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Ferreira Gullar fala de sua ilusão com o Comunismo e diz porque o Capitalismo venceu o Comunismo

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 28 de dezembro de 2014 | 22:30

(foto reprodução)



Entrevista a Pedro Dias Leite publicada em edição impressa de VEJA: “UMA VISÃO CRÍTICA DAS COISAS”







O poeta diz que o socialismo não faz mais sentido, recusa o rótulo de direitista e ataca: “Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio (e polpudas indenizações) todo mundo é”. Um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, Ferreira Gullar, 82 anos, foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, no Chile e na Argentina. Desiludiu-se do socialismo em todas as suas formas e hoje acha o capitalismo “invencível”. É autor de versos clássicos! Gullar teve dois filhos afligidos pela esquizofrenia. Um deles morreu. O poeta narra o drama familiar e faz a defesa da internação em hospitais psiquiátricos dos doentes em fase aguda. Sobre seu ofício, diz: “Tem de haver espanto, não se faz poesia a frio”.






1)-O senhor já disse que “se bacharelou em subversão” em Moscou e escreveu um poema em que a moça era “quase tão bonita quanto a revolução cubana”. Como se deu sua desilusão com a utopia comunista?











Não houve nenhum fato determinado. Nenhuma decepção específica. Foi uma questão de reflexão, de experiência de vida, de as coisas irem acontecendo, não só comigo, mas no contexto internacional. É fato que as coisas mudaram. O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.






2)-Por que o capitalismo venceu?





O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade.A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho.O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista. Mas é um equívoco concluir que a derrocada do socialismo seja a prova de que o capitalismo é inteiramente bom. O capitalismo é a expressão do egoísmo, da voracidade humana, da ganância. O ser humano é isso, com raras exceções.O capitalismo é forte porque é instintivo. O socialismo foi um sonho maravilhoso, uma realidade inventada que tinha como objetivo criar uma sociedade melhor. O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível.A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível. Agora mesmo, enquanto falamos, há milhões de pessoas inventando maneiras novas de ganhar dinheiro. É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.





3)- O senhor se considera um direitista?





Eu, de direita? Era só o que faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é. Pensar isso a meu respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando.






4)-E Cuba?











Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo.





5)-Como o senhor define sua visão política?





Não acho que o capitalismo seja justo. O capitalismo é uma fatalidade, não tem saída. Ele produz desigualdade e exploração. A própria natureza é injusta e desigual. A justiça é uma invenção humana. Um nasce inteligente e o outro burro. Um nasce inteligente, o outro aleijado. Quem quer corrigir essa injustiça somos nós. A capacidade criativa do capitalismo é fundamental para a sociedade se desenvolver, para a solução da desigualdade, porque é só a produção da riqueza que resolve isso. A função do estado é impedir que o capitalismo leve a exploração ao nível que ele quer levar.






6)-Qual a sua visão do governo Dilma Rousseff?





Dilma é uma mulher honesta, não rouba, não tem a característica da demagogia. Mas ela foi posta no poder pelo Lula. Assim, não tem autoridade moral para dizer não a ele. Nesse aspecto, é prisioneira dele.





7)-Como o senhor avalia a perspectiva de condenação dos réus do mensalão?





O julgamento não vai alterar o curso da história brasileira de uma hora para a outra. Mas o que o Supremo está fazendo é muito importante. É uma coisa altamente positiva para a sociedade. Punir corruptos, pessoas que se aproveitaram de posições dentro do governo, é uma chama de esperança.






8)- O senhor se identifica com algum partido político atual?





Eu fui do Partido Comunista, mas era moderado. Nunca defendi a luta armada. A luta armada só ajudou mesmo a justificar a ação da linha dura militar, que queria aniquilar seus oponentes. Quando fui preso, em 1968, fui classificado como prisioneiro de guerra. O argumento dos militares era, e é, irrespondível: “quem pega em armas quer matar, então deve estar preparado para morrer.”





9)- O senhor condena quem pegou em armas para lutar contra o regime militar?





Quem aderiu à luta armada foram pessoas generosas, íntegras, e sinceras, tanto que algumas sacrificaram sua vida. Mas a sinceridade não é o único critério da verdade, pois não lutavam por democracia, mas pela ideologia Comunista, estavam sinceramente equivocadas. Você tem de ter uma visão critica das coisas, não pode ficar eternamente se deixando levar por revolta, por ressentimentos. A melhor coisa para o inimigo é o outro perder a cabeça. Lutar contra quem está lúcido é mais difícil do que lutar contra um desvairado.












