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O #milenarismo protestante (reino de mil anos) é doutrina Cristã, ou é uma "heresia fruto da livre interpretação?"

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 12 de fevereiro de 2012 | 13:52







Algumas correntes protestantes afirmam que a Bíblia fala em um próximo Reino de Cristo sobre a Terra, que deverá durar mil anos, durante os quais haverá bonança e paz. 


O que nós, católicos, devemos pensar a respeito? 


Dom Estêvão responde:







Milenarismo: que é?





Os teólogos católicos costumam reconstruir a série dos acontecimentos finais da História nesta ordem:


  
1)- Apenas uma segunda vinda definitiva de Cristo em glória e majestade (na assim chamada “parusia”).
 
2)- Ressurreição de toda carne.

3)- O Juízo universal ou final.

4)- Vida eterna no Céu, ou Frustração definitiva no inferno.





  
Eis, porém, que o texto de Ap 20,1-15 deu ocasião a uma diferente concepção dos acontecimentos finais:

 




“1 E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.4 E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.6 Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.7 E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,8 E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo...” (Apocalipse 20,1-15).







Já no início da era cristã, alguns escritores da Igreja construíram o seguinte sistema escatológico (MILENARISTA):






1)- Segunda vinda de Cristo em glória e majestade no milênio (Antes do Juízo Final).

2)- Primeira ressurreição (Apenas para os justos).

3)- Um primeiro Juízo universal.

4)- Reino messiânico de mil anos ou milenário (estando Satanás impedido de agir sobre a Terra).

5)- Segunda ressureição ou geral (para os demais homens).

6)- O Juízo final.

7)- Prêmio ou punição definitiva.






Esse é o chamado "sistema milenarista"!







Reparemos que neste sistema a primeira ressurreição será concebida unicamente aos justos. Ressuscitados, estes se assentarão com Cristo como assessores no juízo, que logo a seguir se efetuará. Este juízo é dito “universal”, porque serão julgados os povos como coletividades, e não os indivíduos de “per si”. Após tal solene julgamento, será inaugurada uma fase de mil anos ou mais. Nesta fase, estando Satanás impedido de exercer sua ação nociva, os justos ressuscitados reinarão com Cristo na cidade de Jerusalém, renovada e gloriosa, gozando de toda bonança; em torno deles, no restante do mundo, viverão os homens ainda não ressuscitados, usufruindo de melhores condições de vida do que nos tempos anteriores à segunda vinda de Cristo. Terminado tal período, Satanás moverá a última perseguição contra o Reino de Cristo, e será definitivamente derrotado. Haverá, então, a ressurreição segunda, a dos homens que não tiverem tomado parte na primeira, e se dará o juízo final de cada indivíduo em particular, juízo em que Cristo não terá assessores, mas examinará tanto os pecadores como os justos. Este julgamento final é também dito “juízo dos mortos”, enquanto o anterior (o universal) é chamado também “juízo dos vivos”. Eis os traços característicos do milenarismo.






Mas nem todos os pontos do sistema são devidamente esclarecidos pelos seus defensores:







-Não é indicado, por exemplo, "que tipo de relações terão entre si os homens ressuscitados e os não-ressuscitados?" Pergunta difícil de responder não acham?





-Como poderá um "exército diabólico" fazer guerra ao Reino de Cristo glorioso e Vencedor?





Para demonstrar que, sobre a luz das Sagradas Escrituras, a doutrina do arrebatamento secreto é falsa, vejamos algumas palavras de Jesus Cristo que falam a respeito do Seu retorno, em resposta à pergunta de alguns dos Seus discípulos:





Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores. Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão. Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos; e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clamor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”(Mt 24, 4-31).





