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Por que Deus ao destruir Sodoma e Gomorra "não preservou as crianças que ali moravam?"

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 16 de junho de 2023 | 12:09

 


 

 

Segundo o relato de Gênesis, Deus resolveu destruir as cidades de Sodoma e Gomorra com todos os seus habitantes. Motivo: “...porquanto o seu pecado se tem agravado muito...” – Gn. 18, 20. Previamente, no entanto, Deus decidiu comunicar ao patriarca Abraão aquela sua decisão que encerrava gravíssimas consequências. Ao tomar conhecimento daquela tragédia iminente, Abraão interroga Deus, e após um interessante diálogo com o patriarca, o Senhor Deus diz que não destruiria as cidades se lá fossem encontrados pelo menos 10 justos.


 

 


 



Vamos então analisar o "texto e contexto" em questão:




Abraão, depois de despedir-se dos anjos, pede a Deus que não destrua a Sodoma se ali houvesse ao menos 10 justos (porque Sodoma havia cometido um grande pecado). E dois dos três anjos dirigiram-se a casa de Ló, em Sodoma. Leiamos:




"Eles não tinham ainda deitado quando a casa foi cercada pelos homens da cidade, os homens de Sodoma, desde os jovens até os velhos, todo o povo sem exceção. Chamaram Ló e lhe disseram “Onde estão os homens que vieram para tua casa esta noite? Traze-os para que os conheçamos. Ló saiu à porta e, fechando-a atrás de si, disse-lhes: “Suplico-vos, meus irmãos, não façais o mal. Ouvi: tenho duas filhas que ainda não conheceram homem; eu vo-las trarei: fazei-lhes o que bem vos aprouver, mas a estes homens, nada façais, porque entraram sob a sombra do meu teto..." (Gen 19, 4-8).




Afinal, qual seria o “pecado” dos sodomitas?


 


Dizem as lideranças progressistas e adeptas do movimento LGBT na Igreja, que fora apenas: “ofensa contra estrangeiros, insulto aos viajantes e inospitalidade". Não ter tratado bem aos estrangeiros, não lhes ter dado asilo e, inclusive, sugerir que poderiam agir violentamente com eles, é o que havia sido o pecado que os levou implacavelmente a sua pulverização da face da terra (só muita fé para crer que foi apenas isso, mas, essa é uma das versões). Porém, se buscarmos embasamento buscar no texto hebreu, ou seja, no próprio Talmud, não encontrará tal versão.É que, ademais, se tal tivesse sido o pecado dos sodomitas, a quem seriam as reprovações anteriores de Deus que podem ser lidas antes da “falta de hospitalidade”? Os habitantes de Sodoma eram grandes criminosos e pecavam contra Deus... O grito contra Sodoma e Gomorra é muito grande! Seu pecado é muito grave! (Gn 13,13 e 18,20). O profeta Ezequiel nos auxilia ao dizer:




"O crime de tua irmã Sodoma era este: opulência, glutonaria, indolência, ociosidade; eis como vivia ela, assim como suas filhas, sem socorrer ao pobre e ao indigente. E assim tornaram-se soberbos e, sob os meus olhos, entregaram-se à abominação; por isso, eu as fiz desaparecer, como viste" (Ezeq 16,49-50).




Porque o esquecimento de Deus, de seu salvífico e libertador ensinamento, são as verdadeiras causas que desembocam na sodomia e libertinagem depravada e sem limites (como São Paulo relata até com ironia),  faz com que recebam o castigo já no próprio corpo:




"Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos...Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em mútua concupiscência, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida aos seus desvarios. (Rom 1,24-27)





ATENÇÃO! As mesmas Sagradas Escrituras, ao falar da sodomia, nomeiam-na, ademais, na mão dos fornicadores, como se lê (para citar um exemplo), em São Judas:



"Da mesma forma Sodoma, Gomorra e as cidades circunvizinhas, que praticaram as mesmas fornicações e se entregaram a vícios contra a natureza, jazem lá como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno" (Judas, v.7).





Ou as clássicas citações tidas pelo movimento lgbt como “homofóbicas” de São Paulo apóstolo:





"Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os homossexuais, nem os impudicos, hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6,9-10).




“A lei não foi instituída para o justo, mas para os assassinos, adúltero, homossexuais (...) e para todo aquele que se opõe à sã doutrina” (1Tim 1,9-10).





Mas, e daí? - dirá o "teólogo porno-exegeta”: “nenhuma vez Cristo condena a homossexualidade! Portanto, não é pecado, e sim uma invenção da igreja medieval...”











