"A grande verdade é que a burguesia socialista não ama o pobre. A
burguesia socialista ama a pobreza do indivíduo! Deseja e cobra que o Estado e
que a sociedade ofereçam dignidade ao pobre, porém, não aceita que o indivíduo
se liberte da pobreza e se torne independente; repudia a possibilidade do pobre
se tornar um agente capitalista e acabar se tornando seu vizinho. Em sua
perversão ideológica, ignora que o desejo do pobre é também, fazer parte do
sistema capitalista, ser patrão, ficar rico para poder comprar o que quiser e
na quantidade que desejar, viver num bairro nobre e fazer compras em Miami..."(Rodrigo Constantino) - A conceituação do pobre de direita é a própria aberração
engendrada nos meios de comunicação e pelos pseudo intelectuais de esquerda,
que se não nos idiotizam, ao menos nos alienam a pensar desta forma, uma
estratégica domesticação para atacar quem pensa diferente.
O Pobre de Direita e a Miséria do
Intelectual de Esquerda
Hoje vem se tornando comum ver alguns
breves artigos e referências em redes sociais a uma figura curiosa, denominada
“pobre de direita”. Esse é criticado, ironizado, condenado. É possível discutir
quem é o suposto “pobre de direita”, o significado desse termo, os indivíduos
que “encarnariam” esse rótulo, entre outros problemas. Mas não basta estudar e
analisar o rotulado, pois assim corremos o risco de reproduzir a rotulação e os
rotuladores. É preciso ir além e analisar também os rotuladores. Por
isso vamos, inicialmente, analisar o significado da expressão “pobre de
direita” e depois vamos analisar quem são os intelectuais e aspirantes a
intelectuais[1] que inventaram tal termo e por qual motivo?
Em primeiro lugar, a expressão “pobre de direita” é extremamente
“pobre”. O que é ser “pobre”? O que é ser de “direita”? O termo “pobre”, como
conceito que expressaria algum grupo ou categoria social é impreciso,
abstratificado, ideológico. Quem é “pobre”? Quem ganha menos de 2
salários mínimos? Quem é desempregado? Quem não tem casa própria? Os mendigos?
O termo “pobreza” é uma abstratificação e por isso não tem significado preciso
e real. Os institutos de pesquisa de opinião inventam critérios
para delimitar quem é “pobre” e geralmente é a renda o critério principal,
quando não é o único[2]. Na concepção marxista, esse termo não tem
sentido, nem precisão. O uso desse termo abstrai as classes
sociais e sua conceituação e a substitui por um termo abstratificado. Assim, só
teria sentido se fosse delimitado, precisado, relacionado com a totalidade das
relações sociais e com as classes sociais. Outra questão é o caráter pejorativo
que geralmente tem a palavra “pobre”, tanto no sentido geral quanto no sentido
de “grupo social”.