Os discípulos fizeram a Jesus uma pergunta clara em propósito do Seu retorno, e Jesus respondeu a eles também de maneira clara. Jesus explicou para eles quais serão as coisas que precederão o Seu retorno, e como vocês podem ver entre tais coisas há uma grande aflição que os eleitos de Deus, ou seja os santos, passarão, de fato Ele disse “porque haverá então uma tribulação tão grande”, imediatamente depois da qual acontecerá o Seu retorno do céu e a reunião dos eleitos no céu.







Como acontecerá o "segundo e definitivo retorno de Cristo" conforme as escrituras?





Será visível a todos, porque todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e glória.






E o que fará Jesus quando retornar?





Mandará o Seus anjos para reunir os Seus escolhidos. Então, todo o mundo verá o retorno de Cristo e a nossa reunião com Ele nas nuvens do céu.É mentira, quanto ao ensinamento segundo o qual haverá um retorno invisível de Cristo com  uma reunião invisível dos Seus discípulos. Tal ensinamento não existe na Bíblia. 






E quando acontecerá este "suposto retorno invisível" de Cristo e a nossa reunião com Ele? 





Logo após a aflição daqueles dias, que nós sabemos ser a tribulação. Qual grande ocasião tinha Jesus para ensinar a doutrina do arrebatamento secreto aos Seus discípulos, ‘a doutrina das duas fases do Seu retorno’- que hoje è um dos artigos de fé de quase todas as igrejas protestantes. Mas Ele não falou sobre tal doutrina, porque Jesus e os apóstolos não revelaram as coisas neste formato. E de fato Ele nunca falou dessas duas fases do Seu retorno, distanciadas por um período de grande aflição. Nem mesmo os apóstolos nunca falaram de duas fases no retorno de Cristo, porque eles não acreditavam em semelhantes coisas. E não podia ser de outra forma, porque os apóstolos eram guiados pelo Espírito da Verdade. Tomamos como exemplo o apóstolo Paulo, que confirmou completamente o ensinamento de Cristo sobre o Seu retorno, ou seja que o retorno de Cristo e a nossa reunião com ele acontecerão no mesmo dia, porque a nossa reunião com Ele acontecerá logo após a Sua vinda do céu, vinda que acontecerá depois da grande tribulação. Eis as suas palavras:




“Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda...”(2 Te 2, 1-8) .







Paulo nesta perícope menciona a vinda de Cristo junto com a nossa reunião com Ele, porque a nossa reunião com Ele faz parte da vinda de Cristo ou é estreitamente ligada a Sua vinda. 





Como é que Paulo chama estes dois eventos? 






Os chama de ‘o dia do Senhor’, que inclui seja a vinda de Cristo que a nossa reunião com Ele. Os santos de Tessalônica foram perturbados por alguns que faziam passar o retorno de Cristo como um retorno iminente, e então Paulo, tendo sabido sobre isto, os exorta a não se deixarem enganar.Em outras palavras explicou para eles que o dia do Senhor não estava iminente, porque aquele dia acontecerá  somente depois que acontecerem duas coisas muito precisas, por isso disse a eles:





“...porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração...”




A revelação de Paulo testifica que a nossa reunião acontecerá na vinda de Cristo do céu, e vos lembro que para que se verifique esta reunião no céu é necessário que os mortos em Cristo ressuscitem antes, e depois os santos vivos sejam transformados e arrebatados com eles nas nuvens do céu para encontrar o Senhor no ar. (Conf.1 Tes 4,15-17)






No capítulo 1 da segunda epístola de Paulo aos tessalonicenses, Paulo fala da vinda de Cristo, mas fala de maneira diferente -  Eis as suas palavras:






“se de fato é justo diante de Deus que Ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus; os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do senhor e da glória do seu poder, quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido, porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós...” 2 Tessa 1,6-10).






ATENÇÃO! Não existe uma aparição VIP, secreta, ou vinda exclusiva de Cristo para os Seus eleitos, a qual seria vista somente pelos eleitos...





