As pessoas têm suas
razões para suas opções políticas pelos mais variados fatores: Corporativismo
de classe sindical e trabalhista, ideologias, causas ambientais e religiosoas,
etc. As respostas aos objetivos político-religiosos são ajustadas aos contextos
e possibilidades os mais variados. Os agentes sociais do campo religioso são
dinâmicos e reagem ativamente no campo político quando suas demandas e crenças
estão sob ameaça. Dessa forma, colocam no cenário público as crenças
religiosas, levando-as em consideração, muitas vezes de maneira decisiva, para
se fazer escolhas políticas. Assim, se uma das dimensões da secularização é a
separação das dimensões religiosas e políticas, pode-se dizer que isso não tem
ocorrido de forma linear ou preconcebida, até mesmo porque não podemos esquecer
que O ESTADO É LAICO, MAS NÃO ATEU! Muito disso se revela no fato de que os
atores sociais mostram grande habilidade de relacionar e vivenciar estas duas
instâncias que não estão restritas à esfera privada e íntima, como teriam
pensado alguns autores, mas presentes nos discursos e motivações para a
representação política em espaço público. No processo de redemocratização,
algumas lideranças religiosas de tendência progressista, se engajaram no PT e
muito de suas motivações para as ações políticas possuem uma consistente
dimensão moral e religiosa, onde os cristãos deveriam buscar formas de
construir uma sociedade mais justa. Não obstante, relações de poder tradicional
como a prestação de favores e autoritarismo nas CEB’S se revelaram muito
presentes.Neste sentido destaco que a atuação política é dinâmica e que o
sucesso de tal engajamento é sempre provisório, haja vista que as mudanças “de
lado” são corriqueiras. Assim, é preciso estar atento ao fato que: se pode
“rezar junto sim e votar separado”, pois a adesão ao engajamento político-religioso
é limitada e uma comunidade abarca grupos de pessoas com uma enorme diversidade
de propósitos. Isso revela que agentes do mesmo grupo religioso podem
apresentar interesses políticos díspares.
"Estado laico não é ateu ou agnóstico!" Diz o Jurista Ives Gandra
Martins
(foto reprodução)
O Estado laico não é
ateu ou agnóstico. É um estado que está desvinculado, nas decisões dos cidadãos
que o assumem, de qualquer incidência direta das instituições religiosas de
qualquer credo. Com essas afirmações, o jurista Ives Gandra Martins abriu sua
palestra no seminário sobre liberdade religiosa promovido pela Associação dos
Advogados de São Paulo.O “papa do universo jurídico”,
como Gandra foi chamado pelo diretor cultural da Aasp, Luís Carlos Moro,
sustentou suas afirmações citando o preâmbulo da Constituição Federal, que diz
“nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional
Constituinte para instituir um Estado Democrático (...) promulgamos, sob a
proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil...A Igreja Católica, os evangélicos ou judeus
não estiveram lá [na Assembleia Constituinte] como instituições. Foram os
cidadãos, de acordo com suas convicções, eleitas pelo povo, que definiram
contra o voto daqueles que não acreditavam em Deus”, afirmou o jurista.Gandra brincou com a
diferença entre as redações da Constituição de 1988 e da Emenda Constitucional
1, de 1969, época da ditadura militar.“Os nossos constituintes eram
extramente presunçosos para colocar [o trecho “sob a proteção de Deus”]. No
regime militar, eles sabendo que não tinham legitimidade, eram muito mais
humildes. Na Emenda Constitucional 1,
eles invocaram a proteção de Deus, porque não sabiam se Deus realmente iria
concordar com aquilo que lá estava”.
Em seguida, questionou, sob o ponto de vista da liberdade
de expressão, os contrastes entre as diversas convicções:
“Quando se diz que, em um Estado
laico, quem tem religião não tem voz, porque vai levar suas convicções, a
pergunta que se faz é: e aqueles que têm convicções diferentes, quando levam
suas convicções, com que direito levam, em um país em que a liberdade de
expressão é absoluta?”
Em seu artigo 5, a
Constituição garante a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, assegura o livre
exercício dos cultos religiosos, e garante, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e suas liturgias.
