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Qual o objetivo da penitência dada pelo sacerdote após a absolvição? Por que muitos padres já não a dão?

Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 31 de outubro de 2023 | 22:38


 



Infelizmente, a nova moral e a nova teologia que confunde misericórdia com relaxamento e indiferentismo religioso, tem tido como consequência, cristãos e lideranças mornas, geleias amanteigadas, sem fibra, sem nervos, sem envergadura, e por fim, levando muitos sacerdotes, influenciados por essa ideologia permissiva,  a esquecer ou suprimir o "valor da penitência pós absolvição". Muitos padres até dizem para justificar-se (não se sabe se por preguiça, ignorância do tema, ou convicção pessoal):





"Se Deus através de seu filho Jesus na na Cruz, perdoou todos os pecados e todos os pecadores, então, na absolvição sacerdotal Ele perdoa a culpa e a pena, portanto, já não há mais necessidade de se imputar mais pena alguma ao penitente..."








Muitos sacerdotes, levados por ideologias materialistas, que descambam numa permissividade imoral, ainda complementam: "muitas  pessoas vem se confessar e só confessam pecados de ordem moral: masturbação, pornografia, adultérios, fornicação...e não confessam os pecados sociais" - Ora, um sacerdote que negligencia aprofundar e dar uma direção espiritual sobre isso, presta um desserviço a igreja e a Jesus Cristo! Já dizia Santo Agostinho que uma multidão de pecados veniais leva-nos ao pecado mortal. O sacerdote na caridade, tem que analisar sim na direção espiritual: com que o penitente está enchendo sua mente e seus pensamentos? (cf. Filip 4,8). O que ele(a) está vendo e pensando que o(a) está levando a masturbação? Que tipo de pornografia? O que tem visto o (a) Incentiva a prática da pedofilia, adultérios, e fornicações? Se sim, tem que dar uma direção espiritual ajudando o(a) mesmo(a) a se libertar, do contrário, comete o pecado da omissão diante de Deus. Ainda que o sacerdote cometa esses mesmos pecados, e de certa forma caia no: "faça o que digo, mas não o que eu faço", orientando de forma correta, mesmo pecando, está agindo de forma Cristã, ou seja, como Cristo  sabiamente exortou às lideranças de seu tempo em Mateus 23,1-4:



"Então, Jesus disse à multidão e aos seus discípulos: Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles dizem a vocês. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los."




O apóstolo Paulo reforçando este ensino de Jesus dado às lideranças judaicas, não deixa de ensinar o que é certo, mesmo reconhecendo suas fraquezas e imperfeições:




1 Coríntios 9, 27: "...mas esmurro o meu próprio corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de haver pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado..."




2 Cor 11,16-30:"Faço questão de repetir: Ninguém me considere insensato. Mas se vocês assim me consideram, recebam-me como receberiam um insensato, a fim de que eu me orgulhe um pouco.  Ao ostentar este orgulho, não estou falando segundo o Senhor, mas como insensato. Visto que muitos estão se vangloriando de modo bem humano, eu também me orgulharei. Vocês, por serem tão sábios, suportam de boa vontade os insensatos! De fato, vocês suportam até quem os escraviza ou os explora, ou quem se exalta ou lhes fere a face. Para minha vergonha, admito que fomos fracos demais para isso! Naquilo em que todos os outros se atrevem a gloriar-se — falo como insensato — eu também me atrevo. São eles hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São descendentes de Abraão? Eu também. São eles servos de Cristo? — estou fora de mim para falar desta forma — eu ainda mais: trabalhei muito mais, fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez. Além disso, enfrento diariamente uma pressão interior, a saber, a minha preocupação com todas as igrejas. Quem está fraco, que eu não me sinta fraco? Quem não se escandaliza, que eu não me queime por dentro? Se devo orgulhar-me, que seja nas coisas que mostram a minha fraqueza..."




1 Coríntios 4, 2-4: "Além disso, o que se requer de todos aqueles que têm essa responsabilidade é que vivam fielmente. Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós, ou por qualquer tribunal humano; em verdade, nem eu tampouco julgo a mim mesmo. Porquanto, ainda que esteja consciente de que nada há contra mim, nem por isso me justifico, pois quem julga é o Senhor..."




