O Capital é o primeiro livro do tratado de
crítica à Economia Política clássica. O Capital, publicado pela primeira vez em
14 de setembro de 1867 pelo revolucionário comunista e teórico político Karl
Marx. É o único livro da série publicado no tempo de
vida de Marx. Produto de uma década de intensa pesquisa e formulação urdida
sobretudo a partir dos Grundrisse, o livro aplica a análise de classe do
capitalismo com enfoque na forma da mercadoria e no processo de produção,
expondo o modo de produção capitalista historicamente específico. Os
temas-chaves são as fontes e as formas da mais-valia (segundo a tradição
tradutória brasileira, ou mais-valor) no contexto da dinâmica da acumulação de
capital (com um capítulo histórico acerca da acumulação primitiva, base do
capitalismo moderno) que caracteriza o desenvolvimento econômico durante longo
período. Tais categorias são consideradas na teoria do trabalho abstrato e
trabalho concreto. Na verdade O Capital” é uma coletânea de livros do filósofo alemão
Karl Marx, o principal pensador do movimento marxista. É considerado o livro
que deu origem ao pensamento socialista-marxista. Esses quatro livros concentram
todos os estudos de Karl Marx em mais de duas décadas, sendo considerado a
maior obra do marxismo. O primeiro livro foi publicado pela primeira vez em
1867 enquanto Karl Marx estava vivo, os livros II, III e IV são obras póstumas
publicada em 1885, 1894 e 1905, respectivamente:
-Livro I: o processo de produção do
capital.
-Livro II: o processo de circulação do
capital.
Livro III: o processo global da produção
capitalista.
Livro IV: teoria do mais Valia.
O Capital faz uma análise das relações
econômicas, especificamente o capitalismo, abrangendo conceitos como mais
valia, capital constante, capital variável, salário e acumulação primitiva. Analisa
também, os aspectos do modo de produção capitalista criticando a econômica
política. Marx, utilizando ampla gama de referenciais
lógicos, econômicos, históricos e até mesmo literários para a complexa
argumentação metateórica da obra, parte fundamentalmente do valor de uso e
valor de troca observados por Aristóteles (em sua Política e na Ética a
Nicômaco), que já criticava o dinheiro que é usado para gerar mais dinheiro e
acúmulo, ao invés de fazer com que não haja carência de um lado nem excesso do
outro, desequilibrando a ponta da sociedade; da explicação por Adam Smith (em A
Riqueza das Nações) do valor de troca pelo trabalho empregado na produção da
mercadoria e não por sua mera utilidade; e a teoria do valor-trabalho e da
distribuição em David Ricardo (Princípios de Economia Política e Tributação),
sem contar referências que incluem até William Shakespeare (sobretudo um trecho
de sua peça Tímon de Atenas sobre o poder do dinheiro). No posfácio da
segunda edição (de 24 de janeiro de 1873) desse primeiro livro de O Capital,
Marx também explica que seu método científico e dialético é oposto ao do
seminal filósofo alemão Hegel:
“Meu método *dialético,
por seu fundamento, difere do método hegeliano, sendo a ele inteiramente
oposto. Para Hegel, o processo do pensamento, — que ele transforma em sujeito
autônomo sob o nome de ideia, — é o criador do real, e o real é apenas sua
manifestação externa. Para mim, ao contrário, o ideal não é mais do que o
material transposto para a cabeça do ser humano e por ela interpretado...Em
Hegel, a dialética está de cabeça para baixo. É necessário pô-la de cabeça para
cima, a fim de descobrir a substância racional dentro do invólucro místico.”
*A dialética significa arte do diálogo, arte de debater,
raciocinar. Desse conceito inicial de equivalência de dialética e diálogo,
chegou-se ao de argumentação que distingue conceitos. Não tem pois o conceito
de dialética uma significação única. Ao longo do tempo, ele vem recebendo
diversos significados. É um método utilizado na análise
da realidade. De origem grega (dialektiké = discursar, debater), a dialética
está vinculada ao processo dialogado de debate entre posições contrárias, e
baseada no uso de refutações ao argumento por redução ao absurdo ou falso.O
conceito de dialética é bastante antigo. Platão utilizou-o no sentido de arte
do diálogo. Na Antiguidade e na Idade Média o termo era utilizado para
significar simplesmente lógica. A concepção moderna de dialética, no
entanto, fundamenta-se em Hegel. Para esse filósofo, a lógica e história da
humanidade seguem uma trajetória dialética, nas quais as contradições se
transcendem, mas dão origem a novas contradições que passam a requerer solução.
(MARCONI; LAKATOS, 2019)
Muitos consideram esta obra o marco do
pensamento socialista marxista. Nela existem teorias e categorias econômicas
complexas, como mais valia, capital constante e capital variável, uma análise
sobre o salário e exposição histórica sobre a acumulação primitiva. Resumindo,
sobre todos os aspectos do modo de produção capitalista, incluindo também uma
crítica sobre a teoria do valor-trabalho de Adam Smith e de outros assuntos dos
economistas clássicos.O Livro Primeiro, O Processo de
Produção do Capital, foi o único da série publicado por Marx em vida, em 1867.
O Livro Segundo, O Processo de Circulação do Capital (1885) e o Livro Terceiro,
O Processo Global da Produção Capitalista (1894) foram publicados postumamente
por seu fiel companheiro Friedrich Engels a partir de manuscritos e anotações
de Marx. Karl Kautsky editou um "quarto" livro em 1905 intitulado
Teorias sobre a Mais-Valia.
Observação quanto ao conteúdo
Quem procura sobre a teoria econômica
marxista consulta o livro O Capital. Porém como o seu
conteúdo é volumoso e abrangente, a subsecção quanto ao conteúdo foi separada
por livros, e alguns itens contêm apenas sinopse para as hiperligações que
levam aos verbetes como Força de trabalho, Teoria da Abstinência, acumulação
primitiva, etc. Ainda, é conveniente consultar a obra anterior que também
contém parte do conteúdo que seria aglutinado pelo autor: manuscritos de 1844,
Miséria da Filosofia (contém uma tabela comparando a obra econômica de Proudhon
com a de Marx), Contribuição para a Crítica da Economia Política, Grundrisse.