Teorias abrangentes
Voltando ao ponto da
convivência entre crenças, Gandra citou as chamadas teorias abrangentes, que,
segundo ele, levam à ditadura: “As teorias abrangentes, como
aconteceu com o marxismo, comunismo, nazismo, fascismo, Cuba e as ditaduras
islâmicas, não permitem que se raciocine de forma diferente daqueles que são detentores
do poder."Para o jurista, a
democracia é caracterizada pelo inverso, ou seja, a coexistência de teorias não
abrangentes e de oposições:“É a convivência das convicções de cada, fazendo com que prevaleça o
pensamento das pessoas que terminam sendo a maioria e sempre, evidentemente,
com o respeito das minorias, desde que não sejam conflitantes.”
Assistencialismo religioso
O jurista defendeu a
importância do assistencialismo religioso citando dados do livro "Como Defender
a Igreja". Segundo a obra, no mundo inteiro, a Igreja Católica conta com 165
associações nacionais de caridade e administra 5 mil hospitais e 17,5 mil
ambulatórios. Na África, educa 12 milhões de crianças a cada ano.“É interessante notar que todo
esse trabalho que se faz não aparece nos jornais”. Ele evocou as palavras do escritor americano Mark Twain, morto em 1910,
que afirmou ser papel da imprensa separar o joio do
trigo para, em seguida, publicar o joio.Para Gandra, essas
entidades fazem muitas vezes o papel do Estado:
“Com uma carga tributária de 37%, nós temos serviços públicos de péssima
qualidade! Essas instituições religiosas fazem o que os governos deveriam fazer
com nossos recursos e não fazem”, afirmou.
“Pessoas complexadas”
O jurista afirmou "não
ver problema na presença de símbolos religiosos em prédios públicos". Segundo
ele, se chegarmos ao ponto de os eliminarmos, os nomes dos estados de São
Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo deveriam ser mudados e o Cristo
Redentor, destruído.
“Todos que têm preconceitos contra símbolos religiosos, de qualquer
religião, são, a meu ver, complexadas”, afirmou.
Fonte:Conjur.com
A política e a religião - Conciliável, ou inconciliável?
Para Maquiavel, o que
confere valor a uma religião não é a importância de seu fundador, o conteúdo
dos ensinamentos, a verdade dos dogmas ou a significação dos mistérios e ritos.
Importa não a essência da religião e sim sua função e importância para a vida
coletiva. A religião ensina a reconhecer e a respeitar as regras
políticas a partir do mandamento religioso. O mundo se depara com um
crescimento vertiginoso das religiões acompanhado do seu uso político. E há uma
coincidência entre o fim da ideologia política representado pela queda da União
Soviética e o crescimento vertical de religiões e cultos. No Brasil, em
especial, os evangélicos têm ocupado espaços crescentes na vida política do
país com o aumento significativo de fiéis "eleitores". O geógrafo
Paul Claval faz reflexões profundas sobre o tema. Segundo ele essa mescla entre
política e religião é antiga. Com decorrer dos séculos as igrejas mudaram
profundamente:"Graças a sua associação com
o poder político, elas tiraram partido do exercício da força para a conversão
dos infiéis - sob a forma do djihad muçulmano e da cruzada cristã. No caso da
Inquisição, elas tiraram partido também da associação de seus tribunais com a
força pública. A influência das formas
políticas sobre a organização religiosa foi peculiarmente forte no caso do
Cristianismo. A Igreja católica calcou sua organização territorial sobre aquela
do Império romano, com a diocese - e mais tarde, a paróquia - como unidade
fundamental, e uma hierarquia de bispos e arcebispos obediente ao
papa".
O senso comum diz que religião e política não se discutem...
Que seria dos
conquistadores da América se não utilizassem os recursos da Igreja? Inúmeros
exemplos grassam pela história vinculando estas três forças. Agrupamentos terroristas ligados a seitas radicais se
responsabilizam por atentados horríveis em várias partes do mundo sempre com um
viés político e de poder. Política e religião
são manifestações sociais legítimas, mas, quando enveredam por conceitos
maniqueístas, sectários e radicais não contribuem para o bem-estar da
humanidade, gerando apenas fanatismo e intolerância.
