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Religião e política: "o conflito Cristão em rezar juntos e votar separados"

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 1 de janeiro de 2020 | 17:47







As pessoas têm suas razões para suas opções políticas pelos mais variados fatores: Corporativismo de classe sindical e trabalhista, ideologias, causas ambientais e religiosoas, etc. As respostas aos objetivos político-religiosos são ajustadas aos contextos e possibilidades os mais variados. Os agentes sociais do campo religioso são dinâmicos e reagem ativamente no campo político quando suas demandas e crenças estão sob ameaça. Dessa forma, colocam no cenário público as crenças religiosas, levando-as em consideração, muitas vezes de maneira decisiva, para se fazer escolhas políticas. Assim, se uma das dimensões da secularização é a separação das dimensões religiosas e políticas, pode-se dizer que isso não tem ocorrido de forma linear ou preconcebida, até mesmo porque não podemos esquecer que O ESTADO É LAICO, MAS NÃO ATEU! Muito disso se revela no fato de que os atores sociais mostram grande habilidade de relacionar e vivenciar estas duas instâncias que não estão restritas à esfera privada e íntima, como teriam pensado alguns autores, mas presentes nos discursos e motivações para a representação política em espaço público. No processo de redemocratização, algumas lideranças religiosas de tendência progressista, se engajaram no PT e muito de suas motivações para as ações políticas possuem uma consistente dimensão moral e religiosa, onde os cristãos deveriam buscar formas de construir uma sociedade mais justa. Não obstante, relações de poder tradicional como a prestação de favores e autoritarismo nas CEB’S se revelaram muito presentes.Neste sentido destaco que a atuação política é dinâmica e que o sucesso de tal engajamento é sempre provisório, haja vista que as mudanças “de lado” são corriqueiras. Assim, é preciso estar atento ao fato que: se pode “rezar junto sim e votar separado”, pois a adesão ao engajamento político-religioso é limitada e uma comunidade abarca grupos de pessoas com uma enorme diversidade de propósitos. Isso revela que agentes do mesmo grupo religioso podem apresentar interesses políticos díspares.




Estado laico não é ateu ou agnóstico! Diz o Jurista Ives Gandra Martins











O Estado laico não é ateu ou agnóstico. É um estado que está desvinculado, nas decisões dos cidadãos que o assumem, de qualquer incidência direta das instituições religiosas de qualquer credo. Com essas afirmações, o jurista Ives Gandra Martins abriu sua palestra no seminário sobre liberdade religiosa promovido pela Associação dos Advogados de São Paulo.O “papa do universo jurídico”, como Gandra foi chamado pelo diretor cultural da Aasp, Luís Carlos Moro, sustentou suas afirmações citando o preâmbulo da Constituição Federal, que diz “nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático (...) promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil...A Igreja Católica, os evangélicos ou judeus não estiveram lá [na Assembleia Constituinte] como instituições. Foram os cidadãos, de acordo com suas convicções, eleitas pelo povo, que definiram contra o voto daqueles que não acreditavam em Deus”, afirmou o jurista.Gandra brincou com a diferença entre as redações da Constituição de 1988 e da Emenda Constitucional 1, de 1969, época da ditadura militar.“Os nossos constituintes eram extramente presunçosos para colocar [o trecho “sob a proteção de Deus”]. No regime militar, eles sabendo que não tinham legitimidade, eram muito mais humildes. Na Emenda Constitucional 1, eles invocaram a proteção de Deus, porque não sabiam se Deus realmente iria concordar com aquilo que lá estava”.







Em seguida, questionou, sob o ponto de vista da liberdade de expressão, os contrastes entre as diversas convicções:




“Quando se diz que, em um Estado laico, quem tem religião não tem voz, porque vai levar suas convicções, a pergunta que se faz é: e aqueles que têm convicções diferentes, quando levam suas convicções, com que direito levam, em um país em que a liberdade de expressão é absoluta?” - Em seu artigo 5, a Constituição garante a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.






Teorias abrangentes




Voltando ao ponto da convivência entre crenças, Gandra citou as chamadas teorias abrangentes, que, segundo ele, levam à ditadura: “As teorias abrangentes, como aconteceu com o marxismo, comunismo, nazismo, fascismo, Cuba e as ditaduras islâmicas, não permitem que se raciocine de forma diferente daqueles que são detentores do poder."Para o jurista, a democracia é caracterizada pelo inverso, ou seja, a coexistência de teorias não abrangentes e de oposições:“É a convivência das convicções de cada, fazendo com que prevaleça o pensamento das pessoas que terminam sendo a maioria e sempre, evidentemente, com o respeito das minorias, desde que não sejam conflitantes.”