O outro termo que complementa a expressão é
“direita”. O que é a direita? A direita seria a posição política que se opõe à
esquerda e nessa antinomia há distintas definições de ambos os termos. Tradicionalmente,
e que era hegemônico até pouco tempo atrás, a direita era a burguesia
acompanhada por seus representantes e aliados e a esquerda era o
proletariado ao lado de seus representantes e aliados. Os
liberais, no entanto, buscaram mudar o sentido das palavras, a direita passou a
expressar a posição dos partidários da “liberdade” e/ou do “mercado” e
a esquerda passou a ser a posição partidária da “igualdade” e/ou do “estado”,
ou seja, passou a girar em torno de princípios ideológicos abstratificados[3]. Essa
deformação liberal (logo, “de direita”) dos termos “direita” e “esquerda”, que
ofuscou o seu caráter de classe, foi antecipada pela deformação dos
bolchevistas (“de esquerda”), que deslocou o significado desses
termos das lutas de classes para lutas de partidos. Isso ocorreu
através da auto declaração do partido bolchevista segundo a qual ele seria a
suposta “vanguarda” do proletariado e, por conseguinte, a própria “esquerda”,
tendo vizinhos pela direita (a social-democracia, que seria “centro-esquerda”,
esquerda reformista ou algo parecido) e vizinhos da esquerda (os
“esquerdistas”, extra ou antiparlamentaristas que estariam acometidos por uma
“doença infantil”, segundo Lênin e seus discípulos). Assim, esses
termos abstratificados, direita e esquerda, são problemáticos e seu caráter
abstratificado permite os mais patéticos malabarismos, como, por exemplo,
dizer que o nazismo e o regime militar no Brasil são de esquerda por ser
estatista (usando a deformação liberal segundo a qual haveria uma oposição em
torno do dilema “mercado” ou “estatização”, sendo que todas as duas são
posições não-marxistas, pois o marxismo é antimercado e antiestado, bem como
ambos são prejudiciais ao proletariado). Da mesma forma, permite
que partidos como o Partido Bolchevique denomine como direitista e
contrarrevolucionário todos (revolucionários e proletários) que lutam contra o
regime ditatorial implantado por ele. Isso cria uma confusão gerada pelo
obscurantismo político da direita e da esquerda. E ambas ganham com isso.A grande verdade é que a política
obscurantista sempre foi a política tanto da direita quanto da esquerda. Manter
a ignorância facilita a manipulação eleitoral ou político-partidária. É por
isso que a expressão “pobre de direita” é obscurantista.
Hoje, diversos “intelectuais de esquerda” (jornalistas,
blogueiros, etc.) vociferam contra o “pobre de direita”. Assim, a expressão
abstratificada é encarnada em indivíduos reais, de carne e osso. Existem
inúmeros textos na internet sobre essa fantasmagoria chamada “pobre de
direita”. Mas quais são os indivíduos reais que encarnam esses termos
abstratificados? Um professor de esquerda pode nos responder a
essa pergunta. O pobre de direita seria aquele indivíduo “pobre” que
se considera liberal, sem ter capital e propriedade, que passa a vida sonhando
ser burguês, que é contra os direitos sociais e contra o Estado[4]. O
“pobre” não é definido, mas, no fundo, é o trabalhador, como deixa entrever
alguns textos.
Mas a esquerda eleitoral não pode falar mal
dos trabalhadores e por isso é melhor usar um termo que a maioria não se
identifica: “pobre”
Basta ver os autores dos diversos textos que tratam disso, dos
blogs e meios de comunicação em que isso aparece, para identificarmos
rapidamente os produtores e reprodutores dessa expressão ridícula e
abstraficada. São os intelectuais de esquerda, sendo que atualmente a maioria é
composta por viúvas do PT (Partido dos “Trabalhadores”), bem acompanhada pelas
outras esquerdas que nunca ultrapassam o nível da disputa eleitoral.O termo “pobre de direita” é uma expressão
abstratificada que quer convencer que pobre deve ser de esquerda... E ser de
esquerda quer dizer adepto da burocracia estatal e defensor do aparato estatal,
bem como dos supostos benefícios oferecidos por ele, como a “proteção social”.
E, por conseguinte, eleitor do PT ou dos partidos da dita esquerda, cada vez
mais direitista, diga-se de passagem. Eis a mágica: trabalhador deve
votar no PT, senão é um “pobre de direita”! Os intelectuais de esquerda se
esquecem de esses “pobres de direita”, em sua grande maioria, votaram no PT,
que foi eleito quatro vezes para o governo federal e este, uma vez no poder,
executou políticas neoliberais e neopopulistas e abandonou os trabalhadores,
perdendo seu apoio. Mas o PT arrumou emprego e pagou bem aos
intelectuais de esquerda, que agora temem perder os privilégios e por isso
vociferam raivosamente contra os “pobres de direita”. A lógica petista
deve ser: continuem pobres, mas sejam de esquerda! O objetivo é fazer o “pobre
de direita” virar “pobre de esquerda” e para isso ele deve votar sempre no PT. Mudar
a posição política e continuar sendo explorado, enganado, humilhado, etc. Mas a
vida dos petistas e dos intelectuais de esquerda certamente melhoraria, e não a
dos “pobres de esquerda”, ou direita.