Bem como nenhuma outra terceira aparição ou vinda de Cristo com os Seus eleitos que seria visível também. Porque praticamente aqueles que ensinam ou apoiam o arrebatamento secreto afirmam que os ímpios serão punidos na segunda fase da vinda de Cristo do céu. Assim a doutrina da segunda e definitiva vinda de Cristo foi distorcida com esta doutrina de um suposto ‘arrebatamento secreto’.





No capítulo 15 da primeira epístola de Paulo aos coríntios, o apóstolo diz:







“Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda...”(1 Cor 15,22).






Então o que Paulo revela é que aqueles que morrem em Cristo ressuscitarão todos na vinda de Cristo. Mas se a vinda de Cristo será dividida em duas fases, nós também deveríamos dividir a ressurreição dos justos em duas fases, ou seja em duas ressurreições, e isto porque segundo a falsa doutrina do arrebatamento secreto, quando Cristo retornar em maneira invisível, ressuscitarão aqueles que pertencem a Cristo naquele momento (uma ressureição que o mundo não verá), e quando Cristo retornar em maneira visível no final da tribulação, ressuscitarão aqueles que pertencem a Cristo neste outro momento (aqueles que se converterão durante a grande tribulação, ou seja os crentes desviados ou frios que terão uma segunda oportunidade durante este período intermediário).Então pode se dizer que haverá uma igreja A (a chamo assim para um melhor entendimento didático) que ressuscitará na primeira fase do retorno de Cristo, e uma igreja B que ressuscitará na segunda fase do retorno de Cristo. Mas se as coisas estivessem assim as Escrituras seriam anuladas, porque Paulo diz apenas que aqueles que são de Cristo ressuscitarão na vinda de Cristo. Mas vejamos uma outra razão porque a doutrina do arrebatamento secreto não è bíblica e por isso deve ser rejeitada, porque essa admite uma segunda oportunidade para os crentes desviados e frios. Escutais atentamente o que se lê em um manual A.D.I (Assembleia de Deus na Itália) de estudo,  para as escolas dos domingos:






“o arrebatamento da igreja terá um grande impacto na sociedade. Imagina como se sentirá um cristão desviado quando a sua família ou os seus amigos irão repentinamente desaparecer? Haverá certamente temor nos corações dos crentes frios e desviados, que os levará a se colocarem em paz com Deus” (Profecias dos últimos tempos, terceiro semestre 1995, ADI-Media, pag 28).







Em qual lugar está escrito na Bíblia que: aqueles que não serão encontrados prontos no retorno de Cristo haverá uma segunda oportunidade de se converterem depois do Seu retorno? O que lemos na parábola das dez virgens? Eis o que ela diz:









“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. (Mt 25, 1-13).







Não é bastante clara esta parábola? Eu gostaria de permanecer brevemente na razão pela qual Jesus contou esta parábola. Ele a contou para nos colocar em guarda, em não nos tornar insensatos, porque se nos tornarmos insensatos nós não iremos com Ele quando Ele retornar, e não teremos nenhuma SEGUNDA oportunidade de entrar na sala das bodas, porque a porta será fechada.






Agora sejamos sinceros e verdadeiros em perguntar, e mais ainda, em responder:






Para que me santificar, me sacrificar e me ofertar em holocausto vivo e agradável a Deus, se depois que Jesus  retornar a sua igreja e os insensatos tenham uma segunda oportunidade?








O que nos diz as escrituras ?






“No tempo aceitável Te escutei e no dia da salvação te socorri; eis agora o tempo favorável, eis agora o dia da salvação...” (2 Cor 5,20-21;6,1-2)






O Kairós, o tempo favorável, é o dia que se chama hoje, ou seja, é agora o tempo aceitável, e o dia da salvação para aqueles crentes genéricos que vivem segundo a carne, e por isso, pelas suas práticas se tornam inimigos de Deus, pois além de pecar, incentivam a aplaudem aqueles que fazem igual:





“Eles, conhecendo bem o decreto de Deus, que são dignos de morte, os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aplaudem aos que as praticam...” (Rom 1,32).





