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Práticas Espirituais no Ano Litúrgico: Entre a Autêntica Devoção Católica e os Desvios Pietistas Protestantes

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 16 de setembro de 2023 | 17:36

 





DEVOCIONISMO OU SANTAS DEVOÇÕES DENTRO DO ANO LITÚRGICO NÃO SE CONFUNDE COM o PIETISMO PROTESTANTE!


 

Ao longo da história da humanidade, o termo “devoção” assumiu diversos matizes semânticos e aplicações culturais. Em sua raiz latina — voveo, devoveo — encontra-se a ideia de voto, entrega, consagração ou sacrifício oferecido a uma autoridade superior, seja ela divina ou humana, como deuses, imperadores ou senhores, com a finalidade de lhes obter benevolência e favor. Embora presente também no âmbito civil, a palavra adquiriu grande relevância sobretudo no campo religioso, onde encontrou sua expressão mais profunda e universal. No Cristianismo Primitivo, desde Lactâncio até Santo Agostinho, o vocábulo “devoção” passou a designar uma atitude interior que acompanha o verdadeiro culto divino: um movimento de oblação, reverência, atenção amorosa e respeito sagrado que permeia todo ato religioso. Stricto sensu, o termo refere-se à consagração pessoal ao serviço de Deus ou à vida religiosa. Lato sensu, designa um estado interior permanente de disponibilidade, dedicação e entrega generosa à vontade divina, até a plena e fervorosa submissão à lei de Deus. Durante a Idade Média, desenvolveu-se um conceito mais amplo e estruturado de “devoção cristã”, entendido como o conjunto dos exercícios virtuosos que alimentam o fervor da caridade e o afeto espiritual que nasce da meditação dos mistérios de Deus. A devoção medieval concentrou-se especialmente nos mistérios da Humanidade de Cristo, na veneração da Virgem Maria, na honra prestada aos santos, e também nos objetos, lugares e práticas que recordam a ação salvífica de Deus na história.



Santo Tomás de Aquino encarregou-se de desenvolver uma teologia do conceito de “devoção” ao tratar da “virtude da religião”. Santo Tomás apresenta a devoção como: 


"sendo um ato especial da vontade e uma ação específica da virtude da religião, mediante a qual o homem se doa a Deus para dedicar-se a algumas obras do culto divino. Ele distingue duas causas da “devoção”: uma principal, que é a ação de Deus, e outra secundária, que pode ser, por parte da pessoa, o esforço de doação a Deus. Assim, Santo Tomás define a “devoção” como sendo um ato da vontade que tem como fim a pronta entrega da pessoa ao serviço de Deus. A “devoção” supõe, então, a consideração da bondade de Deus e de seus benefícios, e a consciência da indigência humana. São os bens de Deus e a manifestação de seu amor, como também a consideração da Santa Humanidade de Cristo, que suscitam o amor e a “devoção”, fazendo surgir como um dos efeitos da “devoção” a alegria espiritual."





O Pietismo foi um movimento religioso que surgiu na Igreja luterana alemã em fins do XVII, defendendo a primazia do sentimento e do misticismo na experiência religiosa, em detrimento da teologia racionalista. Era um movimento de  afirmação da superioridade da fé sobre a razão (Lutero considerava a razão como a prostituta do diabo). Com o fim da Idade Média e surgimento da Idade Moderna, nasce a chamada “devotio moderna” firmada na linha afetiva que deriva de Santo Agostinho, que acentua:




-Um cristocentrismo prático, enfatizando a Humanidade de Cristo, em torno da qual se orienta a vida espiritual, em tom ético, prático e concreto, objetivando a imitação dos exemplos de Cristo. 

 

 

-Elementos constitutivos da “devoção moderna” são, ainda, a oração metódica, o exame de consciência, a leitura e meditação da Palavra de Deus

 

 

-Outros traços marcantes da “devoção moderna” são revelados por uma espiritualidade marcadamente afetiva, acentuando o fervor, a oração e o desejo de Deus; valorização da interioridade, da vida ética e moral, da ascese, da moderação, das penitências, e do realismo da vida espiritual. 

 

 

-Ao devoto importa mais uma vida virtuosa realmente vivida, em contraposição a uma teologia fortemente especulativa e racionalista. 

