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(Responda dizendo: "Eis-me aqui Senhor Jesus") |
“Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem
diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em
Cristo, e cada um de nós é membro um do outro”. (Rm 12, 4-5).
“Há diversidade de dons, mas um
só Espírito. Os ministérios são
diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo
Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para
proveito comum”. (1Cor 12, 4-7).
Lucas 10,1-3: “Depois disso,
designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a
dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir. Disse-lhes: Grande é a messe, mas poucos
são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua
messe. Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos...”
É a partir desta
“convocação” que Jesus nos chama para sermos seus colaboradores. Homens
e mulheres chamados por Jesus à vida da Igreja descobrem a beleza do Seu
convite, o qual se dirige a todos sem exceção, desde jovens como Samuel, André
e Timóteo a pessoas já na sua velhice, como Abraão, Isabel e seu esposo
Zacarias. De um lado, o fascínio pela Sua Palavra, que se transforma em
norma de vida em todos os setores da existência: amar a Deus e ao próximo,
apaixonar-se pela Igreja, entrar numa comunidade de irmãos, participar da
liturgia, identificar-se como cristãos onde quer que se encontrem. Como
o bem tende a se difundir, todos os discípulos autênticos de Jesus Cristo são
igualmente chamados à missão para sair de si mesmos e trabalhar pelo Reino de
Deus. São palavras que caminham juntas, de tal forma que “discípulo” quer dizer
“discípulo missionário”. Não faz parte de sua proposta de vida o acomodamento e
a passividade, mas a audácia, a criatividade e o testemunho. O mesmo Senhor que
chamou Seus discípulos enviou-os em missão (Cf. Lc 10,1-20). Cristo lhes
oferece indicações precisas, cuja atualidade deve ser reconhecida em nosso
tempo pelos cristãos de todos os estados de vida e condições sociais.São
enviados! Não vivem apenas para defender suas próprias ideias, mas abraçaram
com liberdade e coragem a tarefa de ser portadores de uma vida nova, descoberta
no próprio Senhor. Não vivem para os próprios sentimentos ou segundo as emoções
e humores de cada momento, mas se transformam em verdadeiros embaixadores.São
ousados, a ponto de tomarem como próprias palavras exigentes como as
pronunciadas por São Paulo, nascidas de profunda convicção: “Quanto
a mim, que eu me glorie somente da cruz do nosso Senhor, Jesus Cristo. Por ele,
o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo” (Gl
6,14). Onde quer que estejam possam dizer com o Apóstolo: “Trago em meu corpo as
marcas de Jesus” (Gl 6, 17). Enviados preferencialmente de dois a dois!
Para que o Senhor esteja sempre entre eles (Mt 18,20) e nesta comunhão, compartilham
ideias e experiências, vitórias, fracassos e desafios próprios da missão, e
assim, ajudam-se mutuamente, descobrem a luz que lhes vêm da caridade vivida,
acolhem a correção fraterna, e partem novamente como Cordeiros no meio de
lobos! Suas “armas” não são a agressividade e a desconfiança. Acreditar na “não
violência ativa” é o desafio para sua presença na sociedade, a fim de se
tornarem capazes de dialogar, acolher as diferenças entre as pessoas e tecerem
novas relações, pouco a pouco, “fazendo a hora acontecer”, presentes em todos
os setores da vida social e política, fazendo a diferença para melhor. Conheça
agora os meios que a Igreja nos oferece para servir a Jesus no trabalho de sua
vinha:
1) A Pastoral: é serviço, ação, trabalho desenvolvido pela
Igreja. Não se resume em grupo de pessoas, mas em ação
organizada e dirigida pela Diocese e Paróquia para “atender” determinada
situação em uma realidade específica. Todos têm uma função, um
carisma, um jeito de viver, porém, todos são importantes para que o Reino de
Deus aconteça. Com as nossas virtudes e defeitos, estamos a caminho, na
estrada, procurando a nossa conversão em Cristo.A finalidade da Igreja Católica
é evangelizar, ou seja, difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos
evangelhos e nos livros sagrados. Para que a Igreja possa fazer essa
divulgação do Santo Evangelho, precisa ter um plano organizado, um projeto de
evangelização que é distribuído a vários grupos em diferentes setores. Esses
setores são chamados “pastorais”. E as pessoas que trabalham nessas
pastorais são chamadas “agentes pastorais” ou “agentes de pastoral”. Todos os
membros das pastorais são voluntários.Existe a pastoral do dízimo, da saúde, da
comunicação, do batismo, da liturgia, da catequese, carcerária e muitas outras.
