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(Foto: Ítalo Marsili) |
Como o próprio Ítalo Marsili diz que: “Não
devemos nada a ninguém”, aproveito-me de sua frase, como aquele que
nada tem a dever ao mesmo, me sentindo livre portanto, para com todo respeito ao seu
trabalho, fazer as devidas críticas e comentários construtivos e de alerta aos nossos internautas, evitando generalizações, bem como não jogando fora o bebê junto com água, com
críticas injustas e infundadas. Tudo que chega até nós, pelos mais diversos
meios, devemos usar sempre o critério Paulino:“Observar tudo e
ficar apenas com o que é bom..." (I Tessa 5,21) - Com relação ao princípio Paulino, Pe. Paulo
Ricardo como um de seus admiradores, ao recomendar o professor Olavo de carvalho (que considera Ítalo Marsili como um
de seus alunos), o faz de forma "cautelosa", ou seja, apenas como pensador e não como um Católico modelo, ou prof. de Catequese. (Veja Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MGJn1IUzXUI) - Este mesmo princípio
vale para tudo aquilo que vemos, lemos e ouvimos com relação ao psiquiatra Ítalo Marsili, ou qualquer um outro (incluindo este que vos escreve neste blog). O psiquiatra Ítalo
Marsili formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem se tornado um
fenômeno nas redes sociais, nas quais divulga vídeos de como educar filhos
“para o céu”, e se diz autor de uma terapia própria (portanto "achológica"), rotulada de “Guerrilha”
contra o Vitimismo”. O mesmo em entrevista ao Pânico na Band
dia 12/09/2019, falou sobre "seu estilo
de terapia". Ele negou que seja um conservador:“Eu não me considero conservador porque o conservador parece que tem uma
hegemonia de pensamento e eu faço o contrário (???) disse. Tem coisas que eu
faço no consultório que arrepiaria os cabelos do c... dos conservadores...” E aos 1:11 min do vídeo no link abaixo, o mesmo diz: "...Poxa, um conservador mandando fazer TAL COISA?...enfim, não caberia dizer aqui..."
A pergunta que não quer
calar é:
Será que esta "TAL COISA" está conforme a Moral Católica em seu Sagrado Magistério, que não tem nada a esconder?...Vejam o vídeo no link abaixo e tirem suas conclusões:
https://www.youtube.com/watch?v=LWkmtJD150k
Autor do livro “Os 4 Temperamentos”,
Marsili faz sucesso com suas ACHOLOGIAS online e conteúdo no Instagram, onde
tem mais de 300 mil seguidores. Para ele, o segredo do sucesso é: Falar só
sobre coisas que ele estudou profundamente: “Eu não falo de nada que eu não tenha investigado por muito tempo,
explicou. Só abro o bico para falar daquilo que tenho uma consistência. Não
falo na internet sobre os assuntos que estou estudando...”arrematou o psiquiatra.
Mas
será que ele é assim mesmo? Vejamos suas Contradições:
O
autor do livro "Onde está Deus? A fé cristã na época da grande incerteza" (Ed. Paulus) Julián Carrón teve um encontro com o psiquiatra, famoso nas
redes sociais, Ítalo Marsili. Carrón estaria presente para um diálogo com o
psiquiatra Ítalo Marsili,
médico que se tornou conhecido nas redes sociais ministrando cursos on-line nas
áreas de relacionamentos e temperamentos. O diálogo foi conduzido pela jornalista
Fernanda Lanza. A certa altura do encontro,
Carrón lembrou que:“Dom Giussani afirmava que a palavra
misericórdia deveria ser abolida do dicionário, visto que é
impossível aos homens. E conta o exemplo de um casal amigo que vive no Japão e
de uma japonesa que trabalha na casa deles: vendo como a mãe perdoava sempre os
filhos e a ela também a cada vez que errava, decide ir embora. A misericórdia é algo tão estranho para
essa pessoa que ela não conseguiu ficar ali. É preciso ser perdoado(a) para
perdoar o outro. Ítalo então, lembrou-se de um amigo em que viu essa
capacidade de olhar com misericórdia para quem o agredia, e como isso o marcou...” (Ué...mas esta coisa de perdão não é
puro vitimismo e frescura?...)
Ítalo Marsili,
ficam aqui estas perguntas que não querem calar, e este espaço para o Sr ou
seus fãs, leitores, seguidores, e defensores responderem:
1)- Afinal, se não
devemos nada a ninguém como fica a Gratidão? Ela é uma virtude, qualidade, ou
um mero defeito humano vitimista?
-1 Tessalonicenses 5,18: “Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a
vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus”
-Efésios 1,16: “Não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas
orações”
-Efésios 6,1: “Vós,
filhos, sede gratos e obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo”
-Colossenses 3,15: “Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que
vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam
agradecidos...”
-Atos dos Apóstolos 24,3: “Em tudo e em toda
parte, excelentíssimo Félix, reconhecemos estes benefícios com profunda
gratidão...”
2)- Se o perdão é uma “mera questão vitimista” como
fica o conselho de Jesus com relação a perdoar quem nos ofendeu?
