Eu sou leigo,
portanto, posso fazer política partidária, porém, as atividades
político-partidárias não são compatíveis com o serviço dos bispos, dos
presbíteros, diáconos e dos membros de ordens e congregações religiosas. Estes como pastores do rebanho que lhes foi confiado em uma
porção da Igreja, devem estar abertos a todos, independentemente de serem de direita, esquerda, ou
centro, pois tem que pastorear a todos sem distinção.
“É uma missão especial dos cristãos leigos empenhar-se na política, na
sociedade e na economia com espírito do Evangelho, do amor, da verdade e da
justiça. Para tal, a Doutrina Social da Igreja oferece-lhes uma clara
orientação”, [2442]
O Papa Francisco nos
lembrou que a atuação na política por parte dos leigos é uma das mais altas formas
de caridade. Mas, como assim?
A importância da Política
Infelizmente o demônio colocou na cabeça de muitos cristãos que
“Política não presta”; então, os bons se afastaram dela deixando-a aos cuidados
de muitos que a usam para o seu próprio bem, e não do povo, do bem comum. É
claro que há políticos honrados.
A Igreja sempre ensinou que a política é a arte de buscar
“o bem comum”, o bem de todos, especialmente dos mais necessitados!
Então, como disse mui
acertadamente o Papa Francisco: “política é arte de
fazer caridade”. O verdadeiro político é um “sacerdote” que só pensa no
bem dos seus concidadãos; não pensa em si mesmo.
A política é boa, santa, o que não presta é a politicagem, o uso e abuso
da política. O político é bom, o que não presta é o politiqueiro, que usa da
política para seu enriquecimento, multiplicando as falcatruas e corrupções, os
mensalões, propinas e outras práticas desonestas.
Os papas têm repetido isso muitas vezes, chamando os
católicos a entrarem sem medo na vida pública.
O nosso Catecismo (§899) diz:
“A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se
trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais,
políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta
iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja.”
O Papa Francisco disse:
“A política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das
formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum. Envolver-se na política é uma
obrigação para o cristão. Nós não podemos fazer como Pilatos e lavar as mãos,
não podemos. Temos de nos meter na política porque a política é uma das formas
mais altas de caridade, porque busca o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, mas eu pergunto:
está suja por que? Por que os cristãos não se meteram nela com espírito
evangélico? É a pergunta que faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros… mas,
e eu, o que faço? Isso é um dever. Trabalhar para o bem comum é dever do
cristão”.
João Paulo II já tinha dito na “Christifidelis laici” (n.
42):
“Para animar cristãmente a ordem temporal, no sentido que se disse de
servir a pessoa e a sociedade, os fiéis leigos não
podem absolutamente abdicar da participação na «política», ou seja, da múltipla
e variada ação econômica, social, legislativa, administrativa e cultural,
destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum.
Bento XVI pediu
aos bispos que:
“Estimulem os fiéis leigos a vencer
todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida
pública, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade
humana. Ele insistiu na importância das iniciativas de formação
inspiradas na Doutrina Social da Igreja, para que quem esteja chamado a
responsabilidades políticas e administrativas não seja vítima da tentação de
explorar sua posição por interesses pessoais ou por sede de poder”. (ROMA, 26 de maio de 2011 ZENIT.org).
ATENÇÃO!!! Participar da política não é somente ser
candidato a algum cargo político-partidário
É um chamado e uma vocação que cabe a poucos; a
maioria cristã tem de se engajar no sentido de votar bem e esclarecer a quem
puder para fazer o mesmo. Precisamos vencer o pessimismo derrotista do
“não tem jeito!”, “está tudo perdido!”, “não adianta fazer nada!”. Não!
O Brasil é um grande
país, abençoado, cheio de recursos; o que falta é educar o povo e
conscientizá-lo. Marthin Luther King, o grande pastor negro americano
assassinado em 1963, disse:
“Não tenho medo do grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos,
dos sem-caráter, dos sem-ética. Tenho medo é do silêncio dos bons.”
-Isso é uma tarefa
política que cabe a cada um de nós: Orientar e educar o povo, os irmãos, os
amigos, politicamente.
-Chega de dar o voto “a quem vai me beneficiar”; isso é egoísmo
destruidor.
Ensinemos os
alienados a votar conscientemente, conhecendo a quem dá o seu voto, sem se
deixar levar por conversas e promessas vazias e eleitoreiras. É
possível sim levantar essa nação para o bem, a justiça e a verdade.
Vimos como esse povo foi para as ruas de maneira
ordeira e pacífica em junho de 2013, exigindo mais dos governantes.
Agora, essa força precisa ser canalizada para as urnas.
Que cada um esclareça
seu próximo; ensine-o a votar com a cabeça e não com o coração ou com segundos
interesses interesseiros e egoístas. Não posso votar
pensando em mim, mas na Nação. Quando
John Kennedy foi eleito presidente dos EUA, ele disse em seu discurso de posse:
“Americano, não pergunte o que os Estados Unidos podem fazer por você,
mas o que você pode fazer pelos Estados Unidos”.
É preciso reformar a
sociedade que está doente, mudar o nosso sistema político injusto, eliminar a
corrupção e a imoralidade, restaurar a democracia; mas tudo isso começa com a eleição
de pessoas honestas e capacitadas. Ensine as pessoas a não anularem o
voto ou votar em branco; isso significa abdicar da luta e entregar o
poder aos piores; alguém será eleito.
Os católicos que participam na política
deveriam suprimir sua fé?
Pessoas que promovem o laicismo absoluto nos Estados insistem que a
religião deve permanecer no âmbito privado dos funcionários públicos e dos
políticos. Isto é possível? Para o Procurador Geral da Nação da Colômbia,
Alejandro Ordóñez, atuar assim evidenciaria uma “espécie de esquizofrenia
social”.
Alejandro Ordóñez,
católico e um dos mais assíduos defensores da vida, da família e da legalidade
na Colômbia, em seu cargo suportou diversos ataques midiáticos, ao mesmo tempo
que enfrentou diversas instituições do Estado como o Tribunal Constitucional.Ordóñez
serviu no cargo de Procurador Geral da Nação por dois períodos, desde 2009.Em
entrevista concedida ao Grupo ACI, Ordóñez assinalou:
“Hoje vemos uma espécie de esquizofrenia social dos servidores públicos.
É permitido que eles possam pensar o quiserem em privado, mas atuar diferente
em público. Há algo que atualmente sentimos falta em nossa sociedade, e isso é
a coerência. A coerência que o católico deve ter entre sua vida privada e sua
vida pública”, indicou.
Para este Procurador Geral da Nação:
“Nossa vida familiar e religiosa é claramente determinante em nossa vida
pública, pois de outra forma estamos frente a um grave problema, pois
terminamos fazendo coisas que não acreditamos e não pensamos. Ao atuar contra o
que acreditamos que seja correto, convertemo-nos em homens sem consciência ou
atuando contra a nossa consciência. É um dramático cenário moral que hoje a
experiência nos demonstra os lamentáveis atos de corrupção em nosso Estado”.
