Mateus
6,10: "Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”
Apocalipse
12,17:"E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao
remanescente da sua semente, os
que guardam os mandamentos de Deus".
Algumas pessoas, às
vezes até teólogos, muito enganados, querem fazer da Igreja Católica uma
democracia como as demais. Algumas pessoas perguntam o motivo da Igreja
não ser uma democracia, ou seja, respeitar a decisão do povo e das maiorias
democráticas. Um exemplo disso partiu de alguns
católicos austríacos que publicaram em 1998 o Manifesto “Nós somos Igreja”. O
Manifesto pedia mudanças na disciplina da Igreja, a abolição do celibato
sacerdotal, a ordenação de mulheres, e outras coisas.Em 20/11/98 em um
discurso aos bispos da Áustria no Vaticano, São João Paulo II explicou com
clareza que:
“Sobre a Verdade Revelada nenhuma «base»
pode decidir. A verdade não é o produto de uma «Igreja
que vem de baixo», mas um dom que vem «do alto», de Deus. A verdade não é uma
criação humana, mas dom do céu. O próprio Senhor a confiou a nós,
sucessores dos Apóstolos, a fim de que – revestidos de «um carisma da verdade»
(Dei Verbum, 8) – a transmitamos integralmente, a conservemos com zelo e a
exponhamos com fidelidade (cf. Lumen gentium, 25)”. A
Igreja não pode ser considerada como uma democracia igual às outras e “as
bases” não podem decidir através da maioria ou de pesquisa de opinião, porque a
verdade Revelada, confiada à Igreja, é um dom do Alto confiado à hierarquia, e
não nascida do povo. Em outras palavras, a Igreja veio do Pai, através
do Filho, guiada, assistida e conduzida pelo Espírito Santo. O povo não pode tomar o lugar de Deus na Igreja; por isso não
tem sentido a tão propagada “Igreja Popular” (ou plebiscitária).Aliás,
sobre isso, é interessantíssimo ler o livro com esse título, de D. Boaventura
Kloppenburg, grande bispo emérito de Novo Hamburgo no RS, falecido em 2009, que
teve grande participação no Concílio Vaticano II.A
Igreja não é uma república democrática; “é um mistério”; um sacramento, através
do qual Cristo “toca”, pelos sacramentos, cada ser humano para salvá-lo. “Para
o Concílio o mistério da Igreja consiste no fato que, através de Cristo, nós
temos acesso ao Pai num só Espírito, para participarmos assim da mesma natureza
divina (cf. Lumen gentium, 3-4; Dei Verbum, 1)”, disse o Papa. Falando
aos bispos da Áustria, ele se referiu a alguns pontos especiais, disse por
exemplo: “mesmo se a maior parte da sociedade decidisse diferentemente, a
dignidade de cada ser humano continua inviolável desde o início da vida no seio
materno até seu fim natural, desejado por Deus”. E
ainda: apesar das contínuas manifestações, como se se tratasse de uma questão
disciplinar, “a Igreja não recebeu do Senhor a autoridade de conferir a ordenação
sacerdotal às mulheres”. O Papa já tinha declarado isso na Carta Apostólica
Ordinatio Sacerdotalis (22 maio 1994). Eis o que disse:“Para que seja excluída
qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria
constituição da Igreja divina, em virtude do meu ministério de confirmar os
irmãos (cf. Lc 22, 32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade
de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser
considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja”. Outro aspecto
que o Papa abordou com os bispos da Áustria foi a questão mal interpretada do
“Povo de Deus”. Disse: “A expressão bíblica “povo de
Deus” (Iaós tou Theou) foi entendida no sentido de um povo estruturado
politicamente (demos) de acordo com as normas válidas para todas as sociedades.
E, como a forma de regime mais próxima da sensibilidade atual é a democracia,
difundiu-se entre um certo número de fieis a exigência de uma democratização da
Igreja. Vozes neste sentido se multiplicaram também em seu país, como além de
suas fronteiras”. Neste discurso o Papa lembra que há dois vocábulos
gregos para designar “povo”, “laós” e “démos”. Todavia os escritos do Novo
Testamento usam exclusiva o termo “laós” quando descrevem o povo santo de Deus.