Ora caro Ítalo
Marsili, a grande verdade, quer você não queira, concorde ou não, todos nós, incluindo você, queremos ser perdoados, mas, quantos querem perdoar? Esse é o grande desafio que Jesus nos lançou: aprender
a perdoar! E 70 vezes
7 é 490! Você já imaginou tentar guardar conta de todas as vezes que você
perdoou uma pessoa? Você provavelmente iria perder conta antes de chegar a 30
vezes (quanto mais 490 vezes). Jesus disse isso para nos mostrar que
devemos perdoar sempre. O perdão divino de Deus caro Ítalo Marsili, é a base de nosso perdão humano.Todos nós sabemos que perdoar é difícil. Como podemos
superar a mágoa e oferecer perdão, mesmo quando a outra pessoa não merece?
Jesus também nos dá a resposta. Depois de dizer que devemos perdoar 70 x 7 vezes,
Jesus contou uma parábola sobre um homem que devia muito dinheiro ao seu
patrão. Ele devia tanto que nunca poderia pagar, nem se tivesse várias vidas! O
homem implorou por misericórdia e seu patrão perdoou a dívida. Mais tarde, o
servo perdoado encontrou outro homem que lhe devia um pouco de dinheiro. Ele
exigiu o dinheiro e não teve dó quando o outro homem lhe implorou por
misericórdia, lançando-o na prisão até pagar a dívida. O patrão ouviu o que ele
tinha feito e ficou muito zangado, porque seu servo não tinha aprendido nada ao
ser perdoado. Por isso ele entregou o servo para ser torturado até pagar sua
dívida:"Assim também fará meu Pai celestial a
vocês se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão."
(Mateus 18,35).Se os nossos
pecados foram todos perdoados,
como podemos recusar perdoar quem nos ofende e peca contra nós? Se não
perdoamos, mostramos que não entendemos ainda o perdão de Deus. Será que
podemos mesmo nos chamar de cristãos se nos recusamos a perdoar? Mágoa e outros
sentimentos ruins nem sempre desaparecem de uma hora para outra. Precisamos da
ajuda de Jesus e de pessoas mais maduras na fé para nos ajudar a trilhar este
caminho de perdão. Tudo começa quando estamos dispostos a perdoar, perdão mais
que sentimentos é decisão. E o perdão de Deus é nossa grande motivação para
perdoar. O
primeiro passo para perdoar é lembrar quanto Deus nos perdoou. Perdoar não significa esquecer, ou
continuar em uma situação abusiva ou perigosa. Significa largar o ressentimento
e a vontade de retribuição, pois guardar mágoas e ressentimentos caro Ítalo Marsili, é como tomar um copo de veneno,
esperando que a pessoa que lhe magoou morra. Temos todo direito sim de nos
proteger e evitar situações ruins. E em caso de crime, temos todo direito de
procurar o apoio da polícia e da justiça, mas depois precisamos trabalhar isto.
3)- Caro Ítalo Marsili, "você como um Teólogo é um excelente Psiquiatra!" - Meter-se
em assuntos dos quais você não domina, se arrisca a cair em um campo minado!
Ora meu caro, você afirmar categoricamente, que um filho(a) não
tem que perdoar seus pais mas somente ser gratos
(ué...mas você diz que não devemos nada a ninguém?...) e tão somente
amá-los, é uma afirmação linda porém, meramente sentimentaloide e carregada de
meias verdades. Que devemos amar e honrar nossos pais, devemos sim! Agora negar que em alguns casos não devemos pedir a graça de perdoá-los, é querer tapar o sol com uma peneira e negar o óbvio. Nós caro Ítalo Marsili, talvez eu você (não sei de suas relações com seus pais), que fomos bem criados por nossos pais, em um lar equilibrado e Cristão, com pais exemplares como os que tivemos, realmente guardar mágoas e ressentimentos de picuinhas por ter levado uns bons e necessários “gritos-no-pé-do-ouvido” e uma boas e merecidas palmadas, ficarmos remoendo isto, considero também, pura frescura de mimadinhos(as).
Caro Ítalo Marsili, outra coisa completamente diferente de sua generalização, é a pessoa ter nascido ou sido criada em um lar desequilibrado e violento, sofrendo abusos sexuais e
violências de todo tipo, por anos a fio, e dizer que tudo isto é
frescura? E que não precisa perdoar ninguém, e muito menos precisar de CURA E
ACONSELHAMENTO algum!?
(Claro, conselhos, consultas e aconselhamentos, só dos seus
né? E evidentemente, de quem pode pagar R$ 2.000,00 por consulta!). Parece
que você está a propor aqui, trocar o confessionário e uma "direção espiritual
gratuita", pelo seu divã com hora marcada e muito bem paga, preferencialmente com
você! Espero que não esteja também, já
que você se considera um “católico moderno”, querendo negar o Sacramento de
Cura da Confissão, ou Reconciliação. Prezado Ítalo Marsili, não da nem pra
dizer este ditado popular: Se conselho fosse bom, a gente não dava, mas vendia,
por que infelizmente você vende os seus, mas antes de falar, (e aqui tomo a
liberdade de usar seu linguajar) “M...” visite antes um Ministério de Cura e
aconselhamento da RCC e Novas Comunidades, já que você diz (O grifo é nosso,
mas as palavras são suas):“Eu não falo de nada que eu não tenha investigado por muito tempo,
explicou. Só abro o bico para falar daquilo que tenho uma consistência...”Durante
a visita, veja o trabalho desinteressado, despretensioso, não midiático,
desgastante e gratuito destas pessoas que tem como único objetivo ajudar e servir
ao próximo, e não servisse do próximo, e somente depois caro amigo,
emita seus comentários e julgamentos. Durante a visita entreviste aconselhados
e aconselhadores, e verá que sua teoria achológica de não precisar se autoperdoar, é
furada, verá muitas vezes que estas pessoas que quando crianças foram abusadas,
precisam perdoar a si mesmas (muitas delas se sentem culpadas, pois seus agressores as culpam) perdoar a quem lhes abusou e a Deus que permitiu, a
coisa não é simplesmente este trocadilho de palavras e soluções fáceis que você
apresenta em seus livros, principalmente o que você diz sobre o perdão
em seu livro “Terapia de Guerrilha” nas páginas 63-71 do Capítulo 4.