Em síntese, o pobre de direita deveria se transformar em pobre
de esquerda, ou seja, social-democrata. Obviamente que
“social-democrata”, no Brasil, é uma mera ficção[5]. No fundo, significa ser
petista, ou seja, neoliberal neopopulista, que esteve no governo federal por
três mandatos presidenciais completo e metade de um outro mandato e não fez
nada para que os “pobres de direita” ficassem ao seu lado. A
única coisa que fez foi jogar migalhas para o lumpemproletariado, cooptar
setores de movimentos sociais e da intelectualidade.
Não fez
política para os trabalhadores, por razões obvias, pois se o trabalhador , ou
pobre de esquerda melhorar de vida, já passa a ser classe média, alvo do ódio
Ptista.Em poucas palavras, os intelectuais de
esquerda consideram absurdo os “pobres de direita” não serem “pobres de
esquerda”, apesar de terem apoiado as pobres políticas de direita para os
“pobres”, que continuaram “pobres”, independente de serem de direita ou de
esquerda[6]. Podemos resumir ainda mais: pobre deve ser petista, mesmo que
tenha sofrido em 14 anos de governos petistas e por isso não pode ser
“direitista”. Quem diria que até petistas conseguiriam ser criativos a ponto de
criar uma nova definição de direita e esquerda! Direita é quem é contra o PT e
esquerda é quem é a favor do PT!Apesar da originalidade aqui ser apenas uma cópia do que o
discurso reacionário afirma (esse diz que tudo que é petista, inclusive
elementos neoliberais e neopopulistas, é de “esquerda” e “comunista” e
vice-versa)[7], uma versão mais suave do estratagema retórico de
acusar de fascistas todos que são contra o PT. Mas isso não é
descartado, pois o “pobre de direita” pode apoiar o fascismo, ou seja, é
potencialmente um fascista[8].Nesse momento, os petistas mais atentos deveriam
gritar: “volte João Santana!”[9]. Pois com esse discurso retórico, os petistas
jamais ganharão eleições novamente. Agora começa atacar até os trabalhadores.O
Partido dos “Trabalhadores” não gosta dos “pobres de direita”, apesar dele ser
um dos principais responsáveis por muitos deles assumirem hoje posições
conservadoras[10].
Antes, em 1982, o lema era “trabalhador
vota em trabalhador”[11]. Depois que os petistas descobriram que o processo
eleitoral não funciona assim e que os candidatos petistas eram cada vez menos
trabalhadores, mudaram a propaganda eleitoral. Passaram a não falar dos
trabalhadores. A propaganda eleitoral funcionou e o PT chegou ao poder. Nada
fez para os trabalhadores e perdeu apoio continuamente. Agora ataca os
trabalhadores, sem assim chamá-los, mas com a pecha de “pobres de direita”.Claro que alguns podem questionar se isso é apenas obra de
petistas. Sem dúvida, isso não é obra apenas de petistas e sim dos intelectuais
de esquerda, tanto desse partido, quanto simpatizantes e próximos (de outros
partidos de esquerda, etc.). Mas a fábrica de absurdos é comandada pelos
intelectuais do PT.
Tendo sangue de barata, basta ver o conteúdo de seus sites e blogs que mais divulgam tais
ideias:
1)-O site brasil247:
2)-pragmatismopolitico:
3)- O blog de Paulo Henrique Amorim
(falecido em Julho de 2019) financiado pelos governos petistas[12]
Sem dúvida, a ideia de “pobre de direita” não foi criação
recente!
