Na obra de Agostinho
de Hipona “A Cidade de Deus”, o mesmo faz um contraste entre duas cidades, a de
Deus e a dos homens:
“Dois amores erigiram duas cidades, Babilônia e Jerusalém : aquela é o
amor de si até ao desprezo de Deus ; esta, o amor de Deus até ao desprezo de
si”. (Santo Agostinho, A Cidade de Deus, 2, L. XIV, XXVIII).
A mídia, muitas vezes, banaliza coisas abomináveis, e supervaloriza as supérfluas!
Assim, a tolerância com coisas intoleráveis passa a ser nosso padrão de
conduta. Contentamo-nos as vezes, apenas em rezar, pregar, exortar
interna e externamente sobre o assunto, mas nunca partimos para uma ação
concreta. Ou ainda quando agimos, fazemos isso isoladamente, tranquilizando
nossa consciência achando assim que “fiz minha parte”. Antes não
entedia bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, por ter percebido
esta diferença entre a verdadeira paz pregada por nosso Senhor Jesus Cristo e o
falso e covarde pacifismo. Não
podemos ficar nos escondendo atrás de uma mansidão que só revela covardia,
enquanto milhares de inocentes pagam com suas vidas destroçadas de todas as
formas. Uma teologia e práxis
evangélica inteligente e coerente com os princípios Cristãos nos leva uma outra
realidade que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com
esse mundo ilusório. E somente bem organizados e avançando compactados
como um exército em ordem de batalha, é que conseguiremos agir eficazmente
contra os ataques frontais aos valores Cristãos, que estão se alastrando pelo
mundo, no qual nós que trazemos o nome de Cristãos ficamos perdendo espaços
para o inimigo, aos quais precisamos
urgentemente reconquistar palmo a palmo, como nos diz Moysés nosso
fundador nos escritos Shalom, no histórico 1984, Nº6. O homem contemporâneo busca a paz,
fecha-se em altos muros para não a perder, faz caminhadas pela paz, movimentos
em vista dela. A palavra PAZ talvez seja hoje uma das mais faladas. Com certeza, ela
expressa a realidade mais buscada pelo homem do nosso tempo. No entanto, ele
nunca esteve tão em guerra como agora: o ódio se alastra, a violência e divisão
se multiplica, o homem morre, vítima de si mesmo e do seu pecado.
“É
aí que se manifesta o desígnio de Deus para a nossa vocação. Em um mundo
marcado pelo pecado, ‘que errou bastante acerca do conhecimento de Deus, onde
reinam tantos males, o ocultismo, a não conservação da pureza nem na vida nem
no matrimônio, a impureza, o adultério, sangue, crime, roubo, fraude,
corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento
da gratidão, impureza das almas, inversão sexual, desordens no casamento,
despudor e etc, e ainda se diz em paz’ (Sb 14,22-26); o Senhor nos chama a
sermos anunciadores da sua paz (Is 52), a vivermos e proclamarmos a sua Paz. A
levarmos com a nossa vida, com a nossa palavra e com o nosso testemunho, o
Shalom de Deus aos corações; a sermos instrumentos de reconciliação do mundo
com Deus; a anunciarmos com todo o nosso coração, com todas as nossas forças a
salvação de Jesus Cristo e o seu Evangelho” (RVSh, 359)
“Paz
para nós é sinônimo de conversão, de vida nova em Cristo. Não é, portanto,
somente uma conquista do homem, uma ausência de guerra ou a implantação de uma
“justiça humana” sobre a terra. A paz é fruto da presença do Cristo
Ressuscitado em nosso meio. Como aos apóstolos (cf. Jo 20,19-21), Ele nos
comunica a salvação e nos ensina a anunciá-la e ministrá-la aos homens do nosso
tempo. Enquanto os homens procurarem a sua paz e a sua salvação em si próprios;
enquanto acharem que podem resolver os problemas do mundo por si mesmos;
enquanto pensarem que podem instalar uma paz social e política e assim trazer a
felicidade geral ao mundo, sem a conversão dos corações a Jesus; sem conhecê-lo
como a solução, a salvação para todo o homem e para a humanidade, longe eles
estarão da paz, do Shalom que Deus quer instaurar na face da terra” (RVSh,
357).
