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Che Guevara: racista e homofóbico - mito ou verdade?

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023 | 23:31

 

 

 


 

 

A homossexualidade, aos olhos do regime autoritário de Cuba, era incompatível com a nova sociedade socialista. Sobre o tema, Fidel Castro expressamente afirmou em uma entrevista concedida em 1965 que “um desvio dessa natureza rompe com a ideia que temos sobre o que um militante comunista deve ser” (Ocasio, 2002:82). Porém, há divergências entre autores sobre a origem dessa contundente intolerância em Cuba, se anterior ou posterior ao castrismo. Para Arguelles e Rich (1984), considerando a forte herança patriarcal afroespanhola presente no meio rural, a solução para os homossexuais, antes da Revolução Cubana de 1959, era refugiar-se nas cidades, onde também viviam à margem ou abaixo da estrutura social. Numa época em que Cuba enfrentava altas taxas de desemprego e boa parte dos países desenvolvidos eram caracterizados por uma forte repressão sexual, a ilha capitalizava as experiências homoeróticas, quer para turistas estrangeiros, quer para nativos da pequena burguesia para quem a prática de sexo ocasional com outros homens não caracterizava homossexualidade.Segundo as autoras, para além do comércio sexual, havia ainda um grande fluxo de mão de obra para as demais atividades ligadas ao crime organizado, como bebidas e jogos de azar, o que chegou a formar uma pequena burguesia homossexual que, paradoxalmente, procurava parceiros entre heterossexuais de baixa renda. Porém, apesar dessa perceptível presença, a homossexualidade não teria gerado uma “cultura gay”, sendo tratada com violência ou reprovação nos ambientais familiares e tradicionais, levando a crer que a tolerância então existente não decorria de uma aceitação social, mas sim dos ganhos econômicos por ela gerados (Arguelles, Rich, 1984). Reagindo a tal postura, especialmente quanto à negação de existência de uma “cultura gay” presente e difusa na sociedade cubana pré-revolucionária, Ana Maria Simó e Reinaldo Ramos (1984) apontaram uma série de artistas que, antes de Castro, expressaram vivências homossexuais, aberta ou discretamente, tais como a poesia de Emilio Ballagas e de Rolando Escardó, o teatro e os contos de Virgilio Piñera, a narrativa de José Lezama Lima e a pintura de Víctor Manuel.Porém, independentemente dessa condição anterior, quer houvesse uma mescla social de visões de mundo, quer a cultura homossexual estivesse restrita ao campo das memórias subterrâneas, não há como identificar, em Cuba, a presença de sanção legal e de persecução oficial motivadas por orientação sexual antes de 1959. Com a Revolução Socialista, pelo contrário, ambas passaram a se manifestar. Já em 1961, ficou famosa a noite dos três “P”, quando uma unidade especial da polícia secreta, El Escuadrón de la Escoria, deteve numa operação noturna várias prostitutas, proxenetas e pájaros [pássaros] – gíria cubana para homossexuais afeminados (Ocasio, 2002; Guerra, 2010).Em 1973, após a criação e a extinção das UMAPs e a realização do Primeiro Congresso de Educação e Cultura, foi sancionada a Lei no1249, que tipificava os delitos contra os bons costumes e a ordem da família e punia a ostentação pública da homossexualidade. Em 1979, com o novo Código Penal Cubano, tal tipo penal foi revogado, dando lugar ao crime de escândalo público que punia com pena de três a nove meses aos que fizessem pública ostentação de sua condição homossexual, que praticassem atos homossexuais em lugar público ou mesmo em lugar privado caso pudessem ser involuntariamente vistos por outras pessoas, dentre outras condutas. Aliás, é justamente no ano de 1979 que se desenvolve a narrativa descrita no filme Fresa y chocolate. Diego, antes de fazer David entrar em seu apartamento, o alerta: havia sido detido em uma UMAP e ainda era continuamente vigiado por seus vizinhos, personificando o histórico de violações perpetradas pelo regime (Paz, 1991).