É assim que um verdadeiro diretor espiritual deve se comportar, e não dourando a pílula, porque também é pecador, ou pior ainda, aderindo ao ditado popular: "se não pode lutar contra o pecado, junte-se a ele", mas, deve apontar sempre para "a meta do Cristão: a Santidade" (cf. Mateus 5,48).




PARA UMA BOA CONFISSÃO É NECESSÁRIO:




1º)-Exame de Consciência: pecamos por pensamentos, palavras, atos e omissões. Os 10 mandamentos da lei de Deus e os 5 mandamentos da igreja nos ajudam a fazer um bom exame de consciência:


10 mandamentos da lei de Deus (Resumo de Êxodo 20):


1)-Amar a Deus sobre todas as coisas.

2)-Não tomar seu santo nome em vão.

3)-Guardar domingos e festas.


4)-Honrar pai e mãe.

5)-Não matarás.

6)-Não pecar contra a castidade.

7)-Não roubar

8)-Não levantar falso testemunho.

9)-Não desejar a mulher do próximo.

10)-Não cobiçar as coisas alheias.




Os 5 mandamentos da Santa Mãe Igreja



1 – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho.

 

2 - Confessar-se ao menos uma vez por ano.

 

3 - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição

 

4 - Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja.

 

5 - Ajudar a Igreja em suas necessidades (dízimos e nas pastorais)



2º)-Arrependimento (atrição, ou contrição perfeita).


Pequeno ato de Contrição: "Meu Deus, eu me arrependo de todo o meu coração por vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a vossa graça, não mais pecar. Meu Jesus, misericórdia!"


3º)-Confissão (enumerar, dar nomes aos pecados cometidos, e não generalizar os pecados, nem culpar a outros).


4º)-Absolvição (dada pelo sacerdote em nome de Cristo e da Igreja).


5º)-Penitencia e ou satisfação (aguardar que o sacerdote lhe oriente com relação a penitencia, ou necessidade de alguma satisfação dependendo o tipo de pecado).










AS PENAS COMO CONSEQUENCIA DE NOSSOS PECADOS, É PARA NOSSO BEM, OU SEJA, PARA NOSSA SANTIFICAÇÃO!








Segundo o Catecismo da Igreja Católica, no nº 1472, o pecado consiste numa “palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna. É uma ofensa a Deus. Insurge-se contra Deus numa desobediência contrária à obediência de Cristo”. O pecado tem uma dupla consequência: quando grave (mortal) nos tira da comunhão com Deus e impossibilita a vida eterna (pena eterna) e quando leve (venial), exige purificação aqui na terra e depois, no purgatório. No nº 1473, o Catecismo afirma que “o perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado”, mas permanecem as penas temporais, que são as sequelas que o ato pecaminoso deixa, as quais devem ser aceitas como graça de Deus e podem ter seus efeitos amenizados pela prática das obras de misericórdia e de caridade, pela oração e diversas penitências. Mas, é o sacramento da confissão que permite a reconciliação com Deus, recobrando a graça; a reconciliação com a Igreja; a remissão da pena eterna; a remissão parcial das penas temporais; a paz, a serenidade e consolação espiritual; e concede mais força para o combate cristão (cf. Catecismo, nº 1496). Segundo o Catecismo, no nº 1497, “a confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua sendo o único meio "ordinário" de reconciliação com Deus, consigo mesmo, e com a Igreja".










Ora, é preciso entender que todo pecado grave ou mortal, provocam "consequências negativas" na vida do Cristão de 3 ordens, e que precisam ser restauradas e reordenadas:









-De ordem Jurídica: Mateus 5,26: "Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás da prisão enquanto não pagares o último centavo". Nessa parábola, Deus demonstrou o perdão pleno na primeira vez, porém, com a reincidência, o perdão ficou condicionado a um tempo jurídico numa prisão (penitenciária) dai o termo "penitência" pelo ato reincidido. *Aqui o confessor pode fazer da satisfação pelo pecado confessado, a própria penitência: 



-Se roubou, fraudou ou corrompeu, ressarcir na medida do possível, os prejudicados.


-Se matou, assumir a culpa perante a justiça, e aceitar as penas impostas. 


-Se deve a alguem, pague na medida de suas possibilidades. 