Em todas essas pastorais existem pessoas com formação para exercerem o trabalho
que a elas correspondem. São coordenadas pela Diocese que promove
regularmente cursos e encontros de formação, para que os “agentes de pastoral”
possam trabalhar junto às comunidades com plena consciência do que estão
fazendo e da finalidade do seu trabalho.
2)- Movimentos Eclesiais: os movimentos nascem
e se formam num contexto externo à igreja local, mas atuam dentro da Paróquia.
É uma ação dos leigos que pode envolver várias pastorais/serviços ao mesmo
tempo. Estão mais ligados à vida pessoal dos participantes e, em geral, têm um caráter de espiritualidade e seguem um
carisma próprio, envolvendo mais ou menos as mesmas pessoas que
vivenciaram um encontro, um retiro ou uma catequese. Embora atuem nas paróquias,
geralmente são regidos por estatutos próprios e possuem coordenações nacionais
e internacionais. Têm uma espiritualidade acentuada e seguem um carisma
próprio, ligado à inspiração do seu fundador, do qual participa quem vivenciou
encontros, retiros, ou uma experiência de oração ou de vida junto aos mesmos. Como
exemplos de movimentos citamos o Cursilho de Cristandade, a Renovação
Carismática Católica (RCC), o Curso Intensivo Vivencial do Casamento (CIVC), o
Apostolado da Oração, a Legião de Maria, os Focolares, as Equipes de Nossa
Senhora, o Catecumenato, os Adoradores da Eucaristia, entre outros.
3)- Serviços: são trabalhos que visam oferecer uma
assistência religiosa, espiritual, formativa ou social diante das necessidades
de pessoas ou grupos. Portanto, promovem o encontro com Deus, a fraternidade, o
fortalecimento espiritual e a vida humana. São serviços eclesiais: o Encontro de Noivos
aos que se preparam para o Matrimônio; o Encontro de Pais e Padrinhos que se
preparam para batizar; o Encontro de Legitimação Matrimonial para casais que
ainda não receberam o Sacramento; a Escolinha Dominical para as crianças; o
Encontro de Casais com Cristo (ECC); o Aconselhamento Familiar para famílias
que precisam de orientação; obras assistenciais, cursos de conscientização,
entre outros.
4)-Os Grupos: são formados por fiéis, que se reúnem de
forma espontânea, porém sempre com a licença e orientação do Pároco ou vigário
paroquial e tendo como base a oração e a escuta da Palavra. Os grupos reúnem-se para orar, para promover
a justiça e a paz, para visitar doentes, etc.
Quando um grupo cresce e amadurece, pode tornar-se uma Comunidade
reconhecida pelo pároco (comunidade paroquial), pelo bispo (comunidade
diocesana) ou até mesmo pelo Papa (comunidade católica).Exemplos: Comunidade Católica
Shalom,Canção Nova, Obra de Maria, etc.
Obs.: Normalmente os representantes, responsáveis locais, ou coordenadores
de grupos e movimentos, assim como das pastorais, são convidados a fazer parte
os CPPs (Conselhos Pastorais paroquiais).
MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II AOS PARTICIPANTES NO SEMINÁRIO DE ESTUDOS SOBRE OS MOVIMENTOS ECLESIAIS E AS NOVAS COMUNIDADES
Senhores Cardeais
Venerados Irmãos no Episcopado!
1. Viestes a Roma, provindos de
países de todos os continentes, para refletir juntos sobre a vossa solicitude
de Pastores para com os Movimentos eclesiais e as novas Comunidades. É a primeira vez que o Pontifício Conselho
para os Leigos, em colaboração com as Congregações para a Doutrina da Fé e para
os Bispos, reúne um grupo tão considerável e qualificado de Bispos para juntos
examinarem realidades eclesiais, que não hesitei em definir «providenciais» (cf.