Sei... então, já que nenhuma vez Cristo condena claramente o canibalismo, pedofilia, sadomasoquismo, e tantas outras depravações morais e sexuais, tá tudo liberado?... Uma das falas mais claras de Jesus sobre isso está em Mateus 19,4-6:





“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?...” 






No texto em referência Jesus afirma algumas verdades fundamentais que se chocam fortemente com os argumentos da comunidade gay, a favor da homossexualidade. 







Analisemos mais profundamente esse texto de mateus:






a) Jesus afirmou que Deus criou homem e mulher: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher…” - Isso deixa claro que na ótica de Jesus não se nasce homossexual, ou seja, não existe uma terceira opção de sexualidade dentro do padrão de Deus! Deus fez da forma que fez, e a forma da criação é homem e mulher, macho e fêmea. Aqui cabe ressaltar que nem sempre uma verdade precisa ser dita diretamente para que seja dita. Ora, se eu digo que aquele copo de leite está quente, indiretamente estou também afirmando que ele não está gelado, simples assim. Quando Jesus mostra qual é o padrão de Deus, está claramente excluindo do padrão de Deus as outras posições defendidas por alguns. Não precisou Jesus dizer que ânus é órgão excretor e não reprodutor! Simples assim!





b) Jesus afirmou que o casamento é entre homem e mulher: “Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne…” - Não temos da parte de Cristo qualquer tratamento ou aprovação para outros tipos de uniões fora do padrão de Deus, ou seja, uniões de homens com homens, mulheres com mulheres e outras. Isso mostra claramente que Cristo se posicionou sim sobre uniões fora do padrão de Deus quando afirmou o padrão de Deus em Gênesis 9,7: "Quanto a vós, sede fecundos, multiplicai-vos, povoai a terra..." - Ora, como é que duas pessoas do mesmo sexo, vão se multiplicar?





c) Jesus afirmou a sexualidade entre homem e mulher e dentro do casamento: “e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne…” - O padrão de Deus mais uma vez é afirmado por Cristo agora falando da sexualidade. A sexualidade dentro da vontade de Deus, segundo a fala de Jesus, se dá quando da união entre um homem e uma mulher e dentro do casamento. O que está fora disso está incorreto e desordenado.













Tudo Isso nos mostra claramente que Jesus se posiciona sim, e de forma clara e retamente conservadora, ratificando a posição bíblica a respeito do padrão de união que Deus estabeleceu para o ser humano. Lembrando que nos tempos de Jesus temos o comportamento homossexual eram também, de forma muito marcante na sociedade, principalmente no depravado império Romano através de seus imperadores que adotavam práticas homossexuais abertas, declaradas, públicas e notórias como o imperador Cesar Alexandre, o grande, que tinha uma caso com seu braço direito Hefastião. Sendo assim, Jesus se posiciona não diretamente sobre o tema, mas afirmando as verdades fundamentais da palavra de Deus sobre o padrão criado por Deus na sexualidade e uniões amorosas humanas. Sendo assim, é uma inverdade afirmar que Jesus Cristo não se pronunciou sobre a homossexualidade e isso seria um aval da parte Dele que apoiaria o comportamento homossexual. Devemos interpretar a Palavra de Deus de forma correta e rejeitar quaisquer malabarismos que visem adequar a Bíblia a qualquer visão deturpada sobre o que Cristo ensinou. Além disso, no mesmo grau de autoridade e importância, o próprio Jesus também falou diretamente contra a homossexualidade por meio de seus apóstolos.






E COM RELAÇÃO A DEPRAVAÇÃO FEITA COM CRIANÇAS? O QUE JESUS DISSE?



 








Mateus 18,1-9: “Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome um pequenino, tal como este, a mim me recebe. Mas, quem escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem. Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno...”





Portanto, não somente as Sagradas Escrituras mostram com clareza o tema da sodomia como sinônimo da homossexualidade, mas também os Padres da Igreja que são reconhecidos pela Tradição (para citar apenas alguns):

 



- São Clemente de Alexandria (século II): "Por conseguinte, é evidente que nós, de comum acordo, devemos recusar as relações contra a natureza: as cópulas estéreis, a pederastia e as uniões incompatíveis entre afeminados, e seguir à natureza mesma no que ela proíbe, devido à disposição que deu aos órgãos, outorgando ao homem sua virilidade, não para a recepção do sêmem, mas para sua expulsão... Os sodomitas, deixando-se levar à deriva pelo excessivo prazer até a libertinagem... transtornados apaixonadamente pela pederastia, foram vistos pelo Logos que tudo vê... decretou que Sodoma fosse posta às chamas, vertendo um pouco daquele prudente fogo sobre a selvageria" (O pedagogo. Livro 2 e 3).