Em pesquisa no google, é possível ver mais de 700 menções a tal termo
no ano de 2012[13]. Em 2013 um pouco mais que 800, um pouco mais de 1000 em
2014 e também em 2015. Em 2016, no ano do impeachment de Dilma Roussef,
dobrou, indo para mais de 2000. Em 2017 chegou a mais de 4 mil resultados com
uso de tal expressão. Claro que se pode dizer que foi o aumento de eleitores de
Bolsonaro ou de pessoas se autodeclarando “liberais” que promoveu isso. Porém,
uma coisa é questionar eleitores do Bolsonaro ou trabalhadores que dizem ser
liberais, outra coisa é usar tal termo, que mostra o ressentimento dos
intelectuais de esquerda em relação aos trabalhadores e os interesses
eleitorais nesse processo. Para quem convive com a classe
intelectual e a acompanha nas redes sociais, o ressentimento (rancor) é visível
e aqueles que estavam supostamente ganhando com o Governo Dilma se tornaram
magoados com os trabalhadores que não a defenderam ou ficaram indiferentes[14].
Os intelectuais de esquerda cada vez mais se integram no
capitalismo, e em suas disputas consideram que assim estão “atualizados” e
“politizados”, ao invés de perceberem que assim estão sendo engolidos pelo
movimento do capital e pela hegemonia burguesa. A formação
intelectual é cada vez menor e o posicionamento pautado no interesse pessoal
cada vez mais evidente. Isso é mais forte no caso brasileiro por causa da
política de cooptação do Governo Dilma em relação à intelectualidade. A classe
intelectual é uma classe auxiliar da burguesia, mas os seus setores
hegemônicos, mais eruditos, etc., geralmente preferiam assumir o discurso da
neutralidade ou das posições mais gerais e abstratas. A partir do
Governo Dilma muitos intelectuais passaram a assumir posições pró-governistas e
pró-partidárias, o que reforçou, por sua vez, o antipetismo.
Este, uma vez
existindo e conseguindo adeptos nas classes desprivilegiadas, se tornam alvos
dos intelectuais petistas e seus semelhantes. O impeachment e a diminuição de
políticas governamentais favoráveis (de cooptação) à classe intelectual
completa o quadro. É nesse momento que surge o ressentimento dos
intelectuais de esquerda e seu curioso ataque aos “pobres de direita”.
Outra dúvida pode surgir: “mas, e o pobre
que se diz de direita”?
Em primeiro lugar, o termo “pobre” é problemático e deve se
descartado. No caso, os indivíduos das classes desprivilegiadas que
se dizem “liberais” ou, mais abstratamente, de “direita”, são raros e de pouca
importância política. A maioria desses indivíduos não diz isso, mesmo apoiando
os partidos conservadores e ideias burguesas. No entanto, a
importância do voto nos partidos conservadores (direita) é pequena, da mesma
forma que o voto nos partidos progressistas (esquerda).Seria preciso tematizar o “pobre de
esquerda”, para usar terminologia problemática, pois os indivíduos das classes
desprivilegiadas que votam e apoiam o PT, por exemplo, são tão enganados e
ludibriados, e agem contra si mesmos, quanto os que votam no PSDB ou qualquer
outro partido assumidamente conservador. Em questões concretas, como, por
exemplo, as atuais reformas retrógradas em curso atualmente, o voto pouco
alteraria, pois o que poderia impedir esse processo seria a força do movimento
operário, que é demonstrada principalmente através das greves, mas é
complementada por manifestações, ações, politização, etc. A burocracia
sindical, que fica a reboque da burocracia partidária (veja CUT-PT, CTB-PCdoB,
etc.), não luta mais pelos direitos trabalhistas e sim por seus próprios
interesses, especialmente eleitorais e burocráticos de projetos de
perpetuação no poder.Nesse sentido, seria a auto-organização e autoformação dos