Há também resumos de O Capital preparado por outros, como a de Carlo Cafiero.
Mas o mais recomendado é a leitura integral da obra (assim também recomendaram
Cafiero, Julian Borchardt, Roman Rosdolsky, Rosa Luxemburgo, etc). Na
empreitada de ler a obra integral muitos acabam desistindo no caminho por ser
uma obra densa e difícil.
Preparo e livros económicos
anteriores
Marx levou muito tempo até chegar à sua obra considerada máxima. Em 1844 escreveu os Manuscritos económico-filosóficos de 1844. Cada vez mais preocupado com os problemas económicos, escreveu e publicou Miséria da Filosofia em 1847, uma resposta preocupada com a objetividade dessa ciência (a Economia Política) ao livro Sistema das Contradições Económicas ou Filosofia da Miséria de Proudhon (que questionava a economia mas pelas inquietudes filosóficas do famoso autor anarquista).Em 1859 publicou Contribuição para a Crítica da Economia Política, que continha dois capítulos: A mercadoria e A moeda – O capital seria uma continuação desse livro, mas Marx se desentendeu com seu editor.Seus textos escritos em cadernos para rascunhar e ordenar o pensamento econômico ficaram conhecidos como as Grundrisse. O pequeno Formações econômicas pré-capitalistas é uma das obras derivadas desse volumoso trabalho, que se desdobraria (principalmente, mas não somente) nos Livros 1 a 3 de O Capital onde Marx iria expor sua teoria e no Livro 4, que seria a reunião de teorias dos outros autores comentados.Entre as várias opções de caminhos para expor suas ideias, Marx pensou publicar antes dos outros Livros o que seria o Livro 4 (para expor as falhas dos outros autores e daí mostrar as suas), em unir o conteúdo do Livro 4 ao Livro 1 (mas ficaria então demasiado grande), mas por fim decidiu expor toda sua teoria primeiro para depois mostrar a de outros autores, como forma de satisfazer o público que queria novidades no campo da economia. A vontade de escrever um livro "um todo artístico" o levou a refinar bastante o texto, acrescentando referências, e a excluir o que seria o capítulo 6 do plano inicial do Livro 1.Infelizmente o autor não pôde continuar a cuidar da publicação dos seus livros, muito embora alguns manuscritos não-publicados em resposta aos economistas marginais da época possam ser classificados como parte desta série de livros.
Publicação em francês e em inglês
Sendo o Livro 1 o único que Marx lançou em
vida, também foi o único que ganhou revisões do próprio
autor e alguns acréscimos ou modificações, como o que ocorreu para seu
lançamento na França. O que diferencia as edições em francês e inglês é
que elas têm 33 capítulos, com o mesmo conteúdo da edição original, alemã. Isso
devido às subdivisões dos capítulos 4 e 24, cujas seções se transformaram em
capítulos. Provavelmente isso decorre de Marx ter ouvido a sugestão dada por
Maurice Lachâtre, editor da tradução francesa de O Capital, de dividir a obra
em fascículos[carece de fontes] para torná-lo mais acessível aos trabalhadores.
Tal procedimento de publicação permitiu que Marx fizesse uma revisão nos
fascículos de forma que fez pequenas modificações à edição. Em 1872, numa carta
a Danielson, tradutor russo de O Capital, Marx afirmou que seria mais fácil
traduzir do francês para o inglês e outras línguas românicas.Para o preparo da 4ª edição revisada alemã de 1890,
considerada a definitiva, Engels levou em conta a edição francesa e as notas
manuscritas encontradas nos exemplares pessoais de Marx.A edição em
inglês para os Estados Unidos, lançada pela editora Penguin no começo do século
XX, já está integralmente em domínio público.Em 1973 J. Teixeira Martins e
Vital Moreira, professores de Lisboa, fizeram uma tradução da edição francesa
para o português.
Publicação na Rússia
Em A Tragédia de um Povo, Orlando Figes
escreve:"Em Março de 1872 chegava à secretária do censor russo um volume
pesado sobre economia política, escrito em alemão. O autor era conhecido pelas
suas teorias socialistas e todos os seus livros anteriores tinham sido
proibidos. O editor não tinha qualquer razão para esperar que este livro
tivesse um destino diferente. Tratava-se de uma crítica
sem compromissos ao moderno sistema fabril e apesar de a lei russa da censura
ter sido liberalizada, permanecia ainda uma clara proibição para todas as obras
que abordassem as "nocivas doutrinas do socialismo e comunismo" ou
que pudessem "atiçar a antagonismo entre uma classe ou outra". As
novas leis (de censura) eram suficientemente rígidas para proibir livros tão
perigosos como o "Ética" de Espinoza, o Leviatã de Hobbes, o
"Ensaio sobre a história geral" de Voltaire. No
entanto, acharam eles que este magnum opus alemão - 674 páginas de compacta
análise estatística- era demasiado difícil para poder ser considerado uma
ameaça ao Estado. "Pode ser afirmado com segurança", concluiu
o primeiro dos censores, "que muito poucos na Rússia o vão ler e menos
ainda o irão compreender". E o segundo censor
acrescentou que para além disso, o autor ataca o sistema de fabricação
britânico, e que a sua crítica não é aplicável à Rússia, onde a
"exploração capitalista" de que ele fala não é conhecida.
Nenhum dos dois censores achou necessário impedir a publicação desta obra
"estritamente científica". E foi assim que o "Das Kapital"
foi introduzido na Rússia. Foi a primeira publicação deste livro no
estrangeiro, 5 anos da primeira edição, em Hamburgo, e 15 anos antes da
primeira edição em inglês." Os censores em breve reconheceram o seu erro.
