Aracati, é
a terra de "vários personagens ilustres", como:
1)- Eduardo Angelim:
Revolucionário
Eduardo
Francisco Nogueira Angelim ou somente Eduardo Angelim (Aracati, 6 de julho de
1814 — Barcarena, Belém, 20 de julho de 1882) foi lavrador, e um dos líderes
do movimento Cabanagem (pela independência na província do Grão-Pará em
1835),tornou-se político brasileiro, como um dos presidentes da Província do
Grão-Pará, no ano de 1835, durante o Governo Cabano (ou Governo Republicano
Independente). Sua
chegada ao Grão-Pará remonta à década de 1820, fugindo de uma seca que assolou
sua região de origem no Ceará. Devido
ao seu espirito de luta partidária, foi apelidado de "Angelim", por
ser esta madeira muito resistente. Já com 19 anos, participava ativamente da
política da província. No Brasil do século XIX, lutou pela autonomia da
província do Grão-Pará - atual estado do Pará - para que esta fosse separada do
Império do Brasil, cujas estruturas políticas monarquistas e planos de governo
nada tinham de vantajosos em relação aos dos portugueses,
prosseguindo no isolamento e marginalização da Amazônia, aliás visíveis ainda
hoje, comparando-se aos grandes centros urbanos do Brasil. Foi presidente da
província do Pará de novembro de 1835 a 9 de abril de 1836. Sempre contou com o apoio de sua senhora,
Eloísa Clara, que, diz-se, aconselhava-o sempre que Angelim agia.
Revolucionário, partidário da Cabanagem sendo inclusive o terceiro presidente
cabano. Perseguido por centenas de
tropas legalistas, Angelim acabou sendo preso no Acará em 20 de outubro de 1836
em meio ao labirinto aquático da Amazônia, foi conduzido à capital Belém pelas
tropas do marechal Francisco Soares Andréa, e enviado a julgamento no Rio de
Janeiro, seguindo para a ilha de Fernando de Noronha, onde foi exilado. Retornou
ao Pará em 1851, fixando residência na cidade de Barcarena. Depois do seu retorno, não se envolveu mais
em política. Morreu em 20 de julho de 1882, sendo enterrado na capela do
Engenho de Madre de Deus, na ilha de Trambioca (em Barcarena no Pará).
2)-Adolfo Caminha:
Romancista
Adolfo Ferreira dos Santos Caminha (Aracati, 29 de maio de 1867 — Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1897) foi um escritor brasileiro, um dos principais autores do Naturalismo no Brasil (naturalismo foi uma corrente literária que prezava pela representação objetiva da realidade, utilizando uma abordagem biológica, científica, e patológica das personagens). Era filho de Raymundo Ferreira dos Santos Caminha e Maria Firmina Caminha. Nasceu na Rua do Comércio (atual Rua Coronel Alexanzito), em Aracati, no estado do Ceará. A mãe morreu quando ele tinha apenas dez anos, vítima da Grande Seca do Nordeste brasileiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 13 anos. Em 1883, Adolfo entra para a Marinha de Guerra, chegando ao posto de segundo-tenente. Cinco anos mais tarde, transfere-se para Fortaleza (1888) para evitar os sintomas de tuberculose que começara a sentir. Apaixona-se por Isabel Jataí de Paula Barros, a esposa de um alferes, que abandona o marido para viver com Caminha. O casal teve duas filhas: Belkiss e Aglaís. Na sequência do escândalo, vê-se obrigado a deixar a Marinha e passa a trabalhar como funcionário público. Morreu precocemente aos 29 anos, vítima de tuberculose, na sua casa do Rio de Janeiro.
Obra literária
A sua primeira obra publicada foi Voos Incertos (1886), um livro de poesia. Em 1893, Adolfo publica "A Normalista", romance em que traça um quadro pessimista da vida urbana. Usa as suas experiências e observações de uma viagem que havia feito aos Estados Unidos, em 1886, para escrever No País dos Ianques (1894). No ano seguinte, firma sua reputação literária ao publicar Bom-Crioulo, mas provoca escândalo, pois o romance aborda a questão da homossexualidade, o que massacrou a recepção crítica da obra. Colabora também com a imprensa carioca, em jornais como Gazeta de Notícias e Jornal do Commercio, e funda o semanário Nova Revista. Já tuberculoso, lança o último romance, Tentação, em 1896. Morre prematuramente no Rio de Janeiro, no dia 1º de janeiro de 1897, aos 29 anos. Sua obra densa, trágica, pouco apreciada na época, é repleta de descrições de perversões e crimes.