trabalhadores o foco dos intelectuais engajados e não ataques aos “pobres de
direita”, que não serve para politizar e sim para despolitizar.No plano
cultural e político, a maioria dos trabalhadores sempre apoiou e votou nos
partidos conservadores, pois, se assim não fosse, só existiriam governos de
esquerda ou revoluções. Isso não é novidade e não é inventando essa coisa
esdrúxula que é a expressão “pobre de direita” que se avança na compreensão e na
luta política. Assim, a questão mais importante é a questão que
sempre intrigou e preocupou o bloco revolucionário: a passagem do proletariado
de classe determinada pelo capital (desde sua condição de classe até a
hegemonia burguesa, o que mostra o predomínio das ideias dominantes no
proletariado e que atinge o conjunto das classes desprivilegiadas), para classe
autodeterminada, revolucionária.Essa é uma discussão muito mais complexa e
profunda e não a dicotomia entre “direita” e “esquerda”. Se os trabalhadores
vão escolher o carrasco da direita ou o carrasco da esquerda, tanto faz. O que
interessa é que eles se libertem dos seus carrascos e conquistem a liberdade
real.Essa discussão mais complexa remete ao problema da hegemonia
burguesa, expressa tanto pelos conservadores (direita) quanto pelos
progressistas (esquerda) e como essa última é peça chave para que os
trabalhadores não ultrapassem o nível do reformismo (e, hoje em dia, nem
cheguem a tal nível). Portanto, cabe aos intelectuais engajados
criticarem os chavões da esquerda, tal como a do “pobre de direita”, bem como
denunciarem a miséria mental dos intelectuais de esquerda, e apontar para a
necessidade do proletariado e classes desprivilegiadas combaterem tanto
conservadores quanto progressistas, almejando sua real libertação, o
que só pode ocorrer com a autogestão social.
*Postado por Nildo Viana
Fonte: informecritica.blogspot
CONCLUSÃO
1 – Pobre de direita quer trabalhar, pobre de esquerda quer ter
renda sem trabalhar.
2 – Pobre de direita não se vê como empregado, mas, como um futuro patrão. Já o
pobre de esquerda detesta o patrão e nada faz pra deixar de ser empregado.
3 – Pobre de direita quer menos Estado com menos impostos com preços menores
para aumentar seu poder de compra. Pobre de esquerda quer “almoço grátis” do
Estado, sem trabalhar, mas pago por quem trabalha.
4 – Pobre de direita entende que só depende do próprio empenho a sua
prosperidade. Pobre de esquerda entende que sua prosperidade depende de um
partido, de uma mamata pública, e de um Santo Salvador que proverá seu sustento
(com o dinheiro dos outros), e aguarda sentado de pires na mão, pois só quer
saber de direitos, nada de deveres, e sempre perguntando o que seu país pode
fazer por ele, jamais o que ele pode fazer pelo seu país.
5 – Pobre de direita entende que prosperidade vem com esforço, inovação, PERSEVERANÇA, e criatividade empreendedora! Pobre de
esquerda entende que a prosperidade alheia é a responsável pela sua vida
fracassada e miserável, e se vê como um credor daqueles que prosperaram.
6 – Pobre de direita pede uma economia livre, forte e robusta para ter
oportunidade de trabalhar gerar riquezas e crescer. Pobre de esquerda pede um
Estado inchado, provedor, paternalista, intervencionista, para subsistir da
riqueza gerada pelos outros.
8 – Pobre de direita é ambicioso e trabalha para conquistar o seu espaço e seu
patrimônio. Pobre de esquerda é invejoso, espera que o Estado totalitário tome
de assalto o patrimônio dos outros e lhe repasse as migalhas.
9 – Pobre de Direita respeita a prosperidade alheia conquistada com suor. Pobre
de esquerda cobiça a prosperidade alheia, pois é inútil e preguiçoso, não sabe
o valor do suor no rosto.
