“A religião pura e imaculada diante de nosso
Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e
as viúvas nas suas aflições e
guardar-se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1,27 )
Fé (do Latim
fides, fidelidade e do Grego πίστη pistia ) é a firme opinião de que algo é verdade,
sem qualquer tipo de prova científica,pela absoluta confiança que depositamos
em algo (O Contrário não seria fé).A fé acompanha absoluta
abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos
psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao
mesmo tempo.É possível
nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia,
um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, um paradigma
popular social e historicamente instituído, uma base de propostas ou dogmas de
uma determinada religião.É geralmente
associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada
com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no
contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria
crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular.No contexto
religioso, "fé" tem muitos significados. Às vezes quer dizer lealdade
a determinada religião. Nesse sentido, podemos, por exemplo, falar de fé religiosa.Para religiões que se
baseiam em crenças, a fé quer queiram, ou não,também quer dizer que alguém
aceita as visões dessa religião como verdadeiras. Para religiões que não se
baseiam em credos, por outro lado, significa que alguém é leal para com uma
determinada comunidade religiosa.Muitos
religiosos racionalistas, assim como pessoas não-religiosas, criticam a fé,
apontando-a como irracional. Para eles, o credo deve ser restrito ao que é diretamente
demonstrado por lógica ou evidência, tornando inapropriado o uso da fé como um
bom guia.Apesar das
críticas, seu uso como justificativa é bastante comum em discussões religiosas,
principalmente quando o crente esgota todas as explicações racionais para
sustentar a sua crença. Nesse sentido, geralmente as pessoas racionais acabam
aceitando-a como justificativa válida e honrosa, provavelmente devido ao uso da
palavra ser bastante impreciso, e geralmente associado a uma boa atitude ou
qualidade positiva.A atitude
também não é incomum entre alguns cientistas, com destaque para os teístas;
embora a ciência, ao menos como estipulada pelo método científico, estabeleça
um método de trabalho que exclui a fé e os credos como explicações válidas para
fenômenos e evidencias naturais.Em ciência as
ideias devem ser testáveis e por tal falseáveis, e o status de verdadeiro
atrelado a uma ideia é mantido apenas durante a ausência de fato ou evidência
científica contraditórios; e obrigatoriamente mediante a existência de fato(s)
ou fenômeno(s) científicos que impliquem corroboração.Permanece um
ponto merecedor de discussão saber se alguém deve ou não usá-la como guia para
tomar decisões, já que essas decisões seriam totalmente independentes das de
outras pessoas e muitas vezes contrárias às delas, gerando consequências
potencialmente danosas para o indivíduo e para a sociedade de que faz parte.Um exemplo de
consequências danosas, curiosamente também fornecido por pessoas que aceitam o
uso da fé (em seus casos particulares), são os ataques terroristas, onde a
suposição de que a fé é um motivo válido para a crença e a admissão de que o
terrorista pode alegar a fé como justificativa do atentado deixa patente a
gravidade do problema.
Fé em Deus
Algumas vezes,
fé pode significar acreditar na existência de Deus. Para pessoas nesta
categoria, "Fé em Deus" simplesmente significa "crença de alguém
em Deus". Muitos Hindus,
Judeus, Cristãos e Muçulmanos alegam existir evidência histórica da existência
de Deus e sua interação com seres humanos. No entanto, uma parte da comunidade
de historiadores e especialistas discorda de tais evidências. Segundo eles,
não há necessidade de fé em Deus no sentido de crer contra ou a despeito das
evidências; eles alegam que as evidências naturais são suficientes para
demonstrar que Deus certamente existe, e que credos particulares, sobre quem ou
o quê Deus é e por que deve-se acreditar nele são justificados pela ciência ou
pela lógica.Em uma perspectiva
cristã protestante, foi no sentido definido pela primeira alegação citada é que
desenvolveu-se, segundo seus autores, a proposta do Design Inteligente; e
segundo as críticas esse desenvolveu-se objetivando apoiar ambas as alegações. Consequentemente
a maioria acredita ter fé em um sistema de crença que é de algum modo falso, o
qual têm dificuldade em ao menos descrevê-lo. Isso é disputado, embora, por
algumas tradições religiosas, especialmente no Hinduísmo que sustenta a visão
de que diversas "fés" diferentes são só aspectos da verdade final que
diversas religiões têm dificuldade de descrever e entender. Essa tradição
dizem que toda aparente contradição será entendida uma vez que a pessoa tenha
uma experiência do conceito Hindu de moksha. O que se é acreditado em
referência a Deus nesse sentido é, ao menos no princípio, somente a confiança
como evidência e a lógica por qual cada fé é suportada.Para a
ciência, embora o então defendido credo e não necessariamente fé em Deus (ou
outra deidade) possa vir a mostrar-se plenamente compatível com as evidências
encontradas no mundo natural, tais evidências não são suficientes para garantir
ou mesmo implicar a hipótese de Sua(s) existência(s) como certa.Finalmente,
