Ser sincero e dizer a
verdade não é a mesma coisa, até mesmo porque a sinceridade não é o único
critério da verdade. Segundo o filósofo Aristóteles a verdade pode ser
definida como:
“Afirmar o que é e negar o que não é, é a verdade.” (Met.,IV,7,1011b 26
e segs.;v.V,29.1024b 25).
Sabemos porém que, para nós cristãos, a Verdade é uma pessoa, é um ser: Jesus, que nos afirmou sem meio termos: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim.” – (João 14, 1-6).
Portanto, a verdade não depende do que cada
um acha, mas depende do objeto, a Verdade é objetiva: Nesta afirmação vemos que
a opinião pessoal (o subjetivismo) de nada vale contra a Verdade revelada por
Nosso Senhor Jesus Cristo,e ensinada pelo Santo Magistério da Igreja bem como
por seu múnus Pastoral. A verdade não depende do que achamos e nem do
que a maioria acha. A maioria ficou contra Cristo, nem por isso Barrabás se
tornou inocente e Cristo culpado. Em tempos de polarizações e onde todos temos
a liberdade de dizer tudo o que pensamos, não dá para chegar, soltar o verbo e
não esperar fogo contra fogo. Assumir que a suas convicções por mais sinceras
que sejam, podem não ser aceitas pelo outro, e isto demonstra maturidade e autoconhecimento.
Portanto, ser sincero tem a ver com o que você acha certo, e não necessariamente
com o que é verdadeiro.
A que custo devemos proclamar a Verdade?
A todo custo, ainda
que isso cause desavenças, ainda que nos custe
relacionamentos, ainda que nos custe a dignidade, ainda que nos custe status
social, ainda que nos custe a própria vida.A Verdade de Cristo
que, por consequência, é a da Igreja tem de prevalecer em todo momento e a
qualquer custo:
“Ama a verdade, mostra-te como
és, sem fingimentos, sem receios, sem respeito humano. Se a verdade te custa a perseguição, aceita-a;
se te custa o tormento, suporta-o. E
se, pela verdade, tivesses que sacrificar-te a ti mesmo e a tua vida, sê forte
no sacrifício.” (São José Moscati)
“Quem diz a Verdade perde amizades.” – (São Tomás de Aquino)
É evidente que haverá
situações em que dizer a Verdade para que sua luz ilumine as trevas da
escuridão do erro de alguém ou de alguma situação acarretará em sacrifícios,
por isso devemos sempre lembrar do nosso maior referencial, Nosso Senhor Jesus
Cristo. Mas há também nas Santas Escrituras testemunhas vivas de tais
proclamações, é só recorrermos ao livros dos Atos dos Apóstolos e lembrarmos do
primeiro mártir e padroeiro dos diáconos Santo Estévão que foi em meio aqueles
que haviam assassinado o Mestre e desferiu sobre todos eles a Verdade sobre
Cristo e sobre seus ensinamentos, o que posteriormente causou seu martírio (Cf.
At 7). Difícil hoje é perceber a verdade em meio a tantas mentiras
que nos cercam todos os dias, porém é muito gratificante perceber a verdade em
meio a tudo isto. A verdade é tão preciosa que precisa de tantas mentiras para não
ser revelada. Somos constantemente apresentados a tantas mentiras, que passamos
a desconfiar da verdade. Mas se negar reconhecer a verdade é nos entregar como
diz Bento XVI, à ditadura da arbitrariedade. Existe uma diferença basilar entre
opinião e verdade. Opinião nós temos sobre o que desconhecemos.
Assim, posso dar opinião sobre o que será o Brasil daqui há 20 anos, sexo dos
anjos, ou por que unicórnios tem asas, coisas que ninguém domina com precisão.
Porém, não posso afirmar que, na minha opinião, Napoleão foi derrotado em
Waterloo. Isso é um fato, e o conheço. Não posso ter opinião sobre ele. Sei que
Napoleão foi derrotado em Waterloo. Então do que conhecemos, temos um juízo.
CONCLUSÃO:
Concluo dizendo que "não dê importância à sua opinião e à opinião pessoal de ninguém. Sobretudo, não acredite na verdade criada pela maioria, mas que não é evangélica e nem Cristã. Veja como a maioria acredita na rede Globo e nos meios de comunicação parcialistas. Jamais siga a maioria. Foi a maioria que gritou: Viva Barrabás! Siga a Verdade, siga a Cristo e a sã doutrina da Igreja! Não faça parte do rebanho da propaganda enganosa de opiniões.
Efésios 4,13-16: "até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo. O objetivo é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas teológicas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela malícia de certas pessoas que induzem os incautos ao erro. Longe disso, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função. Como devem agir os que creem..."
Francisco José
Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme
diploma Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
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