 

 


A degenerescência da “devoção” é o que se denomina de “devocionismo”, quando deixando de lado os elementos constitutivos essenciais da verdadeira “devoção”, acentua-se apenas os seus aspectos secundários, desvirtuando-a de sua finalidade. Quando o mistério de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, é negado ou abandonado, a verdadeira “devoção cristã” corre o risco de tornar-se “devocionismo”, ou seja, um tipo de prática religiosa estéril que se reveste de ritualismo, legalismo, moralismo, subjetivismo e individualismo. O “devocionismo” afasta o homem da real experiência de encontro com o Deus vivo e verdadeiro, com a pessoa de Cristo Ressuscitado, e aproxima o ser humano dos seus próprios ídolos, isto é, dos deuses de bolso, fabricados por conceitos equivocados e ideias falsas sobre Deus. Enquanto na verdadeira “devoção” o homem é convidado e se apresenta livremente para servir a Deus, já no “devocionismo” pietista, é Deus quem é intimado e forçado a servir o homem.

 








A Igreja procura santificar o ano todo celebrando a cada dia os Santos do dia, ou as festa e solenidades especiais



Por prof. Felipe Aquino - Cleofas



A Igreja, ao longo do ano litúrgico, procura santificar o tempo celebrando diariamente os santos do dia, bem como as festas, memórias e solenidades que marcam momentos especiais da história da salvação. Cada celebração é um convite para que os fiéis mergulhem mais profundamente no mistério de Cristo, refletido na vida dos santos e nas grandes datas da liturgia.  Além disso, cada mês do ano é tradicionalmente associado a uma devoção específica. Essas devoções mensais não surgiram de decretos formais, mas brotaram espontaneamente do coração orante da Igreja, muitas vezes inspiradas por acontecimentos históricos, manifestações de piedade popular ou por celebrações litúrgicas de maior destaque naquele período. Assim, janeiro costuma ser dedicado ao Santíssimo Nome de Jesus, junho ao Sagrado Coração, outubro às missões, e assim sucessivamente. 







Importante lembrar que nem sempre é possível identificar com precisão quando ou onde cada devoção teve início. Elas amadureceram ao longo dos séculos, acompanhando a espiritualidade dos povos e a experiência de fé da comunidade cristã. Por isso, podem variar de país para país, mantendo, porém, a unidade da fé e da doutrina. Essa diversidade saudável expressa a riqueza da Igreja que, sendo una, é também profundamente enraizada em culturas e tradições diferentes — tanto no Ocidente quanto no Oriente católicos.  Para quem deseja aprofundar-se nessas práticas espirituais, o livro “Orações de Todos os Tempos da Igreja” (Ed. Cléofas, 1998) oferece um amplo repertório de orações ligadas a cada uma dessas devoções mensais, ajudando os fiéis a viver com maior intensidade a espiritualidade que a Igreja propõe ao longo do ano.



SOBRE AS SANTAS DEVOÇÕES - Conheça algumas delas AO LONGO DO ANO LITÚRGICO:




1)-Em JANEIRO a devoção é dedicada o Santíssimo Nome de Jesus, porque oito dias após o Natal, São José o circuncidou dando-lhe o sagrado nome. A Igreja celebra oito dias após o Natal, em 2 janeiro, de acordo com o Diretório da Liturgia da CNBB, a solenidade do Santíssimo Nome de Jesus: O anjo disse a Maria: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31). Por causa das festas em Janeiro que pertencem a infância de Cristo, Janeiro também se tornou o mês dedicado a Santa Infância de Jesus.




2)-FEVEREIRO é o mês da Sagrada Família porque após as celebrações do Natal, a Igreja a venera. Foi na Sagrada Família que Jesus viveu toda a a sua vida antes de começar sua vida pública, para a salvação da humanidade. Ali ele aprendeu as coisas santas, trabalhou com mãos humanas, obedeceu a Seus pais e se preparou para a grande missão. Olhando para a Sagrada Família, a Igreja deseja que os casais e filhos aprendam a viver segundo a vontade de Deus: “O mundo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e os pais fossem José”… Embora o começo da Quaresma mude de acordo com o calendário civil, uma boa parte do mês de Fevereiro nos dá um espaço de tempo entre as celebrações do Natal e foco maior na vida pública e no ministério de Jesus, que ocorrem na Quaresma.




3)-MARÇO é o mês da devoção a São José, porque a sua festa maior acontece no dia 19 de março. São José é o esposo da Virgem; o homem justo que teve a honra e a glória de se escolhido por Deus para ser o pai legal, nutrício, de Seu Filho feito homem. Coube a José dar-lhe o nome de Jesus. Nesse mês dedicado a ele, a Igreja nos convida a olhar para este modelo de pai amoroso, esposo fiel e casto, trabalhador dedicado que está pronto a fazer, sem demora, a vontade de Deus. A Igreja lhe presta um culto de “protodulia” (Primeira veneração).Há inúmeras orações dedicadas a São José, como a Ladainha em sua honra, o Terço de São José, novenas, e outras súplicas. Santa Teresa D’Ávila testemunhou que sempre que fazia um pedido a São José, em uma de suas festas (19 de março ou 1 de maio), nunca deixou de ser atendida. Todos os seus Carmelos renovados receberam o nome do Glorioso São José.