alguns religiosos - e muitos dos seus críticos - frequentemente usam o termo fé
como afirmação da crença sem alguma prova, e até mesmo apesar de evidências do
contrário.Muitos judeus,
cristãos e muçulmanos admitem que pode ser confiável o que quer que as
evidências particulares ou a razão possam dizer da existência de Deus, mas que
não é essa a base final e única de suas crenças. Assim, nesse
sentido, "fé" pode ser: acreditar sem evidências ou argumentos
lógicos, algumas vezes chamada de "fé implícita".Outra forma
desse tipo de fé é o fideísmo: acreditar-se na existência de Deus, mas não
deve-se basear essa crença em outras crenças; deve-se, ao invés, aceitar isso
sem nenhuma razão.Fé, nesse sentido,
simplesmente a sinceridade na fé, crença nas bases da crença, frequentemente é
associado com Soren Kierkegaard e alguns outros existencialistas, religiosos e
pensadores.William Sloane Coffin
fala que fé não é aceita sem prova, mas confiável sem reserva!
Religião - o que é isso? "o homem não é um ser religioso?"
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
*Religião não é como
pensam os Protestantes: “mero ritualismo”, é muito mais que isto.Religião é um
conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que
estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus
próprios valores morais.A palavra
religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a
religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público.A maioria das
religiões têm comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma
definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos,
reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma
divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras
sagradas para seus praticantes.A prática de
uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus
ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações,serviços
funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros
aspectos religiosos da cultura humana.O
desenvolvimento da religião assumiu diferentes formas em diferentes culturas.
Algumas religiões colocam a tônica na crença, enquanto outras enfatizam a
prática.Algumas religiões focam
na experiência religiosa subjetiva do indivíduo, enquanto outras consideram as
atividades da comunidade religiosa como mais importantes.Algumas
religiões afirmam serem universais, acreditando que suas leis e cosmologia são
válidas ou obrigatórias para todas as pessoas, enquanto outras se destinam a
serem praticada apenas por um grupo bem definido ou localizado. Em muitos
lugares, a religião tem sido associada com instituições públicas, como
educação, hospitais, família, governo e hierarquias políticas.Alguns
acadêmicos que estudam o assunto têm dividido as religiões em três categorias
amplas: religiões mundiais, um termo que se refere à crenças transculturais e
internacionais; religiões indígenas, que se refere a grupos religiosos menores,
oriundos de uma cultura ou nação específica; e o novo movimento religioso, que
refere-se a crenças recentemente desenvolvidas. Uma teoria
acadêmica moderna sobre a religião, o construtivismo social, diz que a religião
é um conceito moderno que sugere que toda a prática espiritual e adoração segue
um modelo semelhante ao das religiões abraâmicas, como um sistema de orientação
que ajuda a interpretar a realidade e definir os seres humanos e, assim, a
religião, como um conceito, tem sido aplicado de forma inadequada para culturas
não-ocidentais que não são baseadas em tais sistemas ou em que estes sistemas
são uma construção substancialmente mais simples.A palavra
portuguesa religião deriva da palavra latina religionem (religio no
nominativo), mas desconhece-se ao certo que relações estabelece religionem com
outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao surgimento do
cristianismo, religionem referia-se a um estilo de comportamento marcado pela
rigidez e pela precisão.A raiz da palavra
religião tem ligações com o -lig- de diligente ou inteligente ou com le-, lec-,
-lei, -leg- de "ler", "lecionar", "eleitor" e
"eleger" respectivamente. o re- iniciar é um prefixo que vem de
red(i) "vir", "voltar" como em "reditivo" ou
"relíquia" - Historicamente
foram propostas várias etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua
obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere,
reler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem muita atenção a
tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras.Esta proposta
etimológica sublinha o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como o
aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.) rejeita a
interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar,
argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os
seres humanos a Deus. - No livro
"A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que
religio deriva de religere, "reeleger". Através da religião a
humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na
obra De vera religione Agostinho retoma a interpretação de Lactâncio, que via
em religio uma relação com "religar".Macróbio
(século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, algo que nos foi
deixado pelos antepassados.A palavra
"religião" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa,
marcado pela presença do cristianismo que se apropriou do termo latino religio.