Assistencialismo religioso





O jurista defendeu a importância do assistencialismo religioso citando dados do livro Como Defender a Igreja. Segundo a obra, no mundo inteiro, a Igreja Católica conta com 165 associações nacionais de caridade e administra 5 mil hospitais e 17,5 mil ambulatórios. Na África, educa 12 milhões de crianças a cada ano.“É interessante notar que todo esse trabalho que se faz não aparece nos jornais”. Ele evocou as palavras do escritor americano Mark Twain, morto em 1910, que afirmou ser papel da imprensa separar o joio do trigo para, em seguida, publicar o joio.Para Gandra, essas entidades fazem muitas vezes o papel do Estado:“Com uma carga tributária de 37%, nós temos serviços públicos de péssima qualidade. Essas instituições religiosas fazem o que os governos deveriam fazer com nossos recursos e não fazem”, afirmou.







“Pessoas complexadas”






O jurista afirmou não ver problema na presença de símbolos religiosos em prédios públicos. Segundo ele, se chegarmos ao ponto de os eliminarmos, os nomes dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo deveriam ser mudados e o Cristo Redentor, destruído. “Todos que têm preconceitos contra símbolos religiosos, de qualquer religião, são, a meu ver, complexadas”, afirmou.






Fonte:Conjur.com








A política e a religião -  Conciliável, ou  inconciliável?











*Por Hélio Monti





Para Maquiavel, o que confere valor a uma religião não é a importância de seu fundador, o conteúdo dos ensinamentos, a verdade dos dogmas ou a significação dos mistérios e ritos. Importa não a essência da religião e sim sua função e importância para a vida coletiva. A religião ensina a reconhecer e a respeitar as regras políticas a partir do mandamento religioso. O mundo se depara com um crescimento vertiginoso das religiões acompanhado do seu uso político. E há uma coincidência entre o fim da ideologia política representado pela queda da União Soviética e o crescimento vertical de religiões e cultos. No Brasil, em especial, os evangélicos têm ocupado espaços crescentes na vida política do país com o aumento significativo de fiéis "eleitores". O geógrafo Paul Claval faz reflexões profundas sobre o tema. Segundo ele essa mescla entre política e religião é antiga. Com decorrer dos séculos as igrejas mudaram profundamente:"Graças a sua associação com o poder político, elas tiraram partido do exercício da força para a conversão dos infiéis - sob a forma do djihad muçulmano e da cruzada cristã. No caso da Inquisição, elas tiraram partido também da associação de seus tribunais com a força pública. A influência das formas políticas sobre a organização religiosa foi peculiarmente forte no caso do Cristianismo. A Igreja católica calcou sua organização territorial sobre aquela do Império romano, com a diocese - e mais tarde, a paróquia - como unidade fundamental, e uma hierarquia de bispos e arcebispos obediente ao papa".







O senso comum diz que religião e política não se discutem...







Que seria dos conquistadores da América se não utilizassem os recursos da Igreja? Inúmeros exemplos grassam pela história vinculando estas três forças. Agrupamentos terroristas ligados a seitas radicais se responsabilizam por atentados horríveis em várias partes do mundo sempre com um viés político e de poder. Política e religião são manifestações sociais legítimas, mas quando enveredam por conceitos maniqueístas, sectários e radicais não contribuem para o bem-estar da humanidade, gerando apenas fanatismo e intolerância.
















Muitas vezes escondem, no seu âmago, objetivos secundários de poder absoluto, de vingança crua e dominação de territórios e riquezas. Os discursos religiosos com objetivos eleitoreiros são de profunda característica maniqueísta, na medida em que exaram conceitos pelos quais o candidato e o seu partido são os eleitos por Deus e representam sempre o bem, enquanto o adversário é a encarnação do mal (o famoso e famigerado discurso do NÓS CONTRA ELES) Isto é induzir crédulos a tomar "partido" do "bem" convencidos pelo palavreado fácil dos interlocutores candidatos. É exatamente aí que aparece uma desvirtuação completa da religião, a bem de segmentos políticos que a utilizam como alavanca eleitoral espúria e condenável.






