Eu
Decidi
(Ministério
Koinonya de Louvor)
Eu decidi Jesus
Te eleger como meu Senhor
Meu direito é de não ter direito algum
Meu querer é tão somente o Teu querer
Para isto empenho minha palavra
Numa aliança que faço por amor.
Te eleger como meu Senhor
Meu direito é de não ter direito algum
Meu querer é tão somente o Teu querer
Para isto empenho minha palavra
Numa aliança que faço por amor.
Aceita Senhor a minha vida
Aceita Senhor esta aliança
Aroma suave em Tua presença
Seja sempre o meu louvor...
Aceita Senhor esta aliança
Aroma suave em Tua presença
Seja sempre o meu louvor...
VEJA A MÚSICA ORIGINAL NO LINK ABAIXO:
No início dos anos 90, tivemos o boom do
movimento conhecido como “palavra da fé”, que ensina, basicamente, que
tudo o que falamos produz efeito no mundo espiritual. Um dos principais
expoentes desse movimento foi Kanneth Hagin, que influenciou diretamente
líderes de grandes igrejas brasileiras, como R.R. Soares, Edir Macedo
e René Terra Nova.Uma das marcas mais características desse grupo
são as frases de efeito. Segundo eles, você tem que declarar com fé coisas do
tipo: “eu tomo posse”, “eu declaro”, “eu determino”, “eu profetizo”. Pois,
na visão deles, nós temos o poder de Deus em nossa fala. Quando declaramos, é
como se o próprio Deus estivesse falando.
Essa fé que eles tanto defendem, apesar de
parecer, não é em Deus. Ela tem como alicerce seus próprios ventres, acreditam
que podem produzir o que quiserem apenas pela autoridade do que falam.
Passando por profetas de Deus, se mostram falsos
profetas, visto que o que profetizam não se cumpre e não são dignos de temor
(Deuteronômio 18,22) e fazem exatamente o contrário do que o personagem central
da Bíblia: Jesus, ensinou.
A vontade de Deus
Proclamamos aos quatro ventos que a vontade de
Deus é boa, perfeita e agradável, citando Romanos 8,28, mas não confiamos
nisso. Preferimos declarar, profetizar e determinar, porque isso, teoricamente,
nos coloca no controle da situação. Agrada nosso orgulhoso e enganoso coração,
dá aquela sensação boa de poder. Nos sentimos deuses e isso faz bem ao ego
inflado.
Vamos ver o que JESUS, diz sobre o assunto:
Na oração modelo, o Pai nosso, ele diz que
devemos clamar pela vontade de Deus (Mateus 6,10) na terra, como ela é
feita no céu.Em João 6, 38, Jesus diz: “Pois desci do céu, não para fazer a
minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou.” Jesus,
embora sendo Deus (Filipenses 2,6), não quis profetizar, decretar e nem declarar
a vitória. Ele fez exatamente o contrário, morreu na cruz, que era a
forma mais humilhante que havia em sua época. Inclusive, sabendo que estava
próximo de ser preso e morto, juntou os discípulos e foi orar. Ao contrário dos
defensores da palavra da fé, ele fez uma oração muito mais simples e
sincera:
“E
retirou-se outra vez para orar: ‘Meu Pai, se não for possível afastar de mim
este cálice sem que eu o beba, faça-se
a tua vontade‘”. (Mateus 26,42)
Você prefere ficar com o exemplo de Jesus ou com
quem diz que Ele “errou” ao fazer isso?
Veja a frase de RR Soares, publicada em seu
livro “O direito de desfrutar da
saúde”:
“Usar a frase “se for da Tua vontade” em oração pode parecer espiritual e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração.”
O que ele disse é que Jesus errou ao pedir que Deus
cumprisse Sua vontade. Ele deveria ter determinado que não iria para a cruz e
saído como herói e, de preferência, tomar o poder de Roma e dá-lo aos
discípulos.Por isso que digo que:
“Tem que ter muita fé mesmo para dizer SEJA
FEITA A TUA VONTADE, do que dizer: EU PROFETIZO”
Não sei exatamente qual a vontade de Deus para ninguém
e para mim em muitos momentos, mas tenho certeza que ela é boa. Quando eu “profetizo”
digo a Deus que sei melhor que Ele o que preciso. Em resumo: não confio nEle.
