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Bento XVI refuta a frase de Nietzsche: "o cristianismo perverteu eros"

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020 | 18:59





O papa Bento XVI cita filósofos e sábios como Nietzsche, Gassendi, Descartes, Virgílio e Platão para ilustrar o conceito de “Amor Divino”. Em sua primeira encíclica "Deus caritas est" (Deus é amor), Bento XVI nega que o cristianismo vá de encontro ao eros. Joseph Ratzinger afirma que: “Em um mundo no qual às vezes o nome de Deus é associado a vingança, ódio e violência, a mensagem do amor divino tem grande atualidade. Por isso, quis falar desse amor com o qual Deus nos transborda e que devemos comunicar aos outros".




O Pontífice citou a célebre frase de Friedrich Nietzsche:






"O cristianismo perverteu Eros; este não morreu, mas degenerou-se, tornou-se vício...”





Expressa uma ideia muito divulgada, de que, com seu preceitos, a Igreja transforma em amargo o mais bonito da vida e cola cartazes de proibição onde a alegria predisposta pelo Criador nos oferece uma felicidade que nos faz antegostar algo do Divino.Diante desse quadro, Joseph Ratzinger se pergunta se verdadeiramente, como diz o filósofo alemão, o cristianismo destruiu o eros? Na análise, recorre à visão de eros dos gregos antigos, que o entendiam como:




“Um arrebato, uma loucura divina que prevalece sobre a razão"












Neste ponto, o Pontífice afirma que:





“O Eros ébrio e indisciplinado não é elevação em direção ao Divino, mas queda e degradação do homem. Fica assim, evidente que o eros requer disciplina e purificação para dar ao homem não o prazer de um instante, mas um modo de fazê-lo antegostar, de certa maneira, o mais alto de sua existência, essa felicidade à que tende todo ser humano”, afirma o papa. Portanto:



“Não se trata de "envenenar" o eros, mas de "saná-lo" para que ele alcance sua verdadeira grandeza”,  diz Bento XVI.






O Pontífice afirma que:





“O homem é composto de corpo e alma, e que só é ele mesmo quando existe uma unidade íntima entre ambos”




E volta a lançar mão dos filósofos, desta vez franceses. Assim, lembra que Pierre Gassendi se dirigiu a Renée Descartes e o cumprimentou com um: "Oh, alma", e que a resposta foi: "Oh, carne"!






O papa afirma que:





“Se o homem pretender ser apenas espírito e rejeitar a carne, perderá sua dignidade, e se repudiar o espírito e considerar apenas o corpo, desperdiçará sua grandeza. Só quando ambos (espírito e carne) fundem-se verdadeiramente em uma unidade, o homem é plenamente ele mesmo", afirmou.






Bento XVI também recorre ao filósofo Platão para afirmar que:






“O homem é incompleto, e só será completo quando estiver em comunhão com o outro sexo”.






Segundo o papa:





“O eros "orienta" o homem em direção ao casamento, um vínculo marcado por seu caráter único. À imagem do Deus monoteísta corresponde o casamento monógamo. O casamento baseado em um amor exclusivo e definitivo se transforma no ícone da relação com Deus", afirma o papa.






Bento XVI conclui a primeira parte da encíclica afirmando que:






“O amor é "divino" porque provém Deus”






Jamais ceder ao "hedonismo ou ao materialismo" no anúncio de Cristo, mas com a esperança Cristã, pede o Papa