- São Hipólito de Roma (século II): "A prostituta, o sodomita ou que se castrou (impenitente), aquele que fizer algo que não é decente mencionar, devem ser expulsos. Porque são impuros" (Tradição Apostólica).




- Orígenes (século II): "Jesus queria justamente evitar que o juiz que o condenou e os que o insultaram não fossem feridos pela cegueira, como foram os de Sodoma quando tentaram abusar da beleza dos anjos hospedados na casa de Ló" (Contra Celso).




- Santo Agostinho (século IV): "Aqueles que pela força do mal obrar se prenderem ao mau costume (...) convertem-se em defensores de suas más ações, comportando-se como os sodomitas... Tão arraigado estava ali o costume da nefanda torpeza, que a maldade lhes parecia justa” (Sermão XCVIII). - “Ló disse aos sodomitas: Tenho duas filhas que ainda não conheceram homem; eu vo-las trarei: fazei-lhes o que bem vos aprouver; mas a estes homens, nada façais... Estando disposto a prostituir suas filhas em troca de que seus hóspedes não sofressem um ataque desta natureza por parte dos sodomitas” (Escritos bíblicos. Livro I). “As torpezas que vão contra natura, como a dos sodomitas, sempre serão odiadas e castigadas” (Confissões, Livro 3).




- Santo Ambrósio (século IV): "A libido alimenta-se com os banquetes, nutre-se com os prazeres, acende-se com o vinho, inflama-se com a embriaguez. Mais perigosos do que estas coisas são os incentivos das palavras que embriagam a mente com certo vinho da vida sodomitana. Guardemo-nos deste vinho" (Sobre a penitência. Livro primeiro).




Além disso - nunca será de mais recordar - o próprio Catecismo, ao falar dos “pecados que bradam ao Céu”, enumera, como um pecado distinto ao do maltrato com o estrangeiro, o pecado dos sodomitas:




"A tradição catequética lembra também a existência de “pecados que bradam ao céu”. Bradam ao céu: o sangue de Abel; o pecado dos sodomitas; o clamor do povo oprimido no Egito; o lamento do estrangeiro, da viúva e do órfão; a injustiça para com o assalariado" (CIC: 1867).





O que pensar e concluir disso tudo? 




Que uma "homo-interpretação" está tentando cada vez mais justificar diversas inclinações depravadas para, pouco a pouco, acomoda-las ao cotidiano (para perceber isso, basta ver o que está acontecendo na Alemanha).









Em segundo lugar, que a Igreja não muda seu "depositum fidei" porque o mundo mudou, senão que tenta transmitir o que é crido “sempre, em todo lugar e por todos”, conforme a conhecida sentença de São Vicente Lerins. Por fim, que se baterem na porta de sua casa, não rejeite o peregrino, não que isso vá convertê-lo em um sodomita. Supõe-se, evidentemente, que o Senhor não encontrou os 10 justos, pois as duas cidades e todos os seus moradores foram destruídos pelo fogo caído do céu, poupando-se apenas Ló, sua mulher e suas duas filhas. Na realidade, segundo o relato bíblico, a mulher de Ló também morreu, pois, ao olhar para trás, ficou convertida em uma estátua de sal.

 




E SOBRE AS CRIANÇAS DE SODOMA E GOMoRRA?






(foto reprodução)




Após meditar sobre a história de Ló, essas são reflexões que invadem nossa mente:



 

- Tratando-se de dois ajuntamentos humanos, é lógico admitir que havia crianças em Sodoma e Gomorra?

 


- Se havia crianças, é plenamente aceitável admitir que havia seres inocentes?

 



Observe este diálogo entre Deus e o patriarca Abraão: 




“Longe de Ti que faças tal coisa! Que destruas o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? Então disse o SENHOR: Se eu em Sodoma achar cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles” ( Gn 18,25- 26 ).





