Temos a impressão de que muitos dos que são
arrastados por essa opinião (Tradicionalista), aderem a ela de modo imprudente,
como uma maneira particular de expressar o sentimento comum de oposição à suposta
corrente modernista que impera em Roma, porém, fazem isto sem fundamentos
suficientes à base das conclusões de seus gurus, e não devidamente justificadas
em sólidas posições teológicas.Ora, se isto é como se diz, então não resta
dúvida que as promessas de Cristo à Sua Igreja falharam. E assim como, paradoxalmente, os protestantes
com a “sola Scriptura” ficaram sem a Escritura integral os conservadores
fanáticos , analogamente, com a “sola Traditio” ficaram sem a Tradição
integral e verdadeira, mas apenas com partes dela. Ora,
quem tem autoridade, dada por Cristo, para dizer que algo é ou não é de fé? Os
atuais Conservadores que se arrogam tal direito ou os sucessores de Pedro? É o Magistério da Igreja o que torna explícito o que estava implícito. Além
disso, deve-se dizer que esta evolução acidental não pode ser parada, já que é
obra do Espírito Santo. Parece-nos que não é nenhuma proposta sábia considerar que tudo na
Igreja se arrumaria voltando o rito codificado por São Pio V, que a Bíblia só
fosse lida em latim, que o último catecismo católico fosse o “Catecismo
Romano”.Há,
ainda, alguns problemas de ordem filosófica, como o considerar ‘post hoc, ergo
propter hoc’ (depois disto, logo é causado por isto). E, assim, a culpa
de todos os males que se podem ver na Igreja e no mundo se atribuem ao Concílio
Vaticano II, da mesma maneira como os “velhos católicos” anteriores a este,
atribuíam por sua vez ao Concílio Vaticano I, e assim regridem ao patrasmente
sempre contestando.Quais são realmente as mentalidades que se defrontam na Igreja de nossos
dias, e mais especialmente no Sínodo? De um lado estão os católicos sem
adjetivos, ou então os católicos-católicos que, mal ou bem, apresentam os
seguintes traços: eles crêem na Igreja, e crêem que a Igreja, no patrimônio de
sua sabedoria e na riqueza de sua vida interior e de seus ensinamentos, dispõe
de mais recursos para ensinar e conduzir o mundo do que qualquer corrente
dentro da Igreja, seja tradicionalista ou liberal, e toda a cultura da humanidade.
Sem deixar de reconhecer e de admirar os esforços dos homens, os
católicos-católicos sabem que a cultura acumulada e prestigiada pela ida à Lua
não tem unidade, nem tem profundidade para resolver os mais humanos e portanto
os mais graves problemas do homem. A Igreja perita em humanidade, sabe como o
homem é, e sabe ainda mais o que Deus quer do homem.Com esta convicção, e com esta certeza de fé, os católicos-católicos se
habituaram a procurar na Igreja de todos os tempos, no depósito de sabedoria
acumulada pelos apóstolos, pelos santos Padres, pelos doutores e pontífices e
por todos os santos, as respostas às mais altas indagações sobre os problemas
humanos. Por mais forte razão, o católico-católico, colocado em situação de
influir e de contribuir para os negócios do Reino de Deus procurará na própria
Casa de Deus, nos próprios registros da Igreja, e sempre à luz da Fé, as
soluções para todas as dificuldades. Ninguém melhor do que a Igreja poderá
conhecer as delicadezas dos problemas eclesiais, e nenhuma ciência do mundo
poderá trazer mais do que uma subalterna ciência exterior e menor, que só será
proveitosa na medida em que puder ser assimilada e norteada pelos critérios
espirituais.O católico-católico sabe que
a Igreja deve estar atenta ao mundo, mas não como quem está atento ao mestre, e
sim como o mestre que deve às vezes aprender com o aluno, para melhor conhecer
suas deficiências e para melhor ensinar, ou como o médico que ausculta, não
para ser curado pelo doente, mas às vezes ser por ele informado e para curá-lo,
analogamente como Paulo que se fez de fraco para conquistar os fracos.O
católico-católico que estivesse sentado no Sínodo prestaria ouvidos ao clamor
de um mundo enfermo, não para tirar deste clamor a ciência e o remédio. E para
os grandes problemas da Igreja, só à Igreja pedirá critérios e normas. E em
todos os rumores que lhe viessem do mundo saberia sempre vigiar, bem sabendo
que haverá sempre no mundo uma corrente de ira e de inimizade que quer a
destruição da Igreja, interna e externamente.De outro lado estão os avançados,
os modernistas, os progressistas ou liberais, que crêem mais no mundo do que na
