Por *LAILA VANETTI
Em 2013, a revista Forbes lançou uma lista com as mulheres mais
influentes do mundo. Dilma Rousseff ficou em segundo lugar, atrás apenas de
Angela Merkel, a chanceler alemã. Na era Dilma a última pesquisa da Datafolha, ela
tinha um índice de rejeição de 69% e atingiu o nível histórico de 71% em
agosto. Eu pergunto para você: o que mudou desde 2013?...Como ocorreu essa
queda? Podemos atribuir somente à mídia e às mesma forças ocultas da era
Vargas?...Podemos fazer
infinitas conjecturas, assumindo incompetência governamental, corrupção ativa,
o aumento súbito da inflação, manipulação midiática, as taxas de desemprego subindo…
E todas têm alguma razão. Todos os pontos são válidos, mas realmente não acredito
que sejam a raiz do problema. Afinal, mesmo com todos esses problemas, a
presidenta poderia ter se mantido uma figura forte e influente, uma liderança
que poderia inspirar confiança e segurança, que poderia ser considerada capaz
de superar uma crise sistêmica.
Resumindo em palavras
rápidas e simples: Dilma Rousseff perdeu seu poder de influência! Influência é
poder e isso deve ficar bastante claro! Não estamos aqui falando sobre a
influência agressiva, exercida por armas e imposição, mas, sim, a influência
generosa, baseada no diálogo, que envolve ouvir e ser ouvido. Foi exatamente o
que Dilma não teve e não fez em momentos cruciais de seu mandato. A presidenta parou de
ouvir e não fez sua voz ser ouvida de forma urgente e confiante o bastante para
inspirar liderança. A insatisfação da base aliada e do próprio vice-presidente prova que
ela não foi capaz de ouvir e o fato do Congresso ter se mostrado hostil às suas
políticas mostra também que ela não tem influência sobre as pessoas que foram
selecionadas para lhe auxiliar na sua gestão. Mesmo quem
inicialmente votou em Dilma sofreu com a quebra de promessas feitas em campanha
e perdeu a confiança na presidente. A consistência da palavra, também, afeta o
seu poder de influência. Ser consistente demonstra uma postura confiável e não
interesseira, que faz com que as pessoas gravitem em sua direção. Sem
influência, sem postura, Dilma tem poucos aliados, poucas pessoas dispostas a
acreditar em suas palavras,logo ela não tem poder. E essa falta de poder e
influência é uma das principais causas da grande crise política na qual nos
encontramos.
Então, o que podemos aprender com a presidenta do Brasil sobre
influência?
1 – Igualdade: O diálogo aberto
baseado em igualdade é a chave para conseguir e manter os aliados! Qualquer outra situação (seja você exigindo demais da segunda parte, ou
deixando a segunda parte se aproveitar demais de você) é prejudicial a longo
prazo. Ceder demais é tão ruim quanto exigir demais!
2 – Promessa: Mantenha suas
promessas a qualquer custo. Nada prejudica mais a sua imagem, o seu
logo, a sua influência do que a quebra da sua palavra! As pessoas
buscam credibilidade, confiança, e não incertezas e hesitações, tanto em
atitude quanto em palavras.
3 – Aliados: Sem aliados e sem apoio, você não tem
influência; logo, não tem poder! Mesmo por trás da máquina mais poderosa do
Estado, sem influência pessoal, sem expandir a sua Influenciosfera, o poder do
Executivo não tem muita utilidade. Você sempre precisa vender a sua ideia para
alguém, mas sem ninguém disposto a comprar, de que adianta essa ideia? Por isso,
existe algo que podemos aprender com a era Dilma: que o verdadeiro poder não é
a cadeira na qual você senta, mas sim com quem você se relaciona e quem apoia
você quando você precisa!
É a sua influência que define o seu sucesso final.Então, expanda a sua
Influenciosfera. Ouça e seja ouvido. Só assim você conseguirá ter o controle da
situação e não ser controlado pelas circunstâncias.
*LAILA VANETTI - Mentora
em escrita persuasiva, em liderança e em argumentação, Laila é também
especialista em retórica e fundadora e diretora da Scritta Cursos e
Consultoria.
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