10 meses depois, vingaram-se em Nikolai Poljakov, o primeiro editor russo de
Marx, ao trazê-lo a tribunal e forçando-o a dissolver a sua editora.
A obra completa
Livro 1 - o processo de produção
do capital 1867
Único dos Livros lançado em vida por Marx e
que por isso se beneficiou de refinamento de estilo, melhorias entre edições,
acréscimos de posfácios do próprio autor e lançamentos das versões Alemã,
Inglesa, Russa e Francesa (levemente distintas, apesar da 4° edição Alemã 1893
ser considerada a versão definitiva devido às correções de Engels e Eleanor
Marx e por isso comumente usadas para a tradução para outras línguas).
Livro 2 - o processo de
circulação do capital 1885
Publicado após a morte de Marx, ficando a
edição a cargo de Engels. A diferença no estilo dos Livros 2.° e 3.° em relação
ao 1.° fazem com que alguns atribuam sua escrita a Engels. Embora os Livros 2 e
3 tenham sido dedicados à esposa de Marx, Jenny, cogitou-se [quem? Carece de
fontes] dedicá-los a Darwin. Engels, no túmulo de Marx, disse que Darwin
mostrou a lei do desenvolvimento da natureza orgânica, e Marx a da natureza
humana. Marx afirmou diversas vezes que os Livros 2 e 3 deveriam ser dedicados
à sua esposa.
Livro 3 - o processo global da
produção capitalista 1894
Com a publicação desse 3° volume, Engels
termina a tarefa de tornar pública a teoria econômica de Marx ao conjunto do
sistema capitalista. Em algumas partes ele relata que teve de preencher as
lacunas como um autor, mas que identificou os tais acréscimos para que não
houvesse dúvidas quanto a o que Marx queria dizer. Porém críticos [quem?]
disseram haver problemas e lacunas, o que ainda hoje é tema de debates e uma
das maiores lamentações quanto ao fato de o autor ter morrido antes da
conclusão de sua obra máxima.O problema mais comumente
apontado é "o problema da transformação" - O problema da
transformação se refere à relação entre valor e preço e se estende pelos três
livros do Capital. O debate se tornou um dos pontos mais discutidos na
economia marxista e uma solução definitiva para o problema ainda não foi
encontrada, apesar dos significativos avanços ao longo do século XX sobre a
questão.Rosa Luxemburgo foi uma das autoras que admiraram o Livro; ela tentou
preencher algumas das lacunas de O Capital no seu livro "A Acumulação do
Capital".
Livro 4 - Teorias da mais valia
(1905)
Karl Kautsky, após a morte de Engels, e já
no século XX, publica o 4.° Livro, que são os comentários de Marx a outros
autores de Economia Política. O Livro 4 é o menos conhecido justamente por ter
sido publicado após a explanação da teoria econômica marxista por Marx e
Engels. Acrescente a isso o agravante de Kautsky ter optado por publicar
invertendo o título e subtítulo: "Teorias da Mais-Valia - A história
crítica do pensamento econômico (Livro 4 de O capital)". Por causa disso,
mesmo na coleção de traduções de Sant'Anna recebeu numeração do volume em
separado (os Livros 1 a 3 são divididos em volumes numerados de I a VI, e
Teorias da Mais-Valia começam do Volume I ao III, quando poderiam ter sido
numerados como os volumes VII, VIII e IX de O Capital).Esse
material é de leitura interessante por incluir considerações sobre outras
teorias do valor e de fontes que podem ter sido inspiração para as
críticas dos antagonismos de classe (desde os que negavam o antagonismo, os que
reconheciam mas negavam exploração de classe, os que ficavam ao lado dos
oprimidos, e até mesmo os que defendiam a opressão sem dissimular), entre
outras considerações não abordadas nos demais livros (como a questão do
trabalho produtivo e improdutivo).
Capítulo VI inédito de O Capital
Excluído por Marx do plano de publicar
junto com o Livro 1, é estudado atualmente por conter notas de transição do
Livro 1 e Livro 2 (depois que a mercadoria é produzida, ela tem de circular). A
numeração do Capítulo 6, excluído, mostra que a exclusão se deu antes da
publicação, já que ao longo de edições a numeração e divisão do Livro em partes
foi bastante mudada, provavelmente para não cansar o leitor com capítulos
demasiadamente longos, um bom exemplo é o capítulo 1 da 1° edição que se
transformou em parte 1, subdividido em 3 capítulos.
RESENHA DE O Capital de Karl Marx
Por meio dos livros “O capital”, o autor
traz concepções como Mais-Valia, Capital Constante, Modo de produção capitalista,
acumulação primitiva, etc.Com os livros, ele vai
mostrar que o capitalismo é na verdade a dialética, isto é, que dentro
desse sistema econômico há contradições.As inovações tecnológicas e os novos
métodos de produção fazem com que os capitalistas estejam sempre inovando, e
assim também a expandirem as forças de produção, também influenciadas pela
pressão da concorrência.Contudo, esses desenvolvimentos
forçados na produtividade presente no capitalismo levará a crises inevitáveis.Essa
coletânea de livros critica o capitalismo privilegiando a visão do trabalhador,
ao invés do produto capitalista. Por isso que alguns podem considerar Karl Marx
um autor de ideias esquerdistas.Contudo, em obra como
“Manifesto Comunista”, Karl Marx deixa claro que não via o sistema capitalista
como algo danoso e antagônico as suas ideias. O capitalismo representava apenas
o cenário para a realização do seu raciocínio logico de regime político
econômico.Muitos analistas ainda afirmam que Karl Marx desejava ou
esperava pelo colapso do capitalismo, que ele acreditava a queda do capitalismo
era inevitável.Entretanto, o próprio Marx afirmava que
não existem crises permanentes, que não tinha crise forte o suficiente para
derrubar o capitalismo. Para Marx, os momentos de crises eram apenas soluções
do momento ante as contradições.Só que teria um preço, o capitalismo não
entraria em colapso permanente, uma vez que era garantido que o proletariado
era quem iria pagar pela falta de emprego, e assim deteriorar os padrões de
vida e condições de trabalho.Ou seja, o capitalismo ainda iria se manter vivo e
os donos dos modos de produção não sofreriam com isso, apenas a classe
trabalhadora. Por isso que suas obras eram voltadas para o ponto de vista do
trabalhador, pois os capitalistas não seriam afetados.