Discurso no Encontro com os Movimentos eclesiais e as novas Comunidades, n. 7,
em L'Osserv. Rom., ed. port. de 6/6/1998, pág. 1) devido aos seus estimulantes
contributos oferecidos à vida do Povo de Deus. Agradeço-vos a presença e o empenho
neste importante
sector pastoral. Manifesto, além disso, aos promotores, ao
Pontifício Conselho para os Leigos e às Congregações para a Doutrina da Fé e
para os Bispos a
minha viva satisfação por esta iniciativa de incontestável utilidade para a
missão da Igreja no mundo contemporâneo. O Seminário que vos ocupou
nestes dias inscreve-se de facto, felizmente, num projecto apostólico a mim
muito querido, que brotou do meu encontro com os membros de mais de cinquenta
destes Movimentos e Comunidades, ocorrido a 30 de Maio do ano passado na Praça
de São Pedro. Estou certo de que os efeitos da vossa reflexão não deixarão de
ser sentidos, contribuindo a fim de fazer com que aquele projecto e encontro
dêem frutos ainda mais abundantes para o bem de toda a Igreja.
2. O Decreto conciliar sobre o serviço
pastoral dos Bispos assim indica o núcleo mesmo do ministério episcopal: «No
exercício do seu múnus de ensinar, anunciem o Evangelho de Cristo aos homens,
que é um dos principais deveres dos Bispos, chamando-os à fé com a fortaleza do
Espírito ou confirmando-os na fé viva. Proponham-lhes na sua integridade o
mistério de Cristo, isto é, aquelas verdades que não se podem ignorar sem
ignorar o mesmo Cristo» (Christus Dominus, 12). O anseio de todo o Pastor de alcançar os homens e de falar ao seu
coração, à sua inteligência, à sua liberdade, à sua sede de felicidade nasce do
próprio anseio de Cristo pelo homem, da sua compaixão por aqueles que Ele
comparava a um rebanho sem pastor (cf. Mc 6, 34 e Mt 9, 36) e faz eco do zelo
apostólico de Paulo: «Ai de mim se não evangelizar!» (1 Cor 9, 16). No
nosso tempo os desafios da nova evangelização apresentam-se não raro em termos
dramáticos e impelem a Igreja, e em particular os seus Pastores, à busca de
novas formas de anúncio e de acção missionária, mas conforme às necessidades da
nossa época. Entre
as tarefas pastorais hoje mais urgentes quereria indicar, em primeiro lugar, a
atenção às comunidades em que é mais profunda a consciência da graça conexa com
os sacramentos da iniciação cristã, da qual brota a vocação a ser testemunha do
Evangelho em todos os âmbitos da vida. A
dramaticidade do nosso tempo incentiva os crentes a uma essencialidade de
experiência e de proposta cristã, nos encontros e nas amizades de cada dia,
para um caminho de fé iluminado pela alegria da comunicação. Uma ulterior urgência pastoral que não se
pode subestimar é constituída pela formação de comunidades cristãs, que sejam
autênticos lugares de acolhimento para todos, na constante atenção às
necessidades específicas de cada pessoa. Sem essas comunidades resulta
sempre mais difícil crescer na fé e cai-se na tentação de reduzir à experiência
fragmentária e ocasional precisamente aquela fé que, ao contrário, deveria
vivificar a inteira experiência humana.
