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#Por que é tão difícil perdoar?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 5 de dezembro de 2010 | 21:52





Por que é tão difícil dar o nosso perdão? Perdoar é esquecer ?




Diante das ofensas e mágoas que nos são causadas algumas atitudes devem ser tomadas, uma delas é não menosprezar a ofensa enganando-nos: "Não, tudo bem, não foi nada..."Devemos diante de Deus e se possível diante da pessoa que nos ofendeu dizer o quanto ficamos ofendidos, isto é curativo e formativo para ambos: Ofensor e ofendido. "A picada mais dolorosa é o do inseto mais doce" (a abelha). E as ofensas mais dolorosas são causadas por aqueles que estão mais próximos a nós!







(foto reprodução ilustrativa)







"Um Bispo de determinada Diocese, foi obrigado a tomar uma decisão difícil de expulsar um sacerdote por comentários que vieram até ele. Passado algum tempo e provado a inocência do sacerdote, sendo o mesmo restabelecido em suas funções, o Bispo chamou o sacerdote para uma conversa particular em seu gabinete e disse-lhe:





- Meu filho, peço-lhe desculpas por mim e por toda a comunidade por este mal entendido, passe uma borracha nisto tudo, vire esta página de sua vida, e esqueça tudo...





O Sacerdote muito serenamente respondeu:






- Sr Bispo, perdoar eu posso, e já perdoei a todos, mas não posso esquecer aquilo que me configurou a Cristo! Mas posso ofertar esta dor, por mim e pela humanidade que sofre, assim como Cristo que ofertou seu sofrimento na cruz para nos Salvar.







Por que é tão difícil perdoar?















Colossenses 3,12-14: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós…”
















Creio que é difícil perdoar quando não reconhecemos a malignidade de nosso próprio pecado e o quanto Deus nos perdoou e perdoa.Quando temos consciência do quanto dependemos da graça e da misericórdia de Deus a cada dia somos compelidos a agir em relação aos outros também com misericórdia e graça. Falhamos quando pretendemos perdoar olhando para o outro, buscando encontrar nele motivo para o perdão (arrependimento, castigo, vingança, compensação etc.) e falhamos igualmente, quando buscamos em nós mesmos fundamentos, sentimentos, ou virtude que nos leve a perdoar.














só conseguimos Perdoar "olhando exclusivamente para Jesus crucificado", fonte de todo perdão e graça, e não para quem nos ofendeu...mude o foco!










           




Depois, é difícil perdoar porque perdoar significa desistir da vingança, de fazer justiça, de reivindicar nossos direitos pessoais e passar a orar pelo ofensor e a abençoá-lo. Perdoar é difícil porque é renunciar a todo julgamento sobre a vida do outro, é calar a boca da maledicência que tanto satisfaz nosso ego e entregar o ofensor inteiramente à justiça e misericórdia de Deus. Perdoar é difícil ainda, porque é libertar o outro das cadeias da culpa, e nós queremos manter os que nos ofenderam como nossos devedores e assim exercer um certo controle sobre eles. Ironicamente, não percebemos que quando não perdoamos, somos nós mesmos que nos fazemos prisioneiros da amargura e do ressentimento, abrigando um câncer que pode contaminar toda nossa vida. Perdoar também é difícil porque é negar-se a si mesmo, sair do centro da própria vida e permitir que a vontade do Senhor prevaleça sobre nossos supostos direitos, que no fundo é a imagem de nosso egoísmo e amor próprio.















Finalmente, perdoar é difícil porque implica atos concretos de amor, não apenas palavras ou sentimentos. O perdão deve ser irrevogável e devolver a pessoa à posição que ela tinha antes em nossa vida. O perdão é mandamento e é graça. É mandamento para que não dependa do nosso enganoso e corrupto coração. E é graça, porque por ele temos garantido acesso à presença de Deus e a Sua misericórdia. É mandamento, porque sem perdão não há relacionamento possível entre os homens! Não há igreja, não há família de Deus sem o perdão. È graça porque é cura e libertação, porque nos insere no corpo e na família de Deus. Jesus não poderia ter sido mais enfático: “se não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas". Todavia, igualmente, “felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”( Mateus 57).


















Será que perdoar significa esquecer?










Há feridas que não esquecemos. Nalgumas situações trágicas, o caminho para curar essas feridas parece passar mais por uma tomada de consciência da profundidade do mal, do que pelo simples esquecimento por parte daquele(a) que ofendeu. Não podemos expelir o mal (em qualquer caso, ele permanece), mas podemos tentar não o disfarçar de forma a deixá-lo ser, pouco a pouco, submergido no amor de Deus e depois transformado! 