10 – O pobre de direita almeja a independência financeira pelo seu talento e
esforço. Pobre de esquerda sonha em ser um eterno dependente de uma teta
estatal! O pobre de direita é contra as cotas raciais nas universidades
públicas, MAS A FAVOR DAS COTAS SOCIAIS, porque entende que nem todo branco nasce rico, e ser negro não é
atestado de burrice e nem muito menos, uma raça inferior. Subentende que pobre,
seja branco ou negro devem seus resultados a meritocracia e não a facilidades,
pois, ao aderir a uma política de concessão do estado, estaria contribuindo com
a sua própria discriminação e vitimismo. O pobre de direita não está preocupado
com direita ou esquerda, nem com a cor do gato, o que importa para o pobre de
direita é que independente da cor do gato, ele de conta dos ratos. O pobre de
direita é contrário às políticas públicas sociais que gerem a dependência
assistencialista. O pobre de direita passa, ou já passou fome e infelizmente
também, viu alguns dos seus passar, atravessa, ou já atravessou um mar de
necessidade. O pobre de direita já viu crianças morrerem desnutridas e outras
nascerem mortas. Viu o suplício do nordestino com a seca e a morte dos seus
rebanhos. Viu o retirante partir para as grandes cidades deixando sua terra
natal e sua parentela, mas não usa isto como vitimismo revanchista, em
discursos do nós contra eles! O pobre de direita levanta, sacode a poeira, vai
a luta e dá a volta por cima, pois entende que "Deus ajuda a quem cedo madruga"! E sabe que cobra que não anda e fica esperando a comida vir até ela, não engole sapo e morre de fome!
É
por estas e outras é que sou um pobre de direita sim! E com muito orgulho!
"Pobres de direita e esquerda uni-vos, e nos
libertemos! Tanto da direita quanto da esquerda!"
Veja estes dois "excelentes vídeos" sobre "pobre de direita" e esquerda! Tire suas conclusões, forme sua opinião, e se possível partilhe conosco nos comentários abaixo!
NOTAS DE REFERÊNCIAS:
[1] Aspirantes a intelectuais são estudantes e amadores que se preparam ou desejam se tornarem intelectuais (no sentido de uma classe social e não de “inteligência” ou competência intelectual real), ou seja, especialistas no trabalho intelectual (artistas, jornalistas, cientistas, etc.). Não é demais repetir que intelectuais aqui se refere a uma posição de classe, ou seja, na divisão social do trabalho, e não sabedoria ou inteligência. Nem todo sábio é um intelectual e nem todo intelectual é um sábio.
[2] Veja exemplo de como determinado instituto de pesquisa governamental, durante o Governo Dilma, inventou que a pobreza no Brasil havia diminuído e que acabaria em 2016 (clique aqui).
[3] Uma crítica geral à terminologia antinômica “esquerda-direita” e seu caráter abstratificado e ideológico, pode ser visto no texto “Direita e Esquerda: Duas Faces da Mesma Moeda” (para acessar esse texto, clique aqui).
[4] Esse texto, assim como todos que tivemos acesso e que tratam desse tema, é extremamente fraco, cheio de equívocos e problemas de análise e compreensão da realidade. Nesse caso (clique aqui para acessar o texto), realiza uma contraposição entre ser liberal e não ter capital e propriedade. Aqui já mostra a pouca bagagem cultural do crítico dos pobres de direita. Ser liberal significa se adepto de uma ideologia, a liberal. Qualquer um pode ser adepto de tal ideologia, tendo ou não capital ou propriedade. O que é impossível é ser burguês sem capital... Não é o caso. Ainda usa o estratagema retórico de dizer que ele pode ceder ao fascismo. O perigo do fascismo é o discurso dos social-democratas para conseguir apoio popular e unificar as demais esquerdas sob sua bandeira e angariar votos com esse discurso retórico e vazio. O antifascismo, já dizia Barrot, é o pior produto do fascismo.
[5] Não existem partidos social-democratas no Brasil. Há, no máximo, indivíduos keynesianos e social-democratas. Partidos com essa posição política não existem. O PT, em sua origem, era social-democrata, mas neopopulista, pois jamais realizaria políticas social-democratas no capitalismo subordinado, sendo apenas discurso eleitoral, abandonado pela ânsia de chegar ao poder. Foi assim que ele mudou o seu neopopulismo com discurso social-democrata para o de discurso neoliberal progressista.