Ao final do conto e do filme, Diego perde seu ofício de produtor cultural e, sem vislumbrar alternativas, decide sair do país. Durante as décadas de 1960 e 1970, a rota do exílio cubano preferencialmente destinou-se aos Estados Unidos. Entre 1952 e 1979, a Lei de Imigração estadunidense autorizava que o controle de fronteiras impedisse o ingresso no país a estrangeiros “sexualmente desviados”; porém, devido à Guerra Fria, tal legislação acabou não sendo utilizada em relação aos cubanos homossexuais, pois a acolhida de egressos esporádicos do regime castrista servia de bandeira anticomunista (Arguelles et al., 1984). O exílio de Diego não é retratado no filme. A narrativa, ao terminar antes de sua efetivação, deixa aberta a possibilidade de que sua saída possa ter acontecido somente no ano seguinte durante a emigração de Mariel. Em 20 de abril de 1980, após o episódio em que um motorista jogou um ônibus de passageiros contra a embaixada do Peru para solicitar asilo, Fidel Castro anunciou que todos os cidadãos que desejassem deixar a ilha poderiam fazê-lo por meio do porto de Mariel, o que gerou um fluxo de mais de 120.000 cubanos em direção aos Estados Unidos. A permissão de deixar Cuba, porém, não era tão irrestrita quanto parece. Na verdade, a intenção de Castro era se ver livre da maior quantidade possível de indivíduos indesejados ao regime, o que obviamente incluía os homossexuais. Por isso, Antonio Conchez, considerado pelo Comitê de Defesa da Revolução um bom estudante e membro de uma família decente, teve seu pedido de exílio inicialmente negado; apenas depois de comparecer perante as autoridades, intencionalmente com roupas vistosas, maquiagem no rosto e postura afeminada, conseguiu a esperada autorização para deixar o país. O escritor Reinaldo Arenas testemunhou que não somente teve que se assumir homossexual perante as autoridades, como precisou caminhar diante de um grupo de psicólogas para que elas atestassem tal condição (Peña, 2007). Paradoxalmente, a mesma conduta ostensiva da orientação sexual que motivara a punição de homossexuais em Cuba tornou-se o requisito legitimador de sua saída do país.Todos esses elementos da repressão homossexual cubana são discretamente apontados em Fresa y chocolate, filme que diante da amizade surgida entre David e Diego flerta com uma mensagem reconciliadora de possível superação da discriminação social no horizonte histórico. Dirigido por Tomás Alea como uma resposta ao filme-denúncia extremamente anticastrista Conducta impropria, de Néstor Almendros e Orlando Jiménez Leal, não é de se estranhar que tenha sido patrocinado pelo Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos, órgão que segundo seu criador, Alfredo Guevara (2010), teria sido “a primeira medida revolucionária tomada no campo da arte” com o fim de fazer do cinema “um instrumento de opinião e formação da consciência individual e coletiva”.Tal patrocínio parece explicar porque Diego menciona inúmeros autores estrangeiros homossexuais, como Federico García Lorca e Konstantínos Kaváfis, ao mesmo tempo em que oculta os literatos cubanos exilados Reinaldo Arenas e Virgílio Piñera; ou que, embora condene as UMAPs, faça questão de destacar a figura de Pablo Milanés, cantor que, mesmo detido em uma dessas unidades, sempre manteve sua crença no papel da Revolução; ou que reproduza o estereótipo do maricón afeminado, ainda que ele nunca faça sexo durante toda a narrativa; ou, por fim, que abra a possibilidade da personagem homossexual ser também caracterizada como um homem novo guevariano (Martínez, 2002b).Quanto a isso, porém, é preciso lembrar a classificação social homoafetiva que Senel Paz pôs na boca de Diego, reproduzida igualmente no filme: no nível mais baixo da pirâmide estariam as locas, preocupadas apenas no prazer obtido com outros homens nos parques e nas saunas, provocadoras da sensibilidade popular não somente pelos seus trejeitos, mas também por sua futilidade, capazes de transformar em grandes desafios simples atos como pintar as unhas; os maricones, situados a meio caminho com características parciais dos dois extremos; e, na parte superior, os homossexuais, para quem o sexo ocuparia apenas um lugar na vida e nunca sobreposto ao dever social, caracterizados por serem trabalhadores, patriotas, firmes, sensíveis diante do fato social, o que inclusive os legitimaria a reivindicar a condição de aliados dos marxistas (Paz, 1991).Diego define-se como um homossexual. Como tal seria digno de ser reconhecido como um revolucionário, como um homem novo. Porém, talvez por isso mesmo, seu exílio no final da narrativa acabe sendo coerente. Se na classificação de Senel, o homossexual é aquele que considera a supremacia do dever social, assim entendido como subserviência às vontades da massa e dos dirigentes, por mais intolerantes que fossem, só restaria a Diego uma saída: pegar um dos botes com destino aos Estados Unidos no porto de Mariel – como provavelmente fez.