-Se caluniou, peça perdão e faça a devida retratação no que for possível.


-Se cometeu injustiça, procurar corrigi-la.




*ATENÇÃO! Caso o penitente não esteja disposto a corrigir-se ou pelo ao menos tentar corrigir-se com o auxilio da graça, o sacerdote pode usar da autoridade dada por Cristo (cf. João 20,22-23) de reter o perdão temporariamente como fez padre Pio à famosa atriz de cinema Lea Padovani quando confessou-se com Padre Pio de Pietrelcina, mas vivia em adultério com um homem já casado, que foi diagnosticado com um tumor terminal. Padre Pio condicionou a absolvição com o compromisso da atriz de renunciar a este relacionamento que estava colocando em risco sua salvação e a do amante, a qual só foi dada depois que a atriz o procurou novamente, se comprometendo a não mais se relacionar em adultério com o mesmo. Não basta só perdoar e dar a absolvição, é preciso ajudar o(a) penitente a se libertar de seus pecados com firmeza, sabedoria, e caridade fraterna, a não ceder às inclinações e evitar ocasiões que podem leva-lo(a) aos vícios.




-De ordem Espiritual: analogamente, para que uma doença física seja tratada, é preciso descobrir, por meio de exames (anamnese) o que a causou, ou está causando aquela enfermidade. Uma vez diagnosticado o problema, aplicam-se os medicamentos necessários para o restabelecimento da saúde corporal. Nossa vida espiritual passa por processo semelhante: muitas vezes, nossa alma está contaminada e enfraquecida por doenças espirituais que, aos poucos, roubam-nos a paz e nos desequilibram espiritualmente, afastando-nos do caminho da santidade e conduzindo-nos sempre cada vez mais ao pecado. Diante de tal realidade, é preciso diagnosticar quais doenças espirituais estão deixando nossa alma enferma? Contudo, para que o medicamento correto faça o efeito desejado, é preciso nomear essas doenças. Para que uma doença seja tratada, é preciso descobrir, por meio de exames, o que a causou? Uma vez diagnosticado o problema (pois o diagnóstico por si só ainda não é a solução), aplica-se a terapia necessária para o completo restabelecimento da saúde corporal. Nossa vida espiritual passa por esse mesmo processo. Muitas vezes, nossa alma está contaminada por doenças espirituais que, aos poucos, roubam-nos a paz e nos desequilibram espiritualmente, afastando-nos do caminho da santidade e conduzindo-nos ao pecado. Diante de tal realidade, é preciso diagnosticar quais doenças espirituais estão deixando nossa alma enferma. Contudo, para que o medicamento correto faça o efeito desejado, é preciso nomear essas doenças. A cura para as doenças espirituais é obra do Espírito Santo. São sete essas doenças na alma espiritual: gula, avareza, luxuria, ira, inveja, preguiça e soberba. As doenças espirituais são os sete pecados capitais, os quais, quando não diagnosticados, e tratados, causam um terrível mal a nosso ser uno e tríplice: mente, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5,23). Um bom confessor pode detecta-los e orientar o penitente a se libertar através do exercício da virtude contrária ao pecado capital (lembrando que a graça é dada, mas as VIRTUDES são exercitadas):


 


1)-Orgulho ou soberba x HumildadeTiago 4,6: "Pois Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes"


2)-Avareza x GenerosidadeProvérbios 22, 9: "Quem é generoso será abençoado, pois reparte o seu pão com o pobre" 


3)-Inveja x Caridade 1 Coríntios 13, 4-7: " a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade; não se ensoberbece; Não se porta com indecência; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal..."


4)-Ira  x  MansidãoGálatas 5,22-23: "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio..." 



5)-Luxúria ou Impureza x Castidade ascética - Hebreus 12 4-5: "Ora, na guerra contra o pecado ainda não tendes lutado até o sangue. E estais esquecidos da Palavra de encorajamento que Ele vos dirige como a filhos: Meu filho, não desprezeis a disciplina do Senhor, nem desanimeis quando por Ele sois repreendido..."



6)-Gula x  Temperança2Pedro 1,5-10: "e vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, a fraternidade, e à fraternidade, o amor. Porque, se em vós houver e aumentarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis"



7)- Preguiça  x Diligente disposição ao serviço - 2 Tessalonicenses 3, 10-12: "Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão".





