Todo intelectual tem uma "produção intelectual" reconhecida!
O
formador de opinião segue tendências, e linhas de pensamento nas quais acredita e procura viver (ex. Felipe Neto, Xuxa, Anita, Pablo Marçal, etc). Este que aqui vos escreve, jamais será um intelectual, porque simplesmente, "não
tenho uma PRODUÇÃO INTELECTUAL PRÓPRIA formalmente publicada", e ou, reconhecida (como Olavo de Carvalho, Raymundo de Farias Britto, Mario Sergio Cortella, e tantos outros).
Não confundir "formador de opinião com intelectual"!
A
discussão sobre os limites e a atuação do Estado na esfera econômica é parte de
uma agenda constante nos estudos dos intelectuais de Ciência Política. Sua
relevância aumenta significativamente com a crescente centralidade de estudos
sobre a atuação e as reformas necessárias ao Estado. A fim de conhecer mais
sobre esse vasto campo, vamos trazer à tona o tema sobre o papel da produção
intelectual.A avaliação Institucional é um instrumento essencial para auxiliar o ambiente
acadêmico a compreender a sua realidade, no intuito de se buscar novas
práticas. Para que essa avaliação possa realmente exercer seu papel, é
necessário envolvimento de todos os segmentos da sociedade. Entretanto, muitas
vezes, a própria academia não é suficientemente capaz de enxergar a importância
da participação efetiva dos formandos neste processo intelectual, tendo por
vezes, sua participação diminuída, ou até mesmo anulada, deixando a análise
única e exclusivamente aos especialistas (argumento falacioso da autoridade).
Não
podemos claro, deixar de destacar o trabalho de Inúmeros intelectuais
brasileiros, entre eles Celso Furtado e Olavo de Carvalho entre outros que
marcaram época, com sua produção intelectual. Muitos intelectuais reconhecem a a
importância da obra de Celso Furtado na sua própria formação, evidentemente reconhecendo
a importância da obra de Furtado sem ceder ao seu endeusamento.
Mais do
que a Furtado, estes intelectuais com certeza estão se referindo à grande onda
de pensamento sobre o tema do subdesenvolvimento e do impacto que esta exerceu
sobre as gerações nos anos de 1960 e 1970, em grande parte devido à relevância
que o tema assumiu para se pensar o futuro da sociedade brasileira e da
esmagadora maioria das nações do mundo no pós-guerra.
Curiosamente
a teoria do desenvolvimento problemático e tardio das economias definidas como
subdesenvolvidas foi capaz de sintetizar, de maneira ímpar e inigualável, uma
série de crises que finalizavam um momento da economia e das relações políticas
mundiais e que foram caracterizadas, na primeira metade do século XX, pelas
críticas às teorias e aos axiomas do liberalismo econômico. Por extensão
lógica, esta recusa acabou por produzir uma mudança de leitura sobre as
relações mundiais de divisão do trabalho, as causas do progresso econômico e do
arranjo desejável entre sociedade, mercado e Estado e sobre a própria avaliação
da evolução do processo histórico. Pelo conjunto e alcance geral dos temas
ancorados na nova arquitetura intelectiva da teoria do subdesenvolvimento
percebe-se que ela ultrapassou em muito os limites da teoria econômica,
ramificando-se por entre a política, a história e pelo tema da mudança social.
Não é à toa que ele como intelectual foi capaz de, em seu tempo, canalizar e
orientar a reflexão de um amplo leque de intelectuais, bem como, distante mais
de meio século de sua produção original, continuar a justificar-se como material
de análise e reflexão.

Celso Furtado é portanto, um retrato do intelectual,
é um profícuo exemplo dos aspectos relevantes legados pela teoria do
subdesenvolvimento, tomando como tema de análise a sua vasta produção
intelectual inevitavelmente atrelada ao seu tempo histórico.
Já
a produção intelectual de Olavo de
Carvalho, não é uma novidade entre aqueles que estudam o conservadorismo, "mas para
os incautos, não deixa de provocar estupefação com admiração quase devota e
revoltas mortais, que fez um personagem tão peculiar, se tornar uma pessoa politicamente influente
no pensamento brasileiro", diz Alvaro Bianchi, diretor do Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas da Unicamp. Apesar da influência de Olavo na
intelectualidade nacional, Alvaro Bianchi frisa que:
“Olavo de Carvalho não criou nem contribuiu para a criação da nova
direita no país, ele é um efeito e não a causa, mas suas ideias devem ser
levadas a sério, e isto significa que as pessoas interessadas em compreender o
avanço da direita na intelectualidade nacional, devem ler seus livros, sugere.