 

 

 

Saiba quem foi Che Guevara, um dos maiores revolucionários da história




Redação Brasil Paralelo

 


 

Entender quem foi Che Guevara é desvendar um dos casos mais emblemáticos da América Latina. Sua figura divide principalmente dois lados. Enquanto muitos afirmam que “Che” foi um assassino impiedoso e violento, outros se referem a ele como o símbolo da esperança.Ernesto Guevara ficou tão famoso que existem mais de 9 mil produtos com seu rosto disponíveis no eBay. Celebridades como o príncipe da Inglaterra e outras já foram vistas usando roupas em homenagem ao revolucionário cubano. Mas será que todos esses realmente conhecem a história de quem foi Che Guevara?Além de conhecer quem foi Che Guevara, entenda o seu papel na Revolução Cubana, os crimes cometidos, os casos de homofobia e como foi sua morte.





Quem foi Che Guevara?




Che Guevara foi um dos líderes da Revolução Cubana, ele também fomentou outras organizações guerrilheiras latinas e africanas. Era médico e também atuou como jornalista. Devido aos seus anos de luta socialista, Che Guevara tornou-se símbolo do que ficou conhecido como “contracultura”. Ernesto Guevara de la Serna, conhecido pelo apelido “Che”, nasceu em 14 de julho de 1928, na cidade de Rosário, na Argentina. Guevara nasceu em uma família rica, cujos pais herdaram as riquezas de Patricio Julián Lynch y Roo, bisavó de “Che”, que foi considerado o homem mais rico da América do Sul.O pai de Che Guevara, Ernesto Guevara Lynch, era socialista. Durante a Guerra Civil Espanhola, o pai de Che apoiava os republicanos socialistas espanhóis. Ernesto Lynch participava e organizava eventos políticos.Segundo Anderson Jon Lee, no livro Che Guevara: uma vida revolucionária (1997), Ernesto Lynch chegou a receber veteranos da guerra espanhola em sua casa, tudo com a presença do pequeno Che.Criado em um ambiente politizado, Che nunca deixou de se importar com questões sociais, mas decidiu graduar-se profissionalmente em Medicina. Durante a faculdade, Guevara parou o curso por um tempo para viajar de moto pela América Latina com o amigo Alberto Granado.




A mudança revolucionária




A viagem causou uma mudança abrupta na vida de Che Guevara. A cada país que Che passava, ele via pobreza e miséria, ditaduras e riqueza concentrada no bolso de poucos.Confrontando-se com a pobreza, Che decide-se por seguir o marxismo radicalmente. Na sua mente, a luta de classes era a melhor explicação para o que presenciou, e a luta comunista-socialista a melhor solução.Saber quem foi Che Guevara é conhecer parte importante do espírito socialista latino. O livro que Guevara escreveu sobre esta experiência, Diários de Motocicleta, tornou-se um best-seller global, de acordo com o The New York Times.Um episódio da viagem tornou-se o marco central da decisão revolucionária de Che Guevara: a descoberta de uma colônia de leprosos no Peru. O grupo de leprosos vivia sob os cuidados de um médico comunista, o Dr. Hugo Pesce.Na colônia, Che presenciou uma experiência de solidariedade e bondade que o impressionou. A biografia de Che Guevara feita por Douglas Kellner traz a descrição de Che sobre sua experiência:“As formas mais elevadas de solidariedade e lealdade humana surgiram entre pessoas tão solitárias e desesperadas”.A partir deste momento, Che decidiu dedicar sua vida a ajudar os pobres com os seus aprendizados da faculdade de Medicina. Che Guevara se formou em 1952 e passou imediatamente a viajar pela América Latina, cuidando das doenças dos economicamente menos afortunados.Porém, Che ficou insatisfeito com o que fazia, ele passou a acreditar que estava cuidando dos sintomas, e não da doença.No seu escrito Sobre a Medicina Revolucionária, Guevara diz que esteve “em contato próximo com a pobreza, com a fome e com as doenças”, com a “incapacidade de tratar uma criança por falta de dinheiro”. Diante disso, Ernesto Guevara manifestou: “... estupefação provocada pela contínua fome e punição [que leva um pai a] aceitar a perda de um filho como um acidente sem importância”Tudo isso levou o médico a mudar de profissão. Che não queria mais tratar casos isolados: seu novo foco seria atacar o sistema que ele acreditava causar todos os problemas presenciados.Contudo, ao chegar no poder de Cuba, Che cometeu diversos crimes, ferindo gravemente direitos humanos básicos.