Sobre Karl Marx
Karl Heinrich Marx foi um escritor,
economista, sociológico, historiador e filósofo nascido em 5 de maio de 1818 e
faleceu aos 54 anos, em 14 de março de 1883.Ele
escreveu obras voltadas para temáticas da filosofia, sociologia, econômica,
história, politica, teoria e social.As teorias de Karl Marx são voltadas para a
tríade: das classes sociais que controlam os meios de produção, a classe
trabalhadora que fornece a mão de obra e o Estado que deveria ser um
instrumento que luta pelo interesse comum de todos. Karl Marx é um dos
intelectuais mais influentes da história. Elogiado e criticado por muitos, suas
ideias e teorias são usadas por muitos intelectuais, sindicatos e políticos
como base de trabalho.Karl Marx, Émile Durkheim e Max
Weber formam os três principais arquitetos da ciência social moderna.
O Marxismo
Mesmo o movimento ter sido concebido pelas
ideologias de Karl Marx, o Marxismo é um sistema ideológico desenvolvido por
Karl Marx e Friedrich Engels, sendo um mais tempo alterado e completado por
discípulos do sistema, Trotsky, Lenin e Stalin.O
marxismo é uma ideologia que faz veementes críticas ao sistema capitalista e
prega pela libertação da humanidade do capitalismo para se tornar uma sociedade
igualitária e sem classes, chamado de Socialismo Marxista.O Marxismo
prega a ideologia de que o proletariado deveria se revoltar contra o sistema
capitalista que explora o trabalhador.Contudo, uma revolução social e de ação
contínua em que a principal preocupação deles seriam o que está sendo produzido,
e não com a classe trabalhadora em si, tão pouco com as condições e
oportunidades de crescimento.Além disso, o sistema ideológico defendia o
sistema comunista como forma de governo igualitário, em que a economia
beneficiasse os interesses da sociedade como um todo.Críticas
ao marxismo vieram de várias ideologias políticas e disciplinas acadêmicas.
Estas incluem críticas gerais sobre a falta de consistência interna, críticas
relacionadas ao materialismo histórico, a necessidade de supressão dos direitos
individuais, questões com a implementação do comunismo e questões econômicas
como a distorção ou a ausência de sinais de preços e incentivos reduzidos. Além
disso, problemas empíricos são freqüentemente identificados.A principal
crítica feita ao marxismo na atualidade alega que este possui caráter
simplista, seja na organização da sociedade em classes (capitalista e
proletariado), seja nas diversas interpretações que Marx faz da interrelação
direta entre os fatores sociais de consciência (como cultura, religião e
política) e os da economia.Segundo alguns destes
críticos, as razões de caráter econômico também são insuficientes para explicar
fenômenos modernos como a busca do homem pelo status, ainda que este não venha
a representar qualquer vantagem econômica, ou o crescimento da cultura das celebridades.
Também depõem contra as ideias de Karl Marx o resultado histórico dos
diversos regimes que foram influenciados pelo ideário político-ideológico do
Marxismo, como a União Soviética, o regime castrista de Cuba e as chamadas
"repúblicas vermelhas" do Sudeste Asiático.
Críticas gerais
1)-De acordo com Leszek Kołakowski, as leis da dialética na base do marxismo são fundamentalmente
imperfeitas: algumas são "truísmos sem conteúdo marxista específico",
outras "dogmas filosóficos que não podem ser provados por meios
científicos", outras são apenas "absurdos". Algumas
"leis" marxistas são vagas e podem ser interpretadas de maneira
diferente, mas essas interpretações geralmente também se enquadram em uma das
categorias de falhas mencionadas anteriormente.
2)-O economista Thomas Sowell escreveu em
1985:“O que Marx realizou foi produzir uma visão tão abrangente, dramática e
fascinante que pudesse suportar inúmeras contradições empíricas, refutações
lógicas e repulsões morais em seus efeitos. A visão marxista tomou a esmagadora
complexidade do mundo real e fez as partes se encaixarem, de um modo que era
intelectualmente estimulante e conferiu tal senso de superioridade moral que os
oponentes poderiam ser simplesmente rotulados e dispensados como leprosos
morais ou reacionários cegos. O marxismo foi - e continua sendo - um poderoso
instrumento para a aquisição e manutenção do poder político.”
3)-Vladimir Karpovich Dmitriev, no seu
livro "Economic Essays on Value, Competition and Utility" escrito em
1898, bem como Ladislaus von Bortkiewicz em duas de suas obras escrita em 1906
e 1907 e críticos subsequentes alegaram que a 'Teoria
do valor-trabalho' e a lei de Karl Marx da 'Tendência da Taxa de Lucro a Cair'
são internamente inconsistentes. Em outras palavras, os críticos alegam que
Marx tirou conclusões que na verdade não seguem suas premissas teóricas. Uma
vez que esses erros sejam corrigidos, a conclusão de Marx de que Preço Agregado
e Lucro são determinados por - e igual a - Valor Agregado e Mais-valia não se
aplica mais. Este resultado põe em causa a sua teoria
de que a exploração dos trabalhadores é a única fonte de lucro. Também,
há dúvidas de que a taxa de lucro no capitalismo tenderia a cair como Marx
previu. Em 1961, Nobuo Okishio desenvolveu um teorema (o teorema de Okishio)
mostrando que, se os capitalistas buscam técnicas de corte de custos e se o
salário real não aumenta, a taxa de lucro deve subir. Críticos
que alegam que Marx tem sido provado inconsistente incluem economistas marxistas
e / ou sraffianos antigos e atuais, como Paul Sweezy, Nobuo Okishio, Ian
Steedman,John Roemer, Gary Mongiovi e David Laibman, que propõem que a teoria
marxista seja fundamentada em suas versões corretas da economia marxiana e não
na forma original em que Marx apresentou e desenvolveu em O Capital.