Ordóñez sublinhou que:
“É evidente que se tivermos bons filhos, bons pais, bons esposos, com
certeza teremos bons cidadãos e bons funcionários. Mas
se aceitarmos o divórcio entre as esferas privada e pública, onde se patrocine
a desordem pessoal, encontraremo-nos com homens em conflito consigo mesmos que
geralmente terminarão fazendo mau uso do público”.
Um bom católico é garantia de um bom funcionário e um bom
cidadão!
“Ser um bom católico é a garantia de ser um bom funcionário”, assegurou
o Procurador, pois “as virtudes e normas morais lhe
impedirão de servir-se ‘do’ público para, na verdade, servir ‘o’ público”.
“Como disse no discurso quando assumi pela segunda vez o cargo de
Procurador, primeiramente eu perdoo todos os que me
odeiam, perseguem e, também disse coloquialmente, fazem bullying, pelo
simples fato das minhas crenças e opiniões”, assinalou.
“Em segundo lugar, devo dizer que para mim é uma
grande honra, embora um mérito não merecido, ter sido promovido de soldado a
general no campo de batalha, pois não duvido que há pessoas muito melhor
preparadas e dotadas que eu para estas lutas, mas quanto eu gostaria que
mostrassem seus rostos, que abandonassem as falsas prudências, os silêncios
hostis”, disse.
Davi contra Golias
Ordóñez recordou que durante seu trabalho à frente da
Procuradoria e ao receber os fortes ataques midiáticos:
“Houve vários momentos dolorosos e difíceis, sobretudo para a minha
família. Há momentos em que realmente nos sentimos como Davi contra Golias ou
como um peixe que nada contra a corrente. Mas tivemos que passar por isso.”
Entretanto, precisou,
enquanto “os meios dominantes – bem poucos em número – se organizam com
frequência quase que ao uníssono contra tudo o que diga ou faça o Procurador
ou, em geral, contra tudo o que não seja ‘progre’”, a ele resulta “muito
edificante o agradecimento, as felicitações e especialmente as orações de
muitos cidadãos de todo o país”.
“Quando pretenderam deslegitimar meu cargo ‘acusando-me’
algumas vezes de conservador e outras de reacionário, normalmente me lembro
do pensador francês Georges Bernanos, que em seu texto ‘Liberdade para quê?’
explica: ‘ser reacionário quer dizer simplesmente estar
vivo, pois só os cadáveres não reagem contra os vermes que o devoram. Essa
é a tarefa dos reacionários, permanecer vivos, levar os germes da vida, dentro do
corpo agonizante do estado”,
Em seguida, Ordóñez
lamentou a atual “intolerância aberta” contra “as posições
de princípios”, o qual levou a que muitas pessoas que defendem os princípios da
vida e da família “temam o linchamento midiático, que se
converteu na ferramenta mais efetiva para promover as agendas radicais”.
A valentia vem do Senhor
O Procurador explicou
que a valentia para enfrentar esta intolerância “vem de uma graça especial que
Nosso Senhor concede àqueles que a pedem com fé”. Por isso, Ordóñez agradeceu
“as orações de milhões de compatriotas que expressam que diariamente estou
presente em suas preces, porque sabem que eu defendo o que é verdadeiramente
justo e bom para a sociedade”.
Além disso, indicou que a valentia “nasce da consciência de saber que de
meus atos e omissões um dia não muito longe terei que prestar contas ao
Criador”.
Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/os-catolicos-que-participam-na-politica-deveriam-suprimir-sua-fe-59771/
O leigo católico é convidado a atuar na
política por amor a Deus e ao próximo como a si mesmo!
Amor a Deus, a sua
pátria, a seus valores cristãos e ao próximo, e não somente em vista do seu bem
estar material e social. São Tomas More, patrono dos políticos e chanceler do
Rei Henrique VIII, morreu por não deixar-se corromper. More não abriu mão dos valores
católicos que são valores universais, ou seja, não servem “apenas” aos
católicos, mas a todos os povos. Ele nos ensina:
“O homem não pode se separar de Deus nem a política da moral”.
O mesmo santo disse, ao ser condenado à morte por se
manter fiel à Igreja:
“Ninguém no seu leito de morte se arrependeu jamais por ter sido
católico.”
Tomas More morreu
pela fé ao não usar seu cargo político para promover a corrupção e preservar
sua vida terrena. Ele foi um cidadão consciente dos seus atos e sabia que grave distorção
seria se afirmar católico e, ao mesmo tempo, ignorar a importância de uma vida
pública coerente com valores cristãos inegociáveis. Ele não morreu ou
lutou por uma ideologia, ele morreu por uma
pessoa, por amor a Jesus Cristo e a seu Reino.Em um Brasil tão
polarizado pela política partidária, não há como ser verdadeiramente católico
sem rezar, ocupar mente e coração com o que está acontecendo com nosso país. Muitas
vezes nos deixamos tomar pela desesperança e acabamos por repetir a velha sentença:
“Odeio política”, porque nos sentimos impotentes diante de tanta corrupção.
Entretanto, somos filhos do Deus do Impossível, somos marcados pela Paz, somos
cidadãos do Céu e queremos que a vida nesta Terra seja, para todos, vida em
abundância como nos disse Jesus. Abundância, principalmente e essencialmente,
da Graça, da fé, da dignidade humana restaurada ao se reconciliar com o Criador
e, por consequência, com as criaturas.
O outro não é meu inimigo, mas meu irmão e é um cidadão
pleno de direitos e deveres!
Queremos um país onde
reine a Paz não por amor a uma ideologia ou pensamento, mas por Amor a uma
pessoa que conhecemos, descobrimos e que causou a maior de todas as revoluções
no mundo, a revolução da Cruz, do Amor, do abaixamento. O poder que transformou
e transforma todas as coisas é do Amor de Cruz e Ressurreição que Jesus nos
oferece para com o coração convertido ao Evangelho anunciar a verdadeira Paz que
só Jesus nos dá em todas as instâncias da sociedade. Dentro das Igrejas, das
Assembléias Legislativas, do Congresso Nacional e aonde Nosso Senhor quiser nos
enviar.
-Você sabia que em passado recente, quase foi
aprovada uma proposta de lei que poderia tirar a liberdade de pais católicos de
educar livremente e segundo sua fé, seus filhos? Você sabia que esta
proposta não passou graças a muitas orações e ações de cristãos no Congresso
Nacional?
-Você sabia que o PNE
(Plano Nacional de Educação), votado pelo Senado propunha o ensino da
Ideologia do Gênero em todas as escolas brasileiras? O próprio site do
Senado noticiou que o “Alô Senado” ficou congestionado por ligações de
cidadãos, a maioria que se manifestavam contra a PL 122, a chamada “Lei da
Mordaça Gay” e contra o PNE.