E acrescenta: É preciso estudar e interpretar os mecanismos de difusão dessas
ideias e isso só é possível desvendando a trama discursiva que permitiu essa
difusão...”
Dentro
da temática da produção intelectual contemporânea, não podemos deixar de
destacar a nível mundial, o pensamento do consagrado escritor italiano Umberto
Eco (80 anos). Conhecido por sua versatilidade intelectual e uma vasta produção
literária, é um dos grandes pensadores ainda vivos. Seu romance mais recente, "O
cemitério de Praga", é um best-seller mundial. Outra obra sua com o título que
faz referência ao conteúdo: "Diário mínimo", é uma coletânea de observações do
autor sobre variados assuntos, passando por paródias literárias, fantasia e
ficção científica.
Portanto,
ao falarmos sobre produção intelectual contemporânea, vemos que ela é vasta e
diversificada, e atende a demandas de naturezas diversas. Por um lado,
contempla o conhecimento novo em teoria econômica, comportamentos, e por outro
lado também, atende às necessidades específicas das entidades públicas e privadas
por conhecimentos que ajudem a formular, implementar e avaliar políticas
públicas. Finalmente, a opinião pública de um modo geral, procura na produção
intelectual vigente, conhecimento que apoie e esclareça as diversas posições
nos debates sobre os rumos da política econômica nacional e internacional, bem
como os comportamentos sociais e morais.
A
diversidade da produção intelectual, se reflete também, nas formas de sua disseminação !
Além das revistas indexadas, a produção intelectual escrita é divulgada também,
de forma expressiva em livros, trabalhos publicados em anais de eventos
científicos e em artigos publicados em jornais, magazines e internet.
Porém, no
que diz respeito aos meios de divulgação dessa vasta e diversificada produção
intelectual, detectamos uma deficiência importante, pois trabalhos de pesquisa de envergadura,
materializados em relatórios, bem como textos para discussão, periódicos eletrônicos,
apresentações feitas e eventos, muitas vezes não são divulgados, ficando
desconhecidos ao público em geral!
Por que alguns intelectuais da atualidade odeiam a sociedade
Capitalista?
O principal motivo é
o ressentimento e a inveja! Este tipo de intelectual é geralmente uma pessoa profundamente
ressentida. Este intelectual também, se encontra em uma situação de mercado
muito incômoda: na maior parte das circunstâncias, ele percebe que o valor de
mercado que ele gera ao processo produtivo da economia é bastante
pequeno.
Como pensa este intelectual?
Ele estudou durante vários anos, passou
vários maus bocados, teve de fazer o grande sacrifício de emigrar para Paris,
passou boa parte da sua vida pintando quadros aos quais poucas pessoas dão
valor e ainda menos pessoas se dispõem a comprá-los. Você se torna um
ressentido!
Há algo de muito podre na sociedade capitalista quando as pessoas
não valorizam como deve os seus esforços, os seus belos quadros, os seus
profundos poemas, os seus refinados artigos e seus geniais romances.
Mesmo
aqueles intelectuais que conseguem obter sucesso e prestígio no mercado
capitalista nunca estão satisfeitos com o que lhes pagam. O raciocínio é sempre
o mesmo:
-"Levando em conta tudo o que faço como intelectual, sobretudo
levando em conta toda a miséria moral que me rodeia, meu trabalho e meu esforço
não são devidamente reconhecidos e remunerados..."
-"Não posso aceitar, como intelectual de prestígio que sou, que um
ignorante, um parvo, um inculto empresário ganhe 10 ou 100 vezes mais do que eu
simplesmente por estar vendendo qualquer coisa absurda, como carne bovina,
sapatos ou barbeadores em um mercado voltado para satisfazer os desejos
artificiais das massas incultas."
-"Essa é uma sociedade injusta! Prossegue
o pseudo intelectual - a nós intelectuais não é pago o que valemos, ao passo que
qualquer ignóbil que se dedica a produzir algo demandado pelas massas incultas
ganha 100 ou 200 vezes mais do que eu" . Resumindo estes sentimentos:
Ressentimento e inveja!