3. É neste contexto que se situa
o tema do vosso Seminário sobre os Movimentos eclesiais. Se no dia 30 de Maio
de 1998 na Praça de São Pedro, ao aludir ao florescimento de carismas e
movimentos que se verificou na Igreja após o Concílio Vaticano II, falei de «um
novo Pentecostes», quis com esta expressão reconhecer no desenvolvimento dos
Movimentos e das novas Comunidades um motivo de esperança para a acção
missionária da Igreja. De facto, por causa da secularização que em muitas almas
enfraqueceu ou até mesmo extinguiu a fé e abriu o caminho a crenças
irracionais, em muitas regiões do mundo Ela tem que enfrentar um ambiente semelhante
ao das suas origens. Estou bem
consciente de que os Movimentos e as novas Comunidades, como toda a obra que,
embora sob o impulso divino, se desenvolve no interior da história humana,
nestes anos não despertaram só considerações positivas. Como eu dizia a 30
de Maio de 1998, a sua «novidade inesperada e por vezes até explosiva [...] não
deixou de suscitar interrogativos, dificuldades e tensões; às vezes comportou,
por um lado, presunções e intemperanças e, por outro, não poucos preconceitos e
reservas» (Ibid., n. 6). Mas, no
testemunho comum por eles dado naquele dia à volta do Sucessor de Pedro e de
numerosos Bispos, eu via e vejo o sobrevir de uma «etapa nova: a da maturidade
eclesial», embora na plena consciência de que «isto não quer dizer que todos os
problemas tenham sido resolvidos», uma vez que esta maturidade «é, antes, um
desafio. Uma via a percorrer» (Ibidem). Este itinerário exige da parte dos
movimentos uma comunhão sempre mais sólida com os Pastores que Deus escolheu e
consagrou para reunir e santificar o seu povo no fulgor da fé, da esperança e
da caridade, porque «nenhum carisma dispensa da referência e da submissão aos
Pastores da Igreja» (Christifideles laici, 24). Portanto, o compromisso dos
Movimentos é compartilhar, no âmbito da comunhão e missão das Igrejas locais,
as suas riquezas carismáticas de modo humilde e generoso. Caríssimos Irmãos no Episcopado! A vós, a quem
pertence a tarefa de discernir a autenticidade dos carismas para dispor o seu
justo exercício no âmbito da Igreja, peço magnanimidade na paternidade e
caridade clarividente (cf. 1 Cor 13, 4), para com estas realidades, porque
qualquer obra dos homens necessita de tempo e paciência para a sua devida e
indispensável purificação. Com
palavras claras o Concílio Vaticano II escreve: «O juízo acerca da sua (dos
carismas) autenticidade e do seu uso recto pertence àqueles que presidem na
Igreja, aos quais compete de modo especial não extinguir o Espírito mas julgar
tudo e conservar o que é bom (cf. 1 Ts 5, 12 e 19-21)» (Lumen gentium, 12), a
fim de que todos os carismas cooperem, na sua diversidade e complementaridade, para
o bem comum (cf. ibid., 30). Estou convicto, venerados Irmãos, de que a vossa
disponibilidade atenta e cordial, graças também a oportunos encontros de
oração, de reflexão e de amizade, tornará não só mais amável mas ainda mais
exigente a vossa autoridade, mais eficazes e incisivas as vossas indicações,
mais fecundo o ministério que vos foi confiado para a valorização dos carismas
em ordem à «utilidade comum». Com efeito, é vossa primeira tarefa abrir os
olhos do coração e da mente, para reconhecer as múltiplas formas da presença do
Espírito na Igreja, as examinar e levar todas a unidade na verdade e na
caridade.
4. No decurso dos encontros que
tive com os Movimentos eclesiais e as novas Comunidades, ressaltei em várias
ocasiões a íntima conexão entre a sua experiência e a realidade das Igrejas
locais e da Igreja universal das quais são fruto e, ao mesmo tempo, expressão
missionária. No ano passado, diante dos
participantes no Congresso mundial dos Movimentos eclesiais, organizado pelo
Pontifício Conselho para os Leigos, constatei publicamente «a sua
disponibilidade para pôr as próprias energias ao serviço da Sé de Pedro e das
Igrejas locais» (Mensagem ao Congresso mundial dos Movimentos eclesiais, n.
2, em L'Osserv. Rom., ed. port. de 6/6/1998, pág. 2). Com efeito, um dos frutos
mais importantes gerados pelos movimentos é precisamente o de saber libertar em
tantos fiéis leigos, homens e mulheres, adultos e jovens, um vivo impulso
missionário, indispensável à Igreja que se prepara para cruzar o limiar do terceiro
milénio. Este objectivo, porém, só se alcança lá onde eles «se inserem com
humildade na vida das Igrejas locais e são acolhidos cordialmente por Bispos e
sacerdotes nas estruturas diocesanas e paroquiais» (Redemptoris missio, 72). O
que isto significa em termos concretos de apostolado e de acção pastoral? Foi
esta, precisamente, uma das questões-chave do vosso Seminário. Como acolher
este dom particular que o Espírito oferece à Igreja no nosso momento histórico?