De “laós” deriva-se o adjetivo “lailós”, leigo, membro
do povo santo de Deus, povo santo que corresponde à “qahal” do Antigo
Testamento. Esse povo santo tem sua organização hierárquica instituída pelo
próprio Deus, diferente da constituição democrática do “demos” ou do povo civil
(D. Estevão Bettencourt). Assim, a Igreja não é nem república nem
monarquia; é “um mistério”, um sacramento, uma realidade divino-humana, que tem
seu princípio de autoridade em Jesus Cristo, e não no povo.
Se a Igreja tivesse nascida do povo e fosse mantida
por ele, já teria sucumbido há muito tempo como os vários reinos que já passaram pela
terra!
A Igreja é infalível (cf. Cat. §891/2) e
invencível (cf. Mt 16,18) é porque é divina! Cristo se faz representar por
ministros que Ele escolhe, tendo à frente o sucessor de Pedro, o Papa.
Entretanto, o Papa governa a Igreja com o colegiado dos Bispos, mas isso não
quer dizer nem de longe que a Igreja seja uma mera democracia. É muito mais, é
transcendente, por isso não é entendida pelos homens e mulheres mundanos, que a
querem “adaptada aos modismos”.A Igreja usa o voto para
decidir muitas coisas, inclusive a eleição do Papa, e muitas outras decisões
importantes, mas nada que se refere à Revelação; às verdades básicas da fé,
pode ser decidido no voto do clero ou do povo. O nosso Credo tem dois mil anos
e jamais será modificado, porque foi Revelado por Deus e não inventado pelo
povo. Se dependesse do voto do povo já teria sido despedaçado e sumido. Da
mesma forma o ministério dos Bispos e presbíteros não dispensa a participação
dos leigos, ao contrário, cada vez a valoriza mais, como fez o Concilio
Vaticano II (cf. L G nº 32); mas o governo da Igreja é
diferente dos governos civis, o poder sagrado vem de Jesus Cristo e não do
povo. A visão de fé da Igreja supera as normas de qualquer república
democrática moderna; a colegialidade que Cristo desejou para a Igreja
transcende os esquemas humanos. E isso é a garantia da Igreja ser
infalível (em fé e em moral) e invencível. Se ela fosse conduzida pelo povo as
Promessas do Senhor não poderiam ser cumpridas. Na Igreja o Papa exerce o poder
supremo e incontestável porque isso é vontade de Cristo. A Pedro Ele disse:
“tudo o que você ligar na terra eu ligo no céu” (Mt 16,19) e lhe deu “as
chaves” da Igreja, “germe do Reino de Deus” (LG 4). Da
mesma forma disse aos Apóstolos: “tudo o que vocês ligarem na terra eu ligo no
céu” (Mt 18,18). E mais: “quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim
rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). E os enviou
em seu Nome: Ide! Esta é a lógica de Deus para a salvação do mundo: O
Pai enviou o Filho, e o Filho enviou a Igreja. A Igreja vem do Alto e não de
baixo, como querem alguns. Isto seria a sua total ruína. Aos bispos da Áustria
o Papa disse em 1998:“Ao Sucessor de Pedro foi confiada
a missão de confirmar na fé os seus irmãos (cf. Lc 22, 32) e de ser, na Igreja,
«o princípio e o fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão»
(LG, 18), pela qual, aliás, todos os Bispos, juntamente com ele, são a modo
próprio responsáveis. Uma Igreja concebida exclusivamente como
comunidade humana não seria capaz de encontrar respostas adequadas à aspiração
humana e a uma comunhão capaz de sustentar e dar sentido à vida. As suas
palavras e ações não poderiam resistir diante da gravidade das questões que pesam
sobre os corações humanos. A Igreja como mistério consola-nos e, ao mesmo
tempo, encoraja-nos. Ela transcende-nos e, como tal, pode tornar-se embaixadora
de Deus. Ai da Igreja se estivesse muito empenhada nas questões temporais, e
não encontrasse o tempo para se ocupar das temáticas que se referem ao eterno!”