E isso torna-se cada vez mais claro no mundo de hoje, basta
olharmos ao nosso redor. A Comunidade Católica Shalom, impulsionada pelo
Espírito Santo e diariamente alimentada pela oração, sente brotar em seu seio o
ardente apelo de Deus para que seja saciada a sede do seu povo. Cada irmão que livremente se consagra a Deus na nossa Comunidade, sabe
que entregou a sua vida em vista dessa causa, da implantação da verdadeira Paz
nos corações e no mundo. O Senhor nos
constitui, assim, como soldados que, incansavelmente, lutarão pela paz através
do anúncio, da doação de suas vidas e do testemunho coerente do Evangelho. (Reconquistando
palmo-a-palmo os espaços perdidos para o inimigo de Deus - Escritos Shalom, histórico 1984, Nº6).
“Para
instaurar a Paz nos corações e no mundo o Senhor nos chama a anunciar Jesus
Cristo e a formar autênticos filhos de Deus” (RVSh, 360).
“É
preciso reconciliar o coração do homem com o próprio homem, reconciliar o
coração do homem com a natureza e com as coisas. Somente pelo poder do Espírito
Santo isto pode ser realizado. É necessário ensinar os homens a orar, a se
voltarem para o Senhor. É necessário estabelecer o amor de Deus nos lares, nas
famílias, nos relacionamentos, nas profissões, na sociedade, no mundo! É
necessário estabelecer a paz, mas tudo isto só acontece quando recebemos Jesus
no coração. ‘Homem, converte-te ao Senhor Jesus e encontrarás a Paz que tanto
buscas!’” (RVSh, 367).
Reconciliar e construir a paz. Esta é a missão que recebem. Hoje, o que mais faz falta é a paz: refazer os pedaços da vida, reconstruir as relações quebradas entre as pessoas, restabelecendo a inteireza pessoal e comunitária. As pessoas que lutam pela paz são declaradas felizes e são chamadas filhos e filhas de Deus (Mt 5,9).
Nos primeiros capítulos do livro de Gênesis vemos o registro da edificação das primeiras cidades quando lemos: “Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho.” (Gn 4,17)
Esta geração é
identificada na Bíblia como a geração dos “Filhos dos Homens”. Uma geração
ímpia que pela graça comum se destacava por serem os primeiros engenheiros na
edificação de cidades (4,17), na construção civil: edificação de tendas (4.20),
na agropecuária: criação de gado (4,20), esta geração desenvolveu a música e a
criação de instrumentos musicais como harpa e a flauta (4,21), foram também
artesões dominando técnicas para o uso do bronze e do ferro (4,22). Estes
“Filhos dos Homens” edificavam a “Cidade dos Homens”. E assim como hoje, apesar de todo o
conhecimento e desenvolvimento humano, esta geração vive de maneira autônoma de
Deus, espiritualmente confusos e caminham distantes e afastados de Deus. Mas
paralelamente lemos que neste mesmo mundo se desenvolve uma outra geração, a
dos “Filhos de Deus”. No lugar de Abel Deus concede um novo
representante chamado Sete e depois Enos. Esta geração é a dos que invocam o
nome de Deus (4,26). Estas duas gerações vivem juntas, mas seguem destinos bem
diferentes:
“Dei-lhes a tua palavra, e o
mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. Não rogo que os tires do mundo, mas que os
protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao
mundo, eu os enviei ao mundo. Em favor deles eu me santifico, para que
também eles sejam santificados pela verdade...” (João
17,14-19)
Vivem no mesmo mundo mas de forma bem diferente. Santo Agostinho, definindo o conceito de cidade em sua obra diz: “Civitas, concors hominum multitudo”. (Epist., Olim LII.). Cidade é a reunião dos homens em comunhão de coração, ou, em outros termos, cujos corações se possuem do mesmo amor. Os homens são unidos ou desunidos em função do amor. Dois homens que compartilhem o mesmo amor estão unidos; dois outros que o não compartilhem, estão desunidos. Uma é natural e a outra é espiritual. Uma ama a si mesmo até o desprezo de Deus, e a outra ama a Deus até ao desprezo de si mesmo.
Os “Filhos de Deus” tem um grande desafio:
Estender as fronteiras da “Cidade de Deus”, alargar a tenda sobrepondo assim a “Cidade dos Homens”. Esta é a etapa do processo evangelizador de conquista da “alma da cidade” que se cumpre na vida de cada comunidade Cristã, e na vida de cada filho de Deus na medida que levamos a graça transformadora de Deus aos “Filhos dos Homens”, transformando a cidade que habitamos. Cada cidade tem sua identidade, sua história, seus dilemas. Deus se compadeceu de Nínive que se arrependeu e atendeu à mensagem transformadora que lhe foi enviada. Por outro lado as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas.