-De ordem Psíquica (consciência mal formada que precisa ser educada e corrigida) - O CIC vai falar de: "A moralidade dos atos humanos e suas consequências":




1749. A liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando idade de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, o pai dos seus atos. Os atos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência da decisão de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou maus.




1750. A moralidade dos atos humanos depende:


– do objeto escolhido;

– do fim que se tem em vista ou da intenção:

– das situações da ação.



O objeto, a intenção e as estatísticas são as «fontes» ou elementos constitutivos da moralidade dos atos humanos.




1751. O objeto escolhido é um bem para o qual a vontade tende deliberadamente. E a matéria dum ato humano. O objeto escolhido especifica moralmente o ato da vontade, na medida em que a razão o regular e o julgar conforme, ou não, ao verdadeiro bem. As regras objetivas da moralidade enunciam a ordem racional do bem e do mal, atestada pela consciência.



1752. Em face do objeto, a intenção coloca-se do lado do sujeito que envelhece. Porque é a fonte voluntária da ação e a determinada pelo fim em vista, a intenção é um elemento essencial na qualificação moral da ação. O fim em vista é o primeiro dado da intenção e designa a meta a atingir pela ação. A intenção é um movimento da vontade em direção ao fim; diz respeito ao termo do agir. É o alvo do bem que se espera da ação empreendida. Não se limita à direção de nossas ações singulares, mas pode ordenar para um mesmo fim ações múltiplas: pode orientar toda a vida para o fim último. Por exemplo, um serviço prestado tem por fim ajudar o próximo, mas pode ser inspirado, ao mesmo tempo, pelo amor de Deus como fim último de todas as ações. Uma mesma ação também pode ser inspirada por vários desejos, como prestar um serviço para obter um favor ou para satisfazer a vaidade.




1753. Uma intenção boa (por exemplo: ajudar o próximo) não torna bom nem justo um comportamento em si mesmo desordenado (como a mentira e a maledicência). O fim não justifica os meios...Pelo contrário, uma intenção má acrescentada (por exemplo, a vanglória) torna mau um ato que, em si, pode ser bom (como a esmola).








1754. As estatísticas, incluindo as consequências, são elementos secundários do ato moral. Contribuem para agravar ou atenuar a retenção ou malícia moral dos atos humanos (por exemplo, o montante do roubo). Podem também diminuir ou aumentar a responsabilidade do agente (por exemplo, agir por medo da morte). As situações não podem, de per si, modificar a qualidade moral dos próprios atos; não pode tornar boa nem apenas uma ação má em si mesma.




Os atos bons e os atos maus



1755. O ato moralmente bom pressupõe, em simultâneo, a retenção do objeto, da específica e das situações. Um fim mau corromper a ação, mesmo que o seu objeto seja bom em si (como orar e jejuar «para ser visto pelos homens»). O objeto da escolha pode, por si só, viciar todo um modo de agir. Há comportamentos concretos – como a fornicação – cuja escolha é sempre um erro, porque comporta uma desordem da vontade, isto é, um mal moral.



1756. É, portanto, errado julgar a moralidade dos atos humanos tendo em conta apenas a intenção que os inspira, ou as situações (meio, pressão social, constrangimento ou necessidade de agir, etc.) que os enquadram. Há atos que, por si e em si mesmos, independentemente das situações e das intenções, são sempre gravemente ilícitos na razão do seu objeto; por exemplo, a blasfémia e o jurar falso, o homicídio e o adultério. Não é permitido fazer o mal para que dele resulte um bem.




Por que o sacerdote nos dá uma penitência na Confissão?




A Resposta Católica0 - Mai 2021




(aqui a cena de uma penitencia meramente jurídica com a menina)

 



“Condiz com a divina clemência, diz o Concílio de Trento, que os pecados não nos sejam perdoados sem nenhuma satisfação, a fim de que, por julgar leves os pecados, não caiamos em maiores culpas quando se apresente a ocasião”.