*Hélio Monti é Superintendente da Eletronorte-Gerência de Obras de MT e Mestre em Economia pela UNB







Coisas que se misturam sim:  Religião e Política













*Por José Alves de Freitas Neto







Apenas uma visão ingênua ou excessivamente laicizada refutaria o modo entrelaçado com que religiosidade e política se misturam. Desde o século XVI, para não retroagirmos tanto, são muitos os exemplos de uma relação imbricada entre crenças e posicionamentos políticos. A história das liberdades religiosas e políticas, aspectos necessários e fundantes de uma série de direitos, é marcada por conflitos e conciliações que impactam as decisões das pessoas. Toda pessoa, mesmo aquela que não professa nenhuma religião, vive num campo social e cultural marcado por fundamentos sistematizados pelas religiões e, ao mesmo tempo, pelo debate público pautado pelo campo político. Se instados a participar de um plebiscito sobre questões comportamentais, por exemplo, as pessoas tendem a explicitar os confrontos de sua vida e crenças privadas e o dever da manifestação pública.A fé, mais do que fenômeno individual, é manifestada coletivamente e, portanto, está na vida pública.A separação entre Igreja e Estado, formalmente estabelecida, fez-se na esteira das liberdades religiosas e na defesa da liberdade de culto. Nas democracias representativas o princípio de reconhecimento de todas as crenças e religiões assegurou um campo de atuação nos quais as religiões podem ingerir em questões civis ou políticas.





Sobre a tolerância em tempos intolerantes





A convivência, para o fiel religioso com pessoas que atuam de forma indiferente a religião, ou mesmo ateus convictos, não é fácil. A indiferença ou o desprezo é um risco para quem ostenta convicções inabaláveis sejam esta convicções religiosas, ou não. O desafio para alguns grupos é estabelecer o limite para incorporar as diferenças e, ao mesmo tempo, preservar sua identidade religiosa. A reação católica foi o reforço de uma Igreja militante que procura combater os hereges e manter sua doutrina perenes intacta. Quanto maior a demonstração desta força, com rituais exaltados, maior o temor da instituição e maior a propaganda que se fazia contra a própria Igreja, como nos textos dos humanistas do século XVI que condenavam estas práticas. A defesa da liberdade religiosa aumentava nos debates entre intelectuais e contribuía para a perda de prestígio da Igreja católica.A visão de Martinho Lutero, a despeito de sua importância para a conquista das liberdades individuais e de consciência, não era muito distante da Igreja que ele combateu. A sua teoria da graça e a noção de pecado existente no mundo o fez defender uma dupla esfera de jurisdição: a espiritual, na qual os justos e eleitos estão protegidos; e a temporal, marcada pela impiedade e pelos riscos da maldade se espalhar pelo mundo e, mesmo assim, o fiel deveria também obedecer ao poder temporal. A sobrevivência de seu movimento, mais do que questão teológica, necessitava do beneplácito de monarcas e outras autoridades terrenas.














O discurso religioso no período moderno também impulsionou grupos rebeldes. A existência de um texto sagrado que legitimaria a ação dos fiéis e a existência de leis humanas e “imperfeitas” fez com que surgissem movimentos radicais inspirados na Bíblia. Na Inglaterra do século XVII, como analisou o historiador Christopher Hill (1912-2003), a relação entre “o pergaminho e o fogo” exerceu papel considerável nas revoltas populares entre 1618-1648. A liberdade de interpretação do texto divino impulsionou movimentos rebeldes contra a nobreza e o clero. A fé da plebe, subvertendo a autoridade dos clérigos, foi propulsora de uma rebelião popular contra o sistema estabelecido, mas não nos esqueçamos, impulsionada por acreditarem que sua demanda era sagrada, pois eles seriam os detentores da verdade fé.








Da liberdade de crença ao fanatismo que ameaça as liberdades








Os Estados modernos criaram mecanismos políticos para assegurar as liberdades individuais, incluindo a religiosa. Os princípios da tolerância e laicidade foram conquistados em diferentes instantes e processos históricos. A autonomia da esfera privada, que marca as questões de fé, e, ao mesmo tempo, a ampliação das ações públicas que, por exemplo, limitariam o poder das religiões em temas como educação, saúde pública ou temas culturais, armaram um histórico de contínuas tensões. No cerne do Estado moderno está a tensão entre a autonomia das escolhas e a condução dos destinos coletivos. Excetuando-se os estados autoritários, que negam a liberdade religiosa, ou os teocráticos, que negam a autonomia da vida política, há impasses profundos entre religião e política nas sociedades atuais. No Brasil, um desses campos de disputa é a discussão sobre a teoria de gênero. A menção a fogueiras inquisitoriais midiáticas é reveladora dos obscurantismos e dos riscos embutidos na suposta liberdade de expressão dos que defendem doutrinas que negam os princípios da laicidade.A opinião pública forma-se por elementos complexos e até mesmo contrários ao respeito e à dignidade das pessoas. A pluralidade e a convivência entre grupos sempre serão ameaçadas, se algum grupo considerar-se acima do bem e do mal, se algum grupo se afirmar como porta-voz de uma verdade suprema ou iluminada, seja de matriz religiosa ou política.