Graças a Deus a Igreja nasceu de Deus e é
por Ele mantida; não queiramos mudar isso. O Catecismo diz que: “A Igreja é um
projeto nascido no coração do Pai” (§758).
Prof. Felipe Aquino
Fonte: https://cleofas.com.br/a-igreja-e-uma-democracia-2/
UMA IGREJA DEMOCRÁTICA?
Há uma tendência muito errada por parte de
alguns segmentos da Igreja, especialmente os ligados à teologia da libertação,
de querer “uma Igreja democrática”, como se fosse uma mera instituição humana
como as demais democracias. Esta mentalidade distorcida
põe em risco a identidade e a missão da Igreja Católica. Não há dúvida de que a
melhor forma de governo, apoiada e e incentivada pela Igreja, é o regime
democrático, o governo exercido pelo povo e em seu nome, mas a Igreja não é uma
simples instituição humana; é muito mais que isso, ela “veio do alto”, foi
fundada por Cristo sobre S. Pedro e os Apóstolos, com regras claras e imutáveis
dadas pelo Senhor. Portanto, a tentativa de transformar a Igreja numa
democracia parlamentar ou presidencial foge da vontade de Deus e desvirtuaria o
projeto do Senhor. Colocar o Projeto de Deus para salvar a humanidade, sob a
aprovação do povo é casuísmo e grave desrespeito a Deus; pois a Igreja, como
disse o Catecismo da Igreja, é “um projeto que nasceu no Coração do Pai” (§759)
e não da vontade do povo.É fundamental que os fiéis
conheçam o que o nosso Catecismo ensina sobre a Igreja (§ 748 a 987) para não
ser enganado por vozes estranhas.É claro que a Igreja usa muitos
processos democráticos nas suas decisões administrativas; os bispos usam o voto
para decidir muitas questões e colher o consenso da maioria; e a própria
eleição do Papa se dá por votação. Mas, nos assuntos em
que Jesus definiu de maneira permanente para a Igreja, esses não podem ser
mudados pelo voto, nem dos membros da hierarquia e nem pelos votos dos fiéis.A propósito, D. Estevão Bettencourt, “esse humilde e fiel
servo da vinha do Senhor”, publicou em sua revista “Pergunte e Responderemos”,
um artigo sobre esse assunto, de Mons. M. M. Leonard, Bispo de Namur (Bélgica),
que temos a alegria de reproduzir com sua autorização. Vai a seguir:Em síntese:
Democracia quer dizer “governo do povo pelo povo”. Ora a Igreja não se
enquadra neste conceito, pois Ela não tem origem na vontade de um povo que
resolve constituir-se em autarquia e viver segundo os ideais meramente humanos
que tal população concebe.A Redação de PR recebeu de Mons. M. M. Leonard, Bispo
de Namur (Bélgica), a seguinte mensagem, que apresentamos traduzida do francês
e que será brevemente comentada. UMA IGREJA DEMOCRÁTICA? Em virtude dos seus
fundamentos mesmos, a Igreja não pode ser democrática, porque não procede da
autodeterminação dos homens como ocorre em qualquer democracia, mas Ela só
existe por iniciativa que não procede dela mesma. Não
fomos nós que decretamos a Encarnação do Filho de Deus. Também não decretamos a
existência de Deus nem decretamos o nosso vir a ser ou a nossa criação nem o
fato de que Deus se fizesse homem para que o homem se torne filho adotivo de
Deus. Não fomos nós que decidimos que a Igreja haveria de existir, bem como
deveria ser o plano de Salvação! Somos dependentes de uma dádiva, de um
presente; por conseguinte a Igreja em sua base não é democrática. Se Ela
fosse uma sociedade pura e simplesmente democrática, haveria muito tempo que
Ela teria abandonado a Revelação Divina.Com efeito, se, no decorrer da
história, se pusesse em votação a questão de saber se Jesus é verdadeiramente
Deus e verdadeiramente homem e se Deus é realmente trinitário, haveria muito