3.1)- O que você acha da filosofia de vida "Ninguém te deve nada, você deve tudo aos outros" do Dr. Ítalo Marsili?
Respondido
por Carlos Eduardo em Quora:
“É difícil dizer algo a respeito... essa
frase, incapaz de se manter por si mesma, não é, em minha opinião, a mais
apropriada a representar uma filosofia de vida. Afinal, “dever” em que
sentido? Você deve tudo aos outros, sim, concordo, à medida em que se reconhece
que praticamente todos os bens e valores civilizacionais nos precedem e advêm
dos outros. Mas discordo se o sentido
for de que você tem deveres absolutos para com os outros. Enfim (resumindo), não
acho muito coisa além do que disse acima: “não me parece uma boa máxima para
expressar uma filosofia de vida.” É claro, esse juízo mais atinge as
capacidades explicativas do tal Ítalo Marsili do que o conteúdo em si de seu
ideário...”
A QUEM
OS LIVROS E TERAPIAS DE AUTO-AJUDA REALMENTE AJUDAM?
Costumo sempre dizer que "publicações de AUTO AJUDA, ajudam muito realmente! ou seja, ajudam seus autores a ficarem ricos e comerem caviar a custa dos outros!"
Pouco antes de morrer, encarcerado
em Roma o Apóstolo São Paulo escreveu sua última carta, a 2 Tm. Nela, ele recorda
que é "anunciador da mensagem salvadora":
“Cristo
Jesus destruiu a morte, fez brilhar a vida e a imortalidade” (2, 10).Por causa
deste ministério ele sofreu muito como mostra em 2Cor 11, 23-29. Para seguir o
Cristo, Paulo deixou todos os seus títulos de genuíno fariseu (Fl 3, 4-11) e
enfrentou os desafios da pregação do Evangelho “loucura e escândalo” (1Cor 1,
23). Foi, por isto, acusado de subversivo contra César (cf. At 17, 7), nocivo à
indústria dos ourives (cf. At 19, 23-40), prejudicial ao comércio dos adivinhos
(cf. At 16, 16-19), traidor da Lei de Moisés (cf. At 18, 12-17).
Suportou tudo por a amor a Jesus! Nunca se
arrependeu de ter confiado no Cristo! Com alegria escreveu:
“Todavia, sei em quem pus a minha confiança,
e estou certo de que Ele é capaz de guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm
1, 12).“Sei em quem acreditei (pepísteuka)”. Este verbo em grego indica algo de
estável e imutável. Ele sabia que se entregou a sua vida não a um mero homem,
nem a uma das várias correntes de pensamento, mas a Jesus Cristo, Filho de
Deus. Sabia
que não seria decepcionado, mas, ao contrário, o seu depósito lhe seria
guardado e entregue naquele Dia, no Dia do Juízo Final. Essas palavras do
Apóstolo e a sua atitude, devem ser modelo de vida para nós cristãos. Quem
abraça o Evangelho, deposita nas mãos de Jesus Cristo toda a sua vida; não
pertence mais a si, mas é selado como propriedade dele (cf. 2Cor 1, 22; Ef 1,
13s). Esta decisão pode parecer arriscada, mas é sumamente sábia. O
cristão pode e deve dizer: “Sei em quem pus a minha confiança!”
O homem foi criado por Deus para o Infinito! e só
Deus pode satisfazê-lo plenamente! Muitos procuram o Infinito, mas erradamente
em bagatelas passageiras e migalhas meramente humanas.