Deus é Pai, mas não é papai Noel, é todo poderoso e a Ele nada é
impossível, mas não é o Gênio da lâmpada
Não
devemos rezar para que Deus faça as nossas vontades, mas para que nós mesmo sem
entender, nos submetamos a vontade d’Ele. Quem nunca ouvi falar do conto de
Aladim, um dos mais famosos da coletânea árabe. Segundo a lenda, Aladim achou uma “lâmpada maravilhosa”, uma
lamparina semelhante àquelas utilizadas na iluminação doméstica, mas que
continha um “gênio” e que era capaz de
realizar TRÊS desejos a ele dirigido.
Infelizmente temos percebido que,
no meio cristão, algumas pessoas têm chegado a Deus por aquilo que Ele pode
oferecer materialmente e não por aquilo que Ele é, ou já tem feito por nós.
Buscam milagres, fazem campanhas, votos, jejuns, como se Deus fosse um gênio e
fosse satisfazer todos os seus desejos. Oram somente para pedir, quase nunca
para agradecer, como se a oração pudesse manipular a vontade do Senhor que é perfeita
e soberana.
Deus
não é um gênio da lâmpada ou um mágico que está a nosso serviço. Acredito sim
que Ele responde nossas orações, mas de acordo com a Sua vontade.Na oração do
Pai Nosso, Jesus nos deixou um grande exemplo de como devemos pedir:
“Pai nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim
na terra, como no céu...” (Lc 11,2).
Repare
que o Mestre começa dizendo “seja feito a Tua vontade”.Em um segundo
momento da oração, Jesus ensina o que devemos pedir:primeiro pelo pão: “Dá-nos cada dia o
nosso pão cotidiano” (v.3); depois, perdão: “E perdoa-nos os
nossos pecados” (v.4a), e finalmente proteção: “não nos conduzas à
tentação, mas livra-nos do mal” (v.4b).A primeira epístola do apóstolo João nos
diz o seguinte:
“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, Ele nos ouve” (1 João 5,13).
Portanto,
não adianta profetizar, determinar, decretar ou exigir algo, até porque não
temos uma procuração de Deus para isso. Ele fará tudo conforme a perfeita
vontade d’Ele mesmo. O próprio Jesus, na sua angústia momentos antes da sua
crucificação, orou ao Pai dessa forma:
“Meu Pai, se é possível, afastai de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas
como tu queres” (Mt 26,39).
Nas
páginas do Novo Testamento vemos exemplos de muitas pessoas que eram doentes,
moravam na mesma cidade que Ele, Jesus tinha ciência disto, e mesmo assim não
curou toda uma cidade.
Paulo provavelmente passou por algumas enfermidades, conforme se observa
por algumas coisas que diz em suas cartas.
Timóteo tinha uma enfermidade no estômago, razão pela qual Paulo o aconselha
que tome vinho com água. Trófimo não pode acompanhar Paulo por causa de doença
(por que Deus não o curou?): “Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo
doente em Mileto” (2 Tm 4,20).
Fica
claro, dessa forma, que Deus não vai curar toda enfermidade e nem resolver
todos os problemas. Às vezes, o ‘não’ é a melhor resposta de Deus para nossa
salvação.Portanto, a oração não é uma lâmpada mágica que realiza no cumprimento
dos meus interesses, mais sim é a forma mais elevada de se relacionar com Deus.
Vemos várias passagens na Bíblia Sagrada recomendando a prática da oração.
Jesus se retirava com frequência para rezar. Os apóstolos costumavam se reunir
para buscar o Senhor. A igreja primitiva fazia reuniões de oração. Em
Filipenses 4,6 Paulo diz:
“Não andem ansiosos por coisa
alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem
seus pedidos a Deus”.