Muitas vezes escondem, no seu
âmago, objetivos secundários de poder absoluto, de vingança crua e dominação de
territórios e riquezas. Os discursos
religiosos com objetivos eleitoreiros são de profunda característica
maniqueísta, na medida em que exaram conceitos pelos quais o candidato e o seu
partido são os eleitos por Deus e representam sempre o bem, enquanto o adversário
é a encarnação do mal (o famoso e famigerado discurso do NÓS CONTRA ELES) Isto
é induzir crédulos a tomar "partido" do "bem" convencidos
pelo palavreado fácil dos interlocutores candidatos. É exatamente aí que
aparece uma desvirtuação completa da religião, a bem de segmentos políticos que
a utilizam como alavanca eleitoral espúria e condenável.
*Hélio Monti é
Superintendente da Eletronorte-Gerência de Obras de MT e Mestre em Economia
pela UNB
Coisas que se misturam sim: Religião e Política
*Por José Alves de Freitas Neto
Apenas uma visão
ingênua ou excessivamente laicizada refutaria o modo entrelaçado com que
religiosidade e política se misturam. Desde o século XVI, para não retroagirmos
tanto, são muitos os exemplos de uma relação imbricada entre crenças e
posicionamentos políticos. A história das liberdades religiosas e
políticas, aspectos necessários e fundantes de uma série de direitos, é marcada
por conflitos e conciliações que impactam as decisões das pessoas. Toda pessoa, mesmo
aquela que não professa nenhuma religião, vive num campo social e cultural
marcado por fundamentos sistematizados pelas religiões e, ao mesmo tempo, pelo
debate público pautado pelo campo político. Se instados a participar de um
plebiscito sobre questões comportamentais, por exemplo, as pessoas tendem a
explicitar os confrontos de sua vida e crenças privadas e o dever da
manifestação pública.A fé, mais do que fenômeno individual, é manifestada coletivamente e,
portanto, está na vida pública.A separação entre
Igreja e Estado, formalmente estabelecida, fez-se na esteira das liberdades
religiosas e na defesa da liberdade de culto. Nas democracias representativas o
princípio de reconhecimento de todas as crenças e religiões assegurou um campo
de atuação nos quais as religiões podem ingerir em questões civis ou políticas.
Sobre a tolerância em tempos intolerantes
A convivência, para o
fiel religioso com pessoas que atuam de forma indiferente a religião, ou mesmo
ateus convictos, não é fácil. A indiferença ou o desprezo é um risco para quem
ostenta convicções inabaláveis sejam esta convicções religiosas, ou não. O
desafio para alguns grupos é estabelecer o limite para incorporar as diferenças
e, ao mesmo tempo, preservar sua identidade religiosa. A reação
católica foi o reforço de uma Igreja militante que procura combater os hereges
e manter sua doutrina perenes intacta. Quanto maior a demonstração desta força,
com rituais exaltados, maior o temor da instituição e maior a propaganda que se
fazia contra a própria Igreja, como nos textos dos humanistas do século XVI que
condenavam estas práticas. A defesa da liberdade religiosa aumentava nos
debates entre intelectuais e contribuía para a perda de prestígio da Igreja
católica.A visão de Martinho Lutero,
a despeito de sua importância para a conquista das liberdades individuais e de
consciência, não era muito distante da Igreja que ele combateu. A sua teoria da
graça e a noção de pecado existente no mundo o fez defender uma dupla esfera de
jurisdição: a espiritual, na qual os justos e eleitos estão protegidos; e a
temporal, marcada pela impiedade e pelos riscos da maldade se espalhar pelo
mundo e, mesmo assim, o fiel deveria também obedecer ao poder temporal. A
sobrevivência de seu movimento, mais do que questão teológica, necessitava do
beneplácito de monarcas e outras autoridades terrenas.
O discurso religioso
no período moderno também impulsionou grupos rebeldes. A existência de um texto
sagrado que legitimaria a ação dos fiéis e a existência de leis humanas e
“imperfeitas” fez com que surgissem movimentos radicais inspirados na Bíblia.