São
enganados pelos falsos valores da vida de tal modo que se assemelham ao
viajante que em sua caminhada, é seduzido pelas flores e borboletas da estrada,
e esquece a meta à qual desejava chegar!Só em Jesus Cristo está a nossa
salvação. São Pedro deixou claro que “nenhum outro nome nos foi dado no qual
tenhamos a salvação” (At 4,12). Mas Cristo confiou a missão de levar a salvação
a todos à Igreja católica, fundada sobre Pedro e os Apóstolos. “Tú és Pedro…”
(Mt 16, 16ss). Jesus confiou-lhe as Chaves do Reino dos céus, e garantiu que
jamais a Sua Igreja seria vencida. Cabe ao Papa, sucessor de Pedro, exercer o
“múnus petrino”, isto é, confirmar os irmãos na fé do Cristo e guarda-los na
unidade de uma doutrina pura.Nas epístolas pastorais escritas a Tito e a
Timóteo (1/2Tm, Tt), que ele sagrou como bispos de Éfeso e Chipre, São Paulo
insiste na expressão “hygiainousa didaskalía” (doutrina sadia) (cf. 1Tm 1,10;
6,3; 2Tm 1,13; 4,3; Tt 1,9.13…). No tempo do Apóstolo, como em outras épocas,
havia muitas heresias, hairéseis, isto é, doutrinas que mutilavam e
deterioravam o patrimônio da fé; ora o Apóstolo não hesita em chamá-las
gangraina, gangrena (2Tm 2, 17); esta é algo de podre que se alastra e vai extinguindo
a vida; S. Paulo compara as heresias à doença, nosos (1Tm 6,4), que se opõe à
saúde e à vida (cf. 1Tm 4,2).É a consciência do valor capital das verdades da
fé que leva- nos a respeitar e a amar a doutrina católica. Ela vêm de Deus;
pode ser ilustradas pela razão humana, embora esta não as explique plenamente.
Não são meras verdades filosóficas, mas princípios eternos. São verdades
reveladas por Deus; e assim intocáveis. Podemos e devemos aprofundá-las, sim, mas
guardando absoluta fidelidade ao significado original. O cristão sabe
que qualquer desvio infligido a tais proposições não tem conseqüências apenas
no plano acadêmico, mas repercute no da vida do povo de Deus, que poder ser
assim afetada por doença e gangrena!
A
História bimilenar da Igreja comprova a certeza de
São Paulo: “sei em quem pus a minha confiança”!
Nela podemos ver com clareza a sua transcendência e divindade. Nenhuma
instituição humana sobreviveu a tantos golpes, perseguições, martírios e
massacres durante 2000 mil anos; e nenhuma outra instituição humana teve uma
seqüência ininterrupta de governantes. Já são 266 Papas desde Pedro de
Cafarnaum.Esta façanha só foi possível porque ela é verdadeiramente divina;
divindade esta que provém Daquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo. Ele fez da
Igreja o Seu próprio Corpo (cf. Cl 1,18), para salvar toda a humanidade.Podemos
dizer que, humanamente falando, a Igreja, como começou, “tinha tudo para não
dar certo”. Ao invés de escolher os “melhores” homens do Seu tempo, generais,
filósofos gregos e romanos, etc., Jesus preferiu escolher doze homens simples
da Galiléia, naquela região desacreditada pelos próprios judeus.“Será que
pode sair alguma coisa boa da Galileia?” Isto, para deixar claro a todos os
homens, de todos os tempos e lugares, que “todo este poder extraordinário
provém de Deus e não de nós” (2Cor 4,7); para que ninguém se vanglorie do
serviço de Deus.Aqueles Doze homens simples, pescadores na maioria, “ganharam o
mundo para Deus”, na força do Espírito Santo que o Senhor lhes deu no dia de
Pentecostes. “Sereis minhas testemunhas, até os confins do mundo”(At 1, 8).Pedro e
Paulo, depois de levarem a Boa Nova da salvação aos judeus e aos gentios da
Ásia e Oriente Próximo, chegaram a Roma, a capital do mundo, e ali plantaram o
Cristianismo para sempre. Pagaram com suas vidas sob a mão criminosa de Nero,
no ano 67, juntamente com tantos outros mártires, que fizeram o escritor
cristão Tertuliano de Cartago (†220) dizer que: “o sangue dos mártires era
semente de novos cristãos”.
Estimam os historiadores da Igreja em cem mil
mártires nos três primeiros séculos!
Mas estes homens simples venceram o maior
império que até hoje o mundo já conheceu. Aquele que conquistou todo o
mundo civilizado da época, não conseguiu dominar a força da fé. As perseguições
se sucederam com os Césares romanos: Nero, Décio, Dioclesiano, Domiciano,
Valeriano, etc…, até que Constantino, cuja mãe se tornara cristã, Santa Helena,
se converteu ao Cristianismo. No ano 313 ele assinava o edito de Milão,
proibindo a perseguição aos cristãos, depois de três séculos de sangue. E nem
mesmo o imperador Juliano, o apóstata, conseguiu fazer recuar o cristianismo, e
no leito de morte exclamava: “Tu venceste, ó galileu!”.
O grande Império se ajoelhou diante da Igreja dos
pobres! A espada foi dobrada pela Cruz!
A
marca impressionante desta Igreja invencível e infalível, esteve sempre na
pessoa do sucessor de Pedro, o Papa. Os Padres da Igreja cunharam aquela frase
que ficou célebre: “Ubi Petrus, ibi ecclesia; ubi ecclesia ibi Christus” (Onde
está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Cristo).Depois da
perseguição romana, vieram as terríveis heresias. Já que o demônio não
conseguiu destruir a Igreja, a partir de fora, tentava agora fazê-lo a partir
de dentro. De alguns patriarcas das grandes sedes da Igreja, Constantinopla,
Alexandria, Antioquia, Jerusalém, e outras partes, surgiam as falsas doutrinas,
ameaçando dilacerar a Igreja por dentro. Era o pelagianismo, o maniqueísmo, o
gnosticismo, o macedonismo, nestorianismo, etc.. Mas o Espírito Santo
incumbiu-se de destruir todas elas, e o barco da Igreja continuou o seu caminho
até nós.Cristo deixou a Sua Igreja na terra como “a coluna e o sustentáculo da
verdade” (1Tm 3,15).