Em outras civilizações não existe uma palavra equivalente.O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava
para a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar
harmonizados e que também se referia à correcta execução dos ritos pelos
brâmanes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente
é também usado pelo budismo e que exprime a ideia de uma lei divina e eterna.
Rita relaciona-se também com a primeira manifestação humana de um sentimento
religioso, a qual surgiu nos períodos Paleolítico e Neolítico, e que se
expressava por um vínculo com a Terra e com a Natureza, os ciclos e a
fertilidade. Nesse sentido, a adoração à Deusa mãe, à Mãe Terra ou Mãe Cósmica
estabeleceu-se como a primeira religião humana.Em torno desse
sentimento formaram-se sociedades matriarcais centradas na figura feminina e
suas manifestações. Ainda entre os hindus destaca-se a deusa Kali ou A negra
como símbolo desta Mãe cósmica.Cada uma das
civilizações antigas representaria a Deusa, com denominações variadas: Têmis
(Gregos), Nu Kua (China), Tiamat (Babilônia) e Abismo,(Bíblia).Segundo o
mitologista Joseph Campbell a mudança de uma ideia original da Deusa mãe
identificada com a Natureza para um conceito de Deus deve-se aos hebreus e à
organização patriarcal desta sociedade.O
patriarcalismo formou-se a partir de dois eventos fundamentais: a atividade
belicosa de pastoreio de gado bovino e caprino e às constantes perseguições
religiosas que desencadeavam o nomadismo e a perda de identidade territorial.Herdado da
cultura hebraica, patriarcado é uma palavra derivada do grego pater, e se
refere a um território ou jurisdição governado por um patriarca; de onde a
palavra pátria.Pátria
relaciona-se ao conceito de país, do italiano paese, por sua vez originário do
latim pagus, aldeia, donde também vem pagão. País, pátria, patriarcado e pagão
tem a mesma raiz. Independente da origem, o termo é adotado para designar
qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa
ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas
práticas.
Conceitos
Existem termos
que são ditos/escritos frequentemente no discurso religioso grego, romano,
judeu e cristão. Entre eles estão: sacro e seus derivados (sacrar, sagrar,
sacralizar, sacramentar, execrar), profano (profanar) e deus(es).O conceito desses termos varia bastante conforme a
época e a religião de quem os emprega. Contudo, é possível ressaltar um mínimo
comum à grande parte dos conceitos atribuídos aos termos.Os religiosos
gregos e romanos criam na existência de vários deuses; os judeus, muçulmanos e
cristãos acreditam que há apenas uma divindade, um ser impossível de ser
sentido pelos sensores humanos e que é capaz de provocar acontecimentos
improváveis/impossíveis que podem favorecer ou prejudicar os homens.
Para grande parte das religiões, as coisas e as
ações se dividem apenas entre "sacras e mundanas" (esquecem a dimenção profana)
1)-Sacro: é aquilo
que mantém uma ligação/relação com o(s) deus(es). Frequentemente está
relacionado ao conceito de moralidade.
2)-Profano:
é aquilo que não mantém nenhuma ligação com o(s) deus(es). Da
mesma forma, para grande parte das religiões a imoralidade e o profano são
correspondentes. Já o verbo "profanar" (tornar algo profano) é sempre
tido como uma ação má pelos religiosos. Profanar não é mundanizar,
mas tornar aquilo que é sagrado em algo secular. Ex.: transformar
uma igreja em uma repartição pública, por exemplo: numa biblioteca, ou
repartição pública, como uma prefeitura, ou secretaria.
3)-
Mundano: é tudo aquilo que pertence à inspiração do malígno, portanto,
renunciável (confr. Romanos 12,2).
Dentro do que
se define como religião podem-se encontrar muitas crenças e filosofias
diferentes!
As diversas religiões do mundo são de facto muito diferentes entre
si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre
todas elas.É facto que
toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente
envolvendo divindades, deuses e demónios.As religiões costumam também possuir
relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após
a morte. A maior parte crê na vida após a morte.A religião não é apenas
um fenômeno individual, mas também um fenômeno social. Exemplos de doutrinas
que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a um certo grupo social,
são as doutrinas da Igreja, do judaísmo, dos amish.A ideia de
religião com muita frequência contempla a existência de seres superiores que
teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são
principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias
categorias: anjos, demônios, elementais, semideuses, etc.