Igreja, e que, para o suposto bem de uma nova Igreja que julgam ainda estimar,
preferem não ouvir a velha sábia antes de ouvir os jornalistas, os economistas,
e demais estudiosos da casca do mundo. Acreditam mais na Ciência, na História,
no Progresso, no Mundo, do que na Igreja fundada por Jesus Cristo, vivificada
por seu Espírito. O progressista, o avançado, o historicista, o liberal,
acredita mais em Karl Marx do que em Santo Tomás, e vê valores mais apetecíveis
em um Guevara do que em um Santo Cura d’Ars, porque toda a sua confiança está
sempre posta no lado do mundo, e toda a sua desconfiança está sempre dirigida
para este espantalho da história que é a Igreja de Cristo. Queixam-se dela com
medidas e critérios pedidos ao mundo; e querem até salvá-la dela mesma, querem
servi-la contra o que ela sempre quis, e para isto nada lhes convém mais do que
os critérios da História, do Progresso, da Ciência e da Técnica. A convicção central desse personagem é a de
que o homem está se saindo muito bem de todas as empresas, inclusive a de se
salvar, enquanto a Igreja não fez outra coisa senão tropeçar nas próprias
vestes e desacertar. Debalde lhe dirá o católico que a Igreja tem sua
vitória no céu, e que Jesus Cristo Nosso Senhor deixou bem claramente dito que
Seu Reino não é deste mundo. Debalde lhe dirá o católico que o mundo está
condenado, e que a Igreja vive e sobrevive para colher os sobreviventes do
naufrágio final.Jamais se entenderão
esses dois homens, a não ser que o católico apostate ou que o progressista ou
liberal se converta. E a obra comum que apresentarem será tanto pior quanto
melhor imaginarem que é.Dois católicos podem divergir de mil modos em
questões que se referem às coisas da Igreja, podendo ainda essa divergência ser
aproveitada em benefício das almas. O entendimento torna-se impossível e
inaproveitável o desentendimento quando o católico-católico percebe que esperam
dele a renúncia de seu critério central, que é o próprio mistério da Igreja.
Temos a firme convicção de que só haverá lucro real para a Igreja se em tais
eventualidades, os católicos souberem repelir os critérios progressistas, tradicionalista
caduco, cientificistas, historicistas, seculares, com a mesma energia que Jesus
repeliu a secularização esboçada por Pedro: “Vade retro satana!”. Realmente o
que está em choque na Igreja de nossos dias é o lado católico, que tira da Igreja
todos os seus critérios,o lado progressista ou liberal, que acredita mais no
Século do que na Revelação, e o tradicionalismo que quer uma igreja museu,
congelada estática não universal, e não preocupada com a salvação de todos os
homens. Ainda há homens na Igreja que crêem na Igreja, e crêem na absoluta
superioridade da Igreja sobre o mundo que precisa dela para salvar-se; mas
cremos infelizmente que já são mais numerosos os homens que acreditam na absoluta
superioridade do Século e do tradicionalismo caduco: do véu, do latim e das
mulheres caladas na assembleia e da hipocrisia do culto exterior...”
Estes são os famosos parágrafos da "suposta ambiguidade
doutrinária" na Amoris Laetitia reclamados pelos tradicionalistas: 299, 301,
303, 305, 308
O discernimento das situações chamadas
«irregulares»
299. Acolho as considerações de muitos
Padres sinodais que quiseram afirmar que «os baptizados que se divorciaram e
voltaram a casar civilmente devem ser mais integrados na comunidade cristã sob
as diferentes formas possíveis, evitando toda a ocasião de escândalo. A
lógica da integração é a chave do seu acompanhamento pastoral, para saberem que
não só pertencem ao Corpo de Cristo que é a Igreja, mas podem também ter disso
mesmo uma experiência feliz e fecunda. São baptizados, são irmãos e irmãs, o
Espírito Santo derrama neles dons e carismas para o bem de todos. A sua
participação pode exprimir-se em diferentes serviços eclesiais, sendo
necessário, por isso, discernir quais das diferentes formas de exclusão atualmente
praticadas em âmbito litúrgico, pastoral, educativo e institucional possam ser
superadas. Não só não devem sentir-se excomungados, mas podem viver e maturar como
membros vivos da Igreja, sentindo-a como uma mãe que sempre os acolhe, cuida
afetuosamente deles e encoraja-os no caminho da vida e do Evangelho.
Esta integração é necessária também para o cuidado e a educação cristã dos seus
filhos, que devem ser considerados o elemento mais importante».