Não é preciso ser um gênio para explicar que muitos dramas humanos, injustiças e problemas de saúde não dependem dos pensamentos positivos daqueles que os sofrem!
-Será
que as pessoas que morrem de fome é porque não estão pensando positivamente o
suficiente sobre comida, e então o universo não envia isso para elas? Ora tenha paciência com tamanha idiotice!
-Devemos acreditar que as vítimas de abuso ou exploração atraem o
sofrimento unicamente por causa de suas mentes?
-Quando alguém te rouba ou te fere, é porque você não
está pensando do jeito certo?
-É injusto e
desonesto encorajar pessoas que sofrem e padecem privações a pensar que são
culpadas por tudo o que acontece com elas, porém, isto é bastante óbvio e uma
resposta fácil para os promotores desta nefasta corrente de
pensamento moderno.
Isso é atraente para aqueles que não querem
pensar sobre a complexidade da nossa humanidade e moralidade decaída, fruto das
consequências do pecado original e a consequente realidade das estruturas de
pecado que resultam em milhões de seres humanos que sofrem injustiças e privações
de todo tipo diariamente. Há ambientes em que não
é mais aceitável que as pessoas digam que não se sentem bem, ou que nem tudo
está bem etc. Tais afirmações são consideradas negativas, pessimistas ou
intolerantes. Quando slogans motivacionais ou livros nos forçam a viver sob a
obrigação de permanecermos positivos a todo custo, mesmo que as coisas estejam
indo mal para nós, as pessoas se sentem obrigadas a esconder seus
sofrimentos e a viver em um mundo artificial. Quando alguém recebe
más notícias, ou é diagnosticado com uma doença terminal, as pessoas ao seu
redor, em vez de abraçar seu sofrimento e ajudá-las a prosseguir sem negar a
realidade que estão enfrentando, e a finitude da vida, temendo expor seus
próprios medos e complexos, impõem uma realidade brutal a estas pessoas que só
faz aumentar ainda mais o seu sofrimento como meras frases vazias de um
positivismo alienante.Essas atitudes, que pareciam tão positivas e cheias de
amor, muitas vezes são realmente atos ocultos de egoísmo, que são implacáveis e
indiferentes ao sofrimento real de outras pessoas. Elas são uma fuga rápida e
simples do medo do sofrimento e de não saber como aceitar e viver com o sofrimento.
Esperamos que um sorriso feliz nos tire magicamente do abismo. Na verdade, é
uma maneira superficial e individualista de fugir da realidade.Hoje podemos ver
como, nas redes sociais, as pessoas se sentem obrigadas a publicar imagens
felizes e irreais. Muitos adolescentes e jovens realmente acreditam que as
fotos que veem no Instagram de seus amigos são uma representação fiel da
realidade. O exibicionismo da felicidade tornou-se uma regra social que afoga
aqueles que não sabem enfrentar suas dificuldades cotidianas. Não é natural
pressionar as pessoas para que sejam sempre felizes e pensem positivamente 24
horas por dia.A sociedade de hoje, que busca soluções rápidas e
superficiais para todo tipo de problema, é o
ambiente ideal para o surgimento de gurus que encantam seus ouvintes com ideias
bonitas, mas superficiais, que simplificam demais a realidade. Mas tudo aponta
para o fato de que as pessoas estão com fome do que é muito mais profundo do
que simples trivialidades e pensamentos mágicos, pois se fomos criados para o
infinito que é Deus, temos sim sede do infinito e da sua verdade infinita.Cultivar
amizades verdadeiras e profundas, reservar tempo para o silêncio e a reflexão,
e ler livros que nos proporcionem uma perspectiva mais ampla da vida, podem nos
ajudar a compreender melhor a nós mesmos e aos outros e nos ajudar a aprofundar
o que é real e duradouro. Esse é um caminho mais seguro para organizar nossos
pensamentos e sentimentos, e muito melhor do que clicar em frases motivacionais
ou correr atrás do guru mais moderno da atualidade.
A Igreja tem um papel insubstituível
neste mundo, que é o de anunciar o Evangelho e edificar os santos
(conf. Efes 4,2)
Mas constantemente modismos e
ondas adentram as portas de nossos templos, paróquias, Comunidades e Movimentos
da Igreja, corroborando para a desvirtuação dos ensinamentos eclesiásticos e
desviando os cristãos do cristianismo bíblico, daquilo que a Escritura, Sagrada
Tradição e Magistério nos apresenta como a verdade que nos salva e
nos liberta. Nada
contra o “coaching” ou contra qualquer tipo de orientação,
profissional ou motivacional, ainda que tenha sérios e justos receio com a
doutrina da autoajuda como alertado anteriormente acima. Minha real preocupação
é com o uso dos púlpitos e ferramentas da evangelização, que deveriam servir
unicamente para a pregação da Palavra, sendo tomados pela valorização deste
tipo de palestra que enaltece apenas as competências e habilidades
humanas, em um NOVO PELAGIANISMO! Faz-se aqui necessário uma crítica sincera a este modismo.