Como o acolher
em todo o seu alcance, em toda a sua plenitude, em todo o dinamismo que lhe é
próprio? Responder de modo adequado a esses interrogativos faz parte da vossa
responsabilidade de Pastores. A vossa
grande responsabilidade é não tornar vão o dom do Espírito mas, ao contrário,
fazê-lo frutificar sempre mais no serviço ao inteiro Povo cristão.Faço votos de coração por que o
vosso Seminário seja fonte de encorajamento e de inspiração para tantos Bispos
no seu ministério pastoral. Maria, Esposa do Espírito Santo, vos ajude a
escutar aquilo que hoje o Espírito diz à Igreja (cf. Ap 2, 7). Estou perto de
vós com a minha solidariedade fraterna, acompanho-vos com a oração, enquanto de
bom grado vos abençoo a vós e a quantos a Providência divina confiou aos vossos
cuidados pastorais.
Vaticano, 18 de Junho de 1999.
PAPA JOÃO PAULO II
Copyright 1999 - Libreria Editrice Vaticana
Bento XVI
sublinha o valor de movimentos e novas comunidades para a Igreja
VATICANO, 31 Outubro de 2008
- Ao receber aos participantes na 12º Conferência de Irmandade Católica das
Comunidades e Associações da Renovação Carismática, do Papa Bento XVI destacou
o valor para a Igreja dos movimentos e novas comunidades, e alentou aos bispos às seguir acolhendo: "Como afirmei em outras ocasiões, disse o
Papa, os movimentos eclesiásticos e as novas comunidades, florescidos depois do Concílio Vaticano II, constituem um dom singular
do Senhor e um recurso inapreciável para a vida da Igreja. Terá que acolhê-los
com confiança e valorizá-los em suas diversas contribuições para que sejam
de utilidade para todos de forma ordenada e fecunda". Se referindo depois a um dos
temas de reflexão da conferência, "Os carismas na vida da Igreja
particular", o Santo Padre afirmou que: "O que narra o Novo Testamento sobre os
carismas, que apareceram como sinais visíveis da vinda do Espírito Santo, não é um
acontecimento histórico do passado, senão realidade sempre viva: é o mesmo
Espírito divino, alma da Igreja o que atua nela em todas as épocas e estas
obras delas, misteriosas e eficazes, manifestam-se em nosso tempo de
forma providencial". O Santo Padre continuou
destacando que: "Os movimentos e as novas comunidades são como irrupções do Espírito Santo na
Igreja e a sociedade contemporâneas. Podemos afirmar que um dos elementos e
dos aspectos positivos das Comunidades da Renovação Carismática Católica é o
relevo que assumem nelas os carismas ou dons do Espírito Santo e seu mérito é
ter lembrado sua atualidade na Igreja". Bento XVI lembrou a seguir
que o Concílio Vaticano II mencionava em diversos documentos o tema das novas
comunidades eclesiásticas e que também:"O Catecismo
da Igreja Católica sublinha o valor e a importância dos novos carismas na
Igreja, cuja autenticidade se garante por sua disponibilidade a submeter-se ao
discernimento da autoridade eclesiástica. Precisamente porque há um
florescimento prometedor de movimentos e comunidades eclesiásticas, é
importante que os pastores exerçam com eles um discernimento prudente e
sábio". O Sumo Pontífice destacou
que: "Estão-se estudando
modalidades oportunas para dar um reconhecimento pontifício aos novos
movimentos e comunidades eclesiásticas e que não são poucos os que o receberam
já; por isso, os pastores, sobre tudo os bispos, devem ter em conta este
dado na hora de discernir oportunamente segundo sua competência".
O Papa assinalou finalmente
que:
"A proteção
da fidelidade à identidade católica e do caráter eclesiástico por parte de
todas suas comunidades fará possível que dêem em todos os lugares testemunho
vivo e ativo do profundo mistério da Igreja. Assim se promoverá também a
capacidade das diversas comunidades para atrair a novos membros".