Afirma
Bertrand de Jouvenel:
“O mundo dos negócios, é para o
intelectual, um mundo de valores falsos, de motivações vis, de recompensas
injustas e mal direcionadas, para ele, o prejuízo é resultado natural da
dedicação a algo superior, algo que deve ser feito, ao passo que o lucro
representa apenas uma submissão às opiniões das massas. Enquanto o homem de negócios tem de dizer que: O cliente sempre
tem razão! Nenhum intelectual aceita este modo de pensar, porque este
tipo de intelectual jamais é capaz de se colocar no lugar do cliente, pois ele
nada propõe, mas impõe! E prossegue de Jouvenel: dentre todos os bens que
são vendidos em busca do lucro, quantos podemos definir resolutamente como
sendo prejudiciais? Por acaso não
são muito mais numerosas as ideias prejudiciais que nós, intelectuais,
defendemos e avançamos? ”
O que concluímos disso tudo: Somos humanos!
 |
(Caetano Veloso ao centro no MST) |
Se ao ressentimento e
à inveja acrescentamos a soberba e a ignorância, não há por que estranhar que a
corte de homens e mulheres do cinema, da televisão, da literatura e das
universidades, considerando as possíveis exceções, sempre atue de maneira cega,
obtusa e tendenciosa em relação ao processo empreendedorial de mercado, que
seja profundamente anticapitalista e sempre se apresente como porta-voz do
socialismo, do controle do modo de vida da população e da redistribuição de
renda.
Só esquecem um pequeno detalhe:
Não existe distribuição de
renda, sem antes a produzi-la e manter esta produção, pois de onde se tira e
não se coloca, um dia vai faltar!
Fazemos esta
reflexão com a imagem do Caetano Veloso e Chico Buarque com o boné do MST na cabeça, ressentido
com o MC Kevinho que ganha mais do que ele rios de dinheiro!
pseudos Intelectuais normalmente são egocêntricos e tendem a
se auto vangloriar !
Eles genuinamente creem que são o supra sumo da inteligência humana, os
mais estudiosos dos assuntos sociais. Porém, a maioria é profundamente
ignorante em relação a tudo o que diz respeito à ciência econômica. Na
realidade, como intelectuais, às vezes (nem sempre), são excelentes artistas...
 |
(Cantor e compositor Chico Buarque) |
Mas o
pior de tudo é o "pseudo intelectual"
O
pseudo intelectual é aquele camarada que quer dar uma de sabidão e entendedor
de tudo na frente da galera, usando um vocabulário que não está ao alcance de
todos e fica citando frases recortadas que encontrou na Wikipedia,
por exemplo:
"Não o interpelo pelos bicos de bípedes palmípedes, nem pelo valor
intrínseco dos retrocitados galináceos, mas por ousares transpor os umbrais de
minha residência. Se foi por mera ignorância, perdôo-te, mas se foi para abusar
da minha alma prosopopéia, juro pelos tacões metabólicos dos meus calçados que
dar-te-ei tamanha bordoada no alto da tua sinagoga que transformarei sua massa
encefálica em cinzas cadavéricas! Porém este devaneio era adversativo a ela, tal
exclusividade invasiva que a mulher tinha. Era belamente mortatiça, espantar-se
adversamente o indivíduo que a conhecesse. Todavia, entrementes passeávamos com
suficiente longanimidade naquela metafísica de caráter ontológico..."
É
o cara que quer, ou pensa, ser o detentor de todo o conhecimento e acredita nunca
estar errado! Ele não propõe, mas impõe suas crenças e visões de mundo! E o pior, é que na maioria das vezes ele consegue enganar-se a si
mesmo e considerar-se a pessoa mais inteligente das galáxias! E se você não o
conhece realmente, é capaz até de acreditar...
Quem são (e quantos são) os chamados “formadores de opinião”
por Augusto de Franco
São
pouquíssimos os jornalistas e analistas políticos considerados “formadores de
opinião”.
DE
ESQUERDA
Então, é até bobagem tentar citar um a um. Pois na esquerda temos legiões de
ideólogos, de ideólogos disfarçados de jornalistas da grande imprensa ou da
chamada rede suja de sites e blogs petistas (e assemelhados) e de ideólogos
duplamente profissionais (marxistas por profissão: de fé e como emprego mesmo),
que são os professores universitários (em especial nas áreas de humanas das
universidades federais, mas não só) e que são milhares.
Para
não deixar de lembrar alguns nomes (em certo sentido até meio caricatos) de
ideólogos de esquerda, temos:
-Boaventura
de Souza Santos (que embora seja um professor português, dedicou-se a fazer a
cabeça de militantes brasileiros).