A Igreja jamais deve aceitar a substituição do ensino sagrado da Bíblia por
qualquer outra coisa: ideologias, ou técnicas humanas de sucesso e bem
estar. Sei que para muitos cristãos progressistas isso pode
parecer saudosista e tradicionalista, mas trata-se apenas do zelo em valorizar
a Palavra de Deus no seu Santo Evangelho. É evidente que, como já disse, a
Igreja tem o papel de edificação, e isso pode incluir o desenvolvimento
pessoal, profissional e social. No entanto, existe lugar e espaço para uso de
ferramentas de coaching. Porém, utilizá-las na pregação e evangelização,
abandonando e querendo antepor e sobrepor isto ao evangelho de Cristo, é o
mesmo que querer substituir a Palavra de Deus.Lideranças eclesiásticas, pastores,
leigos e evangelizadores Cristãos em geral, que abandonaram o evangelho da
salvação e libertação, adotando agora o “coach” e “master coach” como forma de
competência para utilizar os púlpitos, com o objetivo de falar de temáticas que
nada tem com o cristianismo, isso representa o abandono da fé. A Igreja não
deve se reunir em seus templos para ouvir pregações e homilias de fundo
ideológicos, ou de orientação profissional, auto ajuda ou motivação, mas sim o
EVANGELHO PURO E SIMPLES de Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitas vezes pessoas
repetindo textos de livros de autoajuda e recitando frases sem citar o autor,
como se fossem suas, tomam os púlpitos com o objetivo de vender a imagem de
vencedor para promover o comércio de seus livros, produtos e suas terapias
próprias criadas em escritório. A Palavra de Deus quanto a isto é muito clara e
nos adverte:“Mas,
ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho (BOA NOVA)
além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1,8).O que Paulo está afirmando, é que
nada pode substituir os ensinamentos da Palavra de Deus. Se já não bastasse a
série de heresias tradicionais dentro e fora da Igreja, que temos de enfrentar,
ainda precisamos explicar sobre a importância de manter o povo de Deus focados
na sua Palavra. Todo o nosso esforço pastoral em conduzir aqueles sob nossa
responsabilidade através de uma pregação genuína, hoje vem sendo confrontado
com técnicas mirabolantes e milagrosas de autoafirmação.Tratando
das questões espirituais, nenhum conhecimento acadêmico pode preparar alguém
para a excelência daquilo que é santo.Tão pouco quando esse conhecimento tem a
pretensão de substituir a Palavra de Deus.
Mas afinal, o que realmente uma pessoa busca ao ler um livro
de autoajuda? É possível encontrar, efetivamente, alguma ajuda nesse tipo de
literatura e "terapia mercadológica?"
A psicóloga e doutora em Ciências da
Religião Daniela Borja Bessa, autora do livro “Literatura de
autoajuda cristã: em busca da felicidade ainda na Terra e não só para o céu”, explica que a
autoajuda diz respeito a “textos que visam desenvolver capacidades objetivas e
subjetivas”. Ela cita o autor Steve Salerno, o qual afirma que: “A
autoajuda não está relacionada apenas ao “bem viver” individual, mas, também,
ao aprimoramento de habilidades em benefício do outro, ao desenvolvimento do
autoconhecimento e à busca, com o apoio de outras pessoas, por soluções para
problemas em comum dentro de um determinado grupo (como Alcoólicos Anônimos,
Narcóticos Anônimos dentre outros)”
Porém, a especialista Dra. Daniela Bessa chama
a atenção para a vasta literatura e terapias de autoajuda, e cita o autor Pedro
Demo, que diz:
“Se
tratar de uma leitura marcada pela ingenuidade, porque quem lê um livro dessa
categoria “acredita que vai resolver o problema quase que instantaneamente”. A psicóloga acredita que as críticas
justificáveis contra a autoajuda baseiam-se no discurso ilusório que alguns
títulos podem trazer, principalmente aqueles que sustentam a impressão de que
existe um alguém, no caso, o autor do livro, que é capaz de dar receitas sobre
como vencer determinados problemas. Esse tipo de livro sustenta o que Daniela
chama de:“Discurso
da certeza”, em que sentenças imperativas parecem apontar soluções Cartesianas,
tipo: “faça”, “seja”, “sorria”, “dê”. Uma das críticas grandes que se faz é uma
universalização genérica da vida. É como se dissessem (os autores): ‘o que
serviu pra mim, serve pra todo mundo’. Isso é um elemento perigosamente
frustrante e negativo”, explica a psicóloga.
Daniela também alerta para o risco de
tratamentos terapêuticos, exageradamente simples dado a determinadas patologias
em alguns livros de autoajuda!
“Você
tem um texto falando assim: “Deixe de ser vitimista e vença a depressão em dois
dias”, exemplifica a psicóloga. Esse tipo de abordagem irresponsável, abre
espaço para críticas justificáveis à autoajuda como gênero literário e
terapêutico.”