Crimes de Che Guevara


 

Diversas atitudes tomadas por Che Guevara como guerrilheiro e político de Cuba, configuram crimes contra os direitos humanos. As principais medidas criminosas foram:




       campos de trabalho forçado;

       homofobia e intolerância religiosa;

       fuzilamentos sem julgamento;

       incentivar uma guerra nuclear.




Campos de trabalho forçado










Em 1960 surgiram os primeiros campos de concentração em Cuba, organizados pelo regime socialista de Che Guevara e Fidel Castro. Aqueles que eram considerados inimigos do regime, eram mandados para as Unidades Militares de Ajuda à Produção (UMAP).Esses campos foram denunciados pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 1967. Segundo o documento oficial da comissão:“os jovens são recrutados à força por simples disposição da política, sem que se faça nenhum julgamento, nem seja permitido direito de defesa [...].Em muitas ocasiões, os familiares só são notificados semanas ou meses depois da detenção. São obrigados a trabalhar gratuitamente na granja estatal por mais de 8 horas diárias e recebem um tratamento igual ao que se dá em Cuba aos presos políticos.[...] Esse sistema cumpre dois objetivos: a) facilitar a mão de obra gratuita do Estado e b) castigar os jovens que se negam a participar das organizações comunistas”.




Homofobia e intolerância religiosa




Segundo o livro Gender policing, homosexuality and the new patriarchy of the Cuban Revolution, de Lillian Guerra, diversas pessoas foram torturadas e assassinadas por serem católicos, testemunhas de Jeová ou homossexuais.




Fuzilamentos sem julgamento











A Comissão Interamericana de Direitos Humanos também denunciou a realização de fuzilamentos sem julgamento no documento já citado. O Projeto Verdade e Memória, da organização Arquivo Cuba, acusa Che Guevara de ter cometido diretamente 144 execuções.Em 1964, Che Guevara representava Cuba na Conferência das Nações Unidas, em Nova York. Nesse período, seu cargo oficial era de embaixador de Cuba. As informações sobre os fuzilamentos já eram de ciência de muitos chefes de Estado, que indagaram o guerrilheiro sobre as medidas descabidas que tomava.Em resposta, Che disse:“Sim, temos fuzilado. Fuzilamos e seguiremos fazendo isso enquanto for necessário. Nossa luta é uma luta à morte”.O biógrafo de Ernesto Guevara, John Lee Anderson, conseguiu o diário de Che com sua viúva. Nos escritos do guerrilheiro, ele escreveu com detalhes uma de suas primeiras execuções: “Era uma situação incômoda para as pessoas e para [Eutímio], de modo que acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibre 32 no lado direito do crânio, com o orifício de saída no temporal direito. Ele arquejou um pouco e estava morto. Ao tratar de retirar seus pertences, não consegui soltar o relógio, que estava preso ao cinto por uma corrente, e então ele [ainda Eutímio, antes de ser baleado] me disse, numa voz firme, destituída de medo: 'Arranque-a fora, garoto, que diferença faz...'. Assim fiz, e seus bens agora me pertenciam. Dormimos mal, molhados, e eu com um pouco de asma”.




Desejo de uma guerra nuclear




Em uma entrevista para o jornal britânico The Daily Worker, Che Guevara manifestou-se irritado com a retirada dos mísseis nucleares soviéticos de Cuba. Ele afirmava que o ato foi uma traição.Na entrevista, Che afirmou que teria lançado os mísseis nucleares nos Estados Unidos se tivesse poder para tal.Anos mais tarde, indagado sobre as consequências de disparar as armas atômicas, Guevara disse que contra a "agressão imperialista global" valeria a possibilidade de "milhões de vítimas da guerra atômica", segundo o biógrafo Jon Lee Anderson.