Ou
seja, é claro, nas Sagradas Escrituras, que nós devemos buscar a Deus o tempo
todo. Deus está disposto a responder nossas orações, mas dentro dos seus
desígnios.
“Muitos propósitos há no coração
do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá” (Provérbios 19,21).
Posso DETERMINAR a vontade do Senhor?
Diz o salmista:
“Deleito-me em fazer a tua
vontade, ó Deus meu.” (Salmo 40,8)
A ESSÊNCIA DA NOSSA CONSAGRAÇÃO está contida
nas palavras do salmista acima, ainda que estas palavras falem profeticamente
de Jesus, elas também são dirigidas a nós os membros de seu corpo que formamos
a sua Igreja. A “vontade” pode ser expressa como um desejo, o que se tem
prazer em, o que se quer, aprova, e
considera aceitável. Quando falamos da Vontade de Deus, como faz esse
versículo, podemos falar do desejo de Deus, prazer, o desejo que Deus tem em, o
que Deus quer, o que Deus aprova e considera aceitável.
As Escrituras apontam diversas
características importantes sobre a vontade de Deus. Jesus disse que não seria
suficiente apenas acreditar ou até mesmo conhecer a vontade de Deus, mas que
era necessário fazê-la também. “Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 7,21) O Apóstolo Paulo nos diz que a Vontade de Deus
deve ser feita a partir do coração e deve estar enraizada no desejo de um
coração que agrade a Deus.
“Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de
Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.” (Efésios 6,6)
A fim de fazermos a vontade de Deus, devemos
saber qual ela é. Daí estas palavras:
“Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos
de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em
toda a sabedoria e inteligência espiritual.” (Colossenses 1,9)
Resumindo à importância de se fazer a vontade
de Deus, o apóstolo João diz:
“Mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” —1 João 2,17
Aprendendo a reconhecer e fazer a Vontade de Deus, que como
dizia São João da Cruz: “A vontade de Deus é o nosso paraíso”:
Aqueles
que tomaram a decisão de uma consagração definitiva a Deus, seja recentemente
ou há muitos anos, têm igualmente dedicado suas vidas para faze a vontade do
Senhor. No entanto, realmente fazer e realizar, em pleno acordo com a vontade
do Senhor é uma luta. As influências do mundo, o adversário, e
nossa própria carne fraca, por vezes nos impedem de fazer a vontade do Senhor,
da maneira ou medida que gostaríamos. Com muitos esforços na caminhada
cristã, a questão de fazer a vontade do Senhor é algo que aprendemos ao longo
do tempo, através da experiência. Nosso sentimento em tudo isso é o que é
expressado pelo salmista:
“Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus.” (Salmo 143,10)
Antes
que possamos fazer a vontade do Senhor, é preciso primeiro saber, ou discernir qual
ela é. Este é o foco principal desta reflexão: discernir e aderir a vontade de
Deus para nós.Afortunadamente, muita das experiências do dia-a-dia da vida é
bastante fácil determinar a vontade do Senhor, tanto de forma temporal quanto espiritual.
Se estivermos empregados, acreditamos que o Senhor estaria satisfeito por irmos
ao nosso trabalho todos os dias e realizá-lo com o melhor de nossa capacidade.
Se tivermos uma casa, ele espera que nós, como parte de sua vontade, cuidemos
dela e não a deixemos cair em ruínas. Deus também quer que cuidemos de maneira
razoável de nosso corpo e de nossa saúde, respeitemos as autoridades
legitimamente constituídas e exerçamos nossa cidadania. Estas e muitas outras
são as coisas temporais, elas fazem parte de nossa administração, e é vontade
do Senhor Deus que cuidemos destas responsabilidades, como parte de nossas
promessas definitivas como consagrados(as).
Da mesma forma, relativamente a todas as responsabilidades espirituais
importantes de nossa vida, podemos
facilmente compreender que é a vontade do Senhor que regularmente vamos às
reuniões, participemos dos Congressos, quando possível, passar algum tempo em
estudo, oração e meditação, falar da mensagem do evangelho a outras pessoas,
rezar e praticar as obras de caridade para com elas, enfim, desenvolver uma
personalidade, à semelhança Jesus, nos configurando a Ele. Estas realidades
de caráter espiritual, fazem parte da vontade de Deus.