A Dra. Daniela em sua tese de doutorado, realizou
uma pesquisa com 768 Cristãos e descobriu-se que muitos leem livros de auto
ajuda na busca de solução para problemas pessoais, e concluiu:
“Esse
livro (ou terapia) vai ocupar, de alguma maneira, um lugar que está vazio nas
igrejas, ou vazio na vida das pessoas: de um bom amigo ou um bom
conselheiro...” - No meio Cristão, mais precisamente
entre suas lideranças, conforme explica Dra. Daniela Bessa, a resistência em
relação à autoajuda surge por conta da premissa que parece implícita
nesse tipo de literatura de que as pessoas têm condições de encontrar em si
mesmas o poder para mudarem as próprias vidas (o que excluiria a necessidade de
Deus, e isto precisa ser corrigido). A psicóloga defende,
entretanto, um certo benefício relativo neste tipo de literatura e terapia
enquanto uma alternativa às lacunas, como a ausência ou dificuldade de se
comunicar problemas pessoais para uma pessoa que não quer expor os próprios
problemas, buscar ajuda em livros ou em terapias deste tipo, se torna uma
alternativa, e para muitos, a única, portanto, é preciso mais responsabilidade
com menos interesse midiático e mercadológico com esta temática.
Conforme as palavras de Emmir Nogueira (formadora e
Co fundadora da Comunidade Católica Shalom), parece que vemos um "retorno da ultrapassada
TEOLOGIA DA RETRIBUIÇÃO", que foi superada no judaísmo a
partir do livro de Jó!
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(*Emmir Nogueira - Co-fundadora da Comunidade Shalom)
|
“A
teologia retributiva diz que todo sofrimento é resultado de algum pecado.
Elifaz, Bildade e Zofar, os amigos de Jó, enquanto se assentaram calados
estavam corretos. Mas, quando começaram a falar afirmaram erroneamente: Se Jó
sofre, é porque cometeu algum pecado grave. Alguém disse que os
amigos de Jó estavam “mais preocupados em salvar a doutrina da retribuição do
que em sofrer junto com Jó”.Entretanto, quando Deus responde, ele não o faz
para explicar a razão do sofrimento, mas onde nossa esperança deve descansar em
meio ao sofrimento.No texto base da meditação, Jó amadurecido diante das
respostas de Deus, faz afirmações que podem abrilhantar a nossa fé e nos
aproximar daquele em quem podemos descansar nossos anseios e sofrimentos.
Ultimamente, tenho ficado impressionada com uma certa atitude conhecida por
alguns como “teoria” ou mesmo “teologia retributiva” no relacionamento
com Deus, também entre os católicos. A cada pregação, nos mais
diversos locais do Brasil – nos outros países não sinto tão forte este fenômeno
– alguém apresenta, de uma forma ou de outra, a seguinte pergunta: “Mas
porque aconteceu isso comigo se eu procuro fazer tudo o que Deus quer?” e,
a seguir, descreve como vai à missa e reza o terço diariamente, como socorre os
pobres, como vai regularmente às reuniões da paróquia, como se confessa uma vez
por mês, etc.Outros, que enfrentam, como a quase totalidade dos brasileiros,
desafios financeiros, colocam as coisas mais claramente:“Mas,
porque é que eu estou com dificuldades se eu sou fiel ao dízimo todos os meses?
A Bíblia não promete que se eu for fiel ao tributo do templo Deus vai ser fiel
a mim?” - Há
ainda aqueles que, servindo a Deus com alegria e fidelidade na paróquia,
grupos, encontros, comunidades, espantam-se e sentem-se inseguros quando morre
um parente, a filha solteira engravida, o filho entra na droga, o cônjuge
adultera, os familiares abandonam a Igreja:“Mas
eu cuidei das coisas de Deus confiando que ele cuidaria das minhas! Como é que
isso pode ter acontecido?” Ao grupo de decepcionados com as “atitudes” de Deus,
somam-se os que exclamam, ressentidos: “Mas eu entreguei toda a minha vida a
Deus! Consagrei-me a Ele! Por que Ele não me liberta deste pecado? Por que
ainda tenho este vício? Por que ainda convivo com esta fobia? Por que continuo
deprimido? O que me falta ainda dar a Deus? Você acha que é minha pouca fé?” - Cada
vez que ouço algo parecido me vem uma lembrança e uma perplexidade. A lembrança
é a de Maria, aos pés da cruz de Jesus, sustentada pela caridade que a une ao
Filho, pela fé de que Deus é sempre amor e pela esperança da ressurreição que
Ele prometera.A perplexidade refere-se ao tipo de formação que talvez alguns
tenham recebido. Terá ela sido verdadeiramente católica, ou traz resquícios da
tal teologia retributiva que reduz nosso relacionamento com Deus ao
“dai-e-dar-se-vos-á”, típico de algumas visões não católicas? Será que estamos
ensinando que tudo o que damos a Deus e o que “fazemos por Ele” tem como base
essencial a gratuidade do amor? Será que estamos ensinando que o amor é,
por essência, gratuito e que, ao nos entregarmos a Deus, ao servi-Lo, ao devolver
o tributo, ao nos consagrarmos não temos nenhuma garantia de que as coisas vão
ser como queremos ou pensamos que seriam? Será que deixamos claro que Deus,
longe de ser um investimento de renda fixa, com retorno garantido, é Amor que
corre todos os riscos por nós? Será que ensinamos que Deus não dá nenhuma
garantia de retorno como nós pensamos que Ele deveria dar?Ou, talvez, estejamos
ensinando – e crendo! – que, se eu der dinheiro à paróquia Deus me dará o
dobro; se eu servir à Igreja, Deus me servirá; se eu fizer tudo “certinho” Deus
vai fazer com que tudo dê “certo” comigo e com os meus; se eu consagrar minha
vida a Deus, tenho garantia de libertação e santidade, em uma negociação
infindável de fazer inveja ao título mais promissor do mercado.Ao
olhar a vida dos santos, de Maria e do próprio Jesus, qualquer um ficaria
facilmente desencantado com as ideias retributivas que empeçonham a mente de um
católico, impedindo-o de ter a mente de Cristo. Tome-se, por exemplo, São
Paulo: perseguições, apedrejamentos, naufrágios, falatórios, julgamentos,
calúnias, prisões e morte. São Pedro não será muito diferente! Nem Jesus. Nem
Maria. Nem Madre Teresa de Calcutá. Nem João Paulo II.Alguém tem que voltar a
ensinar que o amor a Deus, para ser amor, precisa ser absolutamente gratuito,
sem nenhuma garantia de retorno. Pelo menos, não na nossa moeda, não na nossa
medida. O “dai e dar-se-vos-á”, a “medida boa, cheia, recalcada,
transbordante” são um outro câmbio, uma outra moeda, a moeda do céu, que é
sempre amor.”