Jesus caminhava
pregando o Reino de Deus de “cidade em cidade”:
“Havendo passado
esses acontecimentos, caminhava Jesus por todos os povoados e cidades
proclamando as boas novas do Reino de Deus, e os Doze estavam com Ele.” (Lucas
8,1)
O que é Evangelizar para a Igreja?
“Evangelizar,
para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, mas para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços
geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa,
mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os
critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas
de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que
se apresentam em contraste com
a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação.” (Evangelii Nuntiandi Nº 18-19.
Papa Paulo VI)
Jesus, os apóstolos, enfim, a Igreja, almejavam alcançar determinadas cidades com a mensagem do Evangelho. Durante a história do Cristianismo muitas cidades foram transformadas com a mensagem do Evangelho. Quando uma igreja nasce em uma determinada cidade, ela nasce com um propósito que brotou primeiramente no coração de Deus. A missão da igreja é alcançar a cidade, testemunhar o amor e a graça de Deus aos habitantes desta cidade e progressivamente cumprir sua “Missão evangelizadora” como mater e magistra, anunciando e estendendo sua mensagem redentora alcançando outros povos até os “confins da terra”, como lemos em Atos dos Apóstolos: “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1,8.
A Paixão de Jesus pelas cidades deve também, nos contagiar, pois já em seu tempo, era na cidade que se concentrava o maior número de pessoas, e foi na cidade que Jesus desenvolveu o Seu ministério!
A Bíblia registra dois momentos em que Jesus chorou: no enterro de Lázaro e sobre uma cidade: Jerusalém. Do indivíduo para o grupo, da família para toda a cidade. A salvação do homem todo e de todos os homens. Devemos pensar individualmente, em cada família da cidade, mas devemos pensar também coletivamente em toda a nossa cidade onde Deus nos colocou como missionário. Jesus chorou por Jerusalém e creio que a igreja deve chorar, lamentar, interceder e cumprir sua missão evangelizadora. A Paixão de Cristo deve gerar compaixão em nós pelas pessoas e almas perdidas da nossa cidade. “Ai de mim se não evangelizar” (1 Cor 9,16). Lembrando todavia que, a motivação da nossa missão não é um amor humanista, utópico, ideológico, altruísta e quase meritório como muitas vezes vemos, mas sim, o próprio amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado. O amor de Cristo deve nos constranger a amar os perdidos, feridos, cativos e oprimidos por toda espécie de mazelas físicas, psíquicas, sociais e espirituais. Não podemos priorizar uma dimensão pastoral prescindindo das outras.
Por amor a Deus é que uma igreja deve amar e pastorear sua cidade. Foi dito para Pedro:
“Tu me amas? Então apascenta as
minhas ovelhas!” Hoje ainda é dito à igreja: “Tu me amas? Então apascenta as
minhas ovelhas!” (João 21,15-17).
Lembrando que ainda há muitas outras ovelhas que não estão neste aprisco!
Logo, uma “igreja que não tem compaixão pelas ovelhas e cordeiros de sua cidade, é uma igreja que ainda não experimentou a Paixão de Cristo”. O problema de uma igreja que não cumpre a sua Missão, não é um problema primeiramente de estratégia, metodologia, falta de recursos, etc.; mas o real problema desta igreja é a falta de amor à Deus! Já somos mais de sete bilhões de pessoas no planeta, sendo que a grande maioria vive nas cidades (média de 80%). Muitos ainda vivem sem experimentar o amor e a graça transformadora de Deus.Estão construindo a “Cidade dos Homens” sem conhecer a “Cidade de Deus”, é tempo de apaixonamento e aderir ao projeto de Jesus, não aos nossos projetos falhos.
São Tomás de Aquino responde: Art. 4 ― "Se o amor próprio é o princípio de todo o pecado"
(Infra, q. 84, a. 2, ad 3 ; IIª-IIªª, q. 25, a. 7, ad 1 ;
q. 153, a. 5, ad 3 ; II Sent., dist. XLII, q. 2, a. 1; De Malo, q. 8, a. 1, ad
19)
Art. 3 ― Se o pecado causado pela paixão, deve ser tido
como causado pela fraqueza.acima
Art. 5 ― Se se consideram convenientemente como causas
dos pecados a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba
da vida.
O quarto discute-se
assim. ― Parece que o amor próprio não é o princípio de todo pecado.
1. ― Pois, o em si mesmo bom e
devido não pode ser causa própria do pecado. Ora, o amor próprio é, em si
mesmo, bom e devido; por isso nos foi preceituado amarmos ao próximo como a nós
mesmos (Lv 19, 18). Logo, o amor de si mesmo não pode ser causa própria do
pecado.