As circunstâncias atenuantes no discernimento
pastoral
301. Para se entender adequadamente por que é
possível e necessário um discernimento especial nalgumas situações chamadas
«irregulares», há uma questão que sempre se deve ter em conta, para nunca se
pensar que se pretende diminuir as exigências do Evangelho. A Igreja possui uma
sólida reflexão sobre os condicionamentos e as circunstâncias atenuantes. Por
isso, já não é possível dizer que todos os que estão numa situação chamada
«irregular» vivem em estado de pecado mortal, privados da graça santificante. Os
limites não dependem simplesmente dum eventual desconhecimento da norma. Uma
pessoa, mesmo conhecendo bem a norma, pode ter grande dificuldade em
compreender «os valores inerentes à norma»,ou pode encontrar-se em condições concretas
que não lhe permitem agir de maneira diferente e tomar outras decisões sem uma
nova culpa. Como bem se expressaram os Padres sinodais, «pode haver factores que
limitam a capacidade de decisão». E São Tomás de Aquino reconhecia que alguém
pode ter a graça e a caridade, mas é incapaz de exercitar bem alguma das
virtudes,( Cf. Summa theologiae I-II, q. 65, art. 3, ad. 2; De malo, q. 2, a.
2.) pelo que, embora possua todas as virtudes morais infusas, não
manifesta com clareza a existência de alguma delas, porque a prática exterior
dessa virtude está dificultada: «Diz-se que alguns Santos não têm certas
virtudes, enquanto experimentam dificuldade em pô-las em ato, embora tenham os
hábitos de todas as virtudes».
As normas e o discernimento
303. A partir do reconhecimento do peso dos
condicionamentos concretos, podemos acrescentar que a consciência das pessoas
deve ser melhor incorporada na práxis da Igreja em algumas situações que não
realizam objetivamente a nossa conceção do matrimónio. É claro que devemos incentivar o
amadurecimento duma consciência esclarecida, formada e acompanhada pelo
discernimento responsável e sério do pastor, e propor uma confiança cada vez
maior na graça. Mas esta consciência pode reconhecer não só que uma situação
não corresponde objetivamente à proposta geral do Evangelho, mas reconhecer
também, com sinceridade e honestidade, aquilo que, por agora, é a resposta
generosa que se pode oferecer a Deus e descobrir com certa segurança moral que
esta é a doação que o próprio Deus está a pedir no meio da complexidade
concreta dos limites, embora não seja ainda plenamente o ideal objectivo. Em
todo o caso, lembremo-nos que este discernimento é dinâmico e deve
permanecer sempre aberto para novas etapas de crescimento e novas decisões que
permitam realizar o ideal de forma mais completa.
305. Por isso, um pastor não pode sentir-se
satisfeito apenas aplicando leis morais àqueles que vivem em situações
«irregulares», como se fossem pedras que se atiram contra a vida das pessoas. É o caso dos corações fechados,
que muitas vezes se escondem até por detrás dos ensinamentos da Igreja «para se
sentar na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com superioridade e
superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas». Na mesma
linha se pronunciou a Comissão Teológica Internacional: «A lei natural não pode
ser apresentada como um conjunto já constituído de regras que se impõem a
priori ao sujeito moral, mas é uma fonte de inspiração objetiva para o seu
processo, eminentemente pessoal, de tomada de decisão». Por causa dos condicionalismos ou
dos fatores atenuantes, é possível que uma pessoa, no meio duma situação
objetiva de pecado – mas subjetivamente não seja culpável ou não o seja
plenamente –, possa viver em graça de Deus, possa amar e possa também crescer
na vida de graça e de caridade, recebendo para isso a ajuda da Igreja.( Exort.
ap. Evangelii gaudium, 24 de Novembro de 2013, 44: AAS 105 (2013), 1038).
E
de igual modo assinalo que a Eucaristia «não é um prémio para os perfeitos, mas
um remédio generoso e um alimento para os fracos» [ Ibid., 47: o. c., 1039]. ).
O discernimento deve ajudar a encontrar os caminhos possíveis de
resposta a Deus e de crescimento no meio dos limites. Por pensar que tudo seja branco
ou preto, às vezes fechamos o caminho da graça e do crescimento e
desencorajamos percursos de santificação que dão glória a Deus. Lembremo-nos de
que «um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais
agradável a Deus do que a vida externamente correta de quem transcorre os seus
dias sem enfrentar sérias dificuldades».A pastoral concreta dos
ministros e das comunidades não pode deixar de incorporar esta realidade.