De forma geral sabemos opinar muito e detectar os problemas de maneira
magistral. Mas, e as soluções, e as respostas para estes males? Que fonte segura buscar?
A resposta deveria ser óbvia e clara, entretanto não é...
Mas, temos
sim uma fonte de documentos segura e iluminada pelo próprio Criador das
estruturas humanas: a Doutrina Social da Igreja, as encíclicas
relacionadas às questões sociais da humanidade e muito mais.
-Será que conhecemos a Doutrina Social da Igreja?
-Será que sabemos que está à nossa disposição um grande
tesouro de sabedoria semeado, fecundado e frutificado durante mais de dois mil
anos?
Precisamos urgentemente,
estudar este material para em espírito de diálogo com Deus, permitir
que a Verdade molde nossas mentalidades segundo o Evangelho de Cristo e
nos ofereça, assim, respostas preciosas e eficazes.
Por fim, não podemos
nos esquecer de que em ano de eleições e manifestações, devemos usar as nossas armas mais
poderosas contra a corrupção e a favor da Paz: o terço, a Eucaristia e a proclamação
da Verdade na caridade, porém, sem negar a verdade em nome da caridade.
Contemos também com a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe e consagremos,
sem cessar, toda a América Latina à poderosa intercessão de Sua Mãe e
Padroeira.
Quem são os leigos?
“Sob o nome de leigos entendem-se aqui todos os
cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens ou do estado religioso
reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo
Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da
função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, em seu âmbito, a
missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo” (CIC §897).
“Uma vez que, como todos os fiéis, por meio do
batismo e da confirmação, são destinados por Deus ao apostolado, os leigos, individualmente ou
reunidos em associações, têm
obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da
salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo;
esta obrigação é tanto mais premente naquelas circunstâncias em que somente
através deles os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo” (CDC c.
225 §1).
O ministério dos leigos
Devemos lembrar que
as portas sempre estiveram e continuam abertas para todo fiel que, como povo de
Deus, queira participar e evoluir, a seu modo, do tríplice múnus de Cristo (cf.
LG n.31), desenvolvendo a missão evangelizadora que Jesus Cristo deixou para nossa
Igreja através dos frutos do Espírito Santo (cf. AA n.2).
Pelo chamado a um enobrecedor projeto de vida pessoal, sendo, pela
graça, um instrumento para a construção do Reino de Deus (cf. CIC §2820), todo discípulo missionário deve engajar-se ativamente em
algum ministério eclesial, ou em obras de ações sociais voltadas ao bem da
comunidade, pois estando incorporado mais ativamente às obras divinas, produz
frutos abundantes que o elevam ainda mais a um estado contemplativo de amizade
com o Pai – servindo-O em ações de fraternidade, realizadas e reconhecidas em
todas as missões exercidas para o bem comum da humanidade (cf. Gl 6,10).
“Consagram a Deus o próprio mundo” (LG n.34).
O que diz a doutrina Católica sobre os leigos e
a política?
Catecismo da Igreja Católica:§2246 -
“Faz parte da missão da Igreja emitir juízo
moral também sobre as realidades que dizem respeito à ordem política, quando o
exijam os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas, empregando
todos os recursos, e somente estes, que estão de acordo com o Evangelho
e com o bem de todos conforme a diversidade dos tempos e das situações”
Compêndio da Doutrina Social da Igreja
Católica, publicação oficial da Igreja:
-571- O empenho político dos católicos é freqüentemente posto em relação com a
“laicidade”, ou seja, a distinção entre a esfera política e a religiosa. Tal distinção é um valor adquirido e
reconhecido pela Igreja, e faz parte do patrimônio de civilização já
conseguido. A doutrina moral católica, todavia, exclui claramente a
perspectiva de uma laicidade concebida como autonomia da lei moral: A
“laicidade”, de fato, significa, em primeiro lugar, a atitude de quem respeita
as verdades resultantes do conhecimento natural que se tem do homem que vive em
sociedade, mesmo que essas verdades sejam contemporaneamente ensinadas por uma
religião específica, pois a verdade é uma só. Buscar sinceramente a verdade, promover e
defender com meios lícitos as verdades morais concernentes à vida social, a
justiça, a liberdade, o respeito à vida e aos demais direitos da pessoa , é
direito e dever de todos os membros de uma comunidade social e política. Quando
o Magistério da Igreja se pronuncia sobre questões inerentes à vida social e
política, não desatende ás exigências de uma correta interpretação da
laicidade, porque não pretende exercer um poder político nem eliminar a
liberdade de opinião dos católicos em questões contingentes. Entende, invés,
como é sua função própria, instruir e iluminar a consciência dos fiéis,
sobretudo dos que se dedicam a uma participação na vida política, para que o
seu operar esteja sempre ao serviço da promoção integral da pessoa e do bem
comum. O ensinamento social da Igreja não é uma intromissão no governo de cada
País. Não há dúvida, porém, que põe um
dever moral de coerência aos fiéis leigos, no interior da sua consciência, que
é única e unitária.”
-Compêndio da Doutrina Social da Igreja Católica, publicação
oficial da Igreja 382 - Quando o poder humano sai dos
limites da vontade de Deus, se autodiviniza e exige submissão absoluta,
torna-se a Besta do Apocalipse, imagem do poder imperial perseguidor, ébrio do
sangue dos santos e dos mártires de Jesus (Ap. 17, 6). A Besta tem a seu serviço o falso
profeta (Ap. 19, 20), que impele os homens a adorá-la com portentos que
seduzem. Esta visão indica profeticamente todas as insídias usadas por Satanás
para governar os homens, insinuando- se no seu espírito com a mentira. Mas
Cristo é o Cordeiro Vencedor de todo poder que se absolutiza no curso da
história humana. Em face de tais poderes, São João recomenda a resistência dos mártires: dessa
maneira, os fiéis testemunham que o poder corrupto e satânico é vencido, porque
já não tem ascendência alguma sobre eles.”
A Instrução
Libertatis conscientia, publicada pelo Papa João Paulo II e retomando as
grandes chaves de leitura da Doutrina Social da Igreja, asseverou:
“Nesta missão, a Igreja ensina o
caminho que o homem deve seguir neste mundo para entrar no Reino de Deus. Por isso, sua Doutrina abarca toda ordem
moral e, particularmente, a justiça, que deve regular as relações humanas. […]
Quando propõe sua doutrina acerca da promoção da justiça na sociedade humana ou
exorta os leigos ao engajamento, segundo sua vocação, a Igreja não excede seus
limites […] Na mesma linha, a Igreja é fiel à sua missão, quando denuncia os
desvios, as servidões e as opressões de que os homens são vítimas; quando se
opõe às tentativas de instaurar, seja por oposição consciente, seja por negligência
culposa, uma vida social da qual Deus esteja ausente, enfim, quando exerce seu
julgamento a respeito de movimentos políticos que pretendem lutar contra a
miséria e a opressão, mas são contaminados por teorias e métodos de ação
contrários ao Evangelho e ao próprio ser humano.” (Idem, p. 1122)
Portanto, Católico não deve votar em partidos que tenham um
comprometimento formal com a legalização do aborto, uma vez que
o tema atinge o bem natural maior, que é a vida dos mais indefesos, os
nascituros.