Às vezes, quando se fala de conversão, pensa-se unicamente a seu aspecto fatigante, de desapego e de renúncia. Por outra parte, a conversão cristã é também, e sobre tudo, fonte de gozo, de esperança e de amor. Ela é sempre obra de Jesus ressuscitado, Senhor da vida, que nos obteve esta graça por meio de sua paixão e que nos comunica isso com a força de sua ressurreição. Conforme informa a Rádio Vaticano, o Papa recordou que: “Hoje como no passado, também é necessário falar da esperança cristã ao homem moderno, oprimido, não raramente, pelos vastos e inquietantes problemas que colocam em crise os fundamentos de seu próprio ser e agir. E no entanto, hoje esse ser de Cristo corre o risco de esvaziar-se da sua verdade e dos seus conteúdos mais profundos, corre o risco de reduzir-se a um cristianismo no qual a experiência de fé em Jesus crucificado e ressuscitado não ilumina o caminho da existência, como ouvimos a propósito dos discípulos de Emaús, que após a crucifixão de Jesus, voltavam para casa imersos na dúvida, na tristeza e na desilusão..." assinalou o Pontífice. Ante o problema do mal, da dor e do sofrimento, o problema da injustiça e do atropelo, o medo aos outros, aos estranhos e aos que de longe chegam até nossas terras e parecem atentar contra aquilo que somos, deve fazer que cada um se deixe instruir por Jesus, acima de tudo, escutando e amando a Palavra de Deus, ligados no Mistério Pascal, para que inflame nosso coração e ilumine nossa mente, ajude-nos a interpretar os acontecimentos da vida e a dar-lhes um sentido.Logo é necessário sentar-se à mesa com o Senhor, converter-se em seus comensais, para que sua presença humilde no sacramento de seu Corpo e de seu Sangue nos restitua o olhar da fé, para olhar tudo e a todos com os olhos de Deus, e a luz de seu amor. Permanecer com Jesus que permaneceu conosco, assimilar seu estilo de vida entregue, escolher com ele a lógica da comunhão entre nós, da solidariedade e do compartilhar, esta é a verdadeira esperança Cristã a ser anunciada! Uma vez um sábio questionou a um “hedonista” (adepto da antiga e sempre atual cultura filosófica de Epicuro, que tem o prazer e o bem estar, como único princípio, meio e fim da vida):





-“Mas, e o que vem depois do prazer?... ”





E o hedonista não soube responder...






Provérbios 27,20: “Como o inferno e a carne nunca se fartam, assim os olhos do homem nunca se satisfazem”.






CONCLUSÃO












“Um jovem estudante universitário – educado no devido tempo, na fé, voltou para sua cidade durante as férias. O rapaz tinha aprendido alguma coisa sobre Freud. Encontrou na praça o seu pároco. Os tempos do catecismo estavam bem distantes. Depois de alguns cumprimentos, o ex-coroinha, agora também ex-fiel, com ares altivos, lança-lhe ali a grande descoberta: “Caro padre, não se iluda: as pessoas que vão à sua igreja não vão por causa da fé, mas por causa da sublimação do impulso sexual. O senhor sabia?” - O velho pároco não se descompõe. Freud, ainda que famoso, o padre não o conhece, e também o termo “sublimação” não lhe soa familiar (o termo “Sublimierung” foi introduzido por Freud no vocabulário psicanalítico para nomear um processo que explica as atividades humanas sem qualquer relação aparente com a sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento propulsor na força da pulsão sexual) mas, o velho padre sabe alguma coisa da alma humana, dos seus desejos e das suas contradições. Com muita calma, então, rebate-lhe:

 

 



“Quanto a mim, você sabe o que lhe digo? Que quando você bate à porta de um bordel, pensa que está buscando saciar-se com a carne de uma mulher, mas no fundo, está buscando a Deus!”




