Salmo Responsorial – 50 (51): “Vou agora levantar-me, volto à casa do meu pai ”
Com alegria nos reunimos para celebrar
nosso encontro festivo com o Pai bondoso e misericordioso. Apesar de nossas infidelidades, ele não nos rejeita, mas vem
ao nosso encontro quando nos desviamos de seus caminhos. Alcançados e
salvos por seu Filho, abramos o coração para acolher a graça transbordante que
chega a nós pela Eucaristia.
Anúncio do
Evangelho: Lucas
15,1-32
— Glória a vós, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Naquele tempo, 1os
publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus:
“Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então, Jesus
contou-lhes esta parábola: 4“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não
deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu, até
encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria 6e, chegando a
casa, reúne os amigos e vizinhos e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha
ovelha que estava perdida!’ 7Eu vos digo, assim haverá no céu mais alegria por
um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam
de conversão. 8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende
uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando
a encontra, reúne as amigas e vizinhas e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a
moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os
anjos de Deus por um só pecador que se converte”.] 11E Jesus continuou: “Um
homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte
da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias
depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante.
E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que
possuía, houve grande fome naquela região e ele começou a passar necessidade.
15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo
cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos
comiam, mas nem isso lhe davam. 17Então caiu em si e
disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo
de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei
contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a
um dos teus empregados’. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando
ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao
encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai,
pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22Mas o
pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu
filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho
gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto
e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. 25O
filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e
barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava
acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que
voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. 28Mas ele
ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele,
porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci
a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus
amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas,
matas para ele o novilho cevado’. 31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás
sempre comigo e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e
alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava
perdido e foi encontrado'”.
— Palavra da Salvação!
— Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Neste evangelho dominical, temos uma das parábolas
mais conhecidas do Evangelho: a do filho pródigo, que, caindo em si, vê a gravidade
da ofensa feita ao seu pai, regressa a ele e é acolhido com grande alegria.Podemos retornar ao
começo da passagem, para encontrar a ocasião que permite a Jesus Cristo expor
esta parábola. Sucedia, segundo nos diz a Escritura, que «Todos os publicanos e
pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar» (Lc 15,1), e isto surpreendia
aos fariseus e escribas, que murmuravam: «Os fariseus e os escribas, porém,
murmuravam contra ele. «Este homem acolhe os pecadores e come com eles» (Lc
15,2). Parece-lhes que o Senhor não deveria compartilhar seu tempo e sua
amizade com pessoas de vida pouco correta. Fecham-se ante quem, longe de Deus, necessita
conversão.Mas, se a parábola ensina que ninguém está perdido para Deus, e anima
a todo pecador enchendo-lhe de confiança e fazendo-lhe conhecer sua bondade,
encerra também um importante ensinamento para quem, aparentemente, não necessita
converter-se: não julgue que alguém é “mal” nem exclua a ninguém, procure atuar
em todo momento com a generosidade do pai que aceita a seu filho. O receio do
filho mais velho, relatado ao final da parábola, coincide com o escândalo
inicial dos fariseus.Nesta parábola não somente é convidado à conversão quem
patentemente a necessita, mas também quem não acha necessitá-la. Seus destinatários
não são somente os publicanos e pecadores, mas igualmente os fariseus e
escribas; não são somente os que vivem dando as costas a Deus, e talvez nós,
que recebemos tanto Dele e que, no entanto, nos conformamos com o que lhe damos
em troca e não são generosos no tratamento com os outros. Introduzido no mistério
do amor de Deus — nos diz o Concilio Vaticano II— recebemos uma chamada a
começar uma relação pessoal com Ele mesmo, a empreender um caminho espiritual
para passar do homem velho ao novo homem perfeito segundo Cristo. A conversão
que necessitamos poderia ser menos chamativa, mas talvez haja de ser mais
radical e profunda, e mais constante e mantida: Deus nos pede que nos
convertamos ao amor. Devemos acreditar na misericórdia do Pai que nos recebe sempre de
braços abertos e com muita festa. E devemos, sobretudo, pedir que essa mesma misericórdia seja
derramada infinitamente em nosso coração para que possamos ver com os olhos de
Deus os nossos irmãos que julgamos pecadores e reconhecer que todos somos
merecedores do mesmo amor do Pai.
“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
MOTIVAÇÕES PARA A
LITURGIA DIÁRIA E DOMINICAL:
A Liturgia Diária é uma ótima ocasião para que se opere a “conversão diária!” -
A leitura da Liturgia Diária forjou e moldou muitos Santos:
1)-Santo Agostinho foi
um deles. “Tolle et lege” (Toma e lê) foi a frase que o conduziu a ler um trecho
do Evangelho que mudou sua vida.
