Salmo Responsorial – 68 (69): “Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos! O vosso coração
reviverá!”
Jesus imagem de Deus e revelador
do rosto misericordioso do Pai! Jesus se faz próximo
dos sofredores e nos revela o caminho da vida: vivenciar os mandamentos,
assumindo as atitudes do bom samaritano. A Eucaristia nos abra o coração
à misericórdia e à compaixão para com as pessoas caídas à beira dos caminhos.
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do Evangelho: Lucas 10,25-37
— Glória a vós, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Naquele
tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade,
perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?”
26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como
lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração
e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao
teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste
corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse
a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo
homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes.
Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o
homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita:
chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele,
viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e
vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma
pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e
entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu
voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais'”. E Jesus perguntou: 36“Na
tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos
assaltantes?”37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.
— Palavra da Salvação!
— Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO
EVANGELHO
“E quem é o meu próximo?” (Luc
10,29)
A pergunta que santamente nos inquieta hoje nesta reflexão é: «E quem é o meu próximo?» (Luc 10,29). Relatam que alguns judeus sentiam curiosidade ao ver seu rabino algumas vezes desaparecer na vigília do dia sábado. Suspeitavam que ele estivesse se encontrando em segredo com alguém, talvez até com Deus, então um deles o seguiu. E o fez assim, cheio de emoção e curiosidade até uns bairros miseráveis, onde viu o rabino cuidando e varrendo a casa de uma mulher: ela era paralitica, o rabino a servia e preparava a comida para ela. Ao voltar, todos perguntaram: “Onde o rabino foi? Subiu ao céu?” - E responderam: “Não, ele desceu para servir...” Nesta parábola, um a um, Cristo apresentou três homens; qualquer um deles poderia ter ajudado ao homem severamente ferido: O primeiro homem que, casualmente descia pelo mesmo caminho, era certo sacerdote. Ele ficou diante de um dilema ético: o único meio de saber se realmente o homem ainda estava vivo, e precisando de ajuda, era se aproximar e tocá-lo, mas, se já estivesse morto e ele tocasse no falecido, ficaria segundo os preceitos judaicos impuro. Não apenas deixou de ajudar, mas como querendo ainda mais justificar-se diante de Deus, foi para o outro lado da estrada. Evitou qualquer possibilidade de contato. Outros fatores podem ter pesado em sua atitude como por exemplo, a possibilidade de os ladrões retornarem, ser um armadilha, a natureza moral e dos negócios daquele homem ali, solitário e moribundo, e assim por diante. Nós não temos conhecimento de todas as motivações, e não podemos julga-lo, pois talvez ele seja aquele rabino do início de nossa reflexão. Sabemos que o sacerdote naquela ocasião deixou o homem onde ele estava sem se importar com o sofrimento e com as necessidades dele. O segundo homem a entrar em cena era um levita. Que como o sacerdote teve talvez os mesmos pensamentos. É bom recordar que nos tempos do Novo Testamento, os levitas estavam em posição de inferioridade em relação aos sacerdotes; não obstante, formavam um grupo privilegiado pela sociedade judaica. Eram responsáveis pela liturgia no templo e por manter a ordem no culto; Pode-se presumir que os mesmos motivos do sacerdote, para não ajudar, estavam na mente do levita.O que existe de melhor é amar ao próximo sem distinguir quem precisa de nós! «É Cristo quem eleva sua voz nos pobres para chamar à caridade nos de seus discípulos» afirma o Concilio Vaticano II num de seus documentos. Ser como o bom samaritano, é mudar os planos (chegou perto dele - dedicar tempo! Cuidou dele). Toda atividade, oferece a oportunidade, mais ou menos direta, de ajudar a quem precisa. Cumprir fielmente com os deveres próprios da profissão e vocação é praticar o amor pelas pessoas e à sociedade, sem distinções! “Qual dos três foi o próximo?” - Aquele que usou de misericórdia para com ele! Jesus lhe disse: “Vai e faz tu a mesma coisa” (Lc 10, 36-37). Às vezes nós não ajudamos às pessoas e quando o fazemos, as socorremos a contra-gosto, porque não é do nosso grupo e não pensa como nós, porém a própria Palavra do Evangelho nos esclarece: o próximo “é aquele(a) que usou de misericórdia para com ele”. A misericórdia, então, é o sinal para que nós sejamos “o próximo” de alguém. Agir com misericórdia é fazê-lo por amor a Deus e acolher a miséria do outro com o mesmo amor de Deus, fazendo por ele aquilo que gostaríamos que fizessem conosco. Peçamos o auxílio à Virgem Maria e, Ela — que é modelo de serviço — ajude-nos a descobrir as necessidades dos outros, tanto as materiais, como as morais e espirituais e sermos próximos.