Disse Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que Eu lhe darei, esse nunca mais terá sede!” (João 4,13-14). Tudo aquilo que nós bebemos deste mundo nos deixa com sede, não nos sacia! Pode ser que tenhamos uma saciedade momentânea, mas a sede volta depois! Tomamos bebidas para aliviar a sede que há dentro de nós, mas elas nos aliviam por um momento apenas. Precisamos, o tempo inteiro, reabastecer-nos dessa água, desta  bebida, ou daquele alucinógeno. Quando insistimos em suprir nossa sede de infinito com algo que  ilude a nossa fantasia, até parece que vai resolver a nossa sede, quando, na verdade, deixa-nos com mais sede ainda! Nossa relação com o mundo é assim também, porque nós temos sede de eternidade, sede de amor e afeto. Temos sede de Deus, mas estamos, muitas vezes, bebendo água em fonte contaminada; ou cisternas rachadas, água suja, água que não nos lava, que não nos purifica nem mata nossa verdadeira sede! Precisamos beber nas fontes puras da água da vida, e ela tem um nome, essa fonte é Jesus! É do coração d’Ele que brota a água da eternidade, que nos lava e purifica, que nos renova e restaura. É a verdadeira água que sacia nossa sede, atinge nossas carências mais profundas; a água que atinge aquela insatisfação interior que há dentro de nós e, muitas vezes, buscamos solucionar exteriormente. Com o tempo, a maturidade vai chegando, as decepções se acumulam, expectativas são frustradas, confianças são quebradas, e vamos tomando consciência que nenhuma pessoa nesse mundo, ou coisa alguma pode saciar a nossa sede de infinito a não ser Jesus, nosso Deus e nosso Tudo!  Às vezes, até idolatramos pessoas que nos levaram de certa forma até Jesus, mas depois entendemos que essas pessoas também, não podem nos saciar, pois elas não são a fonte, não são a água pura, a água da vida! Elas podem até ser a bica, ou a seta que nos aponta Jesus, mas apenas isso, não podemos exigir mais que isso! Descobrir isso é libertador! Nos perdoamos e perdoamos aqueles(as) que Deus colocou próximos a nós, e podemos também agora, entender o canto de São Tomás de Aquino:

 



 

“Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo.

Realiza, eu te suplico, este meu desejo:

Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo!

Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!”

 

Amém!


 











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Anônimo
16 de outubro de 2022 às 17:28

Acredito eu, que Nietzsch estava tentando denunciar esse novo modelo religioso, que explora a fraqueza humana através do seu senso de superioridade e moralismo, viciando o homem e tornando-o um moralista que julga os outros enquanto reprime as próprias vontades, impedindo-o de ver o outro como um igual. O Bento XVI, assim como o autor desse texto, focou muito em um trecho do texto e não na ideia como um todo.

14 de julho de 2023 às 17:14

Prezado(a),


A grande verdade é que tudo aquilo que nós bebemos deste mundo nos deixa com sede, não nos sacia! Pode ser que tenhamos uma saciedade momentânea, mas a sede volta depois! Tomamos bebidas para aliviar a sede que há dentro de nós, mas elas nos aliviam por um momento apenas. Precisamos, o tempo inteiro, reabastecer-nos dessa água, desta bebida, ou daquele alucinógeno. Quando insistimos em suprir nossa sede de infinito com algo que ilude a nossa fantasia, até parece que vai resolver a nossa sede, quando, na verdade, deixa-nos com mais sede ainda! Nossa relação com o mundo é assim também, porque nós temos sede de eternidade, sede de amor e afeto. Temos sede de Deus, mas estamos, muitas vezes, bebendo água em fonte contaminada; ou cisternas rachadas, água suja, água que não nos lava, que não nos purifica nem mata nossa verdadeira sede! Precisamos beber nas fontes puras da água da vida, e ela tem um nome, essa fonte é Jesus! É do coração d’Ele que brota a água da eternidade, que nos lava e purifica, que nos renova e restaura. É a verdadeira água que sacia nossa sede, atinge nossas carências mais profundas; a água que atinge aquela insatisfação interior que há dentro de nós e, muitas vezes, buscamos solucionar exteriormente. Com o tempo, a maturidade vai chegando, as decepções se acumulam, expectativas são frustradas, confianças são quebradas, e vamos tomando consciência que nenhuma pessoa nesse mundo, ou coisa alguma pode saciar a nossa sede de infinito a não ser Jesus, nosso Deus e nosso Tudo! Às vezes, até idolatramos pessoas que nos levaram de certa forma até Jesus, mas depois entendemos que essas pessoas também, não podem nos saciar, pois elas não são a fonte, não são a água pura, a água da vida! Elas podem até ser a bica, ou a seta que nos aponta Jesus, mas apenas isso, não podemos exigir mais que isso! Descobrir isso é libertador! Nos perdoamos e perdoamos aqueles(as) que Deus colocou próximos a nós.

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