2. Demais. ― O Apóstolo diz (Rm
7, 8): E o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, obrou em mim toda a
concupiscência; ao que diz a Glosa: é boa a lei que, coarctando a
concupiscência, elimina todo mal; o assim o diz porque a concupiscência é causa
de todos os pecados. Ora, a concupiscência é uma paixão diferente do amor, como
já antes se estabeleceu (q. 23, a. 4). Logo, o amor próprio não é causa total
do pecado.
3. Demais. Agostinho, sobre
aquilo da Escritura (Sl 79) ― Ela foi queimada a fogo e escavada ―diz, que todo
pecado provém do amor que perniciosamente inflama, ou do temor que
perniciosamente humilhe. Logo, só o amor próprio é causa do pecado.
4. Demais ― Assim como às vezes
pecamos pelo desordenado amor de nós mesmos, assim também, outras, pelo amor
desordenado do próximo. Logo, o amor próprio não é causa de todos os pecados.
Mas, em contrário,
diz Agostinho, que o amor de si, até o desprezo de Deus, constitui a cidade de
Babilônia (XIX
De civit. Dei - cap. XXVIII). Ora, por qualquer pecado ficamos pertencendo à
cidade de Babilônia. Logo, o amor próprio é a causa de todo pecado.
SOLUÇÃO. ― Como já se disse (q. 75, a. 1),
a causa própria e essencial do pecado deve buscar-se na conversão para um bem
mutável; donde
procede que todo ato pecaminoso resulta do desejo desordenado de algum bem
temporal. E é por nos amarmos
desordenadamente a nós mesmos que também desordenadamente desejamos os bens
temporais; pois, amar alguém é querer-lhe bem. Por onde e manifestamente, o
amor desordenado de si é a causa de todo pecado.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. ― O amor próprio
ordenado é devido e natural, no sentido de querermos para nós o bem que nos
cabe. Ao passo que o amor próprio desordenado, causa desprezo de Deus, é
considerado, segundo Agostinho, causa do pecado.
RESPOSTA À SEGUNDA. ― A concupiscência pela qual desejamos o
bem se reduz ao amor próprio como à causa, segundo já se disse.
RESPOSTA À TERCEIRA. ― O amor se refere não só ao bem que
para nós desejamos, como a nós mesmos, a quem o deseja.Por onde, o amor,
considerado como referente ao que desejamos, ― p. ex., o amor do vinho ou do dinheiro
― tem como causa o temor relativo à fuga do mal. Pois, todo pecado provém ou do
desejo desordenado de algum bem, ou de fuga desordenada de algum mal. Ora, esta
e aquele se reduzem ao amor próprio, pois é por se amar a si próprio que o
homem deseja os bens ou foge dos males.
RESPOSTA À QUARTA ― O amigo é um quase outro eu. E assim,
considera-se que, quando pecamos por amor de um amigo, por amor de nós mesmos o fazemos.
O amor próprio: "o maior impedimento à vida de Cristo
em nós"
O inimigo máximo da vida
interior, segundo os autores
espirituais, não é o mundo com suas tentações, nem o demônio com suas insídias,
mas o amor desordenado de si mesmo; pois se não existisse em nós este amor, as
tentações do mundo e as insídias do demônio seriam facilmente vencidas; no
entanto, encontram um cúmplice neste amor desordenado.
Com a doutrina de S. Tomás, exposta na Suma Teológica [Ia
IIae q. 77 e 84), vejamos de modo concreto e prático:
1)-Como o amor desordenado de si mesmo se opõe ao amor de
Deus e não raro o destrói?
2)-Como o amor desordenado de si mesmo permanece latente mesmo
nos melhores católicos?
3)-Que devemos pensar dos subterfúgios do amor próprio?
4)-Como se pode eficazmente combater este amor próprio? 1
DESDOBRAMENTO DAS QUESTÕES PROBLEMA:
1)-Como o
amor desordenado de si mesmo se opõe ao amor de Deus e, não raro, o destrói?