Católicos e Política: Princípios Doutrinais
Querem nos fazer crer que a confessionalidade católica dos Estados é má
em si ou que, ao menos, é sempre inconveniente. Pois
bem, é compreensível que os inimigos da Igreja digam isso. Mas que hoje alguns
teólogos, sacerdotes, leigos estudados ou uns poucos políticos católicos
“mal-menoristas” digam que o Estado confessional é mau em si e que,
ainda por cima, fundamentem sua heresia alegando que esse é o ensinamento do
Concílio Vaticano II, é algo com o que não estou (não estamos) disposto a
concordar.
Isso equivale a
condenar o que durante quinze séculos ou mais fez parte da história da Igreja e
foi o ensinamento contínuo do Magistério apostólico. Argumentarei em defesa da
verdade, primeiramente, com o apoio da experiência histórica e, em seguida, com
a exposição da doutrina da Igreja:
A grande Europa foi construída por reinos confessionais cristãos, que
reconheciam Cristo como Rei. Durante o milênio da
Cristandade, mais ou menos entre 500 e 1.500,
formou-se a cultura européia, que se estenderia com maior universalidade pelos
cinco continentes. Sob reis cristãos, que reinavam
“pela graça de Deus”, foram construídas as catedrais, e seus absides e pórticos
de entrada estavam sempre presididos pelo Pantocrátor, o Senhor do universo,
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei das nações da terra.
A filosofia e a
teologia, a vida social e a arte, o direito, a agricultura, as ciências,
floresceram um século após o outro. Comparados aqueles séculos com a época
moderna, deve-se reconhecer que foram séculos pacíficos, incomparavelmente
menos bélicos e homicidas. O número de crimes, de abortos e divórcios,
de enfermidades psíquicas, de vício em drogas e de suicídios, era
incomparavelmente menor.
Houve um tempo em que a “filosofia do Evangelho governava os Estados”,
afirmava Leão XIII com toda verdade:
“O milênio da Cristandade
européia foi uma realidade histórica, e não poucos de seus rastros permanecem
vivos e belos. Ora,
a qualidade de uma arvora se julga por seus frutos (Mt 7, 16-20).Tempo
houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a
influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as
instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da
sociedade civil. Então a religião instituída por Jesus Cristo, solidamente
estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era
florescente, graças ao favor dos príncipes e à proteção legítima dos
magistrados. Então o sacerdócio e o império estavam ligados em si por uma feliz
concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda
expectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como
está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá
corromper ou obscurecer” (1885, enc.
Immortale Dei, 28).
A Europa cristã, sob
Cristo Rei, formou os séculos mais elevados da história humana, apesar de todas
as misérias que nela se deram, que nunca faltarão neste vale de pecadores. Em
nossa época de apostasia predominante, ainda que certos males tenham sido
superados – sempre com impulsos procedentes do cristianismo -, dão-se males
maiores, e não se alcançam os grandes bens que aqueles Estados
confessionalmente católicos conseguiram para a glória de Deus e o bem comum
temporal e eterno dos homens. Assinalo alguns poucos livros fundamentam
com dados corretos o que afirmo aqui gratuitamente:
-Dom Prosper Guéranger, Jésus-Christ, Roi de l’histoire,
Association Saint-Jérôme, 2005; Alfredo Sáenz, S. J.,
-La Cristiandad, una realidade histórica, Fund. GRATIS
DATE, Pamplona, 2005; Francisco Canals Vidal,
-Mundo histórico y Reino de Dios, Scire, Barcelona, 2005;
-Thomas Woods Jr., Como la Iglesia construyó la
civilización occidental, Ciudadela, Madrid, 2007;
-George Weigel, Política sin Dios. Europa y América, el
cubo y la catedral, Cristiandad, Madrid, 2005;
-Luis Suárez, La construcción de la Cristiandad europea,
Homolegens, Madrid 2008.
E recordemos que, com
uma ou outra forma de governo, as nações da Europa foram confessionalmente
cristãs desde 380 até o século XIX, ao menos. Até mesmo a Constituição
espanhola de 1812, a constituição liberal de Cádiz, vigente por pouco tempo
entre “todos os espanhóis de ambos os hemisférios” (Art. 1), em seu Capítulo
II, Da religião, determina que:
“A religião da Nação espanhola é e será perpetuamente católica,
apostólica, romana, única verdadeira. A Nação a protege por meio de leis sábias
e justas” (Art. 12).
Um bom número de reis
cristãos foram santos e, ao mesmo tempo, homens espirituais, trabalhadores e
prudentes, que governaram suas nações de modo excelente, ajudados por cortes
compostas de clérigos e nobres, povo, grêmios e representantes de regiões.
Convém que a atual tropa de políticos anticristãos e cristãos “mal-menoristas”
se inteirem disso.
Reis como São Luis de França, São Fernando de Castela e Santo Estevão de
Hungria foram incomparavelmente melhores que os mais prestigiosos governantes
da política sem Deus.
Recordemos que na
Idade Média foram muito numerosos os leigos canonizados pela Igreja, muito mais
que agora, principalmente se descontamos os beatificados hoje por causa do
martírio. Eram leigos uns 25% dos santos canonizados nos anos 1198-1304, e uns
27% em 1303-1431 (A. Vauchez, La sainteté em Occident aux derniers siècles du moyen age,
Paris, 1981). E assinalemos também que entre eles há um grande número
de santos e beatos que foram reis e nobres. E esse é um dado da maior
importância, se pensamos no influxo que naquele tempo os príncipes tinham sobre
seu povo.
Recordarei alguns nomes:
-Na Boêmia, Santa Ludmila (+920) e seu neto São Wenceslau
(+935).
-Na Inglaterra, São Edgar (+975), São Eduardo (+978) e São
Eduardo o Confessor (+1066).
-Na Rússia, São Wlodimiro (+1015).
-Na Noruega, São Olaf II (+1030).
-Na Hungria, São Emérico (+1031), seu pai Santo Estevão
(+1038), São Ladislau (+1095), Santa Isabel (+1031), Santa Margarida (+1270) e
a Beata Inês (+1283).
-Na Germânia, Santo Enrique (+1024) e sua esposa Santa
Cunegunda (+1033).
-Na Dinamarca, São Canuto (+1086).
-Na Espanha, São Fernando III (+1252).
-Em Portugal, Santa Isabel (+1336).
-Na Polônia, as beatas Cunegunda (+1292) e Yolanda
(+1298), Santa Edwiges (+1399) e São Casimiro (+1484).