Qual foi o objetivo de Che Guevara? 











O objetivo da militância política e militar de Che Guevara era instaurar o comunismo na América Latina. Che acreditava que essa era a única maneira de encerrar a pobreza e os problemas humanos.Segundo o livro Che Guevara, de Eder Sader, o médico guerrilheiro afirmou:“O socialismo não é uma sociedade beneficente, não é um regime utópico, baseado na bondade do homem como homem.O socialismo é um regime a que se chega historicamente e que tem por base a socialização dos bens fundamentais de produção e a distribuição equitativa de todas as riquezas da sociedade, numa situação de produção social”.Para alcançar seu objetivo, Che Guevara mudou-se para a Guatemala em 1953, pois o país tinha eleito um governo genuinamente socialista. O presidente, Arbenz Guzmán, liderava uma reforma agrária e outras medidas socialistas, atraindo os principais militantes da época para sua nação.Foi nesse momento que Che conheceu sua segunda mulher, a economista peruana Hilda Gadea. Eles se casaram e tiveram 4 filhos. Guevara já tinha um filho de um longo relacionamento anterior.Hilda Gadea foi a ponte entre Che Guevara e Fidel Castro. A economista possuía amizade com membros da guerrilha de Fidel, exilados na Guatemala.




Como surgiu o apelido “Che”




Ernesto Guevara usava muito a interjeição “tchê”, de uso comum do povo de sua região natal e brasileiros do sul. Contudo, a interjeição não é utilizada nas regiões do norte da América Latina. De maneira jocosa, seus camaradas da Guatemala passaram a lhe chamar de “Che”.Segundo o próprio Ernesto, sua estadia na Guatemala possuía 2 objetivos:



1.     Aprender como funcionava um governo socialista. 



2.     Como ser um verdadeiro militante.




Enquanto estava no país, atuava como médico e estreitava o relacionamento com os guerrilheiros.De repente, todos os socialistas do país foram abalados: o presidente Arbenz sofreu um golpe e perdeu o poder. A esposa de Che foi presa e ele refugiou-se no México. Lá, Che conheceu pessoalmente Fidel e Raúl Castro, decidindo por participar da revolução cubana com convicção.Nos treinamentos da guerrilha dos irmãos Castro, nomeada Movimento 26 de junho, Guevara destacou-se e foi tido como o melhor guerrilheiro do mundo, de acordo com seu treinador, o guerrilheiro Bayo.Antes de partir para a guerra de fato em Cuba, Che reencontrou sua mulher no México, tendo se casado oficialmente com ela antes de ir para os embates guerrilheiros.




Revolução Cubana




No dia 25 de novembro de 1956, os guerrilheiros do Movimento 26 de julho desembarcaram em Cuba. Logo que saíram dos barcos, os militares cubanos começaram a atirar. Muitos morreram; apenas 22 se reagruparam para continuar a revolução.Che Guevara e o grupo de Fidel Castro se uniram com outros guerrilheiros cubanos. O grupo também conseguiu convencer muitos camponeses a participar da revolução.Che ficou conhecido pelas suas grandes conquistas. Mesmo com uma pequena coluna de guerrilheiros, dominou muitas das principais cidades de Cuba. As duas principais conquistas foram a cidade de Santa Clara, capital de uma província, e Havana, capital do país.Eles atacavam com precisão e fugiam antes de os inimigos conseguirem revidar. A guerra teve fim no dia 8 de janeiro de 1959, com a vitória dos guerrilheiros do Movimento 26 de julho. O número total de mortos soma 2 mil pessoas.




Qual foi a importância de Che Guevara para a Revolução Cubana?





Che Guevara foi fundamental para a Revolução Cubana. Ernesto Guevara foi um dos comandantes das tropas de guerrilheiros e o principal responsável pela união de Cuba com a União Soviética, os aliados que permitiram a sobrevivência da revolução no país.Seu papel foi tão importante, que os chefes da Revolução, Fidel e Raúl Castro, lhe forneceram cargos altos no governo revolucionário. Os principais cargos de Guevara em Cuba foram:




-Presidente das comissões de depuração dos oficiais do exército inimigo.


-Ministro da indústria de Cuba.


-Presidente do Banco Central de Cuba.


-Embaixador de Cuba.




Apesar das honrarias que recebeu dos novos líderes de Cuba, sua carreira possui diversos rastros de crimes!