Deus nem sempre será claro e direto conosco como vemos vários
exemplos nas escrituras
O
foco desta reflexão não é tanto as questões claras descritas acima, embora
sejam importantes, mas as experiências da vida em que a vontade do Senhor não é
tão direta, mas que podemos percebê-la. Basta dizer que, em algumas experiências, ou
casos, é difícil determinar a vontade de Deus e, nesses casos, precisamos de
assistência e de ajuda para fazer esse discernimento.
As Escrituras definem
algumas “regras básicas” para nos ajudar a discernir a vontade de Deus:
A
primeira regra é que não podemos determinar a vontade de Deus em uma
experiência usando mundanismo, ou carnalidade:
“E não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12,2)
Observe
que a vontade de Deus é comprovada por conta de nossa mente transformada a
partir “deste mundo” e renovada pela habitação do Espírito Santo de Deus. Dito
de outra maneira, devemos usar de maneira espiritual ou em Cristo nossos
pensamentos, a fim de determinar a perfeita vontade do Senhor.
A
segunda regra básica para determinar a vontade do Senhor é que, a fim de
fazê-la, nossa caminhada deve ser perspicaz, ou seja, de maneira sabia. O
Apóstolo Paulo faz esta ligação entre caminhar perspicaz e compreender a
vontade do Senhor com estas palavras:
“Portanto, vede prudentemente
como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os
dias são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade
do Senhor.” (Efésios 5,15-17)
Porém
sabemos que mesmo com estas regras básicas, lutamos por vezes, em nosso
discernimento da vontade do Senhor. Deus, em seu grandioso amor, nos deu
ferramentas para nos ajudar em nosso esforço. Tal ferramenta ou critério
escritural é encontrado nas Escrituras:
“E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo:
Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a
esquerda.” (Isaías 30,21)
Observamos
nas Escrituras o fato de que Deus sabe que teremos de enfrentar experiências na
vida que nos apresentam uma escolha de ir ou em uma direção ou em outra, mas o
pior de tudo não é decidir entre uma coisa boa e uma má, mas entre duas coisas
lícitas, esta é a decisão mais difícil. Quando nos deparamos com tais
experiências que devemos perceber que não temos pecado, porque estamos perante
uma bifurcação na estrada, mas chegamos a um ponto em que precisamos ser
guiados por Deus, especialmente na nossa tomada de decisão. A palavra ‘por
detrás de ti’ não deve ser considerada literal, mas figurativa,
referindo-se as ferramentas que temos para nos ajudar. Essas ferramentas ou
métodos querem dizer, simbolicamente: “Este é o caminho; andai nele”, e
as ferramentas sugeridas pelos santos que nos precederam, são as seguintes:
1)
A oração iluminada pela Palavra de Deus.
3)
Os irmãos mais maduros, provados na fé, mas que perseveraram.
4)
Sua família natural.
5)
As autoridades da Igreja que você conhece e se confia.
6)
O Sagrado Magistério da Igreja e a Regra religiosa do Carisma.
7)
Vida sacramental e na graça.
Tendo
começado por seguirmos as regras básicas do pensamento espiritual e andar
prudentemente, a oração torna-se uma importante ‘palavra’ por detrás de nós
para ajudar-nos a determinar a vontade do Senhor. A oração, na verdade, deveria ser usada em conjunto com todas as outras
ferramentas, vamos analisar isso:
De
fato, Jesus em sua oração-modelo disse, ‘Seja feita a tua vontade.’