Também são muitos os santos e beatos medievais de
famílias nobres:
-Conde Gerardo de Aurillac (+999),
-Teobaldo de Champagne (+1066),
-São Jacinto da Polônia (+1257),
-Santa Matilde de Hackeborn (+1299),
-Santa Brígida da Suécia (+1373) e sua filha Santa
Catarina (+1381), etc.
Pode-se dizer, pois, que em cada século da Idade Média houve vários
governantes cristãos realmente santos, que puderam ser postos pela Igreja como
exemplos para o povo e para os demais príncipes seculares.
Mas deixando já a história, voltemo-nos para os
argumentos doutrinais. E comecemos pelo Catecismo da Igreja Católica:
“O dever de prestar a Deus um
culto autêntico diz respeito ao homem individual e socialmente. Esta é ‘a doutrina
católica tradicional sobre o dever moral que os homens e as sociedades têm para
com a verdadeira religião e a única Igreja de Cristo’ (Vat. II, DH 1c). Ao evangelizar
incessantemente os homens, a Igreja trabalha para que eles possam «impregnar de
espírito cristão as mentalidades e os costumes, as leis e as estruturas da
comunidade em que vivem» (AA 13). É dever social dos cristãos respeitar e despertar em cada homem o amor
da verdade e do bem. Esse dever exige que tornem conhecido o culto da única
verdadeira religião que subsiste na Igreja católica e apostólica. Os cristãos são
chamados a ser a luz do mundo. A Igreja manifesta assim a realeza de
Cristo sobre toda a criação, e em particular sobre as sociedades humanas (cita-se aqui: Leão XIII, enc. Immortale
Dei; Pio XI, enc.Quas Primas)” (2015).
O Concílio, como
vemos expressamente, manteve íntegra a doutrina tradicional católica sobre o
dever moral dos homens e das sociedades, também dos Estados, para com a
verdadeira religião e a única Igreja de Cristo. Que uma nação concreta esteja ou
não em condições de cumprir com esse dever moral, é uma questão histórica
mutável; e a Igreja deverá se ajustar a essa situação de modo prudente.
Mas se um Estado, por sua tradição e pela condição religiosa de seu povo, está
em condições de cumprir com esse dever, deve cumpri-lo, segundo o Concílio,
pois certamente assim favorece o bem comum temporal e espiritual da nação.Nega
a doutrina da Igreja quem considera que a confessionalidade cristã de uma nação
é ilícita ou sempre inconveniente em si. E, não obstante,
muito lamentavelmente, essa é hoje a opinião mais comum nos católicos (pastores
e fieis). É uma tese falsa, contrária ao ensinamento do Magistério tradicional
e do Vaticano II. No Concílio, a
Comissão redatora da declaração Dignitatis humanae sobre a liberdade religiosa,
definindo para os Padres conciliares o sentido do texto que haveriam de votar,
afirmou que:
“Se a questão é entendida retamente, a doutrina
sobre a liberdade religiosa não contradiz o conceito histórico do que se chama
Estado confessional… E tampouco proíbe que a
religião católica seja reconhecida pelo direito humano público como religião de
Estado” (Relatio de textu emmendatu, em Acta Synodalia Sacrosancti
Concilii Oecumenici Vaticani II, Typis Polyglotis Vaticanis, v. III, pars VIII,
p. 463).
O Vaticano II,
portanto, não proíbe nem exige a confessionalidade do Estado, cuja
conveniência dependerá das circunstâncias religiosas de cada país. A
colaboração entre o Estado e a Igreja deve ser verdadeira e assídua. Esse é um
princípio fundamental de toda a doutrina católica e também do Vaticano II:
“No domínio próprio de cada uma, comunidade política e Igreja são
independentes e autônomas. Mas, embora por títulos diversos, ambas servem a vocação pessoal e social dos mesmos homens. E
tanto mais eficazmente exercitarão este serviço para bem de todos, quanto melhor
cultivarem entre si uma sã cooperação, tendo igualmente em conta as
circunstâncias de lugar e tempo” (GS 76c). Essa colaboração Igreja-Estado pode assumir formas
constitucionais muito diversas. Concretamente,
“em razão das circunstâncias particulares dos diferentes povos”, diz o decreto
conciliar Dignitatis humanæ, ainda que não chegue à confessionalidade, pode
dar-se “a uma determinada comunidade religiosa um especial reconhecimento civil
no ordenamento jurídico da sociedade” (6).
É certo que hoje a
confessionalidade do Estado muito raramente será conveniente, dado o pluralismo
cultural e religioso das sociedades atuais e os erros naturalistas e liberais
que chegaram a predominar nelas. Por isso João Paulo
II, na exortação apostólica Ecclesia in Europa, afirma que “a Igreja não pede
um regresso a formas de Estado confessional. Ao mesmo tempo,
deplora todo tipo de laicismo ideológico ou de separação hostil entre as
instituições civis e as confissões religiosas” (117). Com efeito, fora algum
caso muito singular – a República de Malta, por exemplo -, hoje a
confessionalidade cristã de um Estado só poderia se impor com grandes
violências morais ou físicas, e não poderia se manter: “nihil vilolentum
durabile”. Seria, portanto, gravemente prejudicial tanto para a Igreja como para a
sociedade civil. Todavia, outras formas de colaboração podem ser
convenientes, como as Concordatas, os Acordos ou as leis que estabelecem certos
privilégios a favor da Igreja. E também aqui, sobre esse último ponto, faz-se
necessário verificar uma grande verdade negada:
Os privilégios da Igreja numa nação cristã são lícitos e convenientes.
Dar ao privilégio um sentido sempre pejorativo é falso; é um erro que procede
de outro: da mentalidade igualitária, que se vê injustiçada diante de toda
diferença. Privilegium significa simplesmente lex
privata, uma lei que o Estado dispõe para um setor da sociedade. Por outro
lado, não é fácil distinguir claramente direitos de privilégios. Uma disposição
legal que num Estado é um privilégio pode ser em outro um direito, se a lei
positiva o reconhece para todos os cidadãos; ou, por exemplo, em alguns Acordos
Igreja-Estado, nos artigos sobre o ensino, o poder civil pode reconhecer alguns
direitos à Igreja e lhe conceder alguns privilégios em ordem ao bem comum,
sem que em cada caso seja sempre fácil distinguir um do outro.
Em todo caso, é
justo, equitativo e salutar que se concedam direitos e/ou privilégios a
famílias numerosas, deficientes, viúvas de guerra, certas minorias étnicas,
fundações e organizações benéficas, etc., e naturalmente à Igreja. Certamente,
os privilégios, do mesmo modo que as leis comuns, podem se estabelecer e de
formas injustas e abusivas. Mas a fuga sistemática dos privilégios
constituiria em si mesma uma grave injustiça, porque obrigaria a tratar
igualmente pessoas ou grupos desiguais. Reconhecer direitos próprios ou
conceder certos privilégios, por exemplo, ao matrimônio e à família é justo e
necessário, especialmente quando a diminuição demográfica constitui um grave
perigo.