Se o Antigo Testamento fala de «ira de Deus» é porque as entranhas de seu amor para com Israel foi ferida pela infidelidade do seu povo. O aspecto mais extraordinário da história bíblica (foi isso que os profetas descobriram!) reside no facto de que, por amor, Deus vai para além da sua própria ira: 




"O meu povo é inclinado a afastar-se de mim...O meu coração dá voltas dentro de mim, comovem-se as minhas entranhas. Não desafogarei o furor da minha cólera, porque sou Deus e não um homem" (Oseias 11,7-9).




Para quem perdoa, o perdão é um combate contra a sua própria ira. O ímpeto que sentimos deixa de conduzir a uma reação violenta para nos levar a uma fratura interior: sacrificar o nosso desejo de justiça para dar um passo em direção a quem pecou. O profeta Isaías vai mais longe, descrevendo uma personagem misteriosa nos traços de um servo sofredor: 



«Homem das dores, habituado ao sofrimento...menosprezado e desconsiderado. Na verdade, Ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores...Fomos curados pelas suas chagas» (Isaías 53,3-5).



Os cristãos podem reconhecer neste texto uma antecipação da vida oferecida em sacrifício de Jesus. A paciência de Jesus para com os seus adversários e a sua paixão em Jerusalém, deixam pensar que ele não fugiu nem do sofrimento nem daqueles que o queriam apanhar. Em vez de se proteger perante os ataques, ele acolheu verdadeiramente aquilo que se lhe apresentava, sem previsões nem segundas intenções. 









Se ele pode dizer, na cruz «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lucas 23,34) é porque foi até ao extremo da abertura de amor, e consentiu ser ferido pelas mãos daqueles que Ele amava.










A cruz, neste sentido, toma uma dimensão existencial, à qual todos somos confrontados, mesmo os não-crentes: só sofremos verdadeiramente por causa daqueles que amamos. Se o meu inimigo me faz sofrer, isso não surpreende, mas como consentir a sofrer pelas mãos do meu amigo (ver salmo 55,13-15)?Qualquer relação de amor deixa uma porta aberta à vulnerabilidade, à possibilidade de sermos feridos e magoados. Recordar isso, não fugir a essa vulnerabilidade, já é uma forma de nos prepararmos a perdoar. Diante da dificuldade de perdoar devemos clamar a Deus: "Senhor eu não consigo, mas eu preciso dar o meu perdão para que eu mesmo me liberte..." Aquele que alimenta o ódio, mágoa e ressentimentos com quem o ofendeu, é o mesmo que tomar veneno esperando que o ofensor morra. A falta de perdão só faz mal a nós mesmos. Em última instância, somos nós que decidimos o que guardamos em nosso interior. Muitas vezes temos que repetir do fundo de nossa alma: "Pai perdoa-lhe por que ele(a) não sabe o tamanho da dor que me causou..."E tenho que lhe perdoar Pai, porque tu perdoas a mim e a todos, tenho que lembrar, que mesmo tu me amando de forma pessoal e única, reconheço que não sou filho único, mas irmão de muitos...




Oração de perdão do Padre Schuster "para alcançar a graça libertadora do perdão" - (rezar todos os dias até sentir aquela leveza da alma):

 