Lista
de obras
-Voos Incertos (1886), poesia
-Judite
(1887), contos
-Lágrimas
de um Crente (1887), contos
-A Normalista (1893), romance
-No País dos Ianques (1894), romance
-Bom Crioulo (1895), romance
-Cartas Literárias (1895), romance
-Tentação (1896)
-Ângelo, romance inacabado
-O Emigrado, romance inacabado
Homenagens
-Uma escola em Aracati foi nomeada em homenagem ao escritor.
-Uma rua no Rio de Janeiro foi nomeada em homenagem ao escritor.
3)-Manuel do Rego
Medeiros: Primeiro bispo cearense
Dom Manuel do Rego Medeiros (Aracati, 21 de setembro de 1829 — Maceió, 16 de setembro de 1866) foi sacerdote católico brasileiro. Foi bispo de Olinda, tendo sido o primeiro a nascer em sua própria diocese, uma vez que, na época, o Ceará estava subordinado ao bispado de Pernambuco. Nasceu na então vila de Aracati, província do Ceará, filho do comerciante português Manuel do Rego Medeiros e de Mariana do Rego da Luz. Era irmão de Antônio Manuel de Medeiros, que foi diretor do Hospital de Montevidéu durante a Guerra da Tríplice Aliança. Entrou para o Seminário de Olinda, onde foram seus professores o deão Joaquim Francisco de Faria, o cônego Manuel Tomás de Oliveira e o padre Manuel José da Trindade, os quais, coincidentemente, estiveram presentes em suas exéquias. Recebeu a ordenação do bispo D. João da Purificação Marques Perdigão, em 29 de junho de 1853, e cantou sua primeira missa em na Igreja do Senhor do Bonfim, em Aracati, em 28 de agosto do mesmo ano. Fixando-se no Ceará, foi com os pais residir em Fortaleza, em 1854, passando a exercer o magistério. Nesta condição, ajudou a fundar na capital cearense uma escola para órfãos, mantida pelo governo da província.
4)-Francisco José do
Nascimento: Abolicionista, conhecido como "Dragão do Mar"
Francisco José do Nascimento (Canoa Quebrada, Aracati, 15 de abril de 1839 — Fortaleza, 5 de março de 1914), também conhecido como Dragão do Mar, ou Chico da Matilde, foi um líder jangadeiro, prático-mor e abolicionista, com participação ativa no Movimento Abolicionista no Ceará, que foi o estado pioneiro na abolição da escravidão, doravante conhecido como Terra da Luz.
Em 18 de julho de 2017, o nome de Francisco José do Nascimento (Dragão do mar), foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da
Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, em virtude da Lei Nº
13.468/2017.