Conceder à união homossexual os mesmos direitos e
privilégios que ao matrimônio é uma patente injustiça ao direito natural,
principalmente ao da procriação!
É, pois,
perfeitamente justo que a Igreja disponha de certos privilégios no Estado, ao
menos em nações com grande número de cristãos – subvenções, isenção de alguns
impostos, ajudas para a construção de templos, etc. Por outro lado, o Concílio
declara que a Igreja “não deposita sua esperança em privilégios dados pelo
poder civil; mais ainda, renunciará ao exercício de certos direitos
legitimamente adquiridos tão logo se constate que seu uso pode ofuscar a pureza
de seu testemunho ou que as novas condições de vida exijam outra disposição”
(GS 77e). É sem dúvida alguma uma decisão prudente e necessária,
considerando a situação atual da sociedade e das instituições políticas, mas
que não modifica em nada a doutrina católica sobre a legitimidade e possível
conveniência dos privilégios. A Igreja segue considerando que aqueles
privilégios ocasionalmente renunciados eram direitos adquiridos legitimamente,
em seu tempo positivos e fecundos. E, naturalmente, segue crendo que alguns
deles também hoje são justos, necessários e benéficos em determinadas nações.
Os políticos católicos deverão, portanto, buscar hoje para a Igreja
aqueles direitos e privilégios que em sua nação forem convenientes, se é que
querem, de verdade, que Cristo reine sobre a nação, ainda que seja em forma
injustamente limitada. Hão de conseguir para a Igreja e seus membros condições
especialmente favoráveis em diversos campos – templos e outros locais
apropriados, colégios e universidades privadas, associações benéficas,
fundações não lucrativas, ajuda pessoal e material a países pobres, atividades
familiares educativas e recreativas, meios de comunicação, etc. Um entreguismo
derrotista e vergonhoso leva a ocasiões em que, por exemplo, a Igreja é pior
tratada pelo Estado que certos grupos minoritários e ideológicos.
Cito um caso penoso e significativo:
A Democracia Cristã
da Itália, em quase cinquenta anos de governo, nunca encontrou o momento adequado
para conseguir uma lei que financiasse a educação privada. E nessa
questão gravíssima não se tratava de conseguir um privilégio, mas um mero e simples
direito dos pais a não pagar duas vezes para dar ensino católico aos seus
filhos: uma vez ao Estado e outra ao colégio ou à universidade de sua escolha.
E é que os políticos cristãos que não procuram para a Igreja os privilégios que
merece e necessita, tampouco conseguem os direitos que lhe são devidos. Nem
tentam consegui-los.
Por: José María
Iraburu, sacerdote - Pamplona, Espanha.
Resumo do Documento 105 CNBB - Cristãos Leigos e Leigas
na Igreja e na Sociedade Sal daTerra e Luz do Mundo (Mt 5, 13-14)
54ª Assembleia Geral
– Aparecida
Introdução
No dom de ser
cristão, todos se tornam discípulos missionários. Na descoberta do viver com
Ele, o cristão torna-se anunciador, testemunha. Os modelos de organização
eclesial podem mudar ao longo da história – fica sempre a primazia do amor
(1Cor 13). O cristão é um sujeito eclesial, ou seja, maduro na fé, testemunha o
amor à Igreja, serve aos irmãos, permanece na escuta da palavra, obediente a
inspiração do Espírito Santo. Deve ter coragem e ousadia para dar
testemunho de Cristo.
Os pastores da Igreja agradecem aos cristãos leigos e leigas pelo
testemunho de fé, pelo amor e dedicação a Igreja e pelo
entusiasmo com que se doam ao povo, às comunidades, às suas famílias, às suas
atividades profissionais, até ao sacrifício de si.
• Nós, bispos, com
toda a Igreja de Cristo, somos devedores a estes e estas, que carregam a Igreja
no coração e nos ombros e fazem acontecer o Reino com suas mãos e seus pés.
• Os leigos vivem no
mundo, em todas as profissões e trabalhos, nas condições comuns de vida
familiar e social. São chamados a viver segundo o Evangelho como fermento de
Santificação, sendo testemunha da fé, da esperança e do amor.
• Paulo VI lembra que
o
leigo, não é responsável pelo desenvolvimento da comunidade eclesial, esse
papel é especifico dos pastores. O leigo a chamado a agir fora da igreja.
• Hoje temos um
imenso número de leigos com um alto grau de sentido de comunidade, uma grande
fidelidade a caridade, a catequese, da celebração e da fé.
Capítulo 1
O Cristão leigo,
sujeito na Igreja e no mundo: Esperanças e Angústias - Nos leva a um “passeio
histórico” pela Teologia do Laicato (no mundo e na América Latina) nos últimos
50 anos! Documentos do CELAM Rio de Janeiro 1955 Medellín 1968 Puebla 1979
Santo Domingo 1992 2007 1965.
“Se o sal perde seu sabor, com que se salgará?” (Mt 5,13) Sujeito
eclesial: Discípulos Missionários e Cidadãos do Mundo. “Vós sois o sal
daTerra”. “vós sois a Luz do mundo.” (Mt 5,13-14).
Nem o sal, nem a luz , nem a Igreja vivem para si mesmo
Missão iluminar,
doar, dar sabor e se dissolver.Eu sou a videira e vós os ramos (Jo 15,1-8). A
vitalidade dos ramos depende de sua ligação com a videira – Jesus Cristo. Daí a
necessidade de pertença a uma comunidade de fé, para se alimentar. Papa
Francisco na EG pede aos leigos que saiam para o encontro com Cristo vivo e com
os irmãos. Na Carta de Diogneto – cristãos são a alma do
mundo. Assim como a alma está no
corpo, assim os cristãos estão no mundo.
Avanços e Recuos
Muitos leigos são
teólogos, formadores, pregadores da palavra, etc. Grupos de reflexão bíblicos,
escolas de teologia, as pastorais. Muitos jovens estão criando consciência de
serem missionários. Temos a ação de muitos leigos com uma vida de espiritualidade,
fazendo visita a hospitais, as periferias. Muitas dioceses contam com leigos na
administração dos bens, do dízimo
• Muitos leigos
competentes no mercado de trabalho, nas diferentes áreas levando a mensagem de
Cristo através de seus comportamentos
• Muitos leigos
envolvidos na politica, com a intenção de fazer o bem ao próximo
• Hoje existe a
mística da proximidade, a pedagogia do diálogo, superação de estruturas
ultrapassadas, vejam os tribunais eclesiásticos, existe a consciência de quem
toca no pobre, toca na carne de Jesus.
• A Igreja não tem
medo de entrar na noite do povo.
Recuos
Ainda é insuficiente o número de leigos atuando nas estruturas do mundo
e da sociedade.
• Muitos ainda
valorizam o serviço somente no interior da Igreja, não assumindo a missão para
o mundo.