Este amor desordenado é muito insidioso e variado. Primeiro porque esconde-se sob outros nomes, como honra, zelo do bom nome ou da própria dignidade; diz, p. ex., «o homem ama-se naturalmente, assim como o anjo se ama a si mesmo; quer para si o bem e nisto não há desordem. Sobretudo, pela caridade sobrenatural, devemos amar-nos a nós mesmo ainda mais que ao próximo». Mas o amor próprio desordenado não diz que, tanto na ordem natural, quanto na ordem sobrenatural, o amor de nós mesmos deve ser subordinado ao amor de Deus, autor da natureza e da graça. E se nos move a considerar esta subordinação, isto ocorre somente de modo teórico e abstrato, nunca de modo prático e concreto. Assim, implícita e realmente, acabamos buscando demasiadamente nosso próprio interesse.Por conseqüência, o amor de si mesmo torna-se, pouco a pouco, desordenado; é isto uma seqüela do pecado original. Ora, o batismo nos apaga este pecado da natureza, mas permanece nos batizados essa ferida como uma espécie de cicatriz que, por vezes, se abre por causa de nossos pecados pessoais. Por isso, o amor próprio desordenado pode, pouco a pouco, instaurar a desordem em quase todos nossos atos, mesmo nos mais altos, se não os fizermos por Deus, como deveríamos, mas pela satisfação de nosso apetite natural e, assim, paulatinamente, nossa vida interior é viciada e se impede a vida de Cristo em nós.É verdade que La Rochefoucauld, em seu livro «Les Maximes», e os jansenistas exageram esta inclinação; mas, sob este exagero, há algo de verdadeiro, algo de demasiado verdadeiro.Muitos cultivam em si mesmos não o amor de Deus, mas uma excessiva estima de si mesmos, das suas qualidades, procuram o louvor e a aprovação dos outros; não enxergam seus próprios defeitos mas, ao contrário, exageram os defeitos dos outros, como escritores de panfletos políticos: são, por vezes, severíssimos com os demais e extremamente indulgentes consigo mesmos.Seria então muito bom e salutar repetir a humilhação do salmista: «sois bom para mim, Senhor, pois me humilhastes». Este amor desordenado de si mesmo gera a soberba, a vaidade e, não raro, a concupiscência da carne e dos olhos e, destes, os pecados capitais, que nascem destas concupiscências, p. ex.: preguiça, gula, impureza, inveja, ira etc. Então se verifica a enorme oposição entre o amor de Deus e o amor desordenado de si mesmo, pois o verdadeiro amor de Deus procura o beneplácito de Deus, quer agradar a Deus, enquanto o amor desordenado de si mesmo procura a satisfação pessoal, mesmo não subordinada a Deus. O amor de Deus impele à generosidade, à tender verdadeira e praticamente à perfeição; o amor desordenado de si mesmo tende a evitar os incômodos, a abnegação, o trabalho, as fadigas.O amor de Deus é, cada vez mais, sem o interesse próprio desordenado, julga que nunca faz o suficiente por Deus e pelas almas; o amor desordenado de si mesmo pensa que sempre faz demasiado por Deus e pelo próximo. O verdadeiro amor de Deus quer não apenas receber, mas também dar glória e honra a Deus pelo zelo apostólico. O amor desordenado de si mesmo não quer dar, mas apenas receber; como se o homem fosse o centro do universo, tudo trazendo a si mesmo. Finalmente, o amor desordenado de si mesmo tende a destruição do amor de Deus e do próximo na nossa alma, e atinge este fim quando conduz ao pecado mortal e, sobretudo, ao pecado mortal reiterado, assim mais e mais aumenta a aversão a Deus e a conversão ao bem comutável e ao mal amor de si mesmo: assim pode, cada vez mais, viciar todas nossas inclinações, como ocorre com os “danados”. Por exemplo, no demônio é viciada mesmo a inclinação natural de amar a Deus, autor da natureza, acima de tudo, pois, nos danados, nasce desta inclinação o desejo desordenado de fruir de Deus, não por amor a Deus, mas pela gula espiritual desenfreada, pois faltam todos os outros bens e todas as outras satisfações. Esta oposição trágica entre o amor de Deus e o amor desordenado de si mesmo, é descrita por S. Agostinho pela oposição entre caridade e cupidez: no fim do livro 14 de A Cidade de Deus, cap. último, diz: «Dois amores fizeram duas cidades; o amor de Deus até o desprezo de si mesmo, fez a cidade de Deus e o amor de si mesmo até o desprezo de Deus, fez a cidade da Babilônia, ou da perdição.» S. Paulo dissera (1 Tm 6, 10): «A raiz de todos os males é a cupidez» ou o amor desordenado de si mesmo. Cf. S. Tomás, Suma Teológica Ia IIae, q. 77 e 84, sobre a tríplice raiz dos pecados capitais, pois da cupidez surge a soberba, a concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos. Isto se verifica nos maus; e, de outro modo, nos justos imperfeitos 2.
2)-Como o
amor desordenado de si mesmo permanece de modo latente mesmo nos melhores
católicos?