-Ateísmo é a
ausência de crença em qualquer tipo de deus, muitas vezes se contrapondo às
religiões teístas.
-Agnosticismo é
a postura filosófica que afirma ser impossível saber racionalmente sobre a
existência ou inexistência de deuses e sobre a veracidade de qualquer religião
teísta, por falta de provas favoráveis ou contrárias.
-Deísmo é a
crença na existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelação
divina.
Algumas
religiões não consideram deidades, e podem ser consideradas como ateístas
(apesar do ateísmo não ser uma religião, ele pode ser uma característica de uma
religião). É o caso do budismo, do confucionismo e do taoísmo.Recentemente
surgiram movimentos especificamente voltados para uma prática religiosa (ou
similar) da parte de deístas, agnósticos e ateus - como exemplo podem ser
citados o Humanismo Laico e o Unitário-Universalismo. Outros criaram sistemas
filosóficos alternativos como August Comte, fundador da Religião da Humanidade.
As religiões que afirmam a existência de deuses
podem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou politeísta:
-As religiões
monoteístas (monoteísmo) admitem somente a existência de um único deus, um ser
supremo.
-As religiões
politeístas (politeísmo) admitem a existência de mais de um deus.
As primeiras
reflexões sobre a religião foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos:
Xenofonte relativizou o
fenómeno religioso, argumentando que cada cultura criava deuses à sua
semelhança.O historiador
grego Heródoto descreveu nas suas Histórias as várias práticas religiosas dos
povos que encontrou durante as viagens que efectuou. Confrontado com as
diferenças existentes entre a religião grega e a religião dos outros povos,
tentou identificar alguns deuses das culturas estrangeiras com os deuses gregos.O sofista
Protágoras declarou desconhecer se os deuses existiam ou não, posição que teve
como consequências a sua expulsão de Atenas e o queimar de toda a sua obra.
Crítias defendeu que a religião servia para disciplinar os seres humanos e
fazer com que estes aderissem aos ideais da virtude e da justiça.Júlio César e o
historiador Tácito descreveram nas suas obras as práticas religiosas dos povos
que encontraram durante as suas conquistas militares.Nos primeiros séculos da
era atual, os autores cristãos produziram reflexões em torno da religião fruto
dos ataques que experimentaram por parte dos autores pagãos.Estes
criticavam o facto desta religião ser recente quando comparada com a
antiguidade dos cultos pagãos. Como resposta a esta alegação, Eusébio de Cesareia
e Agostinho de Hipona mostraram que o cristianismo se inseria na tradição das
escrituras hebraicas, que relatavam a origem do mundo.Para os primeiros
autores cristãos, a humanidade era de início monoteísta, mas tinha sido
corrompida pelos cultos politeístas que identificavam como obra de Satanás.Durante a
Idade Média, os pensadores do mundo muçulmano revelaram um conhecimento mais
profundo das religiões que os autores cristãos. Na Europa, as viagens de Marco
Polo permitiram conhecer alguns aspectos das religiões da Ásia, porém a visão
sobre as outras religiões era limitada: o judaísmo era condenado pelo facto dos
judeus terem rejeitado Jesus como messias e o islão era visto como uma heresia.O Renascimento
foi um movimento cultural e artístico que procurava reviver os moldes da
Antiguidade. Assim sendo, os antigos deuses dos gregos e dos romanos deixaram
de ser vistos pela elite intelectual e artística como demónios, sendo
representados e estudados pelos artistas que os representavam.Nicolau de Cusa
realizou um estudo comparado entre o cristianismo e o islão em obras como De
pace fidei e Cribatio Alcorani. Em Marsílio Ficino encontra-se um interesse em
estudar as fontes das diferentes religiões; este autor via também uma
continuidade no pensamento religioso. Giovanni Pico della Mirandola
interessou-se pela tradição mística do judaísmo, a Cabala.As descobertas
e a expansão européia pelos continentes, tiveram como consequência a exposição
dos europeus a culturas e religiões que eram muito diferentes das suas. Os
missionários cristãos realizaram descrições das várias religiões, entre as
quais se encontram as de Roberto de Nobili e Matteo Ricci, jesuítas que
conheceram bem as culturas da Índia e da China, onde viveram durante anos.Em 1724 Joseph
François Lafitau, um padre jesuíta, publicou a obra Moeurs des sauvages
amériquains comparées aux moeurs des premiers temps na qual comparava as
religiões dos índios, a religião da Antiguidade Clássica e o catolicismo, tendo
chegado à conclusão de que estas religiões derivavam de uma religião
primordial.Nos finais do
século XVIII e no início do século XIX parte importante dos textos sagrados das
religiões tinham já sido traduzidos nas principais línguas européias. No século
XIX ocorre também a estruturação da antropologia como ciência, tendo vários
antropólogos se dedicado ao estudo das religiões dos povos tribais. Nesta época
os investigadores reflectiram sobre as origens da religião, tendo alguns
defendido um esquema evolutivo, no qual o animismo era a forma religiosa
primordial, que depois evoluía para o politeísmo e mais tarde para o
monoteísmo.