10)- Como é seu método para fazer poesia?






Já fiquei doze anos sem publicar um livro. Meu último saiu há onze anos. Poesia não nasce pela vontade da gente, ela nasce do espanto, alguma coisa da vida que eu vejo e que não sabia. Só escrevo assim. Estou na praia, lembro do meu filho que morreu. Ele via aquele mar, aquela paisagem. Hoje estou vendo por ele. Aí começo um poema… Os mortos veem o mundo pelos olhos dos vivos. Não dá para escrever um poema sobre qualquer coisa. O mundo aparentemente está explicado, mas não está. Viver em um mundo sem explicação alguma ia deixar todo mundo louco. Mas nenhuma explicação explica tudo, nem poderia. Então de vez em quando o não explicado se revela, e é isso que faz nascer a poesia. Só aquilo que não se sabe pode ser poesia.





11)- A idade é uma aliada ou uma inimiga do poeta?











Com o avanço da idade, diminuem a vontade e a inspiração. A gente passa a se espantar menos. Tem poeta que não se espanta mais, mas insiste em continuar escrevendo, não quer se dar por vencido. Então ele começa a escrever bobagens ou coisas sem a mesma qualidade das que produzia antes. Saber fazer ele sabe, mas é só técnica, falta alguma coisa. Não se faz poesia a frio. Isso não vai acontecer comigo. Sem o espanto, eu não faço. Escrever só para fazer de conta, não faço. Eu vou morrer. O poeta que tem dentro de mim também. Tudo acaba um dia. Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais. Não vou forçar a barra. Isso não vai acontecer. Toda vez que publico um livro, a sensação que tenho é de que aquele é o definitivo. Escrever um poema para mim é uma grande felicidade. Se não acontecer, não aconteceu.






Fonte:veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/ferreira-gullar-uma-visao-critica-das-coisas/





5 coisas que você só vai saber se tiver crescido em um regime comunista:












Meu nome é Partice Beconne. Eu cresci na Romênia comunista sob o olhar despótico do presidente Nicolae Ceausescu. Eu vi meu país ser reduzido a farrapos – e não o vi se recuperar. Provavelmente você consegue imaginar os elementos mais óbvios de uma sociedade comunista – os blocos cinzentos implacáveis que não conseguem se passar por arquitetura, as filas sem fim até mesmo para os produtos mais básicos, o humor subversivo, porém compreensível de Yakov Smirnoff – mas houve um lado muito mais estranho em nossa sociedade comunista que ninguém menciona. Por exemplo:





1)- J.R. Ewing do seriado Dallas foi a primeira pessoa a nos apresentar à liberdade!










Embora os romenos oficialmente tenham deixado o comunismo para trás no final de 1989, nós ansiamos por uma vida melhor antes disso. Por que desejamos o que não podíamos ter? Vai saber? Talvez o espírito humano saiba o que significa ser livre! Talvez as pessoas soubessem que o sistema trabalhava contra nós; ou talvez um dos grandes burocratas se enganaram e acidentalmente nos mostraram algo da TV americana uma vez. Ceausescu não permitia nada estrangeiro em nosso país, com algumas excessões bem raras. Uma delas foi a série Dallas, que ele liberou por pura propaganda. O personagem principal, J. R. Ewing, era um barão do petróleo sociopata e sem piedade, que não se importava em destruir seus amigos e família se isso significasse ganhar um dólar. Ele explorava políticos, atormentava seus conhecidos, traía sua esposa, e geralmente parecia um cachorro-quente enrugado em um chapéu de caubói. Em geral, ele representava o capitalismo em seu pior referencial. Que maneira melhor de nos voltar contra seus inimigos que nos mostrando a encarnação viva do Malvado Porco Capitalista? Ceausescu estava levando tão a sério a ideia de usar Dallas para retratar os males do capitalismo que ele chegou ao ponto de pagar Larry Hagman, o ator que representava J. R., pelo direito de colocar sua foto sorridente em um outdoor gigante na lateral de um prédio residencial no centro de Bucareste. Desse modo as pessoas veriam todo santo dia a pior versão de um americano malvadão. Enfim, essa era a teoria. Na realidade, assistimos Dallas e nos apaixonamos por tudo que o seriado mostrou. Ao invés de rolar em desgosto sobre a prova da ganância americana, nos maravilhamos por todas as coisas legais que os americanos tinham – mesmo os personagens secundários que supostamente eram “pobres” e “explorados”. E a simples ideia que as pessoas podiam vir do nada e de fato tornarem-se ricas? Aquilo nos deixou absolutamente de boca aberta. A maioria de nós nem mesmo considerava a riqueza como uma opção antes de um ditador perdido chegar e dizer: “Estão vendo? Essas são as desvantagens de ser magnificamente rico!”. Depois de várias temporadas testemunhando uma boa vida, todos nós coletivamente nos perguntamos, “Por que não nós, também?”. Após alguns passos lógicos, tivemos uma revolta sangrenta e violenta. Claro, a revolução romena e a queda do Império Soviético foram questões vastas e complexas – mas ainda assim, de uma forma bem sutil e pequena, é correto dizer que J. R. Ewing nos ajudou a derrubar o comunismo.