S. Vicente de Paulo (como se lê na sua Vida, escrita por Domino Coste, I, 12; III, 300) narra um fato que lhe sucedeu quando estava no colégio: «Certo dia, disseram-me: "teu pai veio te ver" e, como meu pai era um pobre agricultor e um homem rude, não quis ir até ele para conversar; e antes, quando meu pai me conduzia à cidade, estava triste pela sua condição, e me envergonhava de meu pai». O mesmo santo, falando do tempo posterior da fundação da sua Congregação, diz: «Veio o filho do meu irmão me visitar no Colégio onde era superior e eu, considerando a situação muito modesta do meu sobrinho, que se vestia rudemente, ordenei que me fosse ele conduzido secretamente. Mas, imediatamente, mudei minha deliberação com a resolução de reparar este primeiro movimento de amor próprio, desci até o portão, e abracei meu sobrinho e, conduzindo-o pela mão pela sala comum onde estavam meus confrades, disse a eles: ´Eis a pessoa mais honorável de minha família´». Assim, S. Vicente de Paulo vencia seu amor próprio, e ainda temia que, nessa vitória, o amor próprio se escondesse sutilmente.
3)-Perigo que nasce das evasões e subterfúgios
usados pelo amor próprio.
Por exemplo, a
oração mental se vicia pelo excessivo desejo de consolações sensíveis, pela
gula espiritual, pelo sentimentalismo. O sentimentalismo é, na
sensibilidade, uma afetação de amor de Deus e do próximo que não existe
suficientemente na vontade espiritual. Então, a alma procura a si mesma mais
que a Deus. Donde, para tirar a alma desta imperfeição, Deus purifica a alma
pela aridez da sensibilidade. Se, verdadeiramente, a alma nesta aridez não é
suficientemente generosa, cai na preguiça espiritual, na tepidez e não mais
tende suficientemente à perfeição. Igualmente, pelo amor desordenado de si mesmo
se vicia o labor intelectual ou apostólico, pois nele buscamos satisfação
pessoal, buscamos o louvor, mais do que Deus ou a salvação das almas. Assim, o
pregador pode tornar-se estéril «como um bronze que soa ou um címbalo que
tine». A alma se retarda, não é mais iniciante, não avança ao estado
dos aproveitados, permanece uma alma retardada, como um menino que, por não
crescer, não permanece menino, nem se faz adolescente ou um adulto normal, mas
um homúnculo deforme. Ocorre algo similar na ordem espiritual e isto provém do
amor próprio desordenado, do qual nasce a esterilidade da vida. 3
4)-Que se deve fazer contra este amor
desordenado?
O processo de cura tem algumas etapas: Sintomatologia, que exige anamnese, exames, diagnóstico e terapia. Porém, nenhuma destas etapas são possíveis sem a adesão daquele que sofre querer submeter-se ao processo de cura. Temos de conhecer e lutar contra nosso defeito dominante para obter a vitória. O defeito dominante é como que uma caricatura da boa inclinação que deveria prevalecer, é como que o «outro lado da moeda». Daí surge o combate entre a boa e a má inclinação. A virtude e o vício oposto não podem existir simultaneamente em ato no mesmo sujeito, mas podem existir simultaneamente em potência; daí surge o combate em que prevalecerá ou a boa inclinação natural, sob a forma da virtude em ato, ou o defeito dominante, sob a forma do vício em ato. Quem você alimenta e prioriza, é quem vai prevalecer, pois assim está escrito:Salmos 37,4: "Deleita-te também no Senhor, e Ele te concederá os desejos do teu coração". Assim, o defeito dominante inicial é aquilo pelo qual alguma virtude degenera em um vício materialmente similar, mas formalmente contrário, por exemplo, a inclinação à humildade degenera em pusilanimidade, a inclinação à magnanimidade em soberba e ambição, a inclinação à fortaleza em amarga ironia e crueldade, inclinação à justiça em rigorismo, inclinação à mansidão e à misericórdia em debilidade. Isto compreende-se melhor quando se considera, por exemplo, que a humildade se opõe mais diretamente à soberba que a pusilanimidade, que, no entanto, também lhe é contrária, assim como a magnanimidade mais diretamente se opõe à pusilanimidade que à soberba. E estas duas virtudes são conexas, como dois arcos da mesma ogiva. Portanto, é necessário ver sob qual forma este amor próprio prevalece em nós, isto é, se sob a forma de soberba, ou de vaidade ou de preguiça, ou de sensualidade, ou de gula, ou de ira. Em outras palavras, é preciso saber qual é nosso defeito dominante, que se manifesta nos nossos pecados mais freqüentes e que oferece alimento a nossa fantasia. Em alguns a soberba, por exemplo, vence a irascibilidade para conservar a estima dos homens; em outros, a soberba é vencida pela preguiça e não cuida mais da estima alheia. Deve-se vigiar, portanto, para refrear o defeito dominante e isto com tenacidade e perseverança para adquirir o domínio de si mesmo, não pela estima dos outros, mas por Deus. Isto é sempre possível no nosso caminho, ainda que seja sempre árduo. Deus não pede o impossível, mas nos adverte a fazer tudo que podemos e pedir tudo que não podemos, e nos ajuda para que consigamos. 4 Outros homens não tem um defeito manifestamente dominante, mas o seu amor próprio se manifesta de diversos modos. O amor próprio deve ser combatido de diversos modos, eliminando-se o que o pode alimentar e agindo mais e mais por amor de Deus, para que o agrademos, primeiro nas coisas externas e obrigatórias e fáceis de se cumprir com espírito de fé; depois nas coisas interiores e difíceis, de modo que, paulatinamente, as três virtudes teológicas prevaleçam em nossa vida, com seus correlativos dons.Nesta metódica luta, três coisas se exigem: pureza de intenção, abnegação progressiva, recolhimento habitual.