4)-O mês de ABRIL é dedicado a Eucaristia e ao Divino Espírito Santo. Quase sempre o Dia da Páscoa cai em abril; e, mesmo quando essa data se dá em Março, o período pascal de 40 dias continua em abril. A Eucaristia é o centro da vida da Igreja. Ela é o Sacrifício de Cristo que se atualiza (torna-se presente) no altar, na celebração da santa Missa. É o Alimento (banquete) do Cordeiro, que se dá como alimento espiritual. É a maior prova de amor de Jesus para conosco. Além da Missa, Ele permanece em estado de vítima oferecida permanentemente ao Pai em nossos Sacrários, para nos socorrer em todas as necessidades e estar sempre conosco: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).





5)-MAIO é o mês da Virgem Maria. Este mês está repleto de Suas Festas: 13 de maio (N. Sra. de Fátima), 24 de Maio (N. Sra. Auxiliadora), 26 de Maio (N. Sra. Caravaggio), 31 de Maio (N. Sra. da Visitação). Por ser ela Mãe de Deus e nossa Mãe, o mundo cristão comemora o Dia das Mães no segundo domingo de maio, rogando-lhe que defenda, proteja e auxilie todas as mães em sua difícil missão. A devoção a Virgem Maria quer destacar o papel fundamental de Maria Medianeira de todas as graças, intercessora permanente do povo de Deus, modelo para as mães cristãs, pura e santa, sempre pronta e disposta a fazer a vontade de Deus. É o mês por excelência para as noivas se casarem e consagrarem a vida matrimonial a essa terna e boa Mãe. É também o mês de rezar-Lhe o Rosário e a Sua bela Ladainha lauretana.










6)-JUNHO é o mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção que começou por volta do ano de 1620, quando Jesus pediu a difusão da devoção ao Seu sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque. Foi divulgada no mundo por São Claudio de La Colombiere, diretor espiritual da Santa. Foi um tempo marcado pela perigosa heresia chamada “jansenismo”, que impedia os católicos de comungarem com frequência e incutia o medo de Deus nas pessoas. E para provar o contrário, essa devoção ao Sagrado Coração de Jesus quis mostrar exatamente um Jesus humano, misericordioso, e sempre pronto a perdoar como fez o Pai ao filho pródigo. Essa linda devoção encoraja à participação na Adoração a Eucaristia, e a receber a Sagrada Comunhão na primeira Sexta-feira de cada mês, recebendo inúmeras graças, prometidas por Jesus. Há também a bela Ladainha ao Sagrado Coração de Jesus e inúmeras orações compostas pelos Santos para essa profunda devoção.




7)-JULHO é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor. Esta festa é celebrada no primeiro Domingo do mês. O Sangue de Jesus é o “preço da nossa salvação”. A piedade cristã sempre manifestou através dos séculos especial devoção ao Sangue de Cristo, derramado para a remissão dos pecados a todo o gênero humano. Esta devoção atravessou a história e a temos até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica Angelus Domini, frisou o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele Sangue, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.




8)-AGOSTO é o mês dedicado às vocações no Brasil. Em cada semana do mês a Igreja destaca uma modalidade vocacional: a vocação sacerdotal, matrimonial, religiosa, e o laicato (dos leigos). A vocação define a vida religiosa da pessoa, e é dada por Deus a cada um. Em Sua bondade e sabedoria, Deus distribui Seus dons a cada um como lhe apraz. O importante é que cada um descubra a sua vocação e nela se realize, fazendo o bem a todos. Especialmente nesse período, os jovens são chamados a rezarem, pedindo a Deus discernimento do caminho a seguir. De modo especial, os leigos devem assumir a sua missão no mundo, como “sal da terra e luz do mundo”; fiéis aos ensinamentos da Igreja e levando o Evangelho a todas as realidades temporais.




9)-SETEMBRO no Brasil é o mês da Bíblia, que tem como finalidade que o povo católico se aproxime mais da Palavra de Deus, leia e a medite, a conheça e aprofunde os seus conhecimentos bíblicos. Não é sem razão que São Pedro ensinou: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2Pd 1,20-21). A Carta aos Hebreus nos recorda que “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).




10)-OUTUBRO é o mês do santo Rosário e o mês dedicado às Missões. Santo Rosário porque a Europa cristã se viu livre da ameaça muçulmana, que queria destruir o cristianismo, no ano 1571; contudo, foram vencidos pelas forças cristãs, na Batalha de Lepanto, no mar da Grécia. O Papa São Pio V pediu aos exércitos cristãos que levassem a “arma do Rosário”. Como a grande e milagrosa vitória se deu no dia 7 de outubro, o Papa instituiu neste dia a Festa de Nossa Senhora do Santo Rosário. O Mês das Missões é um devoção a fim de estimular ainda mais a missão evangelizadora que Cristo confiou à Igreja. Jesus ordenou aos seus discípulos que fossem pelo mundo todo, pregando o Evangelho e batizando a todos.