tempo que os homens se teriam desembaraçado da Trindade e da Encarnação, porque
teria havido uma maioria de pessoas que teriam pensado: “Bem podemos dispensar-nos de tais convicções”. A Igreja existe e é fiel à
doutrina tão somente porque Ela não pousa apenas sobre procedimentos
democráticos. Comentando Se democracia é o governo do povo pelo povo, como
indica a etimologia deste vocábulo, a Igreja não se enquadra neste conceito. Na
verdade, democracia supõe uma multidão de pessoas que resolvem viver em
sociedade por iniciativa própria ou por consentimento tácito e conseqüentemente
escolhem seus governantes. Ora a Igreja não se deve à livre iniciativa dos homens;
Ela é “Ek-klesia” ou Convocação. Por sua livre vontade Deus concede aos
seres humanos a graça de pertencer ao seu povo santo (cf. 1 Pd 2,1-7). Por isto
não pode ser equiparada às sociedades que os homens fundam e governam como
melhor Ihes parece. O Bispo Mons. A.M. Leonard
observa que, se fosse entregue ao mero arbítrio dos homens, a Igreja daí
resultante teria posto de lado verdades fundamentais da Revelação Divina como
sendo teorias dispensáveis à vida cotidiana dos seres humanos.É muito a propósito que o Bispo de Namur oferece estas
considerações, que contribuem para mais ainda compreendermos e valorizarmos a
autoridade e o magistério da Igreja, à qual Jesus prometeu sua assistência
infalível até o fim dos séculos (cf. Mt 28,18-20). Positivamente falando.A
Igreja não é uma democracia, mas é um Sacramento, o que significa que Ela é uma
realidade divino-humana pela qual Deus comunica a graça aos seus fiéis. É
o Senhor Deus quem dirige a Igreja mediante instrumentos humanos, cuja
fragilidade às vezes é bem visível, mas que não impedem chegue a graça de Deus
a quem se dispõe a recebê-Ia dignamente. Por isto as autoridades da Igreja não
são meros represen¬tantes do povo católico, não são deputados,… mas são
pastores que o Espírito Santo vai acompanhando através de altos e baixos.
Fonte: Revista: “Pergunte e Responderemos –
nº 543 – Ano XLVIII – Setembro de 2007
DEMOCRACIA NA IGREJA?
Por Dom Aloísio Roque Oppermann
Antes de tudo, por uma questão de lealdade, considero que o sistema de governo democrático, não está com essa bola toda como se procura insinuar. Ademais, tal regime de governo não se encontra, em estado quimicamente puro, em lugar nenhum! Em alguns países se fala, com boca redonda, em democracia. Mas o que vige é o uso mais sem cerimônias, da força bruta; a compra de votos; o desprezo pelas minorias; os golpes de esperteza; a sedução dos menos instruídos; a enganação mais pura. Todas as democracias do mundo tem vícios horrorosos, mesmo entre os americanos. Estes intervém em vários países, não levados por sentimentos de justiça apenas, mas também por interesses, os mais reles. “A democracia é um fracasso universal. A começar pela Europa e pela América do Norte” (P.Comblin). A atenuante que existe a seu favor, é que qualquer outro regime em funcionamento, é muito pior que o democrático. A democracia deve ser aperfeiçoada até atingir não só o lado político, mas também o social e o econômico.
O caminho é íngreme e longo. “O que vos parece?” (Mt
17, 25), pergunta Jesus aos seus interlocutores. Como bom pedagogo, nas suas
parábolas não entrega uma historia pronta. O seu ensinamento é participativo. A Igreja durante muitos séculos usou o método monocrático. As
novas situações eram resolvidas pela intervenção costumeira do Papa, ou dos
Bispos. Mesmo em Concílio, tudo ficava reservado para uns poucos. Mas atenção.