4)-O historiador Paul Johnson escreveu:
"A verdade é que mesmo a investigação mais superficial sobre o uso de
evidências de Marx força a pessoa a tratar com ceticismo tudo o que ele
escreveu que se baseia em dados factuais". Por exemplo, Johnson declarou:
"A totalidade do capítulo VIII do livro O Capital é uma falsificação
deliberada e sistemática para provar uma tese que um exame objetivo dos fatos
mostrou ser insustentável".
5)-Em A Miséria do Historicismo (1936), Karl Popper discorda de Marx quanto à história ser regida por
leis que, se compreendidas, podem servir para se antecipar o futuro. Segundo Popper, a história não pode obedecer a leis e a ideia
de "lei histórica" é uma contradição em si mesma. Já em A
sociedade aberta e seus inimigos (1945), Popper afirma que o historicismo
conduz necessariamente a uma sociedade "tribal" e
"fechada", com total desprezo pelas liberdades individuais. Popper
considera Marx como "não-científico" também porque sua teoria não é
passível de contestação. Uma teoria científica tem que ser falseável — caso
contrário, é incluída no campo das crenças ou ideologias. Resta saber, é claro,
se afirmações sobre fatos históricos, necessariamente únicos, podem ser, nos termos
de Popper, falseáveis.
6)-Supressão de direitos individuais: Alguns teóricos liberais argumentam que qualquer
redistribuição de propriedade é uma forma de coerção.Vários economistas
argumentaram que um estado socialista, por sua própria natureza, corroeria os
direitos de seus cidadãos. O economista americano Milton Friedman argumentou
que, no socialismo, a ausência de uma economia de mercado livre levaria
inevitavelmente a um regime político autoritário. A visão de Friedman também
foi compartilhada por Friedrich Hayek, que ambos acreditavam que o capitalismo
é uma pré-condição para a liberdade florescer em um Estado-nação.
7)-Implementação do comunismo como outra
forma de opressão (ditadura não do proletariado, mas sobre o proletariado) - Os anarquistas sempre argumentaram que o comunismo marxista
inevitavelmente levaria à coerção e ao domínio do Estado (ver: Anarquismo e
Marxismo). Mikhail Bakunin acreditava que os regimes marxistas levariam ao
"controle despótico da população por uma nova e não numerosa
aristocracia". Mesmo que essa nova aristocracia tivesse se
originado entre as fileiras do proletariado, Bakunin argumentou que seu
recém-descoberto poder mudaria fundamentalmente sua visão da sociedade e,
assim, os levaria a "olhar com inferioridade para as simples massas
trabalhadoras".
8)- O ativista Noam Chomsky explicou
brevemente sua posição sobre o marxismo, a partir de uma diretriz ideológica de
esquerda que se enquadra entre o anarquismo e o populismo: “As advertências de
Bakunin sobre a burocracia vermelha que instituiria o pior de todos os governos
despóticos vieram muito antes de Lênin e foram dirigidas contra os seguidores
de Marx. Havia, na verdade, seguidores de muitos tipos; Anton Pannekoek, Rosa
Luxemburgo, Paul Mattick e outros, e eles estavam muito longe de Lênin, e suas
opiniões frequentemente convergem com elementos do anarcossindicalismo. Korsh e
outros, de fato, escreveram com simpatia sobre a revolução anarquista na
Espanha. Há continuidades de Marx para Lenin, mas também há continuidades para
os marxistas que foram severos críticos de Lenin e do bolchevismo. O trabalho
de Teodor Shanin nos últimos anos sobre as atitudes posteriores de Marx em
relação à revolução camponesa também é relevante aqui. O
início Marx vem em grande parte do ambiente em que ele viveu, e há muitas
semelhanças com o pensamento do liberalismo clássico, aspectos do Iluminismo e
romantismo francês e alemão. Mais uma vez, não sou um estudante de Marx
para reivindicar um julgamento autorizado. Minha impressão, no que vale a pena,
é que Marx primitivo era muito mais uma figura do Iluminismo tardio, e que o
Marx posterior era um ativista muito autoritário e um analista crítico do
capitalismo que tinha pouco a dizer sobre alternativas socialistas.”
9)-Revendo posições anteriores sobre a
ideia de reformismo ontológico, o historiador marxista Jacob Gorender afirma
que o proletariado é ontologicamente, em si, reformista, e descarta uma
teleologia na história, em sua obra Marxismo sem utopia (1999).
10)-A economia marxista tem sido criticada
por várias razões. Alguns críticos apontam para a análise marxista do
capitalismo, enquanto outros argumentam que o sistema econômico proposto pelo
comunismo é simplesmente impraticável.