"Senhor Jesus Cristo, hoje quero perdoar a mim mesmo por todos os meus pecados, faltas, e tudo que há de mau em mim, e por tudo que acho que é mau. Senhor, perdoa-me por qualquer especulação e curiosidade minha no ocultismo, em seitas secretas e discretas, por ter recorrido à prancheta ouija, horóscopos, práticas espíritas, por ter procurado cartomantes, por ter acreditado em amuletos, por ter usado o Teu Santo Nome em vão, por não Te adorar, por ter ofendido meus pais, por ter-me embriagado, usado drogas, cometido pecados contra a castidade, adultério, abortos, roubos, mentiras. Eu me perdôo verdadeiramente! Senhor, quero ser curado por qualquer sentimento de rancor, mágoa e ressentimento para contigo nas ocasiões em que achei que Tu enviavas mortes, doenças, desgostos e dificuldades financeiras à minha família e eu imaginava que fossem castigos. Perdoa-me, Jesus. Cura-me! Senhor, eu perdôo minha mãe pelas vezes que ela me magoou, me deixou ressentido, zangou-se comigo, disse palavras que me humilharam, castigou-me além do necessário, deu preferência a meus irmãos e irmãs em meu prejuízo , chamou-me de esquisito, palerma, inútil, feio, estúpido, ou acusou-me de dar muitas despesas à família, quando me disse que eu não havia sido desejado, que nasci por acaso, por engano, por um vacilo, e não corresponder ao que ela esperava, enfim, que eu não deveria ter nascido. Perdôo meu pai por todas as vezes em que não me deu apoio, pela sua falta de amor, falta de afeto, falta de atenção, falta de tempo, falta de companheirismo; pelas suas bebedeiras, ignorâncias, pelas suas brigas, especialmente com minha mãe ou com os outros filhos, pela severidade de seus castigos, pelo abandono em que nos deixou, saindo de casa, divorciando-se de minha mãe, por suas ausências, por não me reconhecer como seu filho. Senhor, perdôo meus irmãos e minhas irmãs por me rejeitarem, por mentirem a meu respeito, por terem raiva de mim, por me magoarem, por disputarem comigo o amor de meus pais, por me agredirem fisicamente e moralmente, ou fazerem minha vida desagradável de alguma maneira. Eu os perdôo, querido amado Senhor. Senhor, perdôo meu marido (ou minha mulher) por sua falta de amor, falta de afeto, falta de consideração, falta de apoio, falta de comunicação, pelas tensões, pelas falhas, desgostos, traições, ou quaisquer outros atos e palavras que me ofenderam ou perturbaram-me imensamente. Senhor, perdôo meus filhos por sua falta de respeito, de obediência, de amor, de atenção, de apoio, de compreensão, pelos seus maus hábitos, por quaisquer más ações que possam perturbar-me. Senhor, perdôo minha avó, meu avô, tios, tias, primos e primas que interferiram em nossa família e causaram confusão, voltando um pai contra o outro. Senhor, perdôo meus parentes, amigos e vizinhos, por interferirem em meu casamento, especialmente minha sogra. Quero perdoar todos aqueles(as) que me apelidaram de forma humilhante e depreciativa. Perdôo também, meu sogro, cunhados e cunhadas. Senhor, oro, hoje, especialmente pela graça de perdoar meus genros e noras e outros parentes por afinidade, que trataram meus filhos com falta de amor. Jesus, ajuda-me perdoar meus companheiros de trabalho que são desagradáveis, inconvenientes, e que infelicitam minha vida. Aqueles(as) que me empurram serviço, que falam mal de mim, que não querem cooperar comigo, que tentaram tirar o meu emprego, minha honra e credibilidade junto a meus colegas e superiores. Eu os perdôo hoje! Meus vizinhos também, precisam ser perdoados Senhor! Por todo o barulho que fazem, por não cuidarem de sua propriedade, não prenderem seus cães, e os deixarem passar para o meu espaço e fazerem necessidades fisiológicas, por terem agredido a mim e meus familiares, por não recolherem suas latas de lixo, por nos prejudicarem e abusarem de nós, por nos excluírem sem motivos, eu os perdôo.E agora perdôo Senhor, meu pároco, a minha congregação, meu grupo, minha pastoral, minha comunidade, enfim, a minha Igreja, por toda a falta de apoio, caridade, esclarecimentos, picuinhas, falta de amizade, pregações intencionalmente dirigidas a mim, por não me defenderem como deveriam, por não me proporcionarem desenvolver e partilhar meus talentos, por não me convidarem e nem aceitar minha disposição para servir em setores que me destacaria meus dons, talentos,  capacidades, e por quaisquer outras ofensas que me tenham feito direta, ou indiretamente. Eu os perdôo hoje! Senhor, eu perdôo todos os profissionais que de alguma forma me tenham prejudicado: médicos, enfermeiras, advogados, policiais, funcionários de hospitais, e meus supervisores de trabalho. Por qualquer coisa que me tenham feito, eu realmente os perdôo hoje! Senhor, perdôo o meu patrão por não me pagar um salário suficiente, por não valorizar o meu trabalho, por ser indelicado e injusto comigo, por irritar-se e por não se mostrar meu amigo, por não me promover e não fazer nenhum elogio ao meu trabalho, por preferir e beneficiar a outros em meu lugar. Senhor, perdôo meus professores e instrutores de meus tempos de estudante bem como os de agora. Perdôo aqueles que me castigaram, me humilharam, foram indiferentes às minhas dúvidas, me insultaram, me trataram injustamente, caçoaram de mim, chamaram-me de bobo, de estúpido, e me retiveram na escola depois das aulas. Senhor, perdôo meus amigos que me abandonaram, que perderam contato comigo, que não me apóiam, que não se mostram disponíveis quando preciso de ajuda, que me pediram dinheiro emprestado e não me pagaram, que falaram mal de mim. Senhor Jesus, peço especialmente a graça do perdão para aquela determinada pessoa, em minha vida, que mais me ofendeu...Peço-Te que me ajudes a perdoar qualquer pessoa a quem eu considere como meu maior inimigo, aquela que me seja mais difícil perdoar por todo mal que ela causou a mim e minha família, ou aquela outra que eu jurei a mim mesmo, que jamais a perdoaria. Obrigado Jesus, por me estares libertando de todos os males da falta de perdão, e eu Te suplico que me perdoes também Senhor, por todas as pessoas que foram ofendidas, magoadas, excluídas, caluniadas, e humilhadas por mim. Obrigado, Senhor, por todo amor que pela graça do perdão agora chega a todas elas! " Amém!





"LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!"












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Anônimo
14 de maio de 2023 às 17:06

Essa oração do Padre Schuster é realmente um bálsamo em nossa alma...

Jacinta Hoffmann - Santa Catarina

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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