A lógica da misericórdia pastoral
308. Todavia, da nossa consciência do peso
das circunstâncias atenuantes – psicológicas, históricas e mesmo biológicas –
conclui-se que, «sem diminuir o valor do ideal evangélico, é preciso acompanhar, com
misericórdia e paciência, as possíveis etapas de crescimento das pessoas, que
se vão construindo dia após dia», dando lugar à «misericórdia do Senhor que nos
incentiva a praticar o bem possível».(Exort. ap. Evangelii gaudium (24 de
Novembro de 2013), 44: AAS 105 (2013), 1038).Compreendo aqueles que preferem
uma pastoral mais rígida, que não dê lugar a confusão alguma; mas creio
sinceramente que Jesus Cristo quer uma Igreja atenta ao bem que o Espírito
derrama no meio da fragilidade: uma Mãe que, ao mesmo tempo que expressa
claramente a sua doutrina objectiva, «não renuncia ao bem possível, ainda que
corra o risco de sujar-se com a lama da estrada».Os pastores, que
propõem aos fiéis o ideal pleno do Evangelho e a doutrina da Igreja, devem
ajudá-los também a assumir a lógica da compaixão pelas pessoas frágeis e evitar
perseguições ou juízos demasiado duros e impacientes. O
próprio Evangelho exige que não julguemos nem condenemos (cf. Mt 7, 1; Lc 6,
37). Jesus «espera que renunciemos a procurar aqueles abrigos pessoais
ou comunitários que permitem manter-nos à distância do nó do drama humano, a
fim de aceitarmos verdadeiramente entrar em contacto com a vida concreta dos
outros e conhecermos a força da ternura. Quando o fazemos, a vida complica-se
sempre maravilhosamente».
A encíclica Amoris Laetitia responde por si mesma as
supostas ambiguidades:
É bem possível que, no
espírito do Papa Francisco, inicialmente não se tenha tratado senão de conceder
um compreensivo e necessário salvo-conduto “pastoral” e “misericordioso” para
algumas situações especiais (não todas de forma genérica e uniforme). Mas
como a teologia é uma ciência rigorosa, tornou-se imperativo enunciar
princípios que justificassem a decisão em consciência, adotada por pessoas que
vivem em adultério público, de se aproximarem dos sacramentos. Já
desde o início, numerosas passagens da Exortação preparam esta explanação
doutrinária, que se encontra no capítulo VIII, o qual versa sobre diversas
“situações de fragilidade ou imperfeição”, e especialmente daquela dos
divorciados engajados numa nova união “consolidada no tempo, com novos filhos,
com fidelidade comprovada, dedicação generosa, compromisso cristão, consciência
da irregularidade da sua situação e grande dificuldade para voltar atrás sem
sentir, em consciência, que se cairia em novas culpas” (nº 298). Nesta
situação “imperfeita” em relação ao “ideal pleno do matrimônio” (nº 307), a
Exortação coloca regras para um “discernimento especial” (nº 301). Este
é normalmente realizado com a ajuda de um sacerdote “no foro interno”, que
permitirá aos interessados estabelecer um discernimento de consciência correto
(nº 300). O Arcebispo de Viena
e encarregado de apresentar o documento do Santo Padre na Sala de Imprensa da
Santa Sé, ressaltou que o Pontífice destaca no texto dois critérios que devem
guiar a leitura do mesmo: o discernimento e o acompanhamento.“Este discernimento nunca poderá prescindir das exigências da caridade
da Igreja”, precisou. Por sua parte, o
Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário do Sínodo dos Bispos, agradeceu ao Papa
por esta nova exortação e ressaltou que nela “o Santo Padre afirma a doutrina
do matrimônio e da família, especialmente no capítulo três”.
“É significativo que Amoris Laetitia surja quando celebramos o Jubileu
da Misericórdia e quando a instituição familiar confronta uma crise no mundo
inteiro. O texto, disse, representa uma esplêndida síntese do pontificado do
Papa Francisco”.
Ao ser perguntado a
respeito do acesso à comunhão dos divorciados em nova união, o Cardeal
Schonborn explicou que:
“com este texto não há uma nova disposição canônica. Para ampliar sua
resposta recordou que há alguns anos, em 1981, um cardeal alemão que era
conhecido pela sua claridade de pensamento respondeu a uma pergunta semelhante
aconselhando que o tema seja dialogado com seu confessor porque não se deve
brincar com os sacramentos, nem com a nossa consciência. O Papa fala muito da
consciência. Como está a sua consciência frente a Deus? Não podemos brincar com
Deus, alertou. Em seguida, o Cardeal austríaco disse que muitos se concentraram
neste tema da comunhão para os divorciados em nova união quando o Papa
Francisco quer expor uma visão conjunta e não focar apenas em um ponto
particular, o qual é importante, mas ainda particular, que não pode abordar-se
sem o critério do discernimento sem o qual tudo cairia ‘do céu’ porque não
teria conexão”.