[6] Além de falsificar dados estatísticos e manipular informações para que se acreditasse que se “reduziu” a pobreza no Brasil (veja link na nota 01).
[7] Se no Brasil tivéssemos “intelectuais de esquerda” mais sólidos e embasados, já deveriam ter percebido que se as esquerdas brasileiras quiserem ter algum futuro eleitoral, devem enterrar definitivamente o Partido dos Trabalhadores, o que significaria buscar alternativas, pois apostar em um partido moribundo é apenas expressão de sua miserabilidade intelectual.
[8] “O pobre de direita além de ser um figurante de burguês é terreno fértil para o fascismo”, afirmação do professor José Menezes Gomes, veja link na nota 03.
[9] Publicitário (“marqueteiro”) responsável pelas propagandas eleitorais vitoriosas do PT e que foi preso pelos esquemas de corrupção do Governo Dilma.
[10] Veja o texto “Anticomunismo e Antipetismo: A Gênese do Discurso Reacionário”, clicando aqui.
[11] Para quem não viveu nessa época, confira um texto sobre isso clicando aqui.
[12] E não só ele, como os demais citados acima (clique aqui para ver notícia na qual o Governo Michel Temer corta o apoio financeiro a tais blogs e sites).
[13] Em 2011: 447; 2010: 358; 2009: 230; 2008: 152; 2007: 05; 2006: 08; 2005:02 (embora esse resultado seja falso, pois é link para outro blog com postagem de 2018... (http://grupobeatrice.blogspot.com.br/2005/10/as-vtimas-da-guerra-e-os-que-lucram.html) e o mesmo vale para 2006, ou seja, nesse anos não houveram referências a tal expressão. Isso também significa que a quantidade real é menor nos demais anos, mas de qualquer forma há um crescimento paulatino e um crescimento proporcional maior a partir de 2016 e novamente em 2017.
[14] É preciso lembrar que as classes desprivilegiadas também não foram para as ruas, com raras exceções, para pedir impeachment, pois a maioria percebeu que a disputa de poder não lhe dizia respeito diretamente. A indiferença de grande parte dos trabalhadores é apenas o resultado da percepção, embora pouco clara, de que a política institucional serve à classe dominante.
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O pobre de direita almeja a independência financeira pelo seu talento e esforço. Pobre de esquerda sonha em ser um eterno dependente de uma teta estatal! O pobre de direita é contra as cotas raciais nas universidades públicas, MAS A FAVOR DAS COTAS SOCIAIS, porque entende que nem todo branco nasce rico, e ser negro não é atestado de burrice e nem muito menos, uma raça inferior. Subentende que pobre, seja branco ou negro devem seus resultados a meritocracia e não a facilidades, pois, ao aderir a uma política de concessão do estado, estaria contribuindo com a sua própria discriminação e vitimismo. O pobre de direita não está preocupado com direita ou esquerda, nem com a cor do gato, o que importa para o pobre de direita é que independente da cor do gato, ele de conta dos ratos. O pobre de direita é contrário às políticas públicas sociais que gerem a dependência assistencialista. O pobre de direita passa, ou já passou fome e infelizmente também, viu alguns dos seus passar, atravessa, ou já atravessou um mar de necessidade. O pobre de direita já viu crianças morrerem desnutridas e outras nascerem mortas. Viu o suplício do nordestino com a seca e a morte dos seus rebanhos. Viu o retirante partir para as grandes cidades deixando sua terra natal e sua parentela, mas não usa isto como vitimismo revanchista, em discursos do nós contra eles! O pobre de direita levanta, sacode a poeira, vai a luta e dá a volta por cima, pois entende que Deus ajuda a quem sedo madruga! E cobra que não anda e fica esperando a comida vir até ela, não engole sapo e morre de fome!
É por estas e outras é que sou um pobre de direita sim! E com muito orgulho!
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