Mas alguns tem criado dois tempos aceitáveis e dois dias da salvação, um agora, e um durante o reino do anticristo; que boa notícia que tendes dado aos desviados, será que vão vigiar, ou relaxar? Do modo que já não há mais sentido exortar os santos a se santificarem, e dizer a eles que este é o tempo aceitável e que hoje é o dia da salvação, porque não devem se preocupar, pois há um outro tempo aceitável e há também um outro dia da salvação durante a tribulação, depois do arrebatamento da igreja.É correto e um chamado a vivência radical da fé propondo os Cristãos a não se santificarem e nem muito menos estar vigilantes? Mas a grande verdade, quer queiramos ou não, gostemos, ou não, é que não existe nenhuma segunda oportunidade para os crentes desviados ou frios depois do retorno de Cristo. Vos confirmo ainda mais com estas palavras de Cristo:






“Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: Meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.”(Mat 24,45-51).






Onde está revelado nas escrituras esta segunda oportunidade dada por Jesus, quando Ele voltar para aqueles servos maus e infiéis? Nenhuma !!!De fato eles serão banidos com golpes de flagelo e jogados nas trevas de fora, onde haverá choro e ranger de dentes, e isto, porque Ele é justo, não dando a mesma recompensa do justo ao ímpio réprobo e rebelde. Mas se pregamos que quando o patrão voltar os servos prontos irão com ele, enquanto aqueles que não serão encontrados prontos não terão nenhum castigo porque terão uma oportunidade de se converterem, que motivação é dada a uma vida santa? Irmãos amados no Senhor, jugais voz mesmos como pessoas inteligentes aquilo que estou dizendo. Estes tais mudam a graça de Deus em devassidão. E aqui pensando no bem de vossas almas, vos exorto a rejeitar e repelir estas fábulas que são fermento nocivo e paralisante, portanto de nada servem, rejeitemos e renunciemos a estes ensinos, que não vem de Deus, mas do pai da mentira.

 






Fundamentos do Milenarismo (são sustentáveis)?







O sistema milenarista pretende apoiar-se em textos do Antigo Testamento. Com efeito, os profetas de Israel propuseram a vinda do Messias como início de uma era de grande prosperidade para o povo de Deus (ver Is 9,1-6; 11,1-9; 54,2s; 60,1-22; Ez 40,1-48,35; Dn 7,1-28; 12,1-13 etc).  Os escritores judaicos subsequentes, autores de livros apócrifos, deram colorido muito vivo a essas profecias: descreveram o reinado do Messias como período de abundancia e felicidade material neste mundo; os homens viveriam um número de anos maior do que a cifra de seus dias de outrora: “Não haverá mais ancião, ninguém que não seja saciado de dias; serão todos crianças e jovens”.Enquanto alguns judeus identificavam esse bem-estar terrestre com a bem-aventurança definitiva do homem, outros lhe assinalavam um termo após o qual se dariam o juízo final e a consumação de todas as coisas.A duração do Reino messiânico assim concebido era, não raro, calculada em função dos sete dias em que se julgava ter sido criado o mundo: a história anterior ao Messias se estenderia por seis mil anos; o sétimo milênio seria o período do Reino messiânico, em que os justos neste mundo gozariam de repouso e bem-estar, paralelos ao repouso de Deus após a obra da criação; terminados os sete milênios, se daria finalmente a entrada de cada criatura no seu estado definitivo.








O Milenarismo se apresenta sob duas modalidades:






1) – O Milenarismo grosseiro, que faz consistir a bem-aventurança do Reino terrestre de Cristo nos prazeres da carne: uso e abuso do matrimônio, da comida e da bebida etc. Esta forma foi propagada por hereges do século II d.C., e mereceu a condenação unânime dos doutores da Igreja. Depois de ter caído em esquecimento a partir do século III, a teoria foi ressuscitada por inovadores religiosos dos tempos modernos.