 



O último ato do penitente que, junto com a contrição e a confissão, constitui a matéria próxima da Reconciliação e do qual o próprio sacramento toma nome é a penitência, isto é, a satisfação imposta pelo sacerdote como meio de reparar os pecados acusados. O cumprimento da satisfação, embora não seja da essência do sacramento, de sorte que é possível ser validamente absolvido, ainda que não se realize depois a obra prescrita, pertence todavia à integridade da Confissão e não pode, em regra, ser deliberadamente omitido sem culpa grave [1]. Que a satisfação pertença à integridade do sacramento, ensina-o expressamente o Concílio de Trento, ao dizer que todos os três atos do penitente se requerem, por instituição divina, para a perfeita e plena remissão dos pecados [2]: o arrependimento com o propósito de não mais pecar, como disposição necessária de alma; a confissão, pela qual o fiel apresenta e submete seus pecados às chaves da Igreja; e a satisfação, isto é, ao menos o propósito de satisfazer pelas faltas cometidas, segundo a determinação do confessor [3]. Isso também se depreende da natureza mesma do sacramento. Se, com efeito, não é possível receber o perdão sem antes estar arrependido, e se o arrependimento, para ser sincero, deve incluir a detestação do pecado e o propósito de não tornar a pecar, é evidente que o penitente deve ter ao menos a intenção de compensar, dentro de suas possibilidades, o mal cometido, não só reparando as injustiças contra o próximo, mas satisfazendo pelo reato da pena temporal que, mesmo com a remissão da culpa, ainda resta por expiar [4].




 

Nota quanto à fórmula da absolvição




A forma do sacramento da Penitência é: “Eu te absolvo de teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”. Para a validade da absolvição, requer-se certamente que o sacerdote pronuncie, como mínimo, as palavras: “Eu te absolvo de teus pecados”, ainda que lhes acrescente outros elementos, como “de todos os teus pecados”, ou omita a invocação final à SS. Trindade. É sentença provável entre alguns autores que seriam suficientes para a validade da Confissão as palavras “Eu te absolvo”, já que indicam claramente tanto o sujeito que é absolvido quanto a absolvição do débito por ele contraído ao pecar. Com efeito, a palavra “absolvo”, pronunciada por um sacerdote munido do poder de perdoar pecados em nome de Deus ofendido, tem por si mesma força para significar a solução do vínculo dos pecados, ainda que não os expresse direta e explicitamente [5]. No entanto, não é lícito usar uma forma como essa, que, além de ser distinta da prescrita pela Igreja, expõe o sacramento à possibilidade de ser inválido.





“Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (João 20,22-23)




 

Referências




(1)E. Genicot e J. Salsmans, Institutiones Theologiæ Moralis. 17.ª ed., Bruxelas [s.d.], vol. 2, p. 196, n. 284: “O penitente está obrigado a aceitar e cumprir a penitência, e esta obrigação é ex genere suo grave. […] Pois a obrigação grave no sacerdote de impor a penitência, e uma proporcionada aos pecados, necessariamente supõe no penitente a obrigação de aceitá-la e cumpri-la”.



(2)Cf. Concílio de Trento, 14.ª sess., c. 3 (DH 1673).



(3)E. Genicot e J. Salsmans, op. cit., p. 144, n. 254: “A sentença dos tomistas põe que aqueles atos [isto é, do penitente] são a verdadeira matéria próxima da qual (ex qua) é essencialmente confeccionado o sacramento, constituindo com a absolvição um único sinal completo e eficaz da graça, como o que constitui no Batismo a ablução com as palavras sacramentais. Dizem, porém, que isso se aplica à satisfação apenas na medida em que o penitente deve ter o propósito de cumprir a satisfação grave, pois consta claramente que a real execução da penitência imposta pertence apenas à integridade do sacramento” (grifos nossos).



(4)Cf. Id., p. 189, n. 278.



(5)Cf. Id., p. 145, n. 225; D. Prümmer, Manuale Theologiæ Moralis. 14.ª ed., Barcelona: Herder, 1960, vol. 3, p. 234, n. 328. Outros autores, embora reconheçam que essa opinião é a mais provável e comum, defendem não obstante que, na prática, é prudente seguir a sentença contrária, que supõe inválida a forma reduzida “Eu te absolvo” (cf. J. Aertnys, Theologia Moralis. Tornaci, V.ª H. Casterman (ed.), 1887, t. II, p. 131, n. 251).

 



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