11)- A Teoria do valor-trabalho é um dos
textos do marxismo mais comumente criticados.A Escola Austríaca argumenta que
esta teoria fundamental da economia clássica é falsa e prefere a subsequente e
moderna teoria subjetiva do valor apresentada por Carl Menger em seu livro
Principles of Economics. A Escola Austríaca não foi a única a criticar a crença
clássica e marxista na teoria do valor-trabalho. O economista britânico Alfred
Marshall atacou Marx, dizendo: "Não é verdade que
a fiação de fios em uma fábrica seja o produto do trabalho dos operários. É o
produto de seu trabalho, juntamente com o do empregador e dos gerentes
subordinados, e do capital empregado." Marshall aponta para o
capitalista sacrificando o dinheiro que ele poderia estar usando agora para investir
em negócios, o que, em última análise, produz trabalho. Por essa lógica, o
capitalista contribui para o trabalho e a produtividade da fábrica porque
atrasa sua gratificação por meio do investimento. Através da lei da oferta e da
procura, Marshall atacou a teoria marxista do valor. Segundo Marshall, preço ou
valor é determinado não apenas pela oferta, mas pela demanda do consumidor.A
mão de obra contribui para o custo, mas também os desejos e necessidades dos
consumidores.
12)-Segundo Ludwig von Mises em seu livro
"Socialismo uma Análise Econômica e Sociológica:“A questão de saber se é
possível assimilar diferentes tipos de trabalho a um denominador comum sem uma
avaliação dos produtos pelo consumidor. É claro que o argumento que Marx sustenta
neste ponto falhou.”
13)-Sinais de preço distorcidos ou
ausentes: O problema do cálculo econômico é uma crítica à economia socialista
ou, mais precisamente, às economias planificadas socialistas centralizadas. Foi
proposto pela primeira vez pelo economista da Escola Austríaca Ludwig von Mises
em 1920 e posteriormente exposto por Friedrich Hayek.O problema referido é o de
como distribuir os recursos racionalmente em uma economia. A solução do livre mercado é o mecanismo de preço, em que as
pessoas individualmente têm a capacidade de decidir como um bem deve ser distribuído
com base em sua disposição de dar dinheiro por ele. O preço transmite
informações embutidas sobre a abundância de recursos, bem como sua
conveniência, o que, por sua vez, permite com base em decisões consensuais dos
indivíduos, correções que evitam a escassez e o excedente. Mises e Hayek
argumentaram que esta é a única solução possível e, sem as informações
fornecidas pelos preços de mercado, o socialismo carece de um método para
alocar recursos racionalmente. O debate se alastrou nas décadas de 1920 e 1930
e esse período específico do debate passou a ser conhecido pelos historiadores
econômicos como o debate do cálculo socialista. Na prática, estados socialistas
como a União Soviética usaram técnicas matemáticas para determinar e
estabelecer preços com resultados mistos.
14)-Reduz incentivos: Alguns críticos do
socialismo utópico ou igualitário argumentam que a divisão da renda reduz os
incentivos individuais ao trabalho e, portanto, a renda deveria ser individualizada
o máximo possível. Críticos do socialismo argumentam
que em qualquer sociedade em que todos detenham riqueza igual não haveria
incentivo material para o trabalho porque não se receberia recompensa por um
trabalho bem feito. É argumentado ainda que os incentivos aumentam a
produtividade para todas as pessoas e que a perda desses efeitos levaria à
estagnação. Em seu livro Princípios de Economia Política de 1848, o influente pensador
John Stuart Mill disse: “É um erro comum dos socialistas ignorar a indolência
natural da humanidade; sua tendência a ser passivos, escravos do hábito,
persistir indefinidamente em um curso uma vez escolhido. Deixe-os uma vez
atingir qualquer estado de existência que considerem tolerável, e o perigo a
ser apreendido é que daí em diante estagnarão; não se esforçarão para melhorar
e, deixando suas faculdades enferrujarem, perderão até mesmo a energia
necessária para preservá-las da deterioração. A competição pode não ser o
melhor estímulo concebível, mas no momento é necessário, e ninguém pode prever
o momento em que não será indispensável ao progresso.”
15)-O economista John Kenneth Galbraith
criticou as formas comunais de socialismo que promovem o igualitarismo em
termos de salários/compensações como irreais em suas suposições sobre a
motivação humana:”Essa esperança, que a recompensa igualitária levaria a um
nível mais alto de motivação, que se espalhou depois de Marx, foi mostrada pela
história e pela experiência humana como irrelevante. Gerações de socialistas
aprenderam isso com a sua decepção e, mais frequentemente, com a sua tristeza.”
16)-O marxismo tem sido criticado como
irrelevante, com muitos economistas rejeitando seus princípios e suposições.Segundo
George Stigler, "os economistas que trabalham na tradição marxista representam
uma pequena minoria de economistas modernos, e que seus escritos praticamente
não têm impacto sobre o trabalho profissional da maioria dos economistas nas
principais universidades de língua inglesa".[55] Robert Solow, em uma
revisão da primeira edição do The New Palgrave: A Dictionary of Economics,
criticou por enfatizar demais a importância do marxismo na economia moderna. Marx
foi um pensador importante e influente, e o marxismo tem sido uma doutrina com
influência intelectual e prática. O fato é que, no entanto, os economistas mais
sérios do idioma inglês consideram a economia marxista um beco sem saída
irrelevante. Uma pesquisa nacionalmente representativa de professores
norte-americanos em 2006 revelou que 3% deles se identificam como marxistas. A
parcela sobe para 5% nas humanidades e é cerca de 18% entre os cientistas
sociais.