Fonte: ACI digital
Papa Francisco orienta ação de movimentos eclesiais e novas comunidades
“Vivacidade do carisma, respeito pela liberdade do outro e busca da
comunhão são alguns dos fatores indicados por Francisco”
Participantes do 3ª
Congresso Mundial dos Movimentos Eclesiais e das Novas Comunidades
encontraram-se neste sábado, 22, com o Papa Francisco. O Santo Padre pediu a
eles que preservem o frescor do carisma, saibam respeitar a liberdade dos
outros e procurem a comunhão, fazendo tudo isso com um coração missionário.O tema do congresso foi “A alegria do Evangelho: uma alegria
missionária”. A organização foi
do Pontifício Conselho para os Leigos. No centro da atenção estiveram dois
elementos que, segundo o Papa, são essenciais para a vida cristã: a conversão e
a missão.“Sem uma autêntica conversão do coração e da mente não se anuncia o
Evangelho, mas se não nos abrimos à missão não é possível a conversão e a fé se
torna estéril”, disse o Papa.Ao dar algumas
sugestões para o caminho desses movimentos e novas comunidades, o Santo Padre
alertou sobre a tentação de “engaiolar” o Espírito Santo, contentando-se com as
situações e se endurecendo em padrões reconfortantes, mas estéreis. Por isso é
preciso sempre manter a vivacidade do carisma.“Em uma humanidade ferida, com sérios problemas de identidade e dificuldades de
fazer escolhas, é preciso acolher e acompanhar os homens de hoje, disse o Papa,
mas respeitando sua liberdade. Cada pessoa tem o seu tempo; um progresso moral
ou espiritual conseguido com base na imaturidade da pessoa é um sucesso
aparente, destinado ao fracasso. “A paciência é o único caminho para amar
realmente e levar as pessoas a uma relação sincera com Deus”. E para que o mundo
creia que Jesus é o Senhor, é preciso que veja a comunhão entre os cristãos,
lembrou o Pontífice. No entanto, ele questionou como é possível evangelizar se
o que as pessoas veem é divisão, rivalidade e o “terrorismo das fofocas”. Ele
também explicou que a verdadeira comunhão não pode existir em um movimento ou
em uma nova comunidade se não se integra à comunhão maior que é a Igreja. “Para alcançar a maturidade eclesial, então, mantenham, repito, o
frescor do carisma, respeitam a liberdade das pessoas e procurem sempre a
comunhão. Não se esqueçam, porém, que para atingir esse objetivo a conversão
deve ser missionária”, concluiu o Pontífice.
Na 57ª ASSEMBLEIA GERAL - Novas Comunidades ganham documento referencial da CNBB
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(Tudo para a Glória de Deus) |
Dom João Inácio comenta texto elaborado pelos bispos nesta Assembleia
Geral, e que tem como foco as Novas Comunidades!
A 57ª Assembleia
Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Maio de
2019, dedicou parte de seus trabalhos a um documento sobre as Novas Comunidades.
Dom João Inácio Müller, bispo da Diocese de Lorena (SP), onde está localizada a
Comunidade Canção Nova, não integra a Comissão de elaboração do texto, mas foi
convidado pelo secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, para realizar
observações e apontamentos sobre o tema.“O texto das novas comunidades e
também dos movimentos eclesiais é um
texto que há anos circula nos corredores, é levado à mesa de trabalhos da
Assembleia, é analisado, mas nunca recebeu uma chancela oficial dos Bispos da
CNBB”, contou o bispo. O documento é uma novidade e foi trabalhado nesta
quarta-feira, 8. Segundo Dom João Inácio, o
texto confirma que a primeira comunidade surgida no Brasil foi a Canção Nova e,
posteriormente a Comunidade Shalom.O fato de as novas
comunidades continuarem a surgir foi considerado pelo bispo como um sinal de
benção, graça, presença e inspiração da Trindade Santa: “O Espírito Santo continua a suscitar em filhos e pessoas
dóceis. Estes se tornam fundadores ou fundadoras de novas comunidades. Essas
pessoas, sendo sensíveis, têm a coragem de dar a sua vida para responder a este
sopro do Espírito Santo, que é um viés do evangelho”, observou Dom João
Inácio, que alertou: “Porém, sempre que esta pessoa tenta não escutar o espírito,
ao abrir uma comunidade ou movimento que é só dela e não inspirado por Deus,
essa comunidade ou movimento não perdura”.