A respeito destes
fiéis, o Cardeal assinalou que existe a possibilidade de que decidam viver “como
irmão e irmã, mas isto não é apenas um assunto centrado somente nas relações
sexuais, pois este envolve toda a vida. O Papa Francisco não entra na
casuística, mas nas instruções principais para acompanhar estas pessoas
e integrá-las na Igreja adequadamente. “Ninguém deve temer que com a Amoris Laetitia o Papa Francisco nos
convide a um caminho não fácil”, sublinhou. No texto, o Santo Padre busca
integrar todos porque cada um necessita de misericórdia, até em “um casamento
no qual tudo está bem, também necessitam do perdão e de um novo início. O Papa
Francisco conseguiu falar de todas as situações sem catalogá-las e com uma
benevolência fundamental, com o olhar de Jesus que não exclui a ninguém”,
acrescentou. “Por isso, a leitura da Amoris Laetitia é tão importante. Ninguém
deve sentir-se condenado nem desprezado”. O Cardeal se referiu
também ao modo como o Papa usa a linguagem e “muda o tom” com o qual mostra um
profundo respeito com cada pessoa onde já não são um problema, mas cada pessoa
é única no seu caminho a Deus. Esta atitude fundamental atravessa toda a
exortação, pois “o homem é a via de Deus e Deus, naturalmente, é a via do
homem”.(São João Paulo II - Redemptor Hominis).Esta exortação –
prossegue – não favorece o laicismo, ou um everything goes (tudo é válido) e o Papa Francisco
não deixa nenhuma dúvida sobre sua intenção e nossa missão, como ressalta o
numeral 35 do documento:
“como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimónio, para não
contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de
inferioridade face ao descalabro moral e humano. O capítulo oito, prossegue,
mostra “como a Igreja trata as feridas”. É o resultado dá a reflexão dos
Sínodos dos Bispos de 2014 e 2015. Ali, disse, “manifesta-se a fecundidade do
método do Papa Francisco que queria uma discussão aberta sobre o acompanhamento
pastoral das situações irregulares”.
As 5 dúvidas mais frequentes nos críticos de Amoris
Laetítia:
Os cardeais chamam de
“dúvidas” os assuntos que suscitam e indicam que se referem ao capítulo oitavo
da exortação apostólica Amoris Laetitia, especificamente dos parágrafos 300 ao 305. Que
são apresentadas para ser respondidas com um “sim” ou um “não”. Os purpurados
assinalam que “para muitos – bispos, párocos, fiéis –, esses parágrafos aludem,
ou também ensinam explicitamente, uma mudança na disciplina da Igreja com
relação aos divorciados que vivem uma nova união, enquanto outros, admitindo a
falta de clareza ou ainda supostas ambiguidades das passagens em questão,
argumentam, entretanto, que essas mesmas páginas podem ser lidas em continuidade
com o magistério precedente e não contém uma modificação na prática e no
ensinamento da Igreja”.
1. Sobre a nota de rodapé número 351 do
parágrafo 305
Esta é a pergunta que
leva a explicação mais extensa e questiona se pode conceder a absolvição na
confissão e admitir a comunhão eucarística aos divorciados em nova união. “A nota do 351 –
indicam os cardeais, enquanto fala especificamente dos sacramentos da
penitência e da comunhão, não menciona neste contexto os divorciados
recasados civilmente, nem sequer no texto principal”. O parágrafo 305 da
Amoris Laetitia assinala que “por causa dos condicionalismos ou dos fatores
atenuantes, é possível que uma pessoa, no meio duma situação objetiva de aparente
pecado, mas subjetivamente não seja culpável ou não o seja plenamente, possa
viver em graça de Deus, possa amar e possa também crescer na vida de graça e de
caridade, recebendo para isso a ajuda da Igreja [351]”.A nota de rodapé
351 assinala que “em certos casos”(não todos genericamente), poderia haver
também a ajuda dos sacramentos. Em sua carta ao Papa
Francisco, 4 cardeais recordam os ensinamentos da exortação apostólica Familiaris
Consortio de São João Paulo II, especificamente o numeral 84, no qual já se
contemplava a possibilidade de admitir os sacramentos aos divorciados em nova
união, segundo três condições:
1)- As pessoas
interessadas não podem se separar sem cometer uma nova injustiça (por exemplo,
poderiam ser responsável pela educação de seus filhos);
2)- Assumem o
compromisso de viver segundo a verdade da sua situação, deixando de viver
juntos como se fossem marido e mulher (“more uxorio”) e abstendo-se dos atos
que são próprios dos cônjuges;
3)- Evitam dar
escândalo (ou seja, evitam o aparecimento do pecado para evitar o risco de
levar outros a pecar).
