O que o Santo padre Papa Paulo VI quis dizer com isso?
Nuvens de tempestade - Sentem-se chagas no pós-Concílio!
Terror e êxtase!
Considerado modernista no pensamento, mas conservador no comportamento pessoal e que exigia da Igreja, como veremos logo abaixo em "Anotações Esquecidas" - Jean Guitton (Saint-Étienne, Loire, 18 de agosto de 1901 – Paris,
21 de março de 1999) foi um filósofo e escritor francês, membro da Academia
francesa. Jean Marie Pierre Guitton nasceu numa família católica de
Saint-Étienne: católica tradicional do lado paterno, e católica humanista do
lado materno, demonstrando o seu avô materno provas de agnosticismo. Esta
diversidade de expresões da Fé marca a originalidade do seu pensamento.
Aluno do Liceu de Saint-Étienne, foi brilhante nos estudos que o conduziram à Escola Normal Superior de Paris, na rua de Ulm (formatura de 1920). Obtém o grau de agregado de Filosofia em 1923, e torna-se doutor em Letras em 1933. A sua tese versava sobre "O Tempo e a eternidade em Plotino e Santo Agostinho". Ensinou no liceu durante vários anos até ser nomeado para a Universidade de Montpellier em 1937. Durante a Segunda Guerra Mundial foi prisioneiro de guerra no Oflag IV D (Elsterhorst).
Amigo íntimo de Monsenhor Montini (futuro papa Paulo VI), foi
protegido dos rigores do Index. Foi chamado por João XXIII a participar no
Concílio Vaticano II. Paralelamente, continuou a publicar obras filosóficas e
apologéticas, que o tornaram num dos maiores pensadores do século XX.
O cativeiro também, foi para ele uma ocasião para escrever e publicar um ensaio, metafísico e político, sobre a identidade francesa: "Fundamentos da comunidade francesa". Nesta obra, prefaciada pelo marechal Pétain a quem ele dedicou o texto, Jean Guitton propõe devolver à "Nova França", que ele pensa ver nascer após a Derrota, uma "mística" (II, 3) que resultaria na síntese do melhor do Antigo Regime e da Revolução Francesa. O seu "Diário de cativeiro" 1942-1943 fazia também, eco das suas preocupações políticas: conta, entre outras coisas, a sua participação no "Círculo Pétain" do campo, onde dá conferências e organiza encontros entre oficiais franceses e alemães.
Várias páginas do Diário foram publicadas, a partir de 7 de Março
de 1943, no semanário pétainista Demain (Amanhã), cuja missão era reunir os
católicos de todas as opiniões à volta do marechal Pétain.
Jean Guitton continuou a escrever até ao fim da vida. Em 1991 foi vítima de um caso de plágio. O astrofísico Trinh Xuân Thuân acusou os irmãos Bogdanoff de ter plagiado o seu livro La Mélodie secrète (A Melodia secreta) (1988) para o livro destes, de entrevistas com Guitton, intitulado Dieu et la science (Deus e a ciência). O processo que se seguiu limpou estas acusações. Praticando a pintura desde a infância, Jean Guitton pintou nomeadamente uma Via Crucis para a igreja de São Luis dos Inválidos. Para cada estação, para cada etapa da “Via Sacra”, Jean Guitton realizou um “quadro” – um ícone – no qual escreveu uma curta frase que a pintura esclarece e que revela o que ele pintou. Pintor de talento, foi encorajado por Édith Desternes a expor regularmente as suas obras na Galerie Katia Granoff, em Paris. Jean Guitton morreu em 1999 com 97 anos. Casado tardiamente não teve filhos.
"Anotações esquecidas" - Jean Guitton
afirmava:
"A nova Missa de Paulo VI parece a tradução de um serviço protestante..." (J. Guitton - 1998)
Falando sobre a "reforma da liturgia da Missa, fruto do Concílio Vaticano II" (e não propriamente de Paulo VI), Jean Guitton faz, dentre outras, as seguintes afirmações:
1 - “Antes do Concílio, a Missa era
a Missa! Evidentemente era em latim, não se entendia nada, mas tinha-se a
impressão que era a Missa. Porém, agora, têm-se a sensação que ela seja a
tradução de um serviço protestante. Do meu ponto de vista, a reforma desejada
pelo concílio (Vaticano II) era boa; claro que ela (a reforma) não queria que a
Missa, a Eucaristia, fosse reduzida àquilo que os protestantes fazem durante a
sua cerimônia, que chamamos ceia. Por exemplo, quando se decidiu que o
sacerdote não a celebrasse mais voltado para o altar, dando suas costas aos
fiéis, mas sim voltado a eles, foi executada uma reforma decisiva que realmente
perturbou muitos cristãos. Com razão quiz-se celebrar a liturgia na língua
comum — para que os fiéis a compreendessem —, mas sem querer abolir o sagrado.
Hoje, praticamente, a Eucaristia não tem mais o caráter sagrado, sério e divino
que tinha no passado...” (J. Guitton com Francesca Pini, L’infinito in fondo al
cuore, Ed. Mondadori, Milão, 1998, p. 103).
2 - “...freqüentemente me pergunto se os sacerdotes que rezam
a Missa crêem realmente que a hóstia seja o corpo e o sangue de Cristo? Principalmente quando — terminada a função — vemo-los fugir rápido e apressados
da igreja, como se tivessem terminado a sua jornada. Então as pessoas se perguntam
se os sacerdotes crêem realmente? Se eles (sacerdotes) não crêem, portanto, porque razão
deveriam os fieis crer?” (Op. cit. p. 104).
3 - Perguntado se a Missa corre,
hoje, o risco de se assemelhar simplesmente, a uma "liturgia da palavra", responde Guitton: “Os
protestantes não têm esta idéia do sacramento, da transubstanciação: eles
repetem aquilo que Jesus Cristo fez, mas de modo simbólico. A ceia deles é uma
liturgia da palavra, não é um ato que "transforma" o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo no sentido fundamental do
gesto, assim como creem os católicos. A Igreja católica tem razão de
querer tornar a sua liturgia mais acessível e compreensível aos protestantes,
mas não pode abandonar a essência do catolicismo: que no pão e no vinho
consagrados estão o corpo e o sangue de Cristo no sentido substancial,
verdadeiro e profundo”. (idem, p.104).
Jean Guitton, é considerado o “maior filósofo católico do século XX”, amigo íntimo de Paulo VI, presente no concílio Vaticano II, e único leigo nele a discursar (aliás, fato jamais ocorrido em toda a história dos concílios da Igreja), ao fazer essas considerações sobre a “Missa” de Paulo VI, ele no leva realmente, a nos questionar e nos posicionar diante de certos abusos liturgicos e deturpações que se fazem propositalmente tanto por modernistas, bem como, Rad Trad's, cismáticos, conclavistas e sedevacantistas.
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