• Proliferação de
grupos de elite, pretensão de dominar o espaços da igreja, fofocas, criticas
exageradas.
• É preciso muito
discernimento a respeito da pratica de determinados exorcismos, e promessas de
cura, certos estilos de celebrações, especialmente na mídia.
• Existe muito
clericalismos, ou seja, centralização nos padres.
• Persiste o
amadorismo em relação à preparação e formação de lideranças, discórdias,
divisões, apego aos cargos, acumulo de
responsabilidades.
• Desafio para superação
do analfabetismo bíblico
• Existe dentro da
Igreja o pelagianismo, ou seja, o homem não precisa de Deus para sua salvação,
cumprindo os ritos ele se salva por si mesmo, não necessita da graça de Deus.
Rostos do laicato
Casais que constituem
a Igreja doméstica, por meio da convivência e educação dos filhos crescem na
santidade familiar.
• Pais que acolhem a
vida humana, desde a concepção, assumem com amor os filhos com deficiência,
dando testemunho do evangelho da vida.
• As crianças da
catequese, crianças que são coroinhas, tornando a Igreja mais bela e atraente e
evangelizam seus familiares, amigos e outras crianças. Essas crianças são o
germe do laicato maduro.
• A participação das
mulheres nas responsabilidades pastorais, porque o gênio feminino é necessário
em todas as expressões da vida vai social.
• Constata-se o
crescimento da consagração de leigos para o bem da Igreja e da sociedade.
• A Igreja se alegra
com os cristãos leigos que atuam como coordenadores, lideres nas pastorais e
movimentos. Esse é um serviço do lava-pés, seguindo o Cristo Bom Pastor, agindo
em nome da Igreja em favor do povo. Liderar é um ato de amor à Igreja, que
convence e anima outro.
• Os vocacionados são
filhos de Deus pelo batismo, e não devem compreender sua vocação com honra,
status ou vantagem pessoal, devem ser discernido pela Igreja.
• Missionários nas
Igrejas irmãs que oferecem suas vidas para o crescimento do Reino.
Lógica individualista de um mundo globalizado Papa
Francisco no dia mundial da paz
Precisamos vencer a
indiferença com as obras de misericórdia para conquistar a paz.
• Caim se mostrou
indiferente em relação ao irmão. O bom samaritano, pelo contrário, deixou-se
comover, venceu a indiferença pela misericórdia
• Corremos o risco de
perder a capacidade de chorar com quem chora, mas também de nos alegrar com
quem se alegra (Rm 12,15).
O mundo globalizado
além de “unificar a economia”, também inclui o homem com seus anseios e
desejos, tornando-o um voraz consumidor, tornando a vida perversa e competitiva.
Essa lógica se caracteriza por:
• Satisfação
individual e indiferença pelo outro
• Supremacia do
desejo em relação às necessidades
• Predomínio da
aparência em relação à realidade
• Inclusão perversa,
que gera uma falsa necessidade e desejo aos incluídos no mercado
• Falsa satisfação –
bens efêmeros Contradições do mundo globalizado
• Desenvolvimento x
pobreza • Confiança no mercado x crises constantes • Enriquecimento de uns x
degradação ambiental
• Bem estar de uns x
exclusão da maioria • Busca de riqueza x corrupção e tráfico
• Segregação dos
grupos sociais privilegiado x segregação em bolsões de pobreza
• Redes sociais
virtuais x indiferença real.
Para viver na Igreja e viver a missão temos que aprender
a distinguir:
• Pluralidade, que
respeita as diferenças do relativismo que se pauta pela indiferença
• A secularidade que
valoriza as conquistas humanas do secularismo que considera Deus como intruso
• Benefícios da
tecnologia da dependência de eletrônicos •
Uso das redes sociais como forma de relações
mais amplas da comunicação virtual isolada que dispensa a relação pessoal
• Consumo dos bens
necessários da busca desordenada
• Uso do dinheiro
para justa aquisição de bens da idolatria do dinheiro como valor absoluto
• Autonomia,
liberdade do isolamento individualista
• Valores e
instituições tradicionais do tradicionalismo que se nega a dialogar com o
mundo.
• Vivência
comunitária que possibilita a justa relação com o outro do comunitarismo
sectário que isola o grupo do mundo.
Tentações na missão do leigo:
Ideologização da mensagem evangélica – interpretar o evangelho fora da
bíblia
• Reducionismo
socializante – reduzir a palavra de Deus a partir da ótica puramente social.
Tanto o liberalismo de mercado como o marxismo são reducionistas.
• Ideologização psicológica – entende o encontro com Cristo como
dinâmica do autoconhecimento, não há a transcendência, não existe a
missionariedade.
• Proposta gnóstica –
A partir da razão, do conhecimento, confiam mais nos raciocínios do que na
graça
• Proposta pelagiana-
procura a solução dos problemas sem recorrer a graça de Deus, confia apenas na
disciplina, na lei, no rigor.
• Clericalismo – o
Padre centraliza tudo, assim o leigo assume o que é mais cômodo para ele
• Comunitarismo
Sectário – comunidade que se veem mais puras do que os que estão de fora.
• Secularismo – é a negação da religiosidade, em prol de uma vida
corrida com a preocupação com o dinheiro, família o social.
A necessária mudança de mentalidade e de estruturas
A igreja não é ilha
de perfeitos, viver e atuar no mundo globalizado implica mudança de mentalidade
e de estruturas
• A Igreja é chamada
a ser comunidade de discípulos de Jesus, e deve-se aprofundar no conhecimento,
na vivencia do amor e acolhimento.
• Viver de modo que
sejamos sinal de contradição a tudo o que não condiz com o plano de Deus
• Organização da
comunidade permitindo a inserção de varias pessoas com dons e funções distintas
• Convidados a
buscarmos os sinais do Reino no mundo e valorizá-los
• Viver como
comunidade que pratica a fraternidade aos mais frágeis e necessitados.
• Devemos ser igreja
em saída e acompanhar o irmão que ficou caído pelo caminho
• Bento XVI nos diz
que o leigo não é um colaborador mas um corresponsável do ser e agir da Igreja,
sempre em comunhão cordial com bispos
• O testemunho da
unidade em meio a diversidade deve tornar a igreja resplandecente e fascinante.
Somos sujeitos de nossas vidas pelas nossas palavras e
ações
No seguimento de
Cristo, somos conscientes de nossa dignidade, livre de qualquer escravidão e
capaz de doar-nos ao serviço do Reino Igreja povo de Deus peregrino e
evangelizador
• Somos chamados de
povo de Deus, e quando Deus chama alguém, tem sempre em vista o serviço a todo
um povo
• “antes não eram
povo, agora porém, são povo de Deus, alcançaram misericórdia. (1Pd, 2,10)
• A noção de Igreja
como povo de Deus lembra que a salvação, embora pessoal, não considera as
pessoas de maneira individualista, mas com inter-relacionadas e
interdependentes.