“Louvado
Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
MOTIVAÇÕES PARA A
LITURGIA DIÁRIA E DOMINICAL:
A Liturgia Diária é uma ótima ocasião para que se opere a “conversão diária!” -
A leitura da Liturgia Diária forjou e moldou muitos Santos:
1)-Santo Agostinho foi um deles. “Tolle et lege” (Toma e lê) foi a frase que o conduziu a ler um trecho
do Evangelho que mudou sua vida.
2)-O grande Santo Antão, que deu origem à
vida monástica, foi tocado pela graça ao ler a parábola do moço rico no
Evangelho.
3)- São Francesco (Francisco) cujo nome é adotado depois de
uma viagem à França, onde o menino teria ficado
cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria
começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês"
em italiano. Também, como Santo Antão,a passagem do
jovem rico é tão significativa que inspirou também São Francisco de Assis a
elaborar sua Regra de Vida baseada no desapego aos bens e o amor aos pobres:
“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19, 21).
4)-Também para Santo Inácio de Loyola a ocasião escolhida por Deus para sua mudança de vida foi a leitura de
consagrados livros Cristãos. Gravemente ferido na batalha de
Pamplona (20 de Maio de 1521), passou meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo período de recuperação, Inácio procura ler
livros para passar o tempo, e começa a ler a "Vita Christi", de
Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de
Varazze, monge cisterciense que comparava o serviço de Deus com uma ordem
cavalheiresca.A partir destas leituras, tornou-se empolgado com a ideia de uma
vida dedicada a Deus, emulando os feitos heroicos de Francisco de Assis e
outros líderes religiosos. Decidiu devotar a sua vida à conversão dos
infiéis na Terra Santa.
Os Santos recomendam
com empenho a Liturgia Diária:
1)-São Bernardo: “A leitura
espiritual nos prepara para a oração e a prática das virtudes. Leitura e Oração são as armas com as quais se vence o demônio
e se conquista o céu”.
2)-São Cipriano (bispo de Cartago -África): “Permanece na oração e na leitura: desse modo conversarás com Deus e
Deus estará contigo”.
3)-Santo Afonso de Ligório: “Quantos Santos
abandonaram o mundo e se deram a Deus por meio da leitura espiritual!”
4)-São Gregório Magno, Papa: “Eu te rogo: empenha-te em meditar cada dia as palavras do teu Criador. Assim aprenderás a conhecer o coração de Deus através
das palavras de Deus”.
A Liturgia Diária ajuda-nos
a compreender e amar a Liturgia Católica:
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a
liturgia é participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo.
Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela
liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no «grande amor com que o
Pai nos amou» (Ef 2, 4).
A Liturgia Diária
prepara nossa alma para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo!
Na Liturgia Diária, as orações e as leituras da Palavra de Deus são
ocasião para alimentar a nossa fé. Em cada leitura Deus fala a seu povo e o
alimenta.Por esse modo a Santa Igreja prepara o coração
dos fiéis para poder receber o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, na
Sagrada Comunhão.Na Liturgia da Palavra o fiel ouve com atenção as leituras da
Bíblia que são uma carta escrita por Deus para cada um de nós.Na
Liturgia Eucarística somos preparados para receber o Pão dos Anjos, que
transformará nossa vida, e como Elias nos dar força para continuar a caminhada
alimentados por este pão (I Reis 19,4-10).
Como viver de forma
prática a Liturgia Diária?
Este é um método de “leitura orante da Palavra
de Deus”, da Liturgia Diária, praticado e ensinado pelos Padres da Igreja desde
os seus primeiros séculos. Foi batizada com esse nome por Orígenes no Séc. III,
e generalizou-se nos séculos IV e V como maneira predominante de ler a bíblia. Esta
pode ser feita diariamente, por exemplo, meditando o Evangelho proposto pela liturgia
diária da Santa Missa.
Após suplicar a luz
do Espírito Santo, o método se desenvolve em 4 passos:
1)-Leitura: o que a Palavra diz
em si?
2)-Meditação: o que a Palavra diz
para mim; o que ela me ensina, me revela, como ela me forma, como a vejo em
minha vida?
3)-Oração: Qual minha resposta a palavra de
Deus?
4)-Contemplação: O que a
palavra de Deus fez em mim? O que devo mudar concretamente em minha vida? Que
postura devo tomar? O que me proponho a viver doravante durante a minha vida?
- O fruto dessa nova dinâmica de vida ao ritmo da Palavra é uma
transformação real e concreta que nos elevará em fé, esperança e caridade, além
disso, nos proporcionará uma vida junto de Deus mais constante e digna de Seu
amor! Por último, que possamos perseverar neste caminho. Auxiliados pela
graça de Deus já provaremos aqui nesta terra das riquezas do céu, e possamos
cantar esperançosos com São Tomás de Aquino:
“...Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu desejo:
Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo!
Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!”
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