A fé, o conhecimento e a nossa vontade no Plano de Salvação

A fé é indispensável a todos que se doam ao Senhor, “pois sem fé é impossível agradar a Deus “(Hb 11,6)

Porém, a fé implica adesão da Vontade, que por sua vez, o objeto da fé  precisa ser melhor conhecido para uma plena adesão da Vontade, pois já dizem os Santos: “Creio para compreender e compreendo para melhor crer!” - A pergunta de Maria: "Como isso se dará se não conheço homem algum?...  no evangelho de Lucas, é um exemplo claro da fé esclarecida, que dando razões e compreendendo melhor sua fé, predispõe a sua vontade para um SIM pleno: “Eis aqui a escrava do Senhor!” No Ícone da Anunciação vemos claramente a Vontade e Livre arbítrio de Maria atuando, quando sua mão direita está a pedir um tempo ao anjo! Este anjo que junto com toda a humanidade ficam na expectativa esperando Maria dar o seu Sim!

 

 

A alma humana possui três potências: A inteligência, a sensibilidade, e a vontade 

 

1)- A inteligência tem como fim próprio o conhecimento da verdade, enquanto que a vontade quer o bem.

 

 

 

2)- A sensibilidade é a potência de nossa alma mais ligada ao corpo. Por meio dela sentimos alegria, tristeza, agrado, desagrado, amor, ódio, simpatia, antipatia, etc. Também por meio da sensibilidade sentimos prazer ao contemplar o que é belo. Porém, não basta sentir a beleza. Nossa sensibilidade deve ser racional, e por isso devemos sentir racionalmente a beleza, procurando entender a razão do prazer estético."A mais nobre potência da alma é a inteligência, mas a mais importante é a vontade."A inteligência é mais nobre porque ela guia a vontade, pois que lhe mostra o que é bom. Este bem, todavia, poderá ser amado ou não pela vontade. O amor do bem completa o processo racional, levando-o a seu termo. Se a sensibilidade acompanha ou não as potências superiores, sentindo agrado com o bem e desagrado com o mal, isto é secundário. O normal, porém, será que a sensibilidade se compraza com o bem conhecido.

 

3)- A vontade só pode querer o bem que foi compreendido antes pela inteligência. É impossível amar o que não se conhece! Conhecer um bem e não querê-lo é impedir que o processo racional chegue a seu termo.É nisso que consiste o pecado: não amar o bem conhecido, ou não amá-lo ordenadamente.Se é para não amar o bem, seria melhor não conhecê-lo, melhor seria não ter nascido, como foi dito de Judas, que conheceu o Bem e O odiou. O inferno foi criado para punir Lúcifer e todos os que, tendo conhecido o bem, ou não o amaram de modo ordenado, ou o odiaram.

 

CONCLUSÃO:

Por isso, não seremos julgados pelo conhecimento de nossa inteligência, mas pelo amor de nossa vontade ao bem! Daí, a vontade, embora menos nobre que a inteligência, ter mais importância concreta! Dela depende nossa salvação ou perdição! Satanás hierarquicamente era superior em inteligência ao arcanjo Miguel (Satanás era da ordem dos Querubins), que o expulsou do céu, porém, São Miguel mesmo como arcanjo, tinha e tem uma vontade mais estabelecida, e foi decisiva na vitória sobre o demônio!

 

Oração de São Francisco diante do Crucifixo de São Damião:

 

 

“Ó Glorioso Deus Altíssimo, iluminai as trevas do meu coração. Dai-me uma fé reta, esperança firme e caridade perfeita. Dai-me Senhor o reto sentir e conhecer, a fim de que possa cumprir o sagrado encargo que na verdade acabais de dar-me. Amém!”

"Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo"

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