Mesmo com essa maneira de governar, as pessoas que sempre receberam as maiores
referências não era a hierarquia, mas os Santos e as Santas, cujo prestígio
sempre ficou muito acima de qualquer autoridade. Vivendo no meio do
mundo moderno a Igreja aprendeu a lidar com Conselhos, Assembléias, Sínodos,
Grupos, Tribunais Eclesiásticos. É o que se depreende dos Planos de Pastoral
das Dioceses. O Bispo, em vez de chamar especialistas,
com encargo de escrever a programação das Paróquias, estabelece um diálogo
construtivo com todos os diocesanos, para em conjunto, se chegar às melhores
conclusões. Mesmo aqui os assuntos precisam ser definidos pelas preferências. A
Igreja, no entanto, olha para mais longe: queremos ultrapassar a democracia e
alcançar o que se chama de comunhão. É o regime mais perfeito, porque se
alcança o consenso, sem humilhar ninguém! É esse regime que costuma vigorar
dentro das boas famílias.
Fonte:https://www.cnbb.org.br/democracia-na-igreja/
O VATICANO É DEMOCRÁTICO OU
TEOCRÁTICO? O QUE É UMA TEOCRACIA?
O Vaticano é o menor país independente do
mundo, com uma área de apenas 0,44 km², cerca de 800 habitantes e rodeado pela
Itália. Mais do que isso, ele é a sede da Igreja Católica. Disso você já deve
saber, mas você sabe como ele é governado? O Vaticano
adota como sistema político a teocracia, termo que vem do grego e significa,
literalmente, um governo divino. Pode, também, ser entendido como um governo
religioso. Como uma divindade não governa, está representada por meio de
figuras centrais, como o Papa, ou leis (e princípios bíblicos), que
regem a sociedade.
COMO É O SISTEMA POLÍTICO NO
VATICANO?
A Península Itálica nem sempre foi
unificada e já possuiu inúmeros países, dentre eles os chamados Estados Papais,
com um tamanho considerável e tendo por capital a cidade de Roma. Até que, no século XVIII, ocorreu um movimento de unificação,
levando ao surgimento do Reino da Itália e a extinção dos Estados Papais. Assim,
o Papa ficou confinado em uma pequena área de Roma até o primeiro-ministro
italiano permitir a criação do Vaticano. Em troca, o Papa reconheceu o Reino da
Itália, no Tratado de Latrão, em 1929. Desde então, assim que o Papa
morre ou renuncia, inicia-se um processo tradicional no sistema eleitoral no
Vaticano: o conclave. A eleição de um novo Papa é agendada para acontecer entre
15 e 20 dias após a vacância do posto. Na data agendada, todos os cardeais do
mundo com menos de 80 anos devem viajar para Roma, na Itália, e fazer uma
reunião a portas fechadas. Reunidos, eles discutem as características desejadas
para o novo Papa e apresentam-se os candidatos. A votação é secreta e com
cédulas de papel, colocadas em uma urna.Vence o
candidato que obtiver ⅔ (dois terços) dos votos. Se nenhum candidato conseguir isso, é
liberada uma fumaça preta da basílica (um grande edifício destinado a
assembleias e muito utilizado na Grécia Antiga), informando que a Igreja
Católica segue sem um Papa, e as discussões são retomadas no dia seguinte.
Assim que um candidato for eleito, é liberada a fumaça branca. Depois, o eleito deve escolher um título do
seu agrado, dando continuidade à tradição iniciada por Jesus, que mudou o nome
do apóstolo Simão para Pedro, o primeiro Papa. Podemos usar como exemplo dessa
tradição o atual ocupante do cargo (até a publicação desta postagem), Jorge
Mario Bergoglio, que adotou o título Francisco.
OS PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E
JUDICIÁRIO NO VATICANO
A função do Papa é chefiar a Igreja
Católica e governar o Vaticano com poder absoluto, até a sua morte ou renúncia.
Dessa forma, o Vaticano é semelhante a uma monarquia absoluta:
-O Legislativo é exercido pela Comissão
Pontifícia, que é formada por 7 cardeais indicados pelo Papa para mandatos de 5
anos.
-O Judiciário é exercido pelos tribunais
supremo, de recursos e de primeira instância.