No entanto,
prosseguem, “parece que se fosse admitida na comunhão os fiéis que se
separaram, ou os divorciados do cônjuge legítimo que estão em uma nova união na
qual vivem como se fossem marido e mulher, a Igreja ensinaria através desta
prática de admissão uma das seguintes afirmações a respeito do matrimônio, da
sexualidade humana e da natureza dos sacramentos”:
a) - “Um divórcio não
dissolve o vínculo matrimonial e as pessoas que formam a nova união não estão
casadas. Entretanto, as pessoas que não estão casadas podem, em certas
condições, realizar legitimamente atos de intimidade sexual”.
b) - “Um divórcio
dissolve o vínculo matrimonial. As pessoas que não estão casadas não podem
realizar legitimamente atos sexuais. Os divorciados recasados são legitimamente
esposos e seus atos sexuais são licitamente atos conjugais”.
c) - “Um divórcio não
dissolve o vínculo matrimonial e as pessoas que formam a nova união não estão
casadas. As pessoas que não estão casadas não podem realizar atos sexuais. Por
isso, os divorciados recasados civilmente vivem em uma situação de pecado
habitual, público, objetivo e grave”.
No entanto, admitir
pessoas à Eucaristia, ressaltam os cardeais, “não significa para a Igreja
aprovar seu estado de vida público; o fiel pode se aproximar à mesa eucarística
também com a consciência de pecado grave”.
2. Sobre o parágrafo 304
A pergunta dos 4
cardeais questiona se, todavia, é válido o ensinamento da igreja sobre se
existem normas morais absolutas, válidas e sem exceção alguma? O fundamento deste
ensinamento, explicam os cardeais, está no parágrafo 79 da encíclica Veritatis
Splendor (O Esplendor da Verdade) do Papa João Paulo II, que assinala que é
possível “qualificar como moralmente má segundo a sua espécie (...) a escolha
deliberada de alguns comportamentos ou atos determinados, prescindindo da
intenção com que a escolha é feita ou da totalidade das consequências
previsíveis daquele ato para todas as pessoas interessadas” - “Segundo a ‘Veritatis
Splendor’,prosseguem, no caso de ações intrinsicamente más não é
necessário nenhum discernimento das circunstâncias ou das intenções”.
3. Sobre o parágrafo 301
A dúvida se refere a
se é
possível afirmar que “uma pessoa que vive habitualmente em contradição com um
mandamento da lei de Deus, como por exemplo o que proíbe o adultério, se
encontra em situação objetiva de pecado grave habitual”? Quem pode fazer esta
afirmação? e este juízo moral? No parágrafo 301, a
exortação apostólica Amoris Laetitia assinala que “a Igreja possui uma sólida
reflexão sobre os condicionamentos e as circunstâncias atenuantes” e que “já
não é possível dizer que todos os que estão numa situação chamada ‘irregular’
vivem em estado de pecado mortal, privados da graça santificante”. A sustentação na
pergunta deste parágrafo, dizem os 4 cardeais, está na declaração de 24 de
junho de 2000 do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, que assinala
que “não
sejam admitidos à sagrada comunhão...quem obstinadamente perseverem em pecado
grave manifesto”. A declaração “afirma
que este cânon é aplicável também aos fiéis divorciados que voltaram a casar
civilmente. Esclarece que o ‘pecado grave’ deve ser compreendido objetivamente, dado
que quem ministra a Eucaristia não tem os meios para julgar a imputabilidade
subjetiva da pessoa”.
4. Sobre o parágrafo 304
A pergunta dos
cardeais é se é possível afirmar se é ainda é válido o ensinamento do Papa João
Paulo II no numeral 81 da Veritatis Splendor, segundo a qual “as
circunstâncias ou as intenções nunca poderão transformar um ato intrinsecamente
desonesto pelo seu objeto, num ato subjetivamente honesto ou defensível como
opção”. O parágrafo 302 da
exortação Amoris Laetitia sublinha que: “um juízo negativo sobre uma situação objetiva não implica um juízo
sobre a imputabilidade ou a culpabilidade da pessoa envolvida”. Por isso, ressaltam
os cardeais que assinam a carta enviada ao Papa em 19 de setembro, “a questão é
se Amoris
Laetitia concorda ao dizer que todo ato que transgride os mandamentos de Deus, como
o adultério, o roubo, o falso testemunho, não pode se converter jamais,
consideradas as circunstâncias que mitigam a responsabilidade pessoal,
em desculpável ou até mesmo bom”? (A encíclica e o texto deixam realmente
margem a esta dúvida? Ou ela simplesmente está sendo criada de forma taxativa?).