Abordagens disciplinares
O estudo
científico da religião é atualmente realizado por várias disciplinas das
ciências sociais e humanas!
A história das religiões, nascida na segunda metade
do século XIX, estuda a religião recorrendo aos métodos da investigação
histórica. Ela estuda o contexto cultural e político em que determinada
tradição religiosa emergiu.A Sociologia
da Religião analisa as religiões como fenómenos sociais, procurando desvendar a
influência dela na vida do indivíduo e da comunidade. A Sociologia da Religião
tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber
e Peter Berger.A
Antropologia, tradicionalmente centrada no estudo dos povos sem escrita (embora
os seus campos de estudo possam ser também as modernas sociedades
capitalistas), desenvolveu igualmente uma área de estudo da religião, na qual
se especulou sobre as origens e funções da religião. John Lubbock, no livro The
Origin of Civilization and the Primitive Condition of Man apresentou um esquema
evolutivo da religião: do ateísmo (entendido como ausência de ideias
religiosas), passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e
finalmente para o monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada em
questão por outros investigadores, como E.B. Taylor que considerava o animismo
como a primitiva forma de religião.A
Fenomenologia da Religião, que deriva da filosofia fenomenológica de Edmund
Husserl, tenta captar o lado único da experiência religiosa.Utiliza como
principal método científico a observação, explicando os mitos, os símbolos e os
rituais. Ela procura compreender a religião do ponto de vista do crente, bem
como o valor dessas crenças na vida do mesmo.Por estas
razões evita os juízos de valores (conceito de epoje ou abandono de qualquer
juízo de valor).Os principais
nomes ligados à Fenomenologia da Religião são Nathan Soderblom, Garardus van
der Leeuw, Rudolf Otto, Friedrich Heiler e Mircea Eliade.
Tomás de Aquino e a Filosofia da Religião
"Filosofia da religião" é a parte da filosofia que se ocupa de examinar racionalmente as
explicações religiosas. Podemos entender a religião, de uma forma ampla, como
um sistema de crenças e as práticas a elas referentes. Em quase todas as culturas há pelo menos uma expressão que
possamos chamar de religiosa.
A filosofia da
religião como uma disciplina distinta é uma inovação dos últimos 200 anos, mas
seus temas centrais como a existência e a natureza do divino, a humanidade da
relação do homem para com ele, a natureza da religião, e o lugar da religião na
vida humana, tem estado com o ser humano desde o início da filosofia.Os filósofos
têm examinado tempo a verdade e a justificação racional para as alegações, e
têm explorado tais fenômenos filosoficamente interessantes como a fé, a
experiência religiosa, e os traços distintivos do discurso religioso.A segunda
metade do século XX foi um período especialmente frutífero, com os filósofos
que utilizam novos desenvolvimentos em lógica e da epistemologia para montar as
duas defesas sofisticadas, e ou os ataques às afirmações religiosas.A expressão
"filosofia da religião" não entrou em uso geral até o século XIX,
quando foi empregada para se referir à articulação e crítica da consciência
religiosa da humanidade e suas expressões culturais em pensamento, linguagem, sentindo,
e prática.Historicamente,
a reflexão filosófica sobre temas religiosos teve dois focos:, atitudes,
sentimentos e práticas que se acreditava em primeiro lugar, Deus ou Brahma ou
Nirvana ou qualquer outra coisa que seria o objeto do pensamento religioso , e,
em segundo lugar, o tema religioso humano, isto é, os pensamentos, atitudes,
sentimentos e a prática.O primeiro
tipo de reflexão filosófica tem uma longa história. No Ocidente, por exemplo,
as discussões da natureza de Deus (se ele é imutável, digamos, ou conhece o
futuro, se a sua existência pode ser racionalmente demonstrada, e afins) são
incorporadas em tratados teológicos tais como Proslogion de Anselmo e
Monologion, Summas de Tomás de Aquino, o Guia de Maimônides , e Incoerência dos
Filósofos de al-Ghazali. Também fazem
parte de sistemas metafísicos influentes como Platão, René Descartes e Leibniz.