(Mateus 6,10). O Apóstolo Paulo descreve a oração como o componente final da
armadura cristã, dizendo:
“Orando em todo tempo com toda oração e súplica no
Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos.” (Efésios 6,18)
Note
que este versículo afirma que não somente orar, mas também vigiar. Como nós
utilizamos a oração para buscar a vontade do Senhor, lembremo-nos então de
vigia os ditames de Deus, de vigiar as experiências em que a vontade dele
poderá ser revelada, e vigiar através de outras ferramentas mencionadas
anteriormente. Em uma ou mais destas ‘vigílias’ (oração pessoal e
adoração) a vontade de Deus pode tornar-se evidente para nós.
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.” (Mateus 26,41)
Nesta
passagem acima, Jesus diz para vigiar primeiro, e depois orar. Isso significa
mostrar o nosso desejo, interesse e atenção, antes de orar a Deus sobre um
determinado assunto, mostrando uma atitude de vigilância, mesmo antes de
chegarmos ao trono da divina graça em oração. Assim, estamos vigiando, orando,
e depois continuamos observamos sua vontade a ser revelada em nós. A
importância da oração não pode ser suficientemente destacada. Temos de falar
com o Pai Celestial, afinal é sua vontade que nós queremos saber, e temos o
desejo de realizar. Evidentemente devemos estar prontos para conversar com o
próprio, cuja vontade estamos tentando fazer e para quem nós nos esforçamos em
agradar.
A Palavra de Deus como uma Importante Ferramenta
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para
revidar, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” (2 Timóteo 3,16-17)
Paulo
aqui diz que a Escritura, ou seja, a Palavra de Deus, é usada para “instrução”
para que possamos estar preparados para “toda boa obra”. Destas boas
obras, e nossas ações delas, fazem parte da sua vontade para nós, vamos as
Escrituras e encontramos a “instrução em justiça” que fornece. O
trabalho principal que as Escrituras nos ensina, é a sermos responsáveis, como
parte da vontade de Deus para nós, para sua obra de santificação. Note estas
palavras de Jesus e do Apóstolo Paulo respectivamente:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”( João 17,17)
“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos
abstenhais da prostituição.” (1 Tessalonicenses 4,3)
Como
esses versículos indicam, é a Palavra de Deus que nos santifica, e é a vontade
de Deus que esta obra de santificação ocorra. Esse pensamento apresenta uma
verdade conclusiva e constante sobre a vontade do Senhor:
“O que não santifica, ou nos
separa do Senhor, não pode ser sua vontade para nós”
A
Bíblia que é a Palavra de Deus revelada para nós, é a palavra final e infalível
por trás de todo processo de discernimento. No entanto, devemos usá-la,
estudá-la e torná-la nossa, sermos encharcados por ela para que realmente nos
ajude a ver e abraçar a vontade do Senhor. Se não utilizarmos a sua ajuda, nós
nos colocamos em uma grande desvantagem. Em vez disso, à medida que procuramos
saber mais plenamente a vontade de Deus, vamos vendo a nossa própria vontade,
ou até a vontade do inimigo, se confundindo com a vontade de Deus.
Família e Irmãos como Ajudas Adicionais
Uma
ferramenta que Deus tem dado providencialmente como uma palavra por trás de nós
são os nossos irmãos, que são outros membros do Corpo de Cristo. Muitas vezes
são estes que nos ajudam a determinar a vontade do Senhor, quando de outra
forma não parece muito clara. Paulo em numerosas ocasiões, falou do fato de
irmãos em um único local que foram determinantes para ajudar aqueles em outro
lugar, na maioria das vezes a título de exemplo. Um comentário foi dirigido aos
irmãos em Tessalônica:
“De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e
Acaia.” (1 Tessalonicenses 1,7)
Nós
também temos o privilégio de olhar para a Comunidade de maneira coletiva ou
individualmente, como uma fonte de exemplo e da ajuda que procuramos para determinar
a vontade do Senhor. Dirigindo-se aos anciãos da Comunidade o Apóstolo Pedro
diz:
“Mas servindo de exemplo ao rebanho.” (1 Pedro 5,3)
As
vezes, pode ser útil observar o testemunho de superação e perseverança do
irmãos(ãs) mais velhos na caminhada de Consagração com Cristo na Comunidade,
pelo contato pessoal com eles, lhes ouvindo, vendo seus exemplos, para se obter
uma visão de como foram discernindo e perseverando na vontade do Senhor. No
entanto, esta não é apenas responsabilidade dos consagrados mais antigos da
Comunidade, nem devemos cobrar isto deles, pois todos nós devemos ser exemplos,
e estarmos dispostos a ajudar-nos uns aos outros nos momentos em que
discernimos a vontade de Deus. Todos nós temos o privilégio de fazer como aconselhado
por Paulo a Timóteo:
“Ninguém despreze a tua juventude; mas sê o exemplo dos fiéis, na
palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza. (1 Timóteo 4,12).