Francisco Nascimento nasceu em Canoa Quebrada, distrito do município
de Aracati, em 15 de abril de 1839, de origem pobre e filho do pescador Manoel
do Nascimento e da dona Matilde Maria da Conceição. Aos oito anos, com a
morte precoce do pai, sua mãe buscou um emprego para ele, quando ainda criança,
tornando-o um menino de recados em navios que iam do Maranhão ao Ceará. Até
os 20 anos, Chico da Matilde - conhecido assim devido o nome da mãe - trabalhou
no veleiro do comendador português José Raimundo de Carvalho como embarcadiço e
depois como comandante, percorrendo portos do Norte e Nordeste. Além disso,
também trabalhou na construção do porto e como chefe dos catraieiros, até ser
nomeado prático-mor na Capitania dos Portos do Ceará.Também alugava
jangadas para transporte de pessoas e mercadorias. Tinha uma casa próxima ao
Seminário da Prainha, em Fortaleza e casou-se primeiramente com Joaquina
Francisca - que também se envolveu na causa abolicionista - e novamente em
1902, quando já viúvo, com Ernesta Brígido, sobrinha de João Brígido. Consta-se
que andava sempre bem vestido, com a barba bem feita e tinha noções de inglês e
alemão. O paradeiro do túmulo de Francisco Nascimento — desconhecido há mais
de 100 anos — foi descoberto pelo historiador cearense Licínio Nunes de Miranda
em julho de 2020 no âmbito de um trabalho de investigação académica sobre a
abolição da escravidão no Ceará.Em 25 de março de 1884, o Ceará tornou-se a
primeira província brasileira a abolir a escravidão. O Movimento Abolicionista
Cearense, surgido em 1879, contribuiu — embora não decisivamente — para essa
abolição pioneira. As ações repercutiram no país e os abolicionistas cearenses,
gente de elite econômica e intelectual, foram congratulados pela imprensa
abolicionista nacional. Entre eles havia, porém, uma pessoa humilde, de cor
parda, trabalhador do mar, o Chico da Matilde. Chefe dos jangadeiros, ele e
seus colegas se engajaram à luta pela abolição em janeiro de 1881, recusando-se
a transportar para os navios negreiros os escravos que seriam vendidos para o
Rio de Janeiro, tendo sida proferida, segundo algumas fontes, a célebre frase
"no porto do Ceará não embarcam mais escravos". Posteriormente, em
agosto de 1881, houve uma nova tentativa de embarcar escravos que seriam
vendidos em São Paulo e no Rio de Janeiro, contudo, novamente os jangadeiros,
liderados por Chico da Matilde e pelo escravo liberto José Luis Napoleão, se
recusaram a fazer o transporte e o porto do Ceará foi considerado, pelo
movimento abolicionista, oficialmente fechado para o tráfico
interprovincial. Segundo a historiadora Ângela Alonso "Os jangadeiros
só conseguiram fazer o que fizeram porque tinham parte importante da elite
política e das forças policiais ao seu lado". Um exemplo disso foi quando
o tenente coronel Sena Madureira elogiou o jangadeiro. Angelo Agostini
registrou e homenageou o fato na capa da Revista Illustrada, com uma
litogravura com ilustração alegórica de Francisco Nascimento, com a seguinte
legenda: «À testa dos jangadeiros cearenses, Nascimento impede o tráfico dos
escravos da província do Ceará vendidos para o sul». Assim, Chico da Matilde
foi levado para corte com sua jangada, desfilou pelas ruas, recebeu homenagens
da multidão e ganhou novo nome: Dragão do Mar ou Navegante Negro. De lá,
escreveu à mulher: “(...) seu velho está tonto com tanta festa e cumprimentos
de tanta gente importante”. Francisco José do Nascimento é um símbolo da
resistência popular cearense contra a escravidão, e foi homenageado pelo
governo do Ceará, com seu nome dado ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura,
pelo que ele e seus colegas realizaram em nome da liberdade, em 1881, na Praia
de Iracema. Além do já referido Centro Dragão do Mar, há uma escola pública
estadual cujo nome também homenageia o Chico da Matilde, localizada no bairro
do Mucuripe, Escola de Ensino Médio Dragão do Mar, que foi fundada em 1955, com
o objetivo de alfabetizar os filhos de pescadores que moravam na região àquela
época. Um tradicional grupo de estudos liberal com sede no Ceará também recebe
o título Dragão do Mar em sua homenagem. Em Aracati, é homenageado com o nome
da rua que dá acesso a cidade pela BR-304 (sentido Icapuí) e o aeroporto
regional. Já em Canoa Quebrada pela praça central da praia. Em 23 de agosto de
2013, a Petrobras, por meio de sua subsidiária Transpetro, lançou ao mar um
novo navio petroleiro construído em Pernambuco e batizado Dragão do Mar.
5)-Emiliano Queiroz:
Ator
6)-Jacques Klein:
Pianista clássico
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Como é bom ver os relatos históricos de nossos irmãos.
Parabéns Barros pela iniciativa de publicar materias de nosso dia-a-dia.
Paulo ( Charles ).
Concordo! Aracatí é a terra do já foi e do já teve, mas de um povo bom, bravo, hospitaleiro, e que não desiste nunca!
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