Este diálogo é muito conhecido, porém, é comum não serem feitas as seguintes perguntas: havia inocentes nas cidades de Sodoma e Gomorra? As crianças das cidades de Sodoma e Gomorra não eram inocentes, se eram, por que elas foram destruídas? Deus agiu injustamente? Elas, apesar de serem inocentes, também eram ímpias, uma vez que foram destruídas? Antes de tudo, consideremos o que Deus disse a Abraão: “Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles” ( Gen 18, 26 ). Deus garantiu a Abraão que, se houvesse dentro dos portões das cidades de Sodoma e Gomorra pelo menos dez justos, não destruiria as cidades! (Gen 18,32 ). Como bem sabemos, as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas, pois os três justos que haviam na cidade foram resgatados de lá, ou seja, Deus demonstrou que jamais destrói o justo com o ímpio, e que o juiz de toda a terra efetivamente faz justiça, pois não trata os justos como trata os ímpios ( Gn 19,16 ). Após observar as garantias que Deus concedeu a Abraão “Não a destruirei por causa dos dez” ( Gn 18,36 ), e o resultado final, a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19,25 ), chega-se a seguinte conclusão: diante de Deus, ser ‘inocente’ não é o mesmo que ser ‘justo’, pois, se os inocentes fossem justos, ambas as cidades não seriam subvertidas devido às inúmeras crianças que haviam naquelas cidades. Neste mesmo diapasão, o que dizer de milhares de crianças ‘inocentes’ que também, foram mortas no dilúvio, sendo que somente Noé e sua família foram declarados justos e salvos por Deus ( Gen 6,9 ; Gn 7,1 ; Heb 11,7 ). E os primogênitos do Egito não eram inocentes? ( Ex 12,29 ). 





Geralmente a Bíblia utiliza a palavra ‘inocente’ para designar uma pessoa ingênua, ou desavisada, como se lê: 




“Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” ( Ex 20,7 ).










Ou seja, após receber o alerta solene “Não tomarás o nome do Senhor em vão”, o homem deixa de ser inocente! Qualquer que utilizasse o nome de Deus em vão não mais seria considerado inocente, pois foi alertado. Ora, se qualquer que for avisado pelo Senhor deixa de ser inocente, temos que Adão nunca foi inocente, pois ele foi avisado por Deus do mau, mas resolveu por si mesmo passar, e como conseqüência sofreu a pena “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” ( Gn 2,17 ). Por causa do alerta solene Adão deixou de ser inocente, porém, continuava sendo um homem justo e sem conhecer o bem e o mal. Após desobedecer, Adão deixou de ser justo e passou a ser como Deus, conhecedor do bem e do mal. O alerta divino acerca das consequências em ser participante da árvore do conhecimento do bem e do mal arrancou a inocência de Adão. Adão deixou de ser justo após desobedecer e passou a ser como Deus: conhecedor do bem e do mal, em virtude de ser participante (comer) da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ou seja, a inocência de Adão foi perdida muito antes de ele conhecer o bem e o mal. A inocência não se perdeu após a transgressão, ou seja, antes mesmo da ofensa Adão já não era inocente por causa do alerta solene de Deus. Salomão alertou: “O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena” ( Prov 27,12 ). Ou seja, o aviso torna o homem apto para ver o mal, e este, por sua vez, deve se esconder. Em contra partida, o simples, o desavisado, o inocente, passa e sofre a pena! Por quê? É comum os homens atinarem que o inocente não deva sofrer a pena, mas a Bíblia demonstra que a pena não poupa o inocente (até para poda-lo e gerar mais frutos). “O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando” ( Prov 22,3 ). As alegações de Abraão são verdadeiras: “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” ( Gn 18,25 ), pois Deus mesmo diz: “De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio” ( Ex 23,7 ).




-O juiz de toda a terra faz justiça;


-Ele faz distinção entre justos e ímpios;


-Deus não mata o justo com o ímpio, e;


-Deus não declara (justifica) o ímpio como sendo justo.












Quando Deus recomendou ao povo de Israel algumas questões de direito, Ele orientou para que guardassem da falsa acusação, e que a pena capital não devia ser aplicada ao inocente e ao justo “De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio” (Ex 23,7 ).Este verso estabelece uma diferença significativa entre justo e inocente, pois se ‘justo’ e ‘inocente’ fossem maneiras distintas de fazer referência a uma mesma condição, Deus não estabeleceria a distinção: não matarás o inocente e o justo (Ex 23,7).Tudo começou com Adão, o primeiro pai da humanidade. Através dele a humanidade lançou mão de uma condição miserável. Por causa da ofensa dele todos os homens pecaram, e em um só evento, todos juntamente se desviaram de Deus ( Sl 14,3 ).Adão foi criado por Deus santo, justo e bom, ou seja, ele compartilhava da natureza de Deus. Adão existia em comunhão com a Vida e compartilhava da glória de Deus. Porém, Adão foi avisado por Deus que, no dia em que comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, que estava no meio do jardim, haveria de morrer ( Gn 2,17 ).