Na Inglaterra do século XVII, como analisou o historiador Christopher Hill
(1912-2003), a relação entre “o pergaminho e o fogo” exerceu papel considerável
nas revoltas populares entre 1618-1648. A liberdade de interpretação do texto divino
impulsionou movimentos rebeldes contra a nobreza e o clero. A fé da
plebe, subvertendo a autoridade dos clérigos, foi propulsora de uma rebelião
popular contra o sistema estabelecido, mas não nos esqueçamos, impulsionada por
acreditarem que sua demanda era sagrada, pois eles seriam os detentores da
verdade fé.
Da liberdade de crença ao fanatismo que ameaça as
liberdades
Os Estados modernos
criaram mecanismos políticos para assegurar as liberdades individuais,
incluindo a religiosa. Os princípios da tolerância e laicidade foram
conquistados em diferentes instantes e processos históricos. A
autonomia da esfera privada, que marca as questões de fé, e, ao mesmo tempo, a
ampliação das ações públicas que, por exemplo, limitariam o poder das religiões
em temas como educação, saúde pública ou temas culturais, armaram um histórico
de contínuas tensões. No cerne do Estado moderno está a tensão entre a
autonomia das escolhas e a condução dos destinos coletivos. Excetuando-se os
estados autoritários, que negam a liberdade religiosa, ou os teocráticos, que
negam a autonomia da vida política, há impasses profundos entre religião e
política nas sociedades atuais. No Brasil, um desses campos de disputa é a discussão
sobre a teoria de gênero. A menção a fogueiras inquisitoriais midiáticas é
reveladora dos obscurantismos e dos riscos embutidos na suposta liberdade de
expressão dos que defendem doutrinas que negam os princípios da laicidade.A opinião pública forma-se por elementos complexos e até mesmo
contrários ao respeito e à dignidade das pessoas. A pluralidade e a convivência
entre grupos sempre serão ameaçadas, se algum grupo considerar-se acima do bem
e do mal, se algum grupo se afirmar como porta-voz de uma verdade suprema ou
iluminada, seja de matriz religiosa ou política.
Os messianismos de direita ou esquerda são uma verdadeira
ameaça à convivência dentro de um Estado plural!
Quando esses messianismos se
convertem em ódio e ultrapassam as fronteiras da legalidade ressurgem os velhos
demônios que estão disponíveis para excluir todos os que são diferentes. Como as mulheres
acusadas de bruxaria, estamos vulneráveis diante da insensatez dos militantes
fanáticos tanto a direita como a esquerda, em nome de uma moral ressentida, querem
por fim à convivência entre pessoas com hábitos, práticas, crenças e visões de
mundo diversas. A tensão entre a política e a religião só poderá ser
dissipada se os limites e o respeito entre seus campos de atuação forem firmemente
respeitados.
*José Alves de
Freitas Neto
- Professor livre-docente do Departamento de História do Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas (IFCH) e coordenador executivo da Comissão Permanente para
os Vestibulares (Comvest). Autor de “Bartolomé de Las Casas: a memória trágica,
o amor cristão e a memória americana” (Annablume) e coautor de “A Escrita da
Memória” (ICBS) e “História Geral e do Brasil” (Harbra). É autor de diversos
artigos e capítulos sobre cultura e política na América Latina (séculos XIX e
XX).
Carmadélio fala sobre religião e política no
Jornal O POVO ON LINE
“A democracia autêntica respeita as crenças e não crenças dos cidadãos,
que têm o direito de expor suas percepções no debate”
A religião é elemento
importante da constituição histórica e cultural do povo brasileiro e não
poderia ficar fora dos debates no período eleitoral. O bom político não é aquele que traz ideias prontas, mas aquele que é
capaz de interpretar os anseios da população. Isso inclui os valores religiosos
dos que votam e escolhem seus candidatos. Esses valores se não podem ser
impostos ao Estado em sua saudável laicidade, não podem muito menos serem
desprezados como de menor importância. Um debate que não exclua os valores religiosos e éticos
interessa a grande parte da população brasileira que é de maioria
confessadamente Cristã. A laicidade do Estado
é exatamente a neutralidade e o respeito às manifestações religiosas e
culturais, inclusive dos que não tem credo. Entender os valores religiosos
como pertencentes apenas a consciência individual e escondê-los do debate
público é uma deformação da laicidade.A democracia autêntica respeita
as crenças e não crenças dos cidadãos, que têm o direito- e em alguns casos,
até o dever- de expor suas percepções no debate público. Alijar essas
percepções seria a imposição de uma visão materialista que não corresponde a
índole da esmagadora maioria da população.