-Breno
Altman (lugar-tenente de José Dirceu)
-Frei
Betto
-Gregório
Duvivier
-Leonardo
Boff
-Leonardo
Sakamoto
-Luis
Nassif
-Mino
Carta
-Tico
Santa Cruz
-Bernardo
Mello Franco (e centenas de jornalistas na grande imprensa, muitos dos quais
jamais se declaram de esquerda, podendo ser denominados de cripto-petistas ou
cripto-lulistas)
E,
como alguns dos já citados acima, “jornalistas” da rede suja de sites e blogs a
serviço do PT e de partidos alinhados ideologicamente - Por exemplo:
Brasil 247 ( de Leonardo Attuch)
Opera Mundi (de Breno Altman)
Correio do Brasil,
Revista Forum,
Carta Capital (de Mino Carta)
Pragmatismo
Político (de Luis Soares)
O Cafezinho,
Plantão Brasil,
GGN,
Rede Brasil Atual,
Diário do Centro do Mundo (de Paulo Nogueira)
Viomundo,
Brasil de Fato (fundado por movimentos populares, via campesina e MST).
Caros Amigos,
Carta Maior (de Mino Carta)
Tijolaço,
Outras Palavras,
Mídia Ninja (de Bruno Torturra e Débora Pill)
DE
DIREITA
Na
chamada direita temos poucos, mesmo que nesta categoria sejam, em geral,
enquadrados tanto os liberais-econômicos (que não deveriam aceitar o rótulo,
muito menos se orgulhar dele), quanto liberais-conservadores, conservadores,
estatistas-militaristas, anticomunistas conspiracionistas religiosos e laicos
(como os olavistas e os bolsonaristas). Uma lista (não-exaustiva) incluiria
nesta banda:
Alexandre
Borges
Ana
Paula Henkel
Bia
Kicis
Bruno
Garschagen (e a turma do Instituto Mises Brasil)
Carla
Zambelli (e a turma do Nas Ruas)
Claudio
Tognolli
Felipe
Moura Brasil
Flavio
Morgenstern (e a turma do Senso Incomum)
Jair
Bolsonaro (e alguns bolsonaristas)
João
Amoêdo (e a turma do partido Novo)
João
Pereira Coutinho
Kim
Kataguiri (e a turma do MBL)
Lobão
Luciano
Ayan
Luiz
Philippe de Orleans e Bragança (e a turma do Acorda Brasil)
Fábio
Ostermann (e a turma do Livres-PSL)
Felipe
Pondé (filósofo)
Maçons
do grupo Avança Brasil
Marcelo
Faria (e a turma do Ilisp)
Marcelo
Reis (e a turma do Revoltados Online)
Rafael
Rosset (e a turma do Implicante)
Renato
Tamaio (e a turma do SOS Forças Armadas)
Ricardo
de Aquino Salles (e a turma do Endireita Brasil)
Rodrigo
Constantino (e a turma do Instituto Liberal)
Rodrigo
da Silva (e a turma do Spotniks)
Roger
Moreira (cantor)
Guilherme Fiúza
Pessoal
do Brasil Paralelo, Diário do Brasil, Folha Política, Socialista de iPhone e
Caneta Desesquerdizadora, e outros veículos ou páginas da internet.
Há
também os (supostamente) "não alinhados", no sentido de que não se declaram de esquerda ou de
direita, como, por exemplo:
Bolivar
Lamounier
Demétrio
Magnoli
Dora
Kramer
Eliane
Cantanhêde
José
Nêumanne Pinto
José
Roberto Guzzo
Luiz
Carlos Azedo
Nelson
Motta
Ruy
Fabiano
E
dentre os não-alinhados, há os que ficaram mais-alinhados ao participarem da
recente orquestração Fora Temer, como:
Diego
Escosteguy
Diogo
Mainardi
Marco
Antonio Villa
Mario
Sabino
Merval
Pereira
Rogério
Chequer (e a turma do Vem Prá Rua)
UM
RÁPIDO BALANÇO
Um
rápido balanço revela que os tais “formadores de opinião” são muito poucos –
com exceção dos de esquerda, é claro: se somarmos os professores universitários
e o pessoal dedicado a atividades artísticas e culturais, as turmas do
movimento sindical e associativo, das ONGs e dos ditos movimentos sociais, os
jornalistas, os profissionais liberais, os funcionários de organismos
internacionais e os militantes partidários, é quase impossível totalizar a
conta.
Entre
os “formadores de opinião” da chamada direita, temos apenas cerca de 30 pessoas
mais conhecidas (que publicam diariamente ou regularmente matérias – artigos e
vídeos – originais) – boa parte das quais admiradora de Donald Trump, de Olavo
de Carvalho e eleitora de Jair Bolsonaro (supostamente para barrar a esquerda).
