O Papa Francisco em um
de seus comentários tornado público, e que o jornalista italiano Andrea
Tornielli transformou em livro, o pontífice tenta explicar a sua famosa
declaração “Quem sou eu para julgar?”, a qual foi apenas uma reposta específica e
não genérica a uma pergunta sobre sacerdotes gays e que vem sendo amplamente
interpretada como sendo o seu comentário sobre todas as pessoas LGBTs.
Segundo o sítio eletrônico National Catholic Reporter, que recebeu
antecipadamente uma versão inglesa do livro intitulado The Name of God Is Mercy
[O nome de Deus é misericórdia], o Papa Francisco dá a devida e esclarecedora explicação:
“Naquela ocasião disse isto: Se uma
pessoa for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para
julgá-la? Estava
parafraseando o Catecismo da Igreja Católica, o qual afirma que estas pessoas
devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser marginalizadas.
Alegra-me que falemos sobre as pessoas homossexuais, porque antes de mais nada
existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não
devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais: não esqueçamos que
Deus ama todas suas criaturas e que estamos destinados a receber seu amor
infinito. Prefiro que os homossexuais
busquem a confissão, que estejam perto do Senhor e que rezemos todos juntos.
Podemos pedir-lhes que rezem, mostrar-lhes boa vontade, mostrar-lhes o caminho
e acompanhá-los a partir da sua condição”.
Nenhum padre, bispo, ou
mesmo um anjo descido do Céu tem autoridade para ensinar algo diferente do que está
escrito no Catecismo! Porém, contudo, entretanto, todavia, alguns
grupos de acolhida a homossexuais dentro da Igreja Católica, em vez de ajudar
esses irmãos a viver a alegria do Evangelho, os incentivam a permanecer
abraçados a seus pecados. É o
caso dos hereges que pregam que basta o homossexual "não ser
promíscuo", que pode praticar atos homossexuais na boa. Mas o Catecismo
diz algo muito diferente:
Apoiando-se
na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição
sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente
desordenados". (CIC, 2357)
Deus Altíssimo não pode
colocar no coração humano nenhuma inclinação que possa levar a pessoa a pecar
gravemente. Portanto é um erro gravíssimo dizer que a
tendência homossexual é dom de Deus. Todos nós, homossexuais ou não, somos
chamados por Deus à santidade. Mas só caminharemos bem rumo a esse objetivo
se não nos entregarmos às nossas más tendências - tendência à maledicência, aos
pensamentos impuros, ao adultério, ao egoísmo, à ira, ao roubo etc.
MAS O PAPA DISSE PARA NÃO JULGAR!
Tem muita gente por aí
(até bispo) distorcendo o "Quem sou eu para julgar?" dito pelo Papa
Francisco, confundindo nosso povo, arrotando apoio à
imoralidade sexual disfarçado de falsa misericórdia. Não devemos julgar, no sentido de condenar e excluir,
nenhuma pessoa por causa de suas tendências ou práticas homossexuais, ou por
causa de qualquer outro pecado. Porém, se não temos
como julgar o coração de cada um, temos SIM a obrigação de,
misericordiosamente, apontar o erro, este sim, já julgado e condenado pela sã
doutrina. Nem todos que
entram na Igreja começam imediatamente a abraçar integralmente a doutrina e a
seguir os Mandamentos. Diante de Deus,
cada um tem seu tempo. Devemos amar a todos e continuar pregando a verdade
sobre as virtudes e os pecados, mas sem rejeitar ninguém. As portas da
Igreja devem estar abertas para acolher a todos! Agora, não confunda isso com
dizer que mais nada é pecado: isso é enganação de Satanás!
Na Igreja
de um modo geral, independente da denominação, há muitos
irmãos e irmãs que sentem atração pelo mesmo sexo e, vivendo a castidade, dão
um belo testemunho de caminhada rumo à santidade. Nesse sentido,
podemos dizer que Deus tira algo bom da tendência homossexual desses fiéis,
permitindo que eles deem o seu testemunho em um mundo tão ferido pelos desvios
e confusões de identidade sexual. Entretanto isso não quer dizer que a
tendência homossexual é uma coisa boa. Ou seja, é evidente que uma
inclinação objetivamente desordenada não pode ser dom de Deus.Aos irmãos que sentem atração pelo mesmo
sexo, o nosso carinho e respeito! Recomendamos vivamente a todos que procurem o
Apostolado Courage. A verdade é que a Igreja
não discrimina essas pessoas. É que a sexualidade se trata de algo sagrado,
assim como a raça. As raças negra, branca, parda, amarela, mestiça e mulata são
desejadas por Deus, não devem ser tocadas. Quando o falecido cantor Michael Jackson foi
acusado de querer mudar a sua raça – por uma série de cirurgias plásticas e
processos de despigmentação da pele –, por exemplo, ele se defendeu, dizendo
que, na verdade, sofria de vitiligo. Fê-lo porque a sociedade condena
terminantemente qualquer tentativa de alterar a raça, tida como algo sagrado. Do
mesmo modo acontece com o sexo: a complementaridade entre homem e mulher foi
querida e criada por Deus – basta abrir as primeiras páginas do livro do
Gênesis para constatá-lo. Também ela, pois, não deve ser tocada. Trata-se,
igualmente, de uma realidade sagrada. Por isso, a Igreja diz aos homossexuais
que mudem sua conduta e comportamento (não a tendência). Este, porém, é um apelo que ela dirige a todos
os seus filhos. A sexualidade humana, ferida pelo pecado original,
tem várias tendências destruidoras, como: o adultério, a pornografia, a
masturbação, pedofilia, sadismo, necrofilia, zoofilia, etc. Todos os
cristãos são chamados a conter a sua pulsão sexual e canalizá-la de forma
produtiva no amor. Este, por sua vez, se expressa seja no celibato, seja no
matrimônio aberto à vida.Por isso, a Igreja não discrimina os homossexuais. O
que ela prega a eles é o que ensina a todos os católicos, indiscriminadamente:
que o exercício da sexualidade só é possível dentro do matrimônio aberto à
fecundidade e à procriação, porque este é o projeto original de Deus, desde o
princípio da Criação.
CONCLUSÃO:
Alguém pode argumentar
que esta é uma posição intolerante ou retrógrada. Afinal, não foi o próprio
Papa Francisco quem disse, no voo de volta de sua viagem ao Brasil: "Quem
sou eu para julgar?"? Antes de retomar essa fala do Papa, porém, importa
colocá-la em seu devido contexto. O Papa pergunta, de fato:
"Se uma pessoa é gay e procura
o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para a julgar?" Mas, depois,
continua: "O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem". E
o que diz o Catecismo da Igreja Católica? Que: Os atos de homossexualidade são
intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual
ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual
verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. "Um número não negligenciável de pessoas apresenta tendências
homossexuais profundamente enraizadas. (...) Devem ser acolhidos com respeito,
compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de
discriminação injusta."
Remata, por fim, a
Igreja:
As
pessoas homossexuais são chamadas à castidade" . Quem tem tendência
homossexual deve, pois, seguir o ensinamento de Cristo a todos: "Se alguém
quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e
siga-me" (Lc 9, 23). Só abraçando a Cruz e entregando-se por amor a
Cristo, é possível caminhar para a ressurreição.
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