2)-O grande Santo Antão, que deu origem à vida
monástica, foi tocado pela graça ao ler a parábola do moço rico no Evangelho.
3)- São Francesco
(Francisco) cujo nome é adotado depois de uma viagem à França, onde o menino teria ficado
cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria
começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês"
em italiano. Também, como Santo Antão,a passagem do
jovem rico é tão significativa que inspirou também São Francisco de Assis a
elaborar sua Regra de Vida baseada no desapego aos bens e o amor aos pobres:
“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19, 21).
4)-Também para Santo
Inácio de Loyola a ocasião escolhida por Deus para sua mudança de vida foi a leitura de
consagrados livros Cristãos. Gravemente ferido na batalha de
Pamplona (20 de Maio de 1521), passou meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo período de recuperação, Inácio procura ler
livros para passar o tempo, e começa a ler a "Vita Christi", de
Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de
Varazze, monge cisterciense que comparava o serviço de Deus com uma ordem
cavalheiresca.A partir destas leituras, tornou-se empolgado com a ideia de uma
vida dedicada a Deus, emulando os feitos heroicos de Francisco de Assis e
outros líderes religiosos. Decidiu devotar a sua vida à conversão dos
infiéis na Terra Santa.
Os Santos recomendam com
empenho a Liturgia Diária:
1)-São Bernardo: “A leitura espiritual nos
prepara para a oração e a prática das virtudes. Leitura
e Oração são as armas com as quais se vence o demônio e se conquista o
céu”.
2)-São Cipriano (bispo
de Cartago -África): “Permanece na oração e na leitura: desse modo conversarás com Deus e
Deus estará contigo”.
3)-Santo Afonso de
Ligório: “Quantos Santos abandonaram o mundo e se deram a Deus por meio da
leitura espiritual!”
4)-São Gregório Magno,
Papa: “Eu te rogo:
empenha-te em meditar cada dia as palavras do teu Criador. Assim aprenderás a conhecer o coração de Deus através
das palavras de Deus”.
A Liturgia Diária
ajuda-nos a compreender e amar a Liturgia Católica:
O Catecismo da Igreja Católica
ensina que “a liturgia é participação na oração de
Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã
encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem interior lança
raízes e alicerça-se no «grande amor com que o Pai nos amou» (Ef 2, 4).
A Liturgia Diária prepara
nossa alma para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Na Liturgia Diária, as orações e
as leituras da Palavra de Deus são ocasião para alimentar a nossa fé. Em cada
leitura Deus fala a seu povo e o alimenta.Por esse modo
a Santa Igreja prepara o coração dos fiéis para poder receber o Corpo e Sangue
de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Sagrada Comunhão.Na Liturgia da Palavra o fiel
ouve com atenção as leituras da Bíblia que são uma carta escrita por Deus para
cada um de nós.Na Liturgia Eucarística somos preparados para receber o
Pão dos Anjos, que transformará nossa vida, e como Elias nos dar força para
continuar a caminhada alimentados por este pão (I Reis 19,4-10).
Como viver de forma
prática a Liturgia Diária?
Este é um método de “leitura orante da Palavra de Deus”, da Liturgia Diária,
praticado e ensinado pelos Padres da Igreja desde os seus primeiros séculos.
Foi batizada com esse nome por Orígenes no Séc. III, e generalizou-se nos
séculos IV e V como maneira predominante de ler a bíblia. Esta pode ser
feita diariamente, por exemplo, meditando o Evangelho proposto pela liturgia
diária da Santa Missa.
Após suplicar a luz do
Espírito Santo, o método se desenvolve em 4 passos:
1)-Leitura: o que a Palavra diz em si?
2)-Meditação: o que a Palavra diz para mim; o
que ela me ensina, me revela, como ela me forma, como a vejo em minha vida?
3)-Oração: Qual minha resposta a palavra de
Deus?
4)-Contemplação: O que a
palavra de Deus fez em mim? O que devo mudar concretamente em minha vida? Que
postura devo tomar? O que me proponho a viver doravante durante a minha vida?
- O fruto dessa nova dinâmica de vida ao
ritmo da Palavra é uma transformação real e concreta que nos elevará em fé,
esperança e caridade, além disso, nos proporcionará uma vida junto de Deus mais
constante e digna de Seu amor! Por
último, que possamos perseverar neste caminho. Auxiliados pela graça de Deus já
provaremos aqui nesta terra das riquezas do céu, e possamos cantar esperançosos
com São Tomás de Aquino:
“...Ó Jesus, que nesta vida pela
fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu
desejo:
Ver-te, enfim, face a
face, meu divino amigo!
Lá no céu, eternamente, ser feliz
contigo!”
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você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de
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