-No tribunal de primeira instância ocorrem
os processos e julgamentos e caso uma das partes fique “insatisfeita” com a
decisão do mesmo, pode recorrer ao tribunal de recursos, além de, como o nome
já diz, utilizar recursos. Enquanto isso, o tribunal supremo dá a palavra final
no caso, se ele não for resolvido nos tribunais anteriores.
-Já a administração do Vaticano é exercida
por diretores e oficiais, também indicados pelo Papa para mandatos de 5 anos.
-Há ainda outros dois órgãos a serem
comentados: a Secretaria de Estado (da Santa Sé), órgão responsável pelas
relações exteriores do Vaticano, e a Guarda Suíça Pontifícia, uma força de
segurança responsável pela proteção do Papa e da cidade. Ela é formada por 130 homens vindos da Suíça, que devem ser
católicos, ter concluído o serviço militar suíço, possuir entre 19 e 30 anos de
idade e que não podem ser casados. A Guarda Suíça Pontifícia é também a
menor força militar do mundo.
Mas se existe a divisão de poderes e todos esses
órgãos, como o Papa tem poder absoluto?
Podemos dizer que tudo parte dele, já que
compete a ele criar e extinguir órgãos, bem como delegar ou remover funções.
Ele também pode intervir nos poderes e exercê-los diretamente. Isso tudo é definido
pela Lei Fundamental do Vaticano em seu Código de Direito Canônico milenar,
porém, atualizado a cada tempo, a última atualização se deu em 1983 com João
Paulo II.
Fonte: https://www.politize.com.br/teocracia-sistema-politico-do-vaticano/
CONCLUSÃO:
O princípio da democracia consiste em que
todo o poder advém do povo. Na Igreja, porém, todo o
poder vem de Cristo, pelo que ela tem um perfil hierárquico; simultaneamente,
Cristo deu-lhe uma estrutura colegial. [874-879]. O princípio
“hierárquico” da Igreja consiste no próprio Cristo, que nela age quando os
ministros ordenados fazem ou concedem algo que por si mesmo não fariam ou
concederiam, isto é, quando, no lugar de Cristo, eles celebram os SACRAMENTOS e
ensinam com plenipotência. O princípio “colegial” da
Igreja consiste em que Cristo confiou a totalidade da fé a uma comunhão de doze
Apóstolos, cujos sucessores conduzem a Igreja sob a presidência do ministério
petrino; na base desta dimensão colegial são imprescindíveis os concílios da
Igreja. A multiplicidade dos dons espirituais e a universalidade da
Igreja tornam-se também fecundas noutras
instituições da Igreja, como os sínodos e os conselhos.
-HIERARQUIA (gr. hieros = sagrado
e arché = princípio) Diz
respeito à constituição escalonada da Igreja a partir de Cristo, de quem provém
todo o poder e toda a autoridade.
“PAPA (gr. pappas = papá) É o
sucessor do Apóstolo São Pedro, bispo de Roma.
Como São Pedro fora já o primeiro entre os Apóstolos, o Papa, seu sucessor, tem
a presidência do colégio dos bispos. Como representante de Cristo, é o pastor
supremo da Igreja.”
“BISPO (gr. episkopein = o que vê
de cima) É um sucessor dos Apóstolos e guia uma diocese (Igreja local); como membro do colégio dos bispos,
participa, sob a orientação do Papa, do cuidado da Igreja universal.”
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APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. Sempre nos preocupamos com as questões de direito autoral e de dar o crédito a quem lhe é devido. Se por acaso alguém se sentir ferido(a) em seus direitos autorais quanto a textos completos, ou parciais, publicados ou traduzidos aqui (já que não consegui identificar e contatar alguns autores(as), embora tenha tentado), por favor, não hesite em nos escrever para que possamos fazer o devido registro de seus créditos, sejam de textos, fontes, ou imagens. Para alguns, erros de ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e já invalida “todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos, já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude do tempo e falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as) leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o essencial). Agradeço as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem) para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família, filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus valores? A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
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