Fonte: Wikipedia
APENAS CRER É SUFICIENTE A SALVAÇÃO?
Atos
dos Apóstolos 17,15-27: “Os homens que foram com Paulo o levaram até Atenas,
partindo depois com instruções para que Silas e Timóteo se juntassem a ele, tão
logo fosse possível. 16Enquanto esperava por eles em Atenas, Paulo ficou
profundamente indignado ao ver que a cidade estava cheia de ídolos. 17Por isso,
discutia na sinagoga com judeus e com gregos tementes a
Deus, bem como na praça principal, todos os dias, com aqueles que por
ali se encontravam. 18Alguns filósofos epicureus e estoicos começaram a
discutir com ele. Alguns perguntavam: "O que está tentando dizer esse
tagarela?" Outros diziam: "Parece que ele está anunciando deuses
estrangeiros", pois Paulo estava pregando as boas-novas a respeito de
Jesus e da ressurreição. 19Então o levaram a uma reunião do Areópago, onde lhe
perguntaram: "Podemos saber que novo ensino é esse que você está
anunciando? 20Você está nos apresentando algumas ideias estranhas, e queremos
saber o que elas significam". 21Todos os
atenienses e estrangeiros que ali viviam não se preocupavam com outra coisa
senão falar ou ouvir as últimas novidades. 22Então Paulo levantou-se na reunião
do Areópago e disse: "Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são
muito religiosos, 23pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus
objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS
DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes
anuncio. 24"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor
dos céus e da terra e não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25Ele
não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele
mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas. 26De um só fez ele todos
os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos
anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar. 27Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez,
tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de
nós...”
Romanos
10, 1-21: "Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é
para sua salvação. 2 Porque lhes dou testemunho de que
têm zelo de Deus, mas não com entendimento. 3 Porquanto, não conhecendo
a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se
sujeitaram à justiça de Deus. 4 Porque o fim da lei é Cristo para justiça de
todo aquele que crê. 5 Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo:
O homem que fizer estas coisas viverá por elas. 6 Mas a justiça que é pela fé
diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu?) 7 Ou: Quem descerá ao
abismo? 8 Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu
coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, 9 A saber: Se com a tua boca
confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo. 10 Visto que com o coração se crê para a
justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. 11 Porque a Escritura
diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. 12 Porquanto
não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico
para com todos os que o invocam. 13 Porque todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo. 14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem
pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão
formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres
novas de boas coisas. 16 Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías
diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? 17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e
o ouvir pela palavra de Deus. 18 Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por
certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles,E as suas palavras até aos
confins do mundo. 19 Mas digo: Porventura Israel não o soube? Primeiramente diz
Moisés:Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo,Com gente insensata
vos provocarei à ira. 20 E Isaías ousadamente diz:Fui
achado pelos que não me buscavam,Fui manifestado aos que por mim não
perguntavam. 21 Mas para Israel diz:Todo o dia estendi as minhas mãos a
um povo rebelde e contradizente..."
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APOSTOLADO BERAKASH - A serviço da Verdade: Este blog não segue o padrão comum, tem opinião própria, não querendo ser o dono da verdade, mas, mostrando outras perspectivas racionais para ver assuntos que interessam a todos. Trata basicamente de pessoas com opiniões e ideias inteligentes, para pessoas inteligentes. Ocupa-se de ideias aplicadas à política, a religião, economia, a filosofia, educação, e a ética. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre literatura, questões culturais, e em geral, focando numa discussão bem fundamentada sobre temas os mais relevantes em destaques no Brasil e no mundo. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog, não sendo a simples indicação, ou reprodução a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. As notícias publicadas nesta página são repostadas a partir de fontes diferentes, e transcritas tal qual apresentadas em sua origem. Este blog não se responsabiliza e nem compactua com opiniões ou erros publicados nos textos originais. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com as fontes originais para as devidas correções, ou faça suas observações (com fontes) nos comentários abaixo para o devido esclarecimento aos internautas. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, de maneira alguma, a posição do blog. Não serão aprovados os comentários escritos integralmente em letras maiúsculas, ou CAIXA ALTA. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte.Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar de alguma forma:
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“A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1,27 )
Simples assim!
Carmem Lúcia - Natal RN
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