11)-NOVEMBRO é o mês dedicado às almas do Purgatório. O Dia de Finados, celebrado no dia 2 de Novembro, é dedicado às orações por todos os fiéis falecidos. O Papa Paulo VI, na Constituição das Indulgências, de 1967, estabeleceu indulgências parciais e plenárias pelas almas do purgatório, decretando assim que a semana de 1 a 8 de novembro fosse dedicada às almas. Por isso estabeleceu nessa data que os cristãos lucrariam indulgências plenárias às almas com a seguinte condição: 1. uma visita ao cemitério para rezar por elas; 2. confissão sacramental; 3. comungar e rezar nas intenções do Santo Padre, o Papa (Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai). As almas não podem conseguir sua purificação por si mesmas; pois dependem de nossas orações, missas, esmolas, penitências etc., oferecidas portanto a elas.




12)-DEZEMBRO é o mês santo do Advento e do Natal. São quatro semanas de preparação para a vinda de Cristo no Natal. Arma-se a “coroa do Advento”, com uma vela acessa a cada domingo, meditando esse tempo de graça e espera. É um tempo propício para uma preparação espiritual e piedosa para celebrar dignamente o Natal e também a Segunda e definitiva vinda do Senhor. É o tempo do Presépio, que nos ajuda a meditar este grande mistério da Encarnação do Verbo, que “se fez pobre para nos enriquecer”, como tão bem nos ensinou o Apóstolo São Paulo.



Fonte: Cleofas 



CONCLUSÃO



As santas devoções propostas ao longo do ano litúrgico têm por finalidade conduzir cada fiel a um autêntico processo de transformação interior. Não se tratam de práticas voltadas a uma religiosidade superficial, a gestos meramente exteriores ou a um pietismo estéril. Muito menos promovem qualquer forma de alienação espiritual. Ao contrário: a verdadeira devoção cristã impulsiona a vida concreta, ilumina a realidade e conduz ao amadurecimento humano e espiritual. O caminho de santidade favorece o desenvolvimento integral das capacidades pessoais, sempre sustentado pela graça de Deus. Esse processo convida a um estilo de vida marcado pelo desprendimento dos bens terrenos, pela coragem de corrigir os próprios erros, pela aceitação sincera da própria verdade interior, pela prática da justiça, pelo perdão das ofensas, pelo compromisso com a paz interior e social, e pela serena acolhida das incompreensões e perseguições injustas, quando estas surgem por causa da fidelidade ao Evangelho. 





Assim, a transformação do coração abre horizontes para o “mundo novo” ao qual todos somos chamados. Essa renovação pessoal não se encerra em si mesma, mas transborda para a vida social. Como ensina a Igreja, a verdadeira conversão cristã leva à transformação das realidades sociais, culturais e morais, mediante uma mudança de mentalidade fundamentada nos valores do Evangelho, colocando Cristo acima de todas as coisas. Somente depois de permitir que Deus transforme o nosso próprio interior é que podemos exercer, de modo autêntico e eficaz, a nossa missão transformadora no mundo — uma verdadeira “universidade” testemunhal. Pois o projeto divino inclui o chamamento universal à santidade (cf. Mt 5,48), meta à qual todos devem ter acesso por meio de uma formação humana, moral, intelectual e espiritual sólida, capaz de promover o triunfo da justiça, da verdade e da paz conforme o plano de Deus revelado em Cristo. Assim como os santos são apresentados como modelos de homens e mulheres que souberam trilhar com coragem e humildade o caminho da perfeição, também os professores, mestres e formadores de todos os saberes são chamados a buscar a excelência técnica, intelectual, humana e moral, de modo que suas vidas inspirem e motivem os alunos a imitá-los. 






A estagnação social e moral de muitos ambientes nasce justamente da ausência de bons modelos, capazes de incentivar e orientar as práticas virtuosas no cotidiano da vida social. Em tempos marcados por crises sociais e pela erosão dos valores, nossos olhos se voltam novamente para as autênticas testemunhas. Esperamos delas não apenas instrução, mas a formação de profissionais competentes, cidadãos responsáveis, pessoas íntegras e promotoras dos verdadeiros valores humanos, morais e espirituais. Recordemos, portanto, na Solenidade de Todos os Santos, aqueles e aquelas que souberam colocar a própria vida a serviço do bem comum e do Reino de Deus. Que o exemplo deles nos conduza, passo a passo, rumo à nossa pátria definitiva.



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