2)- O Milenarismo espiritual ou mitigado, que concebe a felicidade em termos mais dignos: afirma que os justos, após a ressurreição primeira, já não se casarão nem serão sujeitos à fome ou à dor, segundo o que diz Jesus em Lc 20,35. Nos primeiros séculos, o Milenarismo espiritual era professado por vários escritores da Igreja. Santo Agostinho (+ 430), depois de ter aderido a ele em seus primeiros escritos, propôs novo modo de entender o Ap 20, excluindo o Reino milenário. A autoridade deste mestre fez com que o sistema caísse em descrédito na Santa Tradição cristã; defenderam-no, porém, na Idade Média, escritores “iluminados”, fanáticos e outros ainda mais recentes. Estes reivindicam para sua doutrina o nome de “Milenismo”, para se diferenciarem devidamente do Milenarismo crasso.








O Magistério da Igreja "tem-se mostrado desfavorável a qualquer forma de Milenarismo", professando a sequência de acontecimentos escatológicos que propusemos no início deste artigo:







1)- Segunda vinda definitiva de Cristo em glória e majestade (a assim chamada “parusia”).



2)- Ressurreição de toda carne.



3)- Juízo universal ou final.



4)- Vida eterna no Céu, ou frustração definitiva no inferno (quanto ao purgatório sobre após a segunda e definitiva vinda de Cristo, trata-se de uma questão em aberto: alguns teólogos defendem que o purgatório ainda permanecerá por algum tempo purificando os últimos eleitos, já outros, defendem seu fim).







Como entender Apoc. 20?






Após Santo Agostinho, a interpretação mais comum dada a Ap 20 é Considerar  tal texto à luz de um paralelo encontrado em outra obra de São João (autor do Apocalipse), que é Jo 5,25-29): “(25) Em verdade, em verdade vos digo: vem a hora – e é agora – em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão... (28) Não vos admireis por isto: vem a hora em que todos os que repousam nos sepulcros, ouvirão a voz (29) e sairão; os que tiverem feito o bem, pra uma ressurreição de vida; os que tiverem cometido o mal, para uma ressurreição de julgamento” - Como se vê, São João fala aí de duas ressurreições, como também em Ap 20. A primeira ressurreição se dá agora (v. 25, ao passo que a outra não ocorre agora (v. 28).








Como entender essa duas ressurreições?






1)- A primeira é sacramental; é a passagem da morte espiritual para a vida espiritual cristã mediante o Batismo. Esta se dá agora, isto é, no decorrer da história da Igreja.Ora, a primeira ressurreição de que fala Ap 20 vem a ser a primeira ressurreição de Jo 5,25: é a ressurreição  batismal.





2)- A segunda ressurreição (ver Ap 20,13) se identifica com a ressurreição corporal a que se refere Jo 5,28. Entre a ressurreição batismal, que ocorre em cada cristão batizado, e a ressurreição corporal, o Apóstolo coloca um Reino de Cristo milenar sobre a Terra, estando Satanás acorrentado. Esse milênio significa o tempo da Igreja (que já vai para mais de dois mil anos!), na medida em que é um tempo penetrado pela vitória de Cristo sobre o pecado (mil tem um simbolismo de bonança); Satanás é, conforme Santo Agostinho, um cão acorrentado que pode ladrar, mas não pode morder senão a quem chega perto dele. No fim dos mil anos de Ap 20,7, ou seja, no fim da história da Igreja, se dará o assalto final de Satanás contra os membros da Igreja, a fim de os arrebatar para o mal. Mas o Senhor Jesus virá na sua glória e os mortos ressuscitarão (ressurreição segunda) todos para o juízo universal. A segunda morte, de que fala Ap 20,6, é a morte espiritual ou a ruína definitiva no inferno.Por conseguinte, carecem de UNICIDADE DOUTRINAL e fundamentos sólidos tanto nas escrituras como na SAGRADA TRADIÇÃO as fervidas expectativas de uma “TERCEIRA VINDA  de Cristo à Terra “ para instaurar um Reino milenar de paz e bonança.