As religiões são capazes de trazer ao debate público a marginalização
dos mais pobres; oferecer esperança aos que esperam as promessas; trazer
motivações para o debate e mostrar o homem inteiro em sua natureza, levando–o a
ir além de suas necessidades imediatas. “Um debate saudável e democrático
leva em conta opiniões divergentes como contribuição na busca de um consenso
que responda ao desejo da maioria. Sem a dimensão religiosa a sociedade pode se tornar presa
fácil das ideologias totalitárias. A
sociedade precisa de instância que a transcenda e a questione, que a
“desestabilize” em suas convicções relativistas, interesseiras e
circunstâncias, mostrando que nem só de pão vive o homem.” A liberdade de expressão
religiosa não é concessão ou favor do Estado mas direito humano que tem na
democracia e especialmente agora em tempo de eleições uma forma de afirmar
valores. Negar isso é negar um dos pilares da democracia que é a liberdade de
expressão. Uma liberdade de
expressão que não permita, especialmente agora que se decide o futuro da nação,
a contribuição dos valores da religião como uma contribuição para o debate
público seria uma contradição tanto com a democracia quanto com a liberdade. Essa
contribuição não significa imposição da religião para o Estado leigo, nem a
imposição da religião para os que não a tem, mas uma contribuição que, se bem
compreendida, pode nos ajudar a construir o Brasil que todos nós cidadãos
queremos, religiosos ou não.
*Carmadélio Sousa -
Historiador e membro da comunidade católica Shalom em Fortaleza – CE.
Fonte: O povo.com.br
CONCLUSÃO:
Jean Jacques Touseau, em
"Emilio", disse: Mesmo que os filósofos e teólogos
tivessem a possibilidade de descobrir a verdade, qual, de entre eles, se
interessaria por ela? A verdade impõem mudanças de atitudes, e nem sempre
estamos dispostos a mudar em prol da verdade, pois o mundo prefere aceitar mil
mentiras a aceitar uma só verdade, principalmente se ela vir revestida de
carater religioso (Religare).Cada um deles sabe muito bem que o seu sistema não
tem mais fundamentos que os dos outros; mas sustenta-o, porque é seu. Vemos isto
na Teologia, nas Heresias, na Filosofia, na política e até na própria ciência.
Não houve um único que, tendo chegado a distinguir o verdadeiro e o falso, não
tivesse preferido a mentira que encontrou à verdade descoberta por outro.
Contanto que se eleve acima do vulgar, contanto que apague o brilho dos seus
concorrentes, que mais deseja ele? O essencial é pensar diferentemente dos
outros: Para os crentes, é muitas vezes ir contra um ateu; para os ateus sua
meta é ser contra o Crente, sem levar sequer em conta o argumento, mas apenas a
pessoa. A verdade é como uma moeda, sempre tem três lados: A minha, a sua e a
que o mundo acredita! Vale sempre a que o mundo acredita, ou aquela que supostamente sincera, é apregoada, porém, esquecem que a sinceridade não é o único critério da verdade, pois uma pessoa pode estar sinceramente
equivocada.
“Quando nos fechamos em nossos julgamentos, desqualificamos
qualquer argumento, e invalidamos qualquer prova, mesmo que convincente, que não
se ajustem a eles. Nada que mereça ser chamado de verdade pode ser alcançado
por este método..."
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e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva” (Vol. 1).
Brasília, DF: Universidade de Brasília - São Paulo: Imprensa Oficial do Estado
de São Paulo.
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