Embora santo, justo e bom, Adão nunca foi inocente (ingênuo), pois foi alertado quanto as consequências de sua decisão “O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena” (Prov 27,12 ). Adão foi avisado e não se escondeu do mal, ou seja, por ter sido avisado, ele já não era simples, ou seja, inocente. Há diferença entre ‘inocência’, que é ingenuidade e pureza, e ‘inocência’, que é estado de quem não é culpado, significado que é próprio aos tribunais. Não podemos confundir os significados da designação ‘inocência’, pois é essencial para a interpretação bíblica. Ora, como foi alertado por Deus sobre as consequências de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão já não era mais ‘simples’ (inocente, ingênuo), mas não era culpado, ou melhor, segundo a linguagem utilizada nos tribunais ‘inocente’. Adão foi criado puro (inocente, inculpável), santo e bom, e alertado (não mais inocente) quanto ao perigo de se comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.Porém, apesar de avisado, tanto a mulher quanto o homem preferiram dar ouvidos à serpente: “Certamente não morrereis” ( Gn 3,4 ). Não dar ouvidos (credito) a palavra de Deus alienou (extraviou) o homem do seu Criador. Após atender a palavra de Satanás, o homem deixou de compartilhar da vida e da glória que há em Deus. O Homem morreu conforme a palavra do Senhor ( Gn 2,17 )! As cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas porque todos os homens foram formados em iniquidade, todos foram concebidos em pecado ( Sl 51,5 ). O salmista Davi profetizou dizendo que todos os homens se desviaram e que juntamente se fizeram imundos (1Cor 25,1 ; Sl 53,3 ). 





Mas, onde e quando ocorreu o desvio, ou seja, a alienação da humanidade de Deus? Qual a idade que o homem passa a estar alienado de Deus?








A Bíblia afirma que os homens alienaram-se de Deus desde a madre, e que andam errados desde que nascem, e segundo os seus corações falam mentiras ( Sl 58,3 ; Mat 12,34 ). Dentre os filhos dos homens não há ninguém que tenha entendimento e que busque a Deus ( Sl 53:2 ), e nem mesmo as crianças são apontadas como exceção a regra. Profeticamente o salmista Davi escreve uma oração ao Senhor que retrata o anseio do Messias: “Ó Senhor, com a tua mão, livra-me dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida. Enche-lhes o ventre da tua ira entesourada. Fartem-se delas os seus filhos, e dêem ainda os sobejos aos seus pequeninos” ( Sl 17,14 ).



 

Conclusão













Deus destruiu Sodoma e Gomorra porque não havia dez justos naquelas cidades, e não há como esquecermos que haviam milhares de infantes que nelas habitavam.Como Deus garantiu que não destruiria as cidades de Sodoma e Gomorra se houvesse nelas dez justos, e Ele acabou subvertendo Sodoma e Gomorra, conclui-se que, para Deus, aquelas crianças não eram justas, embora fossem inocentes (simples).










Devemos considerar que a palavra inocente no Antigo Testamento tem o sentido de alguém ‘simples’, ‘desavisado’, diferente do sentido que passou a predominar ao longo dos anos, devido aos tribunais, para designar alguém livre de culpa.A ação de Deus no Antigo Testamento reitera a declaração do Salmista Davi, que diz:“E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente” ( Sl 143,2 ). O apóstolo Paulo reitera: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” ( Rm 3,10 ), e ele não apresenta exceções, caso fosse diferente a condição dos infantes. Em nenhuma das referências bíblicas excetuam-se as crianças, que embora sejam inocentes, diante de Deus, por causa da ofensa de Adão, são ímpias.











“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Romanos 5,18).





Esta distinção entre ser “justo” e “inocente” se fez necessária porque muitos cristãos, embora admitam que a humanidade sem Cristo esteja condenada ao inferno por causa da natureza pecaminosa herdada de Adão, acabam considerando que os infantes não se enquadram neste quesito. Muitos cristãos entendem que os infantes não são suficientemente lúcidos e, por não possuírem consciência para diferenciar o bem do mal, ou por não poderem praticar uma ação ou omissão contrária a moral humana, que Deus não os condenaria a perdição eterna.Tal posicionamento contraria totalmente a mensagem de Cristo, de que os homens são sujeitos do verbo ‘hamartia’, ou seja, pecam, porque são escravos do pecado, e não o contrário: são pecadores por causa de suas ações e omissões, ou por não terem consciência. Um servo do pecado é gerado na condição de pecado, estando ou não consciente, pois essa era a condição dos escravos.




“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” (João 8,34).




Qual era a condição dos inocentes de Sodoma e Gomorra?











“Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles” ( Gn 18,26 ).





Todas elas, apesar de supostamente inocentes, eram ímpias e corrompidas na moral sexual, pois Abraão argumentou, e Deus retirou os três únicos justos da cidade.





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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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