2)-Uma mulher aleatória era responsável por praticamente todo o nosso entretenimento





Ceausescu baniu todos os seriados não-texanos da TV, como também filmes, video games, música, e qualquer coisa que você pudesse colocar os olhos e achar engraçado. A maioria de nós não podia bancar um videocassete, e de qualquer modo a TV romena não tinha muito o que gravar. Em vários momentos você estava destinado a assistir em preto-e-branco um homem perseguindo uma cabra, antes que você trocasse de canal para a reprise de Dallas. Felizmente, nós romenos tínhamos milhares de filmes ilegais para escolher, graças quase que totalmente a uma mulher,e vários contrabandistas corajosos.Em 1986, Irina Nistor, até então apenas uma tradutora oficial da TV estatal, foi contratada por vários contrabandistas para traduzir filmes de Hollywood que outras pessoas tinham contrabandeado para o país. Mas ela não traduziu roteiros e os entregou para um elenco variado de dubladores capacitados – o que você pensa que aquilo era, Hollywood? Quem tinha essa quantidade de tempo e dinheiro disponível? Certamente não Irina, então ela apenas dublou por conta própria todas as vozes em inglês em todos os filmes. Ela era literalmente a voz da mídia romena. Quando o comunismo caiu e assistir The Breakfast Club não era mais punível com a morte, ela já havia traduzido e dublado cerca de 3.000 filmes. Somente ela e sua solidão. E ela fez a maior parte do seu trabalho às cegas. Ela nunca tinha visto os filmes banidos antes e estava obviamente muito ocupada para sentar e assistir milhares de horas de filme antes e depois gravar suas milhares de horas de locuções. Não havia espaço para ritmo, ou nuances, ou impressões complexas para cada personagem – havia apenas uma mulher romena de meia-idade falando em sua própria voz, com sua própria cadência, preenchendo todos os papéis em todos os filmes que passaram pela gente. Ela era Bruce Lee. Ela era Chuck Norris. Ela era tudo: todos os nossos heróis, nossos vilões, nossas sedutoras sensuais, e nossos Sylvester Stallones eram Irina Nistor.Sim, até mesmo nossos Tony Montanas.





3)-Trabalho não-assalariado era a lei na Romênia Comunista













Na Romênia dos anos de 1980, todos os soldados, professores e estudantes eram obrigados a participar de algo chamado pratica agricola.Todo o árduo trabalho agrícola sem nada daquela maldita “propriedade de terra”.Há uma razão para as crianças Romenas não parecerem muito contentes (mesmo se nós considerarmos a careta padrão que é confundida com o “sorriso comunista”). Pratica agricola não era sobre aquela coisa tipicamente comunista de “compartilhar o fardo igualmente” – estava bem mais próximo de trabalho escravo na cara dura. Há uma linha muito tênue separando os dois o tempo todo, e a pratica agrícola escavou essa linha com uma enxada improvisada e enterrou seus sonhos e esperanças nela. Todos eram forçados a ir em uma dessas “viagens de campo” para fazendas especiais. Uma vez lá, plantava-se sementes o dia inteiro, não importando o clima ou sua riqueza pessoal. Nada atrapalhava – nem escola, nem educação, nem treinamento militar, nem carreira. Meus pais eram engenheiros, o que significava apenas que eles tinham que colher pêssegos e maçãs da maneira mais engenhosamente possível. Haviam cotas rígidas para cumprir, o pagamento era inexistente, a situação teria que melhorar muito para ficar péssima e a participação era obrigatória para todos, sem exceção. Se você se recusasse a trabalhar, a punição variava de perda de créditos, perda de trabalho, à perda da própria vida.