Como Che Guevara morreu?









Che Guevara morreu na Bolívia, em 1967, após uma tentativa frustrada de instaurar um regime socialista. Após a Revolução Cubana, Che Guevara tentou fazer guerras de guerrilha no Congo e na Bolívia, mas não obteve êxito.A intenção do guerrilheiro era que todos os países pobres conseguissem realizar o mesmo feito de Cuba. Porém, Ernesto não encontrou ímpeto revolucionário nos outros países, segundo suas próprias declarações.Che havia já dito que sua intenção era morrer lutando pela causa. Sua morte ressoou por todo o mundo, especialmente devido às fotos divulgadas de seu cadáver. Para os capitalistas, sua morte foi motivo de comemoração; para os socialistas, Che virou um mártir. Sua morte selou as ações que apresentam quem foi Che Guevara.




Che Guevara era comunista ou socialista?




Che Guevara se declarava marxista-leninista, o que faz com que o guerrilheiro fosse comunista. Marx e Lênin eram a base do pensamento e das ações de Che. Embora lesse autores socialistas, os comunistas foram suas maiores influências.Conhecer esse aspecto teórico é importante para saber quem foi o guerrilheiro argentino. Suas frases também apresentam parte importante de seu pensamento.As frases de Che são frequentemente proclamadas pelos seus fãs, tendo ganhado fama mundial, especialmente nas manifestações da Sorbonne, em Paris, em maio de 1968. As principais frases de Che Guevara são:




       “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”;

       “Sonha, e serás livre de espírito... luta, e serás livre na vida”;

       “Derrota após derrota até a vitória final”;

       “O revolucionário deve sempre ser integral. Ele deverá trabalhar todas as horas, todos os minutos de sua vida, com um interesse sempre renovado e sempre crescente. Esta é uma qualidade fundamental”;

       “Lutam melhor os que têm belos sonhos”.




A base da vida de “Che”




A base dos principais feitos de Che Guevara foram as ações de Vladimir Ilyitch Ulianov, mais conhecido como Lênin. Che era marxista, mas era um marxista não dogmático, cuja base principal para a revolução era o revolucionário bolchevique Lênin.Foi Lênin quem mudou as ideias de Marx para conseguir fazer a revolução capitalista em um país agrário. Após estudar a invasão bolchevique na Rússia, Che começou a planejar o mesmo na América Latina. Para entender as ações de Che, seus planos e a sua influência no continente americano, primeiro se deve entender a revolução de Lênin. A importância desse momento levou a Brasil Paralelo a desenvolver um documentário que explica detalhadamente a influência bolchevique no mundo.A nova atitude da Rússia transformou o mundo de tal maneira, que ainda hoje os efeitos da revolução comunista ecoam no mundo. Desde a formação de partidos comunistas até mesmo nas mudanças da cultura ocidental.




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Fonte:https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/quem-foi-che-guevara

 




CHE GUEVARA: O símbolo da esquerda racista, elitista e homofóbica

 



Por *Kim Kataguiri










Sabe aquele seu coleguinha de faculdade que vive falando em minorias, justiça social, tolerância e democracia, mas sempre vai assistir à aula com a camisa do Che Guevara? Pois é, este texto foi feito especialmente para ele.Se você é aquele tipo de cara que diz “mais amor, por favor”, “menos ódio”, “menos intolerância”, então a última coisa que você deveria usar é uma camisa do Che Guevara. Segundo o queridinho dos socialistas: “um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio”. Pois é, se deseja uma revolução comunista em que todos sejam iguais – sendo o significado de “igual” definido por um planejador central –, não pode pedir mais amor, pelo contrário: deve pedir mais ódio.Se você é do movimento negro e diz lutar contra o racismo, contra a discriminação, e defende demagogias baratas, como cotas raciais, o glorioso revolucionário vermelho também não pode ser seu ídolo. Segundo o líder iluminado da revolução cubana: “o negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia”. 