É claro que se somarmos os seus colegas de trabalho, alunos e os seguidores que
replicam suas publicações nas mídias sociais, esse número sobe
consideravelmente. Mas nada que chegue perto do número dos ideólogos da
esquerda. Talvez não chegue nem a 1% (o que apenas revela três décadas, no
mínimo, de hegemonia cultural da esquerda). Mas a direita, ao contrário da
esquerda, não está enraizada socialmente e o fato de ter navegado na onda interativa
que se avolumou contra o PT é apenas uma eventualidade, não o resultado de uma
identificação ideológica (como propagam os tolos que dizem que “o povo é de
direita”: não é, não; e sim apenas conservador nos costumes, expressando uma
cultura predominante que, como toda cultura, é conservadora).
MAS
A CONTA NÃO É ESTA !
Como a opinião pública não é a soma das opiniões privadas e
sim o resultado da interação das opiniões que são voluntariamente proferidas no
espaço público e se sintonizam, dessintonizam, sinergizam, convergem, divergem
e se polinizam mutuamente, num processo emergente, não é o número dos chamados
“formadores de opinião” que determina a opinião pública.
Por
exemplo, formou-se uma opinião pública, nas mídias sociais, nas ruas e em todos
os lugares de convivência, trabalho, estudo e lazer, sobre a necessidade de retirar o PT do governo, ainda que os chamados “formadores de opinião” que
defendiam isso fossem amplamente minoritários (em relação aos que diziam que o impeachment
era golpe).
"Com
o aumento da interatividade, as pessoas não formam suas opiniões apenas
seguindo a opinião de algum conhecido formador de opinião. O processo depende
de múltiplas e variadas interações, com parentes, amigos, vizinhos, colegas de
trabalho e estudo, correligionários ou irmãos de credo (seja ele qual for), amantes, e desconhecidos..."
E, mais importante ainda, o processo depende cada
vez mais de laços fracos, provenientes da interação fortuita, do que de laços
fortes (parentais ou consanguíneos e funcionais-hierárquicos). É a nuvem
interativa na qual alguém está imerso que determinará, em termos coletivos, o
comportamento do emaranhado (e não suas convicções pessoais, sua filiação a uma
corrente filosófica, sua adesão a uma doutrina ou a um credo laico ou
religioso).
Nem
a chamada esquerda, nem a chamada direita, entenderam isso. E por isso insistem
em formar discípulos, seguidores, fiéis, e militantes !
Mas esses contingentes
formados por laços fortes são extremamente fracos em comparação com as
correntes de opinião que se conformam de modo espontâneo e que emergem de
nuvens interativas. É isso, aliás, o que explica os swarmings (como os de junho
de 2013, no Brasil e em vários países – sobretudo no Egito) e não o processo
clássico de identificação e adesão a um conteúdo, clusterização e organização a
partir de um centro aglutinador qualquer, ou de uma liderança.
A Irmandade
Muçulmana no Egito tinha incomparavelmente mais recursos doutrinários e
organizativos do que as pessoas descrentes e desorganizadas que, no dia 30 de
junho de 2013, produziram a maior manifestação de rua da história humana (e que
levou à deposição de Mohamed Morsi, aliás, eleito por maioria no ano anterior).
Quem derrubou Morsi não foram os militares (eles assumiram o poder porque eram
a única instituição nacional do Egito em condições de fazê-lo) e sim as pessoas
comuns.
Da mesma forma, mutatis mutandis, quem derrubou Dilma foram as pessoas
comuns do Brasil !
Que não eram (nem nunca pretenderam ser) “formadoras de opinião”,
que não seguiam nenhuma cartilha, que se jogaram de corpo e alma no fluxo
interativo da convivência social, sem doutrina.
A
base social da democracia (ou do processo de democratização) em uma
sociedade-em-rede não é composta ou fabricada pelos codificadores de doutrinas,
pelos ideólogos, e sim pelos processos de rede que acontecem nos subterrâneos
da sociedade, quando miríades de opiniões se encontram gerando inumeráveis
derivas harmônicas e desarmônicas, explodindo como uma ramada de neurônios.
E assim caminha a humanidade... Caminheiro, caminhemos, pois é caminhando que se faz caminhada!
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Berakash
Shalom! A Paz em Cristo e o Amor de Maria, a mãe do meu Senhor
(Lucas 1,43)
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O formador de opinião segue tendências, e linhas de pensamento nas quais acredita e procura viver (ex. Felipe Neto, Xuxa, Anita, Pablo Marçal, etc). Porém, TODO INTELECTUAL TEM PRODUÇÃO INTELECTUAL PRÓPRIA formalmente publicada", e ou, reconhecida (como Olavo de Carvalho, Raymundo de Farias Britto, Mario Sergio Cortella, e tantos outros).Quem não tem uma produção intelectual não pode ser considerado um (a) intelectual. Simples assim!
José Carlos - Natal
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