17)-Inconsistência na teoria do valor - O Matemático estatístico Vladimir Karpovich Dmitriev
escrevendo em 1898,e o economista estatístico Ladislaus von Bortkiewicz
escrevendo em 1906-1907, e críticos subsequentes alegaram que a teoria do valor
de Karl Marx e a lei da tendência da taxa de lucro a cair, são internamente
inconsistentes. Em outras palavras, os críticos alegam que Marx tirou
conclusões que na verdade não decorrem de suas premissas teóricas. Uma vez que
esses erros são corrigidos, a conclusão de Marx de que o preço agregado e o
lucro são determinados – e são iguais ao – valor agregado e mais-valia não é
mais verdadeira. Este resultado põe em causa a sua teoria de que a exploração
dos trabalhadores é a única fonte de lucro. As alegações de inconsistência têm
sido uma característica proeminente da economia marxista e do debate em torno dela
desde a década de 1970. O economista e autor de diversos livros sobre a economia
marxiana Andrew Kliman argumenta que, uma vez que teorias internamente
inconsistentes não podem estar certas, isso mina a crítica à economia política
de Marx e a pesquisa atual baseada nela, bem como a correção das supostas
inconsistências de Marx.Os críticos que alegaram que Marx provou ser
internamente inconsistente incluem antigos e atuais economistas marxistas e
sraffianos, como Paul Sweezy, Nobuo Okishio,Ian Steedman,John Roemer,Gary
Mongiovi e David Laibman,que propõem que o campo seja fundamentado em suas
versões corretas da economia marxista em vez da crítica de Marx à economia
política na forma original em que a apresentou e desenvolveu em O capital. Os
proponentes da interpretação temporal do sistema único (TSSI) da teoria do
valor de Marx, como Kliman, afirmam que as supostas inconsistências são na
verdade o resultado de má interpretação e argumentam que quando a teoria de
Marx é entendida como "temporal" e "single-system", as
suposta inconsistências internas desaparecem. Em um levantamento recente do
debate, Kliman conclui que "as provas de inconsistência não são mais
defendidas; todo o caso contra Marx foi reduzido à questão
interpretativa".
18)-A crítica social baseia-se na afirmação
de que a concepção marxista de sociedade é fundamentalmente falha. As etapas
marxistas fundamentadas na história, a análise de classes e a teoria da
evolução cultural marxiana foram criticadas. O filosofo
marxista Jean-Paul Sartre concluiu que a "classe" não era uma
entidade homogênea e nunca poderia montar uma revolução, mas continuou a defender
as crenças marxistas. Segundo o Livro Reflections on a Ravaged Century
do historiador britanico Robert Conquest, Marx foi incapaz de colocar a
Sociedade Asiática na relação de estágios de desenvolvimento escravocrata,
feudal, capitalista, socialista, e como de efeito, a sociedade asiática estava
"fora de esquema". Adiante o fragmento retirado do Terceiro volume de
O Capital "Nas condições da escravidão, da servidão ou do sistema de
tributos (quando se consideram as comunidades primitivas), o proprietário – por
conseguinte, o vendedor do produto – é o senhor de escravos, o senhor feudal ou
o Estado que recebe tributos."Entende-se que a distinção entre a
comunidade primitiva e a comunidade asiática é imprecisa, e seu entendimento da
estrutura do modo de produção asiática insuficiente.
19)-Eric Voegelin, em seu livro
"Reflexões Autobiográficas" relata que, induzido pela onda de
interesse sobre a Revolução Russa de 1917, estudou "O Capital" de
Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém,
durante seu curso universitário, ao estudar disciplinas de teoria econômica e
história da teoria econômica aprendera o que estava errado em Marx. Voegelin
afirma que Marx comete uma grave distorção ao escrever sobre Hegel. Como
prova de sua afirmação cita os editores dos Frühschiften [Escritos de
Juventude] de Karl Marx (Kröner, 1955), especialmente Siegfried Landshut, que
dizem o seguinte sobre o estudo feito por Marx da "Filosofia do
direito" de Hegel:“Ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, se nos é
dado falar desta maneira, Marx transforma todos os conceitos que Hegel concebeu
como predicados da ideia em anunciados sobre fatos.”Para
Voegelin, ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, Marx pretendia sustentar
uma ideologia que lhe permitisse apoiar a violência contra seres humanos
afetando indignação moral e, por isso, Voegelin considera Karl Marx um
mistificador deliberado. Afirma que o charlatanismo de Marx reside também na
terminante recusa de dialogar com o argumento etiológico de Aristóteles.
Argumenta que, embora tenha recebido uma excelente formação filosófica, Marx
sabia que o problema da etiologia na existência humana era central para uma
filosofia do homem e que, se quisesse destruir a humanidade do homem fazendo
dele um "homem socialista", Marx precisava repelir a todo custo
o argumento etiológico. Segundo Voegelin, Marx e Engels enunciam um disparate
ao iniciarem o Manifesto Comunista com a afirmação categórica de que toda a
história social até o presente foi a história da luta de classes. Eles sabiam,
desde o colégio, que outras lutas existiram na história, como as Guerras
Médicas, as conquistas de Alexandre, o Grande, a Guerra do Peloponeso, as
Guerras Púnicas e a expansão do Império Romano, as quais decididamente nada
tiveram de luta de classes. Voegelin diz que Marx
levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem
socialista". Também alega que Marx conduz a uma realidade
alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade
objetiva do sujeito. Segundo Voeglin, quando a realidade entra em conflito com
Marx, ele descarta a realidade.
20)-Roger Scruton em Budapeste (19 de
Setembro de 2016). Em seu livro publicado em 1985, Thinkers of the New Left,
Roger Scruton defende a tese de que uma série de estudiosos (Weber, Sombart,
Böhm-Bawerk, Mises, Sraffa, Popper, Hayek, Aron entre outros) já teriam
refutado todas as teorias de Karl Marx (da história, valor-trabalho, alienação,
luta de classes, etc.).
20)- No âmbito brasileiro, José Guilherme
Merquior foi um dos grandes críticos do marxismo. O
diplomata membro da Academia Brasileira de Letras aponta que, o socialismo, em
suas origens intelectuais, não era uma teoria política e sim uma teoria
econômica que procurava reestruturar a indústria. O movimento foi se
politizar com Karl Marx, que fundiu a crítica do liberalismo econômico com a
tradição revolucionária do comunismo. Ainda de acordo
com Merquior, Marx nunca valorizou os direitos civis e chegou a condená-los,
vendo neles mero instrumento de exploração de classe. O marxismo, em
especial regimes comunistas, sempre refletiu esse menosprezo pelos direitos de
expressão, profissão, associação, etc.