É
importante lembrar que este instrumento dos irmãos não pode ser de utilidade
para nós, senão temos contato regular com eles. Este é apenas um dos meios
pelos quais nos ajudará a discernir e abraçar a vontade de Deus. Devemos lembrar
destas palavras de Paulo:
“Não deixando a nossa comunidade, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos
uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hebreus 10,25)
Nossa
família natural pode também, ser um instrumento útil de ajuda para nós quando
procuramos discernir a vontade do Senhor, especialmente se eles também são irmãos,
membros da família da fé, e quando nossas decisões os afetarão de forma
impactante.O Apóstolo Paulo relatou o grande impacto positivo que a família
natural de Timóteo teve em seu desenvolvimento quando jovem, afirmando:
“Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma
consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações,
noite e dia. Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou
primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também
habita em ti.” ( 2 Timóteo 1,3-5)
É
óbvio que nas palavras de Paulo, a fé possuída primeiro pela avó e mãe de
Timóteo, tinha sido de muita influência na vida deste jovem Cristão, e que
provavelmente ajudou a Paulo em muitas ocasiões a encontrar as respostas que
precisava para bem discernir sobre a vontade do Senhor.
A Providência
de Deus nas Experiências cotidianas positivas e negativas:
Uma
outra ferramenta, que queremos mostrar como ajuda para discernir a vontade do
Senhor, não é certamente, de menor importância ou valor, são nossas experiências
com a providência de Deus, as quais nos ensinam que:
“Impedindo ou permitindo, dando
ou retirando, está sempre nos amando, pois Deus é sempre sim” (2 Cor1,19).
Estas
experiências pessoais com a providência de Deus, são um instrumento
valiosíssimo e indispensável para se conhecer a vontade do Senhor. A
experiência, diz-se na sabedoria popular, é o melhor professor. Podemos
conhecer a forma da vontade de Deus para nós, justamente aprendendo com nossas
experiências. Paulo expressa o nosso progresso através da experiência desta
forma:
“E não somente isto, mas também
nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a
tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a
esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está
derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Romanos 3,3-5)
A
verdadeira maturidade, natural e espiritual, vem através da experiência. Paulo
falou de sua maturidade espiritual, usando o exemplo do homem natural:
“Quando eu era menino, falava
como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a
ser homem, acabei com as coisas de menino.” (1 Coríntios 13,11)
Vendo
o discernimento da vontade do Senhor através de nossas experiências sejam elas
positivas ou negativas, aprendemos preciosas e eficazes lições de vida:
“E, na verdade, toda correção, ao
presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um
fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” (Hebreus 12,11)
Se
acreditarmos verdadeiramente que nossas experiências são permitidas sob medida,
então devemos estar atentos, porque a vontade do Senhor pode também está
incutidas nas mesmas,
A necessidade imprescindível do Espírito Santo no discernimento da
vontade de Deus
Uma
pessoa imprescindível e indispensável, que permite que todas as ferramentas
acima mencionadas possam ser entendidas, acolhidas e trabalhar juntas em
harmonia, é o Espírito Santo, poder graça e sabedoria de Deus guiando nossas
vidas. Note-se que as Escrituras anteriormente referidas nos falaram sobre
andar prudentemente (Efésios 5,15-17) o que é imediatamente seguido por estas
palavras, “Mas enchei-vos do Espírito.” (Efésios 5,18) É esse Espírito
Santo que trabalha em nossa mentalidade como Novas Criaturas, nos ajudando a
usar todas essas ferramentas para seu melhor benefício a nos ajudar a
determinar a vontade do Senhor. Portanto, quando nós utilizarmos o primeiro
instrumento que é a oração, devemos incluir impreterivelmente nas nossas orações
o auxílio do Espírito Santo em busca da perfeita vontade de Deus.