Lembra daquele professor de sociologia que falava sobre o eurocentrismo e como nós enxergávamos o mundo através de uma lente imperialista? Pois é. Che discorda.Se você é do movimento LGBT e defende igualdade de direitos para todos, Che Guevara não é um exemplo a ser seguido. Na ditadura cubana, milhares de gays foram perseguidos e enviados para campos de trabalho forçado para serem “curados”. Pois é, Che Guevara acreditava em cura gay, e não é a tal cura que dizem ser defendida pela bancada evangélica, com psicólogos, é cura com tortura e porrada, ao melhor estilo revolucionário.Se você acha que o capitalismo gerou uma cultura materialista que fez com que as pessoas se tornassem fúteis, então pode jogar fora aquela camiseta do Che Guevara. Depois da revolução, Che escolheu a maior mansão cubana como sua moradia e quando foi morto na Bolívia, ostentava um belo de um rolex no pulso. Até pra morrer precisa ter estilo, né? Não dá pra partir para outra como um pobre qualquer.










Se você acha que os coxinhas são CDFs, autoritários e certinhos e adora andar com aquela galera descolada do DCE da faculdade, Che Guevara não pode ser o seu herói. A primeira ordem oficial de Che ao tomar a cidade de Santa Clara foi banir a bebida, o jogo e os bailes com a justificativa de que eram “frivolidades burguesas”. Quer fumar aquela ervinha marota? Cuidado para não ser fuzilado pelo revolucionário carola.Se você diz que a Lava Jato é autoritária, que o Lula está sendo alvo de uma perseguição política e que a imprensa já condenou Lula mesmo antes da sentença de Moro, mas, ao mesmo tempo, é fã do Che Guevara, você é um hipócrita.Che não conhecia os conceitos de Justiça ou de devido processo legal. Pelo contrário: só na primeira década do regime comunista de Cuba, foram 14 mil execuções sumárias. Nenhum desses cubanos teve direito a contraditório e ampla defesa. Não teve 1ª instância, não teve 2ª instância, não teve habeas corpus preventivo julgado por STJ e STF.










O próprio Che dizia: “banharei minha arma em sangue e, louco de fúria, cortarei a garganta de qualquer inimigo que me cair nas mãos… E sinto minhas narinas dilatadas pelo cheiro acre da pólvora e do sangue, do inimigo morto”. Bem parecido com aquelas musiquinhas que a turma paz e amor toca nos saraus, não é mesmo?Se você acredita que deve ter coragem pra defender seus ideais e pegaria até em armas pra defender a revolução, Che Guevara também não é um bom exemplo. Antes de morrer, Che não gritou “Viva a Revolução!”, pelo contrário: berrou desesperado, dizendo que valia mais vivo do que morto e implorando para que não atirassem. Os últimos momentos do destemido ícone foram bem humilhantes.Pois é, meu amigo. Você, que diz defender a tolerância e a democracia, mas idolatra Che Guevara, na verdade defende a discriminação, a tortura, a intolerância e a perseguição política. Antes de chamar os outros de fascista, você deveria se olhar no espelho.




 

 






*Kim Kataguiri - É deputado federal (DEM-SP) e líder do Movimento Brasil Livre (MBL). Foi colunista do IREE até novembro de 2018.




Fonte:https://iree.org.br/o-simbolo-da-esquerda-racista-elitista-e-homofobica/

 





 







BIBLIOGRAFIA:

 




-Madero, Abel Sierra. “El trabajo os hará hombres”: Masculinización nacional, trabajo forzado y control social en Cuba durante los años sessenta. Cuban Studies (44), Pittsburgh, 2016.

 

 

-Guevara, Ernesto (Che). El socialismo y el hombre nuevo en Cuba. In: Guevara, Ernesto (Che). Pensamiento y acción: selección de escritos y discursos. Buenos Aires, Nuestra Propuesta, 2004 [1965].

 

 

-Green, James Naylor. O grupo Somos, a esquerda e a resistência à ditadura. In: Green, James; Quinalha, Renan (org.). Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e busca da verdade São Paulo, EdUFSCar, 2014

 


-Fuentes, Norberto. Dulces guerreiros cubanos Barcelona, Seix Barral, 1999.

 

 

-Bejel, Emilio. “Strawberry and Chocolate” coming out of de Cuban closet. South Atlantic Quarterly 96(1), Durham, 1997

 

 

-Arguelles, Lourdes; Rich, B. Ruby. Homosexuality, homophobia, and revolution: notes toward an understanding of de Cuban lesbian and gay male experience, part I. Signs: Journal of Women in Culture and Society 9(4), Chicago, summer/1984

 




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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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