• Deus vocaciona as
pessoas e as santifica como comunidade, como povo de Deus.
• Papa Francisco: “ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo
isolado, nem por suas próprias forças”
• A inter-relação e
interdependência nos leva a valorizar o outro, o diferente. • Ser povo de Deus
é ser o fermento de Deus no meio da humanidade, é anunciar e levar a salvação
de Deus a este nosso mundo.
A Igreja, Corpo de Cristo na história
Os cristãos são
chamados a serem os olhos, os ouvidos, as mãos, a boca, o coração de Cristo na
Igreja e no mundo.
• O batismo nos
incorpora a Cristo, ao sairmos das águas do batismos, todos nós ouvimos a voz
que um dia se fez ouvir nas águas do Jordão, “Tu és meu filho muito amado” (Lc
3,22). Nos tornamos filhos de adoção e irmãos de Cristo.
• A crisma nos unge
com o óleo do mesmo Espirito Santo, para sermos defensores e difusores da fé.
• A Eucaristia une a
todos nós na mesma fração do pão (1Cor 10,17)
• Os bispos do Brasil,
tomaram por fazer da catequese um processo de inspiração catecumenal. A
iniciação à Vida Cristã há de caracterizar toda a catequese, de modo que todos
os membros da Igreja e os que nela se inserem, ou a ela retornem, encontrem
Cristo Ressuscitado, façam verdadeira experiência do amor de Deus e se tornem
autênticos discípulos missionários do Evangelho de Cristo.
• Deus nos dota com
um instinto da fé, o sensus fidei, que nos ajuda a discernir o que vem
realmente de Deus.
Perfil Mariano da Igreja
Maria por sua fé e
obediência à vontade de Deus e por sua constante meditação e prática da
Palavra, é a discípula mais perfeita do Senhor.
• O perfil mariano é
para a Igreja, tão fundamental e característico, senão muito mais, que o perfil
apostólico e petrino
• Maria precede Pedro
e os apóstolos, ela é figura da Igreja, na sua pessoa a Igreja já atingiu a
perfeição
• Em Maria, mulher
leiga, santa, Mãe de Deus, os fiéis leigos encontram razões teológicas para a
compreensão de sua identidade e dignidade no povo de Deus. Vocação Universal a
Santidade.
A maior parte dos batizados ainda não tomou plena
consciência de sua pertença à Igreja
Sentem-se
católicos, mas não Igreja”(DSD,96) O cristão leigo é verdadeiro sujeito na
medida em que:
• cresce na consciência
de sua dignidade de batizado,
• assume de maneira
pessoal e livre as interpelações da sua fé,
• abre-se de maneira
integrada às relações fundamentais (com Deus, com o mundo, consigo mesmo e com
os demais),
• contribui
efetivamente na humanização do mundo, rumo a um futuro em que Deus seja tudo em
todos.
Entraves à vivência do cristão como sujeito na Igreja e
no mundo
O cristão encontra
alguns entraves para a vivência de sua fé de modo integral e integrado. Eis
algumas delas:
• Oposição entre a fé
e a vida
• Oposição entre
sagrado e profano
• Oposição entre a
Igreja e o mundo
• Oposição entre
identidade eclesial e ecumenismo.
A AÇÃO TRANFORMADORA NA IGREJA e NO MUNDO
E a massa toda fica
fermentada (Mt 13,33) “ Ide pelo mundo inteiro e anunciai a boa nova a toda
criatura!” (Mc 16,15).Enviados por Cristo, em comunhão com os ministros
ordenados e as pessoas da vida consagrada, os cristãos leigos são fermento.
• O fermento quando
misturado à massa, desaparece. No entanto a massa já não é mais a mesma
• O Papa quer uma
igreja de portas abertas: • Mais forte no queriguima do que no legalismo
• Igreja da
misericórdia mais do que da severidade • Não crescer por proselitismo
(catequese, apostolado), mas por atração
Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou
com o amor de Deus
É necessário e educar
o povo na leitura e na meditação da Palavra, do contrário como vão anunciar uma
mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente.
• A oração e a
contemplação são fundamentais na vida dos cristãos, é preciso cultivar um
espaço interior, onde se dedica um tempo à oração sincera, que leva a saborear
a amizade e a mensagem de Jesus.
• O discípulo
missionário enfrentará realidades que contradizem o Reino de Deus e deve
gritar.
• Não nos roubem o entusiasmo missionário”
• “Não nos roubem a alegria da evangelização”
• “Não nos roubem a esperança” • “Não deixemos que nos
roubem a comunidade”
• “Não deixemos
que nos roubem o Evangelho”
• “Não deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno”
Igreja pobre, para os pobres, com os pobres
Na Evangelii Gaudim é
dito, que existe um vínculo indissolúvel entre a fé e os pobres. Não os
deixemos jamais sozinhos” (EG, n. 48).
• Devemos praticar a
cultura do encontro: “Isso implica não se fechar na própria comunidade, na
própria instituição paroquial ou diocesana, no grupo de amigos, na própria
religião, em si mesmo.” ( EG, n. 220) Espiritualidade Encarnada
• Uma espiritualidade
encarnada caracteriza-se pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela
comunhão fraterna e pela inserção no mundo.
Presença e organização dos cristãos leigos e leigas no
Brasil
Nos anos 70:
Criação de organismo
de articulação do Laicato, o então Conselho Nacional dos Leigos (CNL), hoje
Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).
Hoje:
A Igreja conta com
uma gama variada de Associações de fiéis que agregam leigos e clérigos,
leigos(as) consagrados(as), cada qual com seu carisma.
• Novas comunidades:
“Todas as formas de Associação existem para edificação da Igreja e para
contribuir com a sua missão no mundo.
Formação do laicato
“Aqueles que ocupam funções de direção ou exercem especial
responsabilidade no povo de Deus – bispos, presbíteros, diáconos, consagrados e lideranças leigas de um modo geral – são responsáveis pelo
processo formativo.”
• A formação do
sujeito eclesial, para ser integral, precisa considerar as dimensões humana e
espiritual, teológica e pastoral, teórica e prática.
• É um caminho longo,
requer itinerários diversificados, respeitando o processo de cada indivíduo
• Requer
acompanhamento do discípulo
• A espiritualidade
tem que transformar a vida de cada discípulo.
Referências
-Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola,
1999
-CELAM. Documento de Aparecida. São Paulo: Paulus, 2008
-Código de Direito Canônico. São Paulo: Edições Loyola,
2001
-Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II. São Paulo:
Paulus, 2014
- Doutrina Social da Igreja
- Documento 105 CNBB - Cristãos Leigos e Leigas na Igreja
e na Sociedade Sal daTerra e Luz do Mundo (Mt 5, 13-14) 54ª Assembleia Geral –
Aparecida
APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário
de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre
de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a
serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não
buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo
sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que
cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a
conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste
blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente
a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e
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