5. Sobre o parágrafo 303
A pergunta que os
cardeais Brandmüller, Meisner, Cafarra e Burke formulam é se é possível afirmar
que é válido o ensinamento de João Paulo II no numeral 56 da encíclica
Veritatis Splendor, “que exclui uma interpretação criativa do papel da
consciência e afirma que esta nunca é autorizada para legitimar
exceções às normas morais absolutas que proíbem ações intrinsecamente
más por objeto”. O numeral 303 da
Amoris Laetitia afirma que: “a consciência pode reconhecer não só que uma situação não corresponde
objetivamente à proposta geral do Evangelho, mas reconhecer também, com
sinceridade e honestidade, aquilo que, por agora, é a resposta generosa que se
pode oferecer a Deus”. Os cardeais assinalam
que “para todos os que propõem a ideia de consciência criativa, os preceitos
da lei de Deus e a norma da consciência individual podem estar em tensão ou
também em oposição, enquanto a consciência, que em última instância
decide a respeito do bem e do mal, deveria ter sempre a palavra final”. “Segundo Veritatis
Splendor n. 56, ‘sobre esta base, pretende-se estabelecer a legitimidade de
soluções chamadas pastorais, contrárias aos ensinamentos do Magistério(?),
e justificar uma hermenêutica «criadora», segundo a qual a consciência moral
não estaria de modo algum obrigada, em todos os casos, por um preceito negativo
particular’. Nessa perspectiva, nunca será suficiente para a consciência moral
saber que ‘isto é adultério’, ‘isto é homicídio’, para saber se se trata de
algo que não pode e não deve ser feito. Em vez disso, deveria olhar também as
circunstâncias e as intenções para saber se este ato não poderia, afinal, ser
desculpável ou até mesmo obrigatório”. Para essas teorias,
prosseguem, “a consciência poderia, de fato, decidir legitimamente que, em
determinado caso, a vontade de Deus para mim consiste em um ato no qual eu
quebro um de seus mandamentos. ‘Não cometer adultério’ seria visto apenas como
uma regra geral. Aqui e agora, e dadas as minhas boas intenções, cometer
adultério seria o que Deus requer realmente de mim. Nestes termos, poderia, no
mínimo, elaborar hipóteses de casos de adultério virtuoso, homicídio legal e
perjúrio obrigatório”.(que diga-se de passagem são Interpretações dadas ao texto da
encíclica, o qual ela não expressa e nem muito menos determina isto). Isto significaria,
ressaltam os purpurados signatários da carta enviada ao Papa, “conceber a consciência
como uma faculdade para decidir autonomamente a respeito do bem e do mal, e a
lei de Deus como uma carga imposta arbitrariamente e que poderia, em
determinado momento, estar em oposição à nossa verdadeira felicidade”.(Em
lugar algum da carta se orienta que os envolvidos na situação de fragilidade
façam este juízo de forma isolada e sem o discernimento e acompanhamento da
Igreja). Mas a consciência,
continuam, “não decide sobre o bem e o mal. A ideia de ‘decisão de consciência’
é enganosa. O próprio ato da consciência é julgar, não decidir. Ela diz que
‘isso é bom’, ‘isso é ruim.Esta bondade ou maldade não dependem dela. A
consciência aceita e reconhece a bondade ou a maldade de uma ação e, para fazer
isso, ou seja, para julgar, a consciência necessita de critérios, depende
inteiramente da verdade”.(Aqui parecem a estar querendo ensinar o
Pai nosso a padre...).Nessa linha, destacam, “os mandamentos de Deus
são uma grata ajuda oferecida à consciência para apreender a verdade e assim
julgar segundo a verdade. Os mandamentos de Deus são expressões da verdade
sobre o bem, de nosso ser mais profundo, abrindo algo crucial em relação a como
viver bem”. O site ACI Digital
noticiou que a nova exortação apostólica Amoris Laetitia do Papa Francisco
contém algumas belas frases que enchem de esperança os fiéis ante as
dificuldades e as diversas situações das famílias e matrimônios do século XXI,
e que nos ajudam no verdadeiro entendimento da proposta da encíclica, que só
pode ser entendida e acolhida na lógica da misericórdia divina:
1. “Nesta breve
resenha, podemos comprovar que a Palavra de Deus não se apresenta como uma
sequência de teses abstratas, mas como uma companheira de viagem, mesmo para as
famílias que estão em crise ou imersas em alguma tribulação,
mostrando-lhes a meta do caminho”. (numeral 22, capítulo 1)
2. “Cristo pôs
sobretudo a lei do amor e do dom de si mesmo aos outros (cf. Mt 22, 39; Jo 13,
34),
