Tornou-se comum encontrar nas redes sociais
comentários de cristãos que afirmam que Jesus era socialista e comunista. O
ex-Presidente Hugo Chávez, da Venezuela, para justificar o seu governo
socialista de linha marxista e a implantação do totalitarismo no país, disse: “O Cristo verdadeiro é o da propriedade comum, era
comunista mais que socialista; era um comunista autêntico, um
anti-imperialista, inimigo da oligarquia, inimigo das elites e do poder”(Rádio Vaticano, 10 de janeiro de 2007).
Cristo,
de fato, foi um comunista e revolucionário? Definitivamente Não!
Quando o Papa
João Paulo II abriu a III Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em
Puebla, no México, em 1979, ele deixou isto muito claro: “Essa visão de Jesus como o Revolucionário de Nazaré não
se coaduna com a fé católica.” Com essas palavras, o Papa cortava na raiz as
pretensões da Teologia da Libertação, de linha marxista-leninista, que se
fortalecia na América Latina na década de 1970. A partir daí, foi visível que o
grande Papa iniciou um grandioso trabalho na Igreja, especialmente junto aos
Bispos, para sanar os erros da Teologia da Libertação; o que foi muito eficaz, graças
a Deus! (A Teologia da Libertação, Ed.
Cléofas, 2000).
Cristianismo
e Comunismo são antagônicos! Mas onde está o antagonismo entre Cristianismo e
Comunismo?
O Comunismo prega o
materialismo histórico (ou dialético), isto é, todos os acontecimentos da
história são determinados pelo fator econômico; a ordem política, a cultural e
religiosa reduzem-se a fenômenos econômicos. Isso é contrário aos princípios
cristãos, que reconhecem no homem uma alma espiritual, aberta para os valores
transcendentais. Esses valores levaram os homens a desprezar, muitas vezes, o
valor econômico em função dos bens espirituais. Lembre-se, por exemplo, dos
grandes santos que abalaram o mundo (Santo Agostinho, Santo Tomás, Santa Teresa
D’Ávila, Santo Inácio de Loyola, São João Bosco etc.); nenhum deles atuou tendo
o fator econômico como determinante! O Comunismo é materialista e é adverso à fé
e ao Cristianismo, sendo que a produtividade econômica é considerada o único
valor reconhecido, de modo que a fé em Deus Criador e em Jesus Cristo Salvador
são vistas como inútil e alienante. A religião é considerada “o
ópio (droga) do povo” e odiavam a Igreja de Cristo. Para ver isso, basta ler a
obra de Karl Marx: “O Capital”, de 1867.A análise marxista é estruturada sobre
a teoria violenta da “luta de classes”, jogando uma classe contra outra; é o
motor da história. Considera que toda a história é movida pelo conflito entre patrões
e operários, o que está errado e injusto, pois muitos outros fatores movem a
história: as relações de amor, paz, aliança, tanto entre indivíduos como entre
sociedades.
A mentalidade da luta de classes é anticristã, porque
incita ao ódio e joga irmão contra irmão! O Cristianismo não aceita a luta como
meio ordinário de transformar a sociedade, ao contrário, ensina a
reconciliação, o diálogo entre as partes, o acordo, o perdão. Para o “práxis”
marxista, “os fins justificam os meios”. Pode-se lançar mão da violência, da
corrupção, do roubo, da falsidade e da morte para implantar o Comunismo. Tudo é
válido! “Por isso, o Comunismo matou cerca de 100 milhões de pessoas no século
XX, e foi o maior fracasso do mesmo século” (O Livro Negro do Comunismo).
Marxismo: Um verdadeiro veneno
para a fé católica e Cristã!
Por
isso tudo, os bispos latino-americanos reunidos em Puebla, no ano de 1979,
fizeram essa grave advertência sobre o perigo do uso do Marxismo na Teologia: “Cumpre
salientar aqui o risco de ideologização a que se expõe a reflexão teológica,
quando se realiza partindo de uma “práxis” que recorre à análise marxista. Suas consequências são a total politização
da existência cristã, a dissolução da linguagem da fé na das ciências sociais e
o esvaziamento da dimensão transcendental da salvação cristã.” (n.º 545).
Em
outras palavras, a adoção da análise marxista é um veneno para a fé católica.
Como, então, seria Cristo um marxista, um revolucionário? O Marxismo e o
Cristianismo são mutuamente incompatíveis. As tentativas de aliança entre ambos
redundam em desvirtuação de um ou de outro. O Comunismo nega o direito da
propriedade particular e defende que todos os meios de produção devem estar nas
mãos do Estado. A Igreja não concorda com isso, embora a injusta distribuição
acarrete graves males, e é preciso ser corrigida, mas nem por isso se deve
negar o direito à propriedade particular.
