A
vida dos santos precisa ser para nós como um livro vivo, no qual lemos as
virtudes que têm sua fonte no próprio Cristo!
Pelo menos, este é o objetivo da Igreja quando se canoniza alguém: dizer aos cristãos que a santidade é possível e propor um caminho para ajudá-los a chegar a este propósito, fim de todo homem, criado à imagem e semelhança de Deus (conf. Heb 13,7;I Cor.11,1;Tg 5, 10-11). Trata-se de vidas que se permitiram ser modeladas pela graça, a tal ponto que chegam a ser um anúncio da santidade de Deus mesmo.A diferença básica entre graça e virtude, é que a graça é dada pronta e gratuitamente, sem mérito próprio, por isso acertadamente, chama-se graça! Já a virtude é exercitada, e com ela se adquire méritos! Por exemplo: Não existe a graça da “paciência”, mas podemos exercitar esta virtude com as ocasiões permitidas por Deus para exercita-la! Na vida de São José vemos que ele exercitou ao longo de sua vida várias virtudes que nos ficaram ocultas, pois sua figura como Maria sua esposa, é marcada pelo escondimento e pela discrição. Mas nestas 7(sete) virtudes abaixo expostas, podemos percebe-las em São José mui claramente, mesmo pelo pouco que nos falam os evangelhos do pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Quais poderiam ser então as
virtudes vividas por José, as quais todos os homens Cristãos são chamados a
imitar?
1)- São José tem menções na Bíblia sobre seu caráter exemplar, e é
um exemplo a ser seguido para ser feliz no trabalho. São José é considerado o padroeiro dos trabalhadores e das
famílias, além de Patrono Universal da Igreja Católica, comemorado no Brasil no
dia 19 de março. Segundo as escrituras, ele participou da criação e educação de
Jesus, sustentando sua família com seu trabalho — São José era carpinteiro
(Mateus 13,55) e inclusive ensinou a profissão a seu filho, que a praticou
durante um período (conf. Marcos 6,3). A virtude do trabalho é muito querida por Deus, pois é uma obra de
colaboração na transformação de algo em um bem útil. A virtude do trabalho se
contrapõe ao ócio e preguiça (conf. II Tessa 3,10).
2)-O Catecismo da Igreja Católica diz que “a pessoa virtuosa é
aquela que livremente pratica o bem” (CIC 1804). E o bem não poderia ser
outra coisa senão a própria vontade de Deus. Ora, vemos no Evangelho segundo
Mateus que José foi dócil a essa vontade.
3)-E
nessa docilidade, vemos uma manifestação da virtude da
fé, pois por meio dela, “o homem livremente se entrega todo a Deus” (CIC 1814).
“Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu
em sua casa sua esposa.” (Mt 1,24).
4)-Na
busca de fazer sempre a vontade do Pai, podemos
vislumbrar também em José a virtude da prudência, dado que esta « dispõe a
razão prática a discernir, em qualquer circunstância, nosso verdadeiro bem e a
escolher os meios adequados para realizá-los » (CIC 1806). Pois, afinal
de contas, onde poderia estar nosso bem verdadeiro senão na prática da vontade
de Deus?
5)-Neste
mesmo Evangelho, vemos uma outra virtude em São José:
ele era um homem justo. O texto bíblico o diz explicitamente (cf. Mt 1,19).
Este termo, dentro do contexto bíblico, vai muito além do significado de
justiça que temos em nossas sociedades contemporâneas. Ele exprime a ideia de
alguém que é fiel, «que observa a lei». E esta fidelidade à lei, esta
observância gera, por consequência, uma retidão no agir, seja para com Deus,
seja para com os homens. Vemos, então, a virtude da justiça : « A justiça é a virtude moral que consiste na vontade constante
e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido » (CIC 1807). Em
sua vida, diante daquilo que Deus lhe pedia, José não poderia lhe dar outra a
não ser a realização de sua santa vontade.
6)-Podemos
também, afirmar que São José tinha a virtude da
fortaleza, uma das quatro virtudes cardeais. Pois, a fortaleza consiste em
tornar o homem capaz de ter «segurança nas dificuldades, firmeza e constância
na procura do Bem» (CIC 1808). E diante do que José viveu com Maria,
antes do nascimento de Jesus, a procura de um lugar para que ela desse à luz, e
depois fugindo da perseguição de Herodes, sem a virtude da fortaleza, talvez
José não tivesse suportado a pressão das dificuldades exteriores. Essa virtude
também o ajudou a permanecer na procura deste Bem, ou seja, da vontade de Deus
que lhe havia sido claramente manifestada.
7)-Por
fim, José foi aquele que viveu a virtude do amor. Sem
ela, ele não teria assumido viver a vontade de Deus como ela se lhe apresentou.
« A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as
coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor a Deus »
(CIC 1822). Ao amarmos o Senhor, amamos igualmente Sua vontade e
assumimos firmemente todas as consequências que lhe são vinculadas. Desta
maneira, podemos ver na vida de São José, mesmo que contada tão brevemente
pelos evangelhos, a presença deste movimento de amor que o levou a amar a Deus
e aos dois maiores tesouros que Deus lhes confiou: Jesus e Maria, até as
últimas consequências!
Adaptado de: André L. Botelho de Andrade (Comunidade Pantokrator).
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