NOTAS DE REFERÊNCIAS
1. A pureza de
intenção é de suma importância. Diz o Salvador [Lc 11, 34]: «O teu olho é a
lucerna do teu corpo. Se o teu olho for puro, todo o teu corpo terá luz; se
porém, for mau, também o teu corpo será tenebroso». S. Tomás comenta: «O olho
significa a intenção. Ora, quem quer fazer algo, tem alguma intenção. Se tua
intenção for luminosa, isto é, dirigida a Deus, todo teu corpo, ou seja, suas
operações, serão luminosas». Isto se vê em todo bom católico e em todo bom
prelado que guia bem o seu rebanho.Esta pureza de intenção deve ser mantida
primeiro nas coisas mais fáceis e ordinárias. S. Bento formava seus religiosos,
que não costumavam ser de grande cultura, dizendo-lhes: «fazei com intenção
pura, em espírito de fé, esperança e amor de Deus, para agradar a Deus, todos
os atos determinados na regra»; e os religiosos, conversos, fazendo com este
espírito e com esta pureza de intenção os atos externos da vida religiosa,
atingiam grande perfeição, união com Deus, uma grande santidade e uma perfeita
vitória sobre o amor próprio desordenado; assim, faziam um grande bem ao
próximo. Como se lê no Evangelho (Lc 16, 10): «O que é fiel no pouco, também é
fiel no muito», e será mesmo no martírio. S. Agostinho também diz: «o mínimo é,
em si mesmo, mínimo; mas ser sempre fiel, até nas coisas mínimas, isto é o
máximo».Cf. escreveu um missionário de S. Vicente de Paulo, chamado Paolo
Provera, no livro Diamoci a Dio, Torino, 1945, p. 89: «Il nemico più terribile.
Si deve dare un buon colpo di bistori al nostro amore proprio.»
2. Deve-se manter uma
abnegação progressiva, externa e interna, segundo aquilo: «Aquele que quer
seguir-me, negue-se a si mesmo». Há de se praticar sempre que a ocasião se
apresente, para que o amor de Deus e do próximo prevaleça sobre nosso
desordenado amor próprio. Isto, que é necessário aos simples fiéis que aspirem à
perfeição da caridade, expressa no primeiro preceito «amarás ao Senhor teu Deus
com todo teu coração», segundo a condição de cada um, é ainda mais necessário
ao sacerdote, sobretudo se tem almas sob seu cuidado. Freqüentemente, os homens
agem prontamente e com grande energia para a satisfação da própria cupidez,
soberba, vaidade; e lenta, tarda e indolentemente, com preguiça, à obrigação
incômoda, ainda que seja uma grave responsabilidade para com Deus ou o próximo.
Com efeito, grande é o poder do amor próprio desordenado, e se não laborarmos para
a sua destruição, ele destruirá em nós o amor de Deus e do próximo.
3. O recolhimento
habitual é necessário para conservar a união com Deus, não somente durante a
celebração da Missa, confissões ou pregação da palavra divina, mas
constantemente.(extrato de «De unione sacerdotis cum Christo Sacerdote et
victima»). Cf. Mt 21, 19, sobre a figueira seca «Vendo uma figueira junto do
caminho, aproximou-se dela, e não encontrou nela senão folhas, e disse-lhe:
Nunca mais nasça fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira». S. Tomás
comenta: «Cristo visitou a Judéia. Esta tinha folhas, ou seja, a observância da
lei, mas não tinha fruto. Do mesmo modo, algumas pessoas tem aspecto de
honestidade, no entanto são más e perversas no interior... E veio a maldição
para que Cristo mostrasse que a Judéia seria estéril no futuro, assim como se
lê em Rm 9. Assim, por vez ocorre que a algumas pessoas, más no coração,
virtuosas no exterior, o Senhor as faz secas, para que não corrompam os demais»
[In Matth. XXI, 19]. E isto, Deus faz por amor às almas, para sua salvação.