A
análise marxista atrai os intelectuais e as massas, hoje em dia, porque propõe
“acabar com a injustiça social”. Mas, de que modo? Com que meios?
É preciso que a busca desse
ideal desejado por todos não seja feita por meios imorais, sem ética e sem escrúpulos, como são os meios
marxistas, que desrespeitam a pessoa humana, usa a violência, a luta de classes
e o incitamento ao ódio entre irmãos. Todos queremos justiça social, mas pela
pureza e caridade, não pela violência! O Santo Padre João Paulo II, em discurso
aos Bispos do CELAM, rejeitou a hipótese de utilizar-se a análise marxista como
premissa para a elaboração de um sistema de pensamento católico: “A libertação
cristã usa ‘meios evangélicos, com a sua eficácia peculiar, e não recorre a
algum tipo de violência nem à dialética da luta de classes...(Puebla, 486) ou à práxis ou análise marxista” (n.º 8). É nessa linha que se deve
promover os pobres e a justiça. Essa é a diferença fundamental entre o
socialismo marxista de Hugo Chavez e Fidel Castro e o Cristianismo.
Jesus
disse: "O meu Reino não é desse mundo!"
A Conferência Episcopal
Venezuelana (CEV), em 20 de dezembro de 2007, manifestou-se, ao então
Presidente da Venezuela Hugo Chávez, congratulando-se com ele por sua
reeleição, e pedindo-lhe que mantivesse a educação religiosa e não
implementasse no país, “um socialismo inspirado na filosofia marxista”: “Esperamos que este socialismo, que ainda não está
definido... não siga a linha de um totalitarismo, de uma visão estatizada de
ocupar todos os espaços, e não se inspire na filosofia marxista” – disse o
Cardeal-arcebispo de Caracas, Jorge Liberato Urosa Savino, na época, Presidente
da Conferência Episcopal Venezuelana, numa coletiva de imprensa. Infelizmente, esse apelo não foi ouvido, e
o ditador caminhou a passos largos para implantar o socialismo marxista e
totalitário na Venezuela, segundo o modelo de Cuba, e o resultado infelizmente está
ai para todos verem! Para a análise marxista, a
felicidade está apenas neste mundo, e o que existe é apenas o “Reino do homem”,
e não o “Reino de Deus”. Mas Cristo, no momento crucial do seu julgamento
diante de Pilatos, foi enfático: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu
Reino fosse desse mundo, certamente os meus súditos teriam lutado para que eu
não fosse entregue aos judeus; mas o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36).Os
adeptos dessa ideia tresloucada dizem que Cristo era esquerdista assim como
foram, Marx, Lenin, Stalin, Che Guevara, Fidel Castro, Hugo Chávez, Nicolás
Maduro, Mao-Tsé-Tung e outros mais. Ora, sinceramente, esse pessoal só pode
desconhecer a história, não é mesmo? Até porque, se soubessem um pouco que seja
quem foram esses senhores, jamais afirmariam que Cristo pode ser comparado a
eles!
Vejamos alguns destes:
1)-Karl
Marx: Foi
sustentado pela esposa por 16 anos enquanto escrevia O Capital, até que ela
ficasse pobre. Só teve um único emprego fixo em 64 anos de vida, e foi como
correspondente do jornal New York Herald. Isso por um breve período e não
resultava em quantia suficiente para manter a família. Quatro de seus sete filhos
morrerem ainda bebês pela vida insalubre e miserável que sua vagabundice impôs
à família. Viu duas de suas três filhas sobreviventes se suicidarem, traiu a
mulher que o sustentou por anos a fio com a melhor amiga dela, e ainda
deu o bebê nascido dessa relação para o amigo rico Engels criar.
2)-Josef Stalin: Um
dos maiores facínoras do século 20. Foi responsável pelo assassinato de milhões
de pessoas. Em nome do sistema, prendeu e torturou seus opositores, mandando-os
para trabalhos forçados na Sibéria, internando-os em hospitais psiquiátricos ou
fuzilando-os. Além disso, manteve rígida censura sobre os meios de comunicação,
cometendo todo tipo de maldade e atrocidade.
3)-Che Guevara: O
queridinho da esquerda latino-americana foi na verdade um assassino perverso! Racista, homofóbico, cometeu crimes bárbaros contra a humanidade, matando
inclusive crianças!
5)-Fidel Castro: O
ditador querido da esquerda brasileira. Com mão de ferro, oprimiu Cuba, levando
os moradores daquela ilha à absoluta pobreza. Agiu também com mão de ferro
levando para o “paredão” seus desafetos e inimigos. Fidel foi um facínora
da pior espécie! Nunca se desculpou publicamente por seus crimes.
6)-Nicolás Maduro: O
amigo da esquerda brasileira. Esse senhor, cria de outro ditador, Hugo
Chávez, acabou com a Venezuela onde a fome e a miséria se fazem presentes. O
Bolivarianismo por eles instalado é a síntese da desgraça. É fruto de
um socialismo onde quem enriquece são os revolucionários de uma agenda maldita!