Os messianismos de direita ou esquerda são uma verdadeira ameaça à convivência dentro de um Estado plural!





Quando esses messianismos se convertem em ódio e ultrapassam as fronteiras da legalidade ressurgem os velhos demônios que estão disponíveis para excluir todos os que são diferentes. Como as mulheres acusadas de bruxaria, estamos vulneráveis diante da insensatez dos militantes fanáticos tanto a direita como a esquerda, em nome de uma moral ressentida, querem por fim à convivência entre pessoas com hábitos, práticas, crenças e visões de mundo diversas. A tensão entre a política e a religião só poderá ser dissipada se os limites e o respeito entre seus campos de atuação forem firmemente respeitados.






*José Alves de Freitas Neto - Professor livre-docente do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e coordenador executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest). Autor de “Bartolomé de Las Casas: a memória trágica, o amor cristão e a memória americana” (Annablume) e coautor de “A Escrita da Memória” (ICBS) e “História Geral e do Brasil” (Harbra). É autor de diversos artigos e capítulos sobre cultura e política na América Latina (séculos XIX e XX).







Carmadélio fala sobre religião e política no Jornal O POVO ON LINE















“A democracia autêntica respeita as crenças e não crenças dos cidadãos, que têm o direito de expor suas percepções no debate”





A religião é elemento importante da constituição histórica e cultural do povo brasileiro e não poderia ficar fora dos debates no período eleitoral. O bom político não é aquele que traz ideias prontas, mas aquele que é capaz de interpretar os anseios da população. Isso inclui os valores religiosos dos que votam e escolhem seus candidatos. Esses valores se não podem ser impostos ao Estado em sua saudável laicidade, não podem muito menos serem desprezados como de menor importância. Um debate que não exclua os valores religiosos e éticos interessa a grande parte da população brasileira que é de maioria confessadamente Cristã. A laicidade do Estado é exatamente a neutralidade e o respeito às manifestações religiosas e culturais, inclusive dos que não tem credo. Entender os valores religiosos como pertencentes apenas a consciência individual e escondê-los do debate público é uma deformação da laicidade.A democracia autêntica respeita as crenças e não crenças dos cidadãos, que têm o direito- e em alguns casos, até o dever- de expor suas percepções no debate público. Alijar essas percepções seria a imposição de uma visão materialista que não corresponde a índole da esmagadora maioria da população.














As religiões são capazes de trazer ao debate público a marginalização dos mais pobres; oferecer esperança aos que esperam as promessas; trazer motivações para o debate e mostrar o homem inteiro em sua natureza, levando–o a ir além de suas necessidades imediatas. “Um debate saudável e democrático leva em conta opiniões divergentes como contribuição na busca de um consenso que responda ao desejo da maioria. Sem a dimensão religiosa a sociedade pode se tornar presa fácil das ideologias totalitárias. A sociedade precisa de instância que a transcenda e a questione, que a “desestabilize” em suas convicções relativistas, interesseiras e circunstâncias, mostrando que nem só de pão vive o homem.” A liberdade de expressão religiosa não é concessão ou favor do Estado mas direito humano que tem na democracia e especialmente agora em tempo de eleições uma forma de afirmar valores. Negar isso é negar um dos pilares da democracia que é a liberdade de expressão. Uma liberdade de expressão que não permita, especialmente agora que se decide o futuro da nação, a contribuição dos valores da religião como uma contribuição para o debate público seria uma contradição tanto com a democracia quanto com a liberdade. Essa contribuição não significa imposição da religião para o Estado leigo, nem a imposição da religião para os que não a tem, mas uma contribuição que, se bem compreendida, pode nos ajudar a construir o Brasil que todos nós cidadãos queremos, religiosos ou não.





*Carmadélio Sousa - Historiador e membro da comunidade católica Shalom em Fortaleza – CE.