e fê-lo através de um princípio que um pai ou uma mãe costumam testemunhar na
sua própria vida: «Ninguém tem maior amor do que quem dá a vida pelos seus
amigos» (Jo 15, 13)”. (numeral 27, capítulo 1)
3. “A família é
chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a
comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez
mais um templo onde habita o Espírito”. (numeral 29, capítulo 1)
4. “Como Maria, (as
famílias) são exortadas a viver, com coragem e serenidade, os desafios
familiares tristes e entusiasmantes, e a guardar e meditar no coração as
maravilhas de Deus (cf. Lc 2, 19.51)”. (numeral 30, capítulo 1)
5. “Como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimônio, para não
contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de
inferioridade face ao descalabro moral e humano”. (numeral 35, capítulo 2)
6. “Precisamos
encontrar as palavras, as motivações e os testemunhos que nos ajudem a tocar as
cordas mais íntimas dos jovens, onde são mais capazes de generosidade, de
compromisso, de amor e até mesmo de heroísmo, para convidá-los a aceitar, com
entusiasmo e coragem, o desafio de matrimônio”. (numeral 40, capítulo.2)
7. “Uma família e uma
casa são duas realidades que se reclamam mutuamente. Este exemplo mostra que
devemos insistir nos direitos da família, e não apenas nos direitos
individuais. A família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa
ser protegida”. (numeral 44, capítulo 2)
8. “Ninguém pode pensar que o enfraquecimento da família como sociedade
natural fundada no matrimônio seja algo que beneficia a sociedade. Antes pelo
contrário, prejudica o amadurecimento das pessoas, o cultivo dos valores
comunitários e o desenvolvimento ético das cidades e das aldeias”. (numeral 52,
capítulo 2)
9. “Dou graças a Deus
porque muitas famílias, que estão bem longe de se considerarem perfeitas, vivem
no amor, realizam a sua vocação e continuam para diante embora caiam muitas
vezes ao longo do caminho”. (numeral 57, capítulo 3)
10. “A aliança de
amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio
que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes
da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo
na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo”. (numeral 66,
capítulo 3)
11. “O sacramento do
matrimónio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo
dum compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos
esposos, porque «a sua pertença recíproca é a representação real, através do
sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são,
portanto, para a Igreja a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz;
são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o
sacramento os faz participar»”. (numeral 72, capítulo 3)
ALGUMAS FRASES MOTIVADORAS DOS SANTOS QUE NOS
AJUDAM A ACOLHER O PAPA E SEU MAGISTÉRIO PETRINO:
“Mantenha-se sempre do lado da
Igreja Católica, porque só Ela pode lhe dar paz verdadeira, posto que só Ela
possui Jesus no Santíssimo Sacramento, o verdadeiro Príncipe da Paz.” (Santo Padre Pio)
“Enquanto os Protestantes e
tradicionalistas se apegam ao menu (a letra da lei e da Bíblia que pode-nos
matar), os verdadeiros Católicos se deliciam com a refeição.” (Dr. Scott Hahn)
“Aqui temos uma analogia. Dispare
um tiro Protestante e um Católico em direção a uma parede. A dispersão obtida
refletirá as opiniões dos que dispararam, identificando-os como liberais,
conservadores, etc. Com os Católicos, apenas Católicos, sempre sabemos quem está
no centro: o Papa e seu Magistério que derivam das sagradas escrituras...” (Marcus Grodi, ex-Pastor
Protestante, agora Católico).
“Aonde está Pedro, aí está a Igreja.” (Santo Ambrósio de Milão, Nos
doze Salmos 381 D.C.)
Recado aos separatistas tradicionalistas e sedevacantistas que promovem
a divisão interna da Igreja: “Um homem Cristão é Católico enquanto vive no
corpo; decepado deste, torna-se um herege. o Espírito não segue um membro
amputado.” (Santo Agostinho)
Veja estes 2 vídeos esclarecedores sobre a encíclica:
Fonte: ACI digital
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Obrigado pela informação. Não sabia que os quatro cardeais que viram e solicitaram esclerecimentos ao papa Francisco são tradicionalistas por terem percebido e muitas ambiguidades no referida exortação Amoris Laetitia. Eles tambem não são catolicos-catolicos?
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