Resumindo
Como
estas ferramentas se relacionam com o critério do caminho exposto em Isaías 30,21,
vemos que estamos usando a oração, a Bíblia, os irmãos, nossa família e as experiências
de vida como meios de auxílio no discernimento da vontade de Deus, nos dizendo figurativamente: ‘Este é o caminho, por aqui
está a vontade do Senhor’. A palavra “auxílio no discernimento” implica
também que, embora tenhamos essas ferramentas, ainda temos de avançar com os
olhos da fé, e pela fé devemos ver sua direção de como devemos usar estas
ferramentas que Ele mesmo nos deu, e que todos os santos as usaram.
“Porque andamos por fé e não por vista.” (2 Coríntios 5,7)
Tomar Decisões na fé é necessário
Suponhamos,
porém, que a experiência venha sobre nós, e apesar de nossos melhores esforços
para utilizarmos todas as ferramentas fornecidas para nos ajudar a determinar a
vontade de Deus, mesmo assim o caminho a escolher permanece obscuro. Além
disso, vamos supor que estamos diante de uma decisão do que deve ser feito. O
que devemos fazer?
1)-
Primeiro, devemos continuar orando e vigiando, e não parar de usar todas as
outras ferramentas que nos foram dadas.
2)-
Segundo, temos de tomar posse das preciosas promessas:
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.” (Romanos 8,28)
“Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes;
porque Ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.”(Hebreus 13,5)
3)-
Terceiro, devemos então tomar a melhor decisão que pudermos neste sentido,
sermos firmes nela, não oscilando e com Cristo, por Cristo e em Cristo
conduzi-la até o fim. Devemos estar cheios da fé em Deus, que conhece nossos
corações, e o desejo de fazer sua vontade, vai guiar nossa decisão de alguma
forma. Em tais casos, devemos rezar novamente, depois de tomar uma decisão,
pedindo a Deus para confirmar, ou anular segundo a sua vontade de que nossa
decisão trabalhará para a nossa salvação, e sempre atento pacientemente a sua
providência no assunto. Essas experiências em que a vontade do Senhor não está
clara para nós, pode ser realmente permitido como um teste de nossa fé.
Fazer a Vontade Deus e não a nossa é o objetivo final
A
chave para o êxito no caminho estreito não é determinar a vontade do Senhor,
mas nos submetermos a ela com o melhor de nossa capacidade imperfeita. Isso
exige uma ação de nossa parte.
“Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” (João 13,17)
O
Apóstolo Tiago confirma o assunto com estas palavras:
“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com
falsos discursos. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da
liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra,
este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tiago 1,22-25)
CONCLUSÃO:
Se
seguirmos as regras básicas da direção espiritual de Deus, caminhando na
súplica ao Espírito Santo, se usarmos as ferramentas da oração, da Palavra de
Deus, recorrermos a assistência dos nossos irmãos de fé e familiares, nossas
experiências passadas, nos abandonar pacientemente a sua providência,
permanecendo vigilantes, tomando posse de suas preciosas promessas, e termos uma
fé inabalável, não falharemos no discernimento da vontade de Deus para nossas
vidas e experimentaremos a paz de seu jugo que é suave, e assim poderemos
dizer:
“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua
obra...
Eu não posso de mim
mesmo fazer coisa alguma…
(João 5,30; 4,34; 5,30)
Reveja suas decisões, as consequências, tome estas
ferramentas e retome o caminho de Cristo, não o seu, nem do mundo e muito menos
o do maligno.
"Portanto amados, vede prudentemente
como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os
dias são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade
do Senhor..." (Efesios 5,16-17)
Apostolado Berakash
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