Fonte: O povo.com.br








CONCLUSÃO:








Jean Jacques Touseau, em "Emilio", disse: Mesmo que os filósofos e teólogos tivessem a possibilidade de descobrir a verdade, qual, de entre eles, se interessaria por ela? A verdade impõem mudanças de atitudes, e nem sempre estamos dispostos a mudar em prol da verdade, pois o mundo prefere aceitar mil mentiras a aceitar uma só verdade, principalmente se ela vir revestida de carater religioso (Religare).Cada um deles sabe muito bem que o seu sistema não tem mais fundamentos que os dos outros; mas sustenta-o, porque é seu. Vemos isto na Teologia, nas Heresias, na Filosofia, na política e até na própria ciência. Não houve um único que, tendo chegado a distinguir o verdadeiro e o falso, não tivesse preferido a mentira que encontrou à verdade descoberta por outro. Contanto que se eleve acima do vulgar, contanto que apague o brilho dos seus concorrentes, que mais deseja ele? O essencial é pensar diferentemente dos outros: Para os crentes, é muitas vezes ir contra um ateu; para os ateus sua meta é ser contra o Crente, sem levar sequer em conta o argumento, mas apenas a pessoa. A verdade é como uma moeda, sempre tem três lados: A minha, a sua e a que o mundo acredita! Vale sempre a que o mundo acredita, ou aquela que supostamente sincera, é apregoada, porém, esquecem que a sinceridade não é o único  critério da verdade, pois uma pessoa pode estar sinceramente equivocada.














“Quando nos fechamos em nossos julgamentos, desqualificamos qualquer argumento, e invalidamos qualquer prova, mesmo que convincente, que não se ajustem a eles. Nada que mereça ser chamado de verdade pode ser alcançado por este método..."









BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:






-Bourdieu, Pierre (2005), “A economia das trocas simbólicas”. São Paulo: Perspectiva.


-Burdick, John (1998), “Procurando Deus no Brasil”. Petrópolis: Vozes.


-Kadt, Emanuel de (2003), “Católicos radicais no Brasil”. João Pessoa: Editora UFPB.


-Mainwaring, Scott (1989), “A Igreja e a Política no Brasil” (1916-1985). São Paulo: Brasiliense.



-Boff, Leonardo (1982), Igreja, carisma e poder”. Petrópolis: Vozes.



-Lima, Maurílio César de (2004), “Breve história da Igreja no Brasil”. São Paulo: Edições Loyola.



-Martina, Giacomo (1997), “História da Igreja: de Lutero a nossos dias. IV - A era contemporânea”. São Paulo: Edições Loyola.



-Mariano, Ricardo (2003), “Efeitos da Secularização do Estado, do pluralismo e do mercado religiosos sobre as igrejas pentecostais”, Civitas, Porto Alegre, 3(1), 111-125.



-Meneguelo, Rachel (1989), “PT: a formação de um partido”, 1979-1982. Rio de Janeiro: Paz e Terra.


-Negrão, Lísias (2005), “Nem Jardim encantado, nem clube dos intelectuais desencantados”, Revista Brasileira de Ciências Sociais, 20(59). São Paulo: Anpocs, 23-36.



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-Novaes, Regina Reys (2002), “Crenças religiosas e concepções políticas: fronteiras e passagens”, in Carlos Fridman (org.), Política e cultura: século XXI. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 63-98.


-Oro, Ari Pedro; Ureta, Marcela (2007), “Religião e Política na América Latina: uma análise da legislação dos países”, Horizontes Antropológicos, Porto Alegre (27), 281-310.


-Paiva, Ângela Randolpho (2003), “Católico, protestante, cidadão: Uma comparação entre Brasil e Estados Unidos”. Rio de Janeiro-Belo Horizonte: Editora UFMG-IUPERJ.


- Palmeira, Moacir (1992), “Voto: racionalidade ou significado”, Revista Brasileira de Ciências Sociais, 20, 26-30.


- Palmeira, Moacir (1996), “Política, Facções e Voto, in Moacir Palmeira e Marcio Goldman, Antropologia, voto e representação política”. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria.


-Theije, Marjo De (2002), “Tudo o que é de Deus é Bom: uma antropologia do catolicismo liberacionista em Garanhuns”, Brasil. Recife: Fundação Joaquim Nabuco – Editora Massangana.


-Zepeda, José de Jesús Legorreta (2010), “Secularização ou ressacralição? O debate sociológico contemporâneo sobre a teoria da secularição”, Revista Brasileira de Ciências Sociais, 25(73),129-141.


-Weber, Max (1999), “Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva” (Vol. 1). Brasília, DF: Universidade de Brasília - São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.







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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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