7)-Mao-Tsé-Tung: Ditador
chinês responsável pela morte de milhões de pessoas, incluindo cristãos que
sofreram, em nome do comunismo, todo tipo de perseguição, humilhação e sofrimento, ainda nos dias atuais.
8)-Vladimir Lenin: Conjugava
como ninguém o verbo matar! Sobre o domínio de Lenin, a Rússia e a
Ucrânia se transformaram em um mar de túmulos. O chamado terror vermelho
implantado por esse senhor, para defender a revolução russa, fez com que um
genocídio muito mais vasto e devastador do que o próprio nazismo se instaurasse
em solo russo, causando assassinatos em massa, desespero e morte. Lenin
mandou assassinar de próprio punho milhões de pessoas, entre elas muitas
crianças, mulheres e idosos, simplesmente por esses pertencerem a comunidades
que não aceitavam a ditadura socialista. Jamais demonstrou ter tido a
menor culpa pelo que fez, tal como um psicopata em relação às suas vítimas
indefesas.
Caro
leitor, responda sinceramente: diante dos relatos acima, você ainda tem coragem
de afirmar que Jesus era comunista? Sinceramente, espero que não, mesmo porque,
comparar o nosso Senhor a esses sanguinários é um acinte, um disparate, um
infortúnio, uma verdadeira blasfêmia! Para encerrar: Jesus JAMAIS poderia ser um
Comunista, pelo simples fato de que o Comunista defende a LUTA ARMADA! Jesus
nos ensina que não devemos matar uns aos outros, mas amar uns aos outros. E o
Cristão a exemplo de Cristo não deve matar, mas dar a vida! Por fim,
não é o fato de ajudar os pobres que nos faz Comunistas, ou Cristão, mas como?
Se de forma evangélica e Cristã, ou de forma ideológica.
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E o capitalismo não procura exatamente o mesmo materialismo?
Prezado Pedro Leitão,
O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade.A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho.O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas.A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista.Mas é um equívoco concluir que a derrocada do socialismo seja a prova de que o capitalismo é inteiramente bom. O capitalismo é a expressão do egoísmo, da voracidade humana, da ganância. O ser humano é infelizmente isso, com raras exceções.O capitalismo é forte porque é instintivo. O socialismo foi um sonho maravilhoso, uma realidade inventada que tinha como objetivo criar uma sociedade melhor. Sob todos os aspectos o capitalismo é bem melhor do que o socialismo. Deveríamos bater mais nessa tecla de que a superioridade moral também é espantosa, e que um abismo intransponível separa um modelo baseado em trocas voluntárias de outro voltado para a “igualdade” forçada, que leva ao caos e à degradação de valores básicos da civilização. Quando você abastece seu carro, ou quando o avião aterrisa, escutamos o piloto agradecendo pela escolha da companhia aérea. Não por acaso, quando um cliente entra numa loja, a primeira coisa que ouve do vendedor é: “Em que posso ajudá-lo?”. E a última coisa que ambos dizem, depois de uma compra, é um duplo “obrigado!”. Um sinal inequívoco de que aquela transação foi vantajosa para ambos”, pois nesta relação é satisfeito o princípio: de cada um conforme a sua capacidade, e para cada um conforme a sua necessidade”.O capitalismo fortalece os laços de cooperação e cordialidade, enquanto o socialismo leva ao cinismo, à inveja e ao uso da força para se obter o que se demanda. É verdade que o capitalismo produz resultados materiais bem superiores, mas esse não é “apenas” seu grande mérito: ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de vista moral.No capitalismo quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito individual, enquanto na burocracia socialista elas dependem de favores e coação.No socialismo, os que chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e mentirosos, os populistas, os bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide no Brasil petista, ou na Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba.E é isso que os liberais precisam destacar com mais frequência.O empreendedorismo que é incentivado em qualquer pais capitalista, no Brasil é uma prática quase proibitiva, pois abrir uma empresa no Brasil é algo extremamente difícil, com uma burocracia e carga tributária pesadíssima, fechar esta mesma empresa então, é quase impossível.Não é necessário essa dicotomia no capitalismo como existe no socialismo de mercado-solidariedade, muito pelo contrário, ou seja, não é da benevolência, ou solidariedade do açougueiro que a comida chega a minha mesa, mas da busca recíproca de satisfações minha e dele, ou seja não precisamos da benevolência, ou solidariedade de governos, ou empresários para ter minhas demandas atendidas, mas do mercado competitivo, é assim que devem ser satisfeitas as nossas necessidades e preferências numa economia livre. O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível. A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível.
Obrigado pela visita e pela sua dúvida que irá ajudar a muitos e volte sempre !
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