CONCLUSÃO:
O Capitalismo é forte e persiste, porque se
reinventa, aceita críticas, inclusive as do próprio Marxismo! E está sempre
evoluindo. O Comunismo ao se considerar quase uma ciência exata (que não deu
certo em lugar nenhum), paralisou no tempo, não aceita críticas e está fadado à
lata de lixo da história como uma experiência fracassada! O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa
abominável, com um nível de exploração inaceitável! As pessoas com espírito de
solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O
Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um
papel importante para mudar a sociedade. A luta dos trabalhadores, o movimento
sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a
relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem
produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a
empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual
que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que
faz coisas novas.A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora
é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado
para o campo socialista.Mas é um equívoco concluir que a derrocada do
socialismo seja a prova de que o capitalismo é inteiramente bom. O capitalismo
é a expressão do egoísmo, da voracidade humana, da ganância. O ser humano é
infelizmente isso, com raras exceções. O capitalismo é forte porque é
instintivo. O socialismo foi um sonho maravilhoso, uma realidade inventada que
tinha como objetivo criar uma sociedade melhor. O capitalismo não é uma teoria.
Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por
isso ele é invencível! A força que torna o capitalismo invencível vem dessa
origem natural indiscutível. De fato, o capitalismo, como modelo de
livre-trocas entre agentes, a partir dos seus parâmetros e gostos, funciona
mesmo, e foi o que tirou o mundo da miséria e da pobreza nos últimos 200 anos,
elevando o nível de vida da população de maneira incomparável. O capitalismo só
seria excludente na medida em que o agente econômico só tivesse o que reclamar,
e nunca o que oferecer. Tal situação é exceção para a maioria dos agentes
econômicos, e não a regra. Já o capitalismo é justamente o sistema econômico
mais sustentável, já que sua lógica interna é a do custo da escolha econômica
recair sobre o agente que age e não sob terceiros, o que induz o agente a
escolher de maneira racional como agir economicamente. É o Estado e o custo
socializado da escolha econômica que gera, de maneira exponencial, a
insustentabilidade do uso dos bens sociais.É óbvio que um governo central com
seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a
esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.No Bonde da História prevalece
sempre a razão, e assim caminha a humanidade, pois não acredito em cultura e
nem em ideologia de escritório, ou seja, naquelas criadas em uma sentada ou
canetada por pseudo iluminados, mas naquela testada na história da humanidade
com tentativas de erros e acertos e naturalmente prevalecida, pois este tal
Comunismo dito científico, de científico não tem absolutamente nada, pois tudo
que é científico se caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum
laboratório social Comunista mundo afora em suas tentativas de implantação o
fez até agora, pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de
esquerda.Há realmente muito pouca gente interessada em demonstrar as vantagens
e, principalmente, o lado moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta,
por exemplo, de que, no livre mercado, os indivíduos só são recompensados
quando satisfazem as demandas dos outros, ainda que isso seja feito
exclusivamente visando aos próprios interesses.Ao contrário de outros modelos,
o capitalismo não pretende extinguir o egoísmo inerente à condição humana,
porém nos obriga constantemente a pensar na satisfação do próximo, se quisermos
prosperar. Além disso, para obter sucesso em grande escala, você tem de produzir
algo que agrade e seja acessível a muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e
não apenas aos mais abastados.Sob todos os aspectos o capitalismo é bem melhor
do que o socialismo. Deveríamos bater mais nessa tecla de que a superioridade
moral também é espantosa, e que um abismo intransponível separa um modelo
baseado em trocas voluntárias de outro voltado para a “igualdade” forçada, que
leva ao caos e à degradação de valores básicos da civilização. Quando você
abastece seu carro, ou quando o avião aterrisa, escutamos o piloto agradecendo
pela escolha da companhia aérea. Não por acaso, quando um cliente entra numa
loja, a primeira coisa que ouve do vendedor é: “Em que posso ajudá-lo?”. E a
última coisa que ambos dizem, depois de uma compra, é um duplo “obrigado!”. Um
sinal inequívoco de que aquela transação foi vantajosa para ambos”, pois nesta
relação é satisfeito o princípio: de cada um conforme a sua capacidade, e para
cada um conforme a sua necessidade”.O capitalismo fortalece os laços de
cooperação e cordialidade, enquanto o socialismo leva ao cinismo, à inveja e ao
uso da força para se obter o que se demanda. É verdade que o capitalismo produz
resultados materiais bem superiores, mas esse não é “apenas” seu grande mérito:
ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de vista moral.No capitalismo
quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito individual, enquanto na
burocracia socialista elas dependem de favores e coação.No socialismo, os que
chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e mentirosos, os populistas, os
bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide no Brasil petista, ou na
Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba.E é isso que os liberais precisam
destacar com mais frequência.O empreendedorismo que é incentivado em qualquer pais capitalista, no Brasil é uma
prática quase proibitiva, pois abrir uma empresa no Brasil é algo extremamente
difícil, com uma burocracia e carga tributária pesadíssima, fechar esta mesma
empresa então, é quase impossível.Não é necessário essa dicotomia no
capitalismo como existe no socialismo de mercado-solidariedade, muito pelo
contrário, ou seja, não é da benevolência, ou solidariedade do açougueiro que a
comida chega a minha mesa, mas da busca recíproca de satisfações minha e dele,
ou seja não precisamos da benevolência, ou solidariedade de governos, ou
empresários para ter minhas demandas atendidas, mas do mercado competitivo, é
assim que devem ser satisfeitas as nossas necessidades e preferências numa
economia livre.
“A economia Capitalista não é ideologia, é
ciência prática e Cartesiana. Se você tem três pessoas chegando a conclusões
diferentes sobre o mesmo assunto como no Socialismo, então já não é mais
ciência, mas sim ideologia...” (Roberto Campos).
Fonte: Wikipedia
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