De acordo com Dom João Inácio, ainda hoje muitas novas
comunidades não têm conseguido “sobreviver”:
“Tenho aqui na diocese de Lorena uma nova comunidade que surgiu e já não
existe mais. Então percebemos que algumas iniciativas
que as pessoas pensam terem sido inspiradas por Deus não são, não
persistem”, comentou.
Alguns critérios são
necessários para que a Igreja, na pessoa dos bispos, possa discernir se aquela
experiência de vida, motivada pelo evangelho, é de fato algo inspirado pelo
Espírito Santo, revelou Dom João Inácio.“Um dos critérios é a capacidade de carregar a Cruz, de
suportar sofrimentos, críticas. A eclesialidade é outro critério muito
importante. Mais um critério é a questão da missão, ela [novo movimento ou
comunidade] precisa responder de alguma maneira ao aspecto da evangelização.
Deve ter um viés sociocultural, uma inserção ou trabalho ligado aos mais
pobres. Deve ser um instrumento ou um espaço que revele e restaure não só no
espírito como também na carne do ser humano”, explicou o bispo. O novo documento foi
estudado na Assembleia Geral da CNBB deste ano. Dom João Inácio conta que Dom
Alberto Taveira, membro da comissão para elaboração do texto, explicou
com maior amplitude o tema. “Ele é, entre nós bispos, o que
tem maior consciência, por todo o tempo que ele acompanhou as novas comunidades
e pela função
que ele tem a nível de Igreja”, completou.De acordo com o
bispo, após o documento ser encaminhado aos trabalhos de grupo, ele e Dom
Aparecido fizeram inserções: “O texto será entregue à CNBB,
para o contexto geral, para que seja dirimido, referendado e aprovado para experimento. Depois teremos um
texto oficial e, em cima deste texto, iremos nos mover. Daqui a três ou
quatro anos talvez precisemos retomar este texto para colher críticas e observações
das novas comunidades”, concluiu Dom João Inácio.
Fonte: Canção Nova Noticias
Magistério e Apostolado dos leigos na Igreja Católica
CIC §864: "Sendo Cristo enviado pelo Pai a fonte
e a origem de todo apostolado da Igreja", é evidente que a fecundidade do
apostolado, tanto o dos ministros ordenados como o dos leigos, depende de sua
união vital com Cristo. De acordo com as vocações, os apelos da época e os
dons variados do Espírito Santo, o apostolado assume as formas mais diversas. Mas
é sempre a caridade, haurida sobretudo na Eucaristia, "que e como que a
alma de todo apostolado".
CIC §900: Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos
são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação,
eles têm a
obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de
trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por
todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se
levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o
Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão
necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes,
obter seu pleno efeito.
CIC §2442: Não cabe aos pastores da Igreja
intervir diretamente na construção política e na organização da vida social.
Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria
iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de
caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a
mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos
"animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como
artesãos da paz e da justiça".
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
CONCLUSÃO:
Agora que você compreendeu as principais diferenças entre o papel das pastorais, movimentos eclesiais, Comunidades Novas e serviços da nossa Igreja, cabe refletir: aonde você se sente chamado por Deus a trabalhar em Sua vinha?
Mateus 20,1-5: “Pois o Reino dos céus é como um
proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua
vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os
para a sua vinha. “Por
volta das noves hora da manhã, ele saiu e viu outros que estavam
desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes
pagarei o que for justo’. E eles foram...”
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APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. Sempre nos preocupamos com as questões de direito autoral e de dar o crédito a quem lhe é devido. Se por acaso alguém se sentir ferido(a) em seus direitos autorais quanto a textos completos, ou parciais, publicados ou traduzidos aqui (já que não consegui identificar e contatar alguns autores(as), embora tenha tentado), por favor, não hesite em nos escrever para que possamos fazer o devido registro de seus créditos, sejam de textos, fontes, ou imagens. Para alguns, erros de ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e já invalida “todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos, já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude do tempo e falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as) leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o essencial). Agradeço as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem) para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família, filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus valores? A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
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