4. 4.Cf. S. Agostinho (De natura et gratia,
c. 43, n. 50), citado pelo Concílio de Trento (Denz. 804).
Fonte: Ascética e
Mística - Garrigou-Lagrange, Réginald , O.P.
Quando buscamos demasiadamente sempre a nos voltar para nós mesmo, ensimesmados, em um círculo fechado, estamos de fato, não valorizando a quem estar no nosso redor. Ou, estamos elitizando as amizades, e excluindo as outras pessoas, por diversas características, nas quais, não falam com o meu conceito de vida.Eu tenho que me amar, a partir de Deus. Somente Deus pode revelar quem sou, de onde vim, para onde vou. Pois, estando em Deus vou deixando me conhecer quem de fato sou, e me amar a partir desse conhecimento, aceitando as minhas fraquezas e limitações sem paralisar nelas, mas apesar delas, agir como Paulo: “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante,prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3, 13-14). Quando eu busco um amor fechado, um amor egoísta, não vou aceitar o outro com suas fraquezas e limitações. Sempre vou ver no outro, o meu eu que não quero ver, e nem aceitar. Quando me conheço, sei a miséria que sou, passo a entender o outro em suas dimensões de vida, e acolho em suas fraquezas. Quando busco esse amor próprio, acho que domino tudo, e não preciso de Deus e do outro para nada, eu me basto. Vou criando dentro de mim, uma personalidade autosuficente. Uma personalidade narcisista. Não fomos criados para sermos ilhas. Somos um povo, mesmo com tantas caraterísticas culturais diferentes. Mas, somos todos irmãos filhos de um mesmo Pai que estar no céu.Eu devo me amar como sou, não escondendo quem sou. Ou fingindo quem não sou. Devo me amar como fui criado por Deus: Homem ou mulher, imagem de Deus, capaz de amar, de perdoar quem nos feriu e levantar quem caiu. O amor próprio, me abre ao outro, e nunca fecha as portas. O amor próprio, me faz compreender quem sou, as minhas feridas, as minhas fraquezas e limites. E trabalhar tudo isso, em vista do bem, e nunca para o mal. A partir da experiência do Espírito Santo, a Comunidade Shalom realiza ações em meio aos jovens, às famílias, às crianças, aos pobres, nos meios de comunicação, na área de artes, trabalho, ciência e cultura. Contribuímos dessa forma, com a promoção da Nova Evangelização. Implanta e administra grupos de oração e centros de evangelização, formação, espiritualidade, educação, artes, comunicação e promoção humana através de obras de misericórdia junto aos que sofrem. Em sua atuação, segue um plano de ação basilar para as suas missões espalhadas no mundo inteiro, o Plano Evangelizador. Nesse planejamento, estabelecem-se três fases: Grão de Trigo, Edificados na Rocha e Alma da Cidade. Na fase Grão de Trigo, as atividades devem ser desenvolvidas com foco no primeiro anúncio do Evangelho, ou seja, no querigma. Favorecer a experiência das pessoas com o amor de Deus, formar lideranças e trabalhar na implantação de atividades apostólicas basilares como grupos de oração e ministérios são ações a serem desenvolvidas com especial dedicação nessa etapa. Consolidar tudo o que foi realizado durante a “Grão de Trigo” e melhor organizar as ações de evangelização são os principais objetivos da fase Edificados na Rocha. Busca-se um equilíbrio entre manter vivo o que já existe e avançar, atuando além do Centro de Evangelização e criando eventos para públicos específicos (famílias, jovens, crianças).Ao passar por essas etapas iniciais, a missão já terá crescido em ações e em quantidade de pessoas, tendo alcançado a “Alma da Cidade”, título e finalidade da última fase. Sem cessar o crescimento, inicia-se um tempo de “transbordamento” do Carisma Shalom. Nessa fase, há ênfase no envio missionário de membros da Comunidade de Aliança e de grupos de oração e na implantação de expressões do Carisma além do Centro de Evangelização. Ao longo do desenvolvimento do Plano Evangelizador, as missões devem levar em consideração as novidades inspiradas pelo Espírito Santo, não confiando simplesmente em planejamentos e na força do nosso braço.
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