Por que a demora da  SEGUNDA E DEFINITIVA VOLTA DE CRISTO ?







“Ele retarda tanto a volta de Cristo por paciência para conosco, não querendo que nenhum pereça, senão que TODOS cheguem ao arrependimento...” (2 Pedro 3,9).





Apocalipse 6, 9-11:  “Quando Ele abriu o quinto selo, contemplei debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da Palavra de Deus e do testemunho que proclamaram. Eles exclamavam com grande voz: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os que habitam em toda a terra e vingar o nosso sangue? Então, para cada um deles foi entregue uma vestidura branca, e foi-lhes orientado que aguardassem ainda um pouco mais, até que se COMPLETASSE O NÚMERO DOS ELEITOS  que, como eles, foram servos e que, da mesma forma, também deveriam ser mortos...”





O QUE NOS DIZ O MAGISTÉRIO DA IGREJA?





§769 "A Igreja... só terá sua consumação na glória celeste quando do retomo glorioso de Cristo. Até aquele dia, "a Igreja avança em sua peregrinação por meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus". Aqui na terra, sabe que está em exílio, longe do Senhor e aspira ao advento pleno do Reino, "a hora em que ela será, 'na glória, reunida a seu Rei". A consumação da Igreja e, por meio dela, a do mundo, na glória, não acontecerá sem grandes provações. Só então "todos os justos, desde Adão, em seguida Abel, o justo,  até o último eleito, serão congregados junto do Pai na Igreja universal".





§778 A Igreja é ao mesmo tempo caminho e finalidade do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na Antiga Aliança, fundada pelas palavras e atos de Jesus Cristo, realizada por sua Cruz redentora e por sua Ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo Será consuma na glória do céu como assembléia de todos os resgatados da terra.





§1042 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegar à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado: Então a Igreja será "consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo"



§1053 "Cremos que a multidão daquelas que estão reunidas em torno de Jesus e de Maria no paraíso forma a Igreja do Céu, onde na beatitude eterna vêem a Deus tal como Ele é, e onde estão também, em graus diversos, associadas com os santos anjos ao governo divino exercido pelo Cristo na glória, intercedendo por nós e ajudando nossa fraqueza por sua solicitude fraterna."





Novos céus e nova terra





§1042 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegar à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado: Então a Igreja será "consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo".



§1043 Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura a chama de "céus novos e terra nova" (2Pd 3,13). Ser a realização definitiva do projeto de Deus de "reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra" (Ef 1,10).



§1044 Neste "universo novo", a Jerusalém celeste, Deus terá sua morada entre os homens. "Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!" (Ap 21,4).




§1045 Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrinante era "como o sacramento". Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a cidade santa de Deus (Ap 21,2), "a Esposa do Cordeiro" (Ap 21,9). Esta não será mais ferida pelo pecado, pelas impurezas, pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de comunhão mútua.





§1046 Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem: Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus (...) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção (...). Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, suspirando pela redenção de nosso corpo (Rm 8,19-23).




§1047 Também o universo visível está, portanto, destinado a ser transformado, "a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos", participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado.



§1048 "Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer á e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens."




§1049 "Contudo, a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo século. Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir cuidadosamente do aumento do Reino de Cristo, ele é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a sociedade humana."





§1050 "Com efeito, depois que propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da humanidade fraterna e da liberdade, todos estes bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal. Deus será, então, "tudo em todos" (1 Cor 15,28), na Vida Eterna...







CONCLUSÃO:





Não haverá três vindas de Cristo como apregoa erroneamente o PROTESTANTISMO MILENARISTA: 




1ª)-A primeira vinda: na encarnação.



2ª)-Uma segunda vinda: no milênio.



3ª)-Uma terceira vinda: no julgamento final.








Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.


















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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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