4)- Tínhamos pouca noção do mundo exterior!













Graças ao bloqueio quase completo de Ceausescu a todas as coisas exceto o comunismo, toneladas de informações sobre o mundo exterior simplesmente passaram batido pela gente. Dia após dia, ano após ano, o noticiário local era apenas o mesmo: um pouco de propaganda pró-comunista, talvez alguma boa notícia sobre a cota de colheita sendo alcançada antes do prazo (ou “boas notícias” sobre aqueles que falharam em cumprir a cota não sendo mais um fardo sobre o proletariado, graças a esses “limpadores de fardos” garantidos pelo governo).Enquanto isso, os feitos incríveis do mundo exterior mereceram apenas uma menção passageira. Em 1969, quando o EUA enviou o homem à Lua pela primeira vez, o jornal nacional romeno brevemente mencionou “um grande sucesso para o pensamento científico – o homem na lua!” junto com algumas linhas do telegrama do presidente Nixon. E era isso: cerca de metade do espaço que você esperaria que um tabloide dedicasse ao novo penteado da Beyonce. Isso foi tudo que a aterrissagem na Lua mereceu. O que poderia ter sido uma maior manchete aquela semana? Ceausescu dirigindo um Dacia 1100, é claro!É como se um Cadillac defecasse um Datsun.Sim, era a estreia do novíssimo modelo Dacia 1100, e o próprio Ceausescu foi até a fábrica inspecionar o primeiro produzido. Todo aquele negócio da Lua teve tanta atenção quanto um pequeno incêndio na loja de pornôs local teria em um jornal americano atual. Os noticiários daquela semana ignoraram completamente a humanidade colocando o pé em solo extraterrestre pela primeira vez, em prol de um homem fingindo dirigir um carro que provavelmente pegaria fogo se ele desse realmente a partida.






5)- Haviam imitações comunistas “de Marca” de Tudo





Não foi apenas entretenimento estrangeiro que Ceausescu baniu,foi tudo de origem estrangeira. Se não fosse feito por mãos comunistas, não teríamos. Sem bananas, sem cigarros Marlboro, sem camisinhas, sem nada (embora tívessemos laranjas, também conhecidas como “a Dallas do reino das frutas”, por razões que nunca foram completamente explicadas).Tudo não foi apenas banido, mas trocado por genéricos comunista de baixa qualidade. Café, por exemplo, foi condenado como um luxo muito grande para nós camponeses. Bebíamos Nechezol, uma lavagem sem cafeína que era uma parte café e 20 partes lama de sarjeta congelada. Cozinhávamos com óleo fake feito de soja não-refinada, comíamos queijo fake artificialmente remexido com farinha (provavelmente fake), e bebíamos o que eu suspeito que fosse urina do demônio diluída homeopaticamente que chamavam de Cil-Cola. Carne? Esqueça. Se tínhamos algo parecido com isso, tínhamos as dregs, algo tipo garras de galinha, pernas que eram nada além de pele e osso, e salame feito de farinha de ossos.Você consegue sentir o gosto dos ossos! E sentí-los. Quebrando seus dentes.Felizmente, a farinha de ossos serve como um bom creme para seu café de mentira.O Papai Noel também foi banido. Um cara gordo e feliz que traz presentes opulentos para as crianças boazinhas? Soa como uma capitalista corporativista para mim! Mas temos que dar crédito ao governo, eles não se recusaram abertamente a deixar nós, crianças pobres, celebrarem. Não, ainda tínhamos o dia dos presentes, trazido para nós por um homem sisudo vestindo calças compridas e roupão de banho:Esse é o Mos Gerila. Ele era magro, triste e sisudo, e aparecia em 30 de Dezembro. Quatro dias depois do Papai Noel, mas ao menos seus presentes eram muito, mas muito piores.







Fonte:http://www.cracked.com/article_21045_5-things-you-only-know-if-you-grew-up-in-communist-regime.html













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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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