*Maria Emmir Oquendo Nogueira - Co fundadora da Comunidade Católica Shalom
Neste sentido, a obra
de Italo Marsili, sem
querer jogar tudo fora, mas vale uma certa cautela no que se refere a algumas propostas
terapêuticas de caráter meramente “Pelagiano” para algumas circunstâncias, onde
somente a Graça Divina é capaz de intervir com eficácia. Em
primeiro lugar, é bom esclarecer que o autor, em seu interesse comercial, tenta
usar uma linguagem comum a todos, tratando algumas questões de forma genérica,
com uma metodologia própria e pessoal. Quer queira ou não, ele tende
a diluir algumas formulações doutrinais principalmente da Teologia Moral
Católica Tradicional, para encontrar um denominador comum aceitável por todos,
quer seja Católico ou não. E é óbvio que uma posição assim não serve para
o católico fiel ao sagrado magistério, principalmente quando o mesmo velada e
indiretamente quase chega a propor a troca do confessionário pelo divã, com
técnicas terapêuticas (evidentemente pagas), notadamente de auto ajuda. Que
todos nós que formamos a Igreja Corpo de Cristo, possamos nos lembrar disso, e
os líderes venham a se conscientizar de que a
“Teologia do Coching” é apenas um modismo que pouca coisa acrescenta para o
crescimento espiritual dos santos. E que Deus
possa nos conduzir através de um caminho de santidade e referência a Sua
Palavra, a Sagrada Tradição e ao Sagrado Magistério que forjou e forma os
verdadeiros Santos do passado, do presente e do futuro.
ATENÇÃO! Conforme informações da CNN Brasil (até a
conclusão desta matéria), Ítalo Marsili não tem registro de psiquiatra conforme
o CFM. Não tem título de psiquiatra registrado junto ao Conselho Federal de
Medicina nem à Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele tem apenas residência
em psiquiatria pela UFRJ. E conforme informativo digital “Metropoles”, também, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
nega que ele tenha registro da especialização.
No tocante a doutrina e Moral Católica contidas nos livros de Ítalo
Marsili, não tem Imprimātur. Conforme o CDC 824 e 832, Imprimātur é um
termo latino que se refere à permissão ou autorização concedida por
autoridades eclesiásticas (antigamente, também pelos censores régios) para que
determinado texto, doutrina, ou afirmação seja impresso (como faz o Prof. Felipe Aquino em seus livros). Essa
autorização deve então figurar no verso da página de rosto ou do anterrosto do
livro. A palavra corresponde a uma substantivação do latim imprimātur ('que se
imprima'), 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo passivo de imprimō
('aperta sobre; imprime'). Antes do Imprimatur, que é dado por um bispo,
passa-se pelo censor da diocese (padre,ou teólogo delegado) que dá o Nihil
obstat ('nada contra'), e, se o autor do livro for membro de uma
Ordem, o Superior, antes do censor, dá o Imprimi potest (pode ser impresso).
Sendo, pois, esta a sequência ordinária:
1º)-Imprimi
Potest (superior da ordem religiosa).
2º)-Nihil
Obstat (Censor da Diocese: Padre, ou Teólogo delegado pelo bispo
Diocesano).
3º)-Imprimatur (somente o bispo local).
Para encerrar, pergunto: “Em que corda e sustento você coloca sua esperança e confiança?”
Em pessoas? Nos prazeres ? No dinheiro? Drogas
e Bebidas? Aparências, ostentações? Amizades ? ideologias ? Auto ajudas ? Nas
Ciências INEXATAS como a psicologia ?... Na hora da tribulação, elas vão lhe
dar todo o sustento para você aguentar o tranco? Ou será como aquela passagem:
“E desceu a chuva, e
correram rios, e assopraram ventos, e combateram contra aquela casa, e ela não
suportou e caiu, e foi grande a sua queda...” (Mateus
7,27)
-https://jovempan.com.br/programas/panico/italo-marsili.html
– Consultada em 23/12/2019 – 11:30 hs
https://portugues.clonline.org/not%C3%ADcias/atualidade/2019/09/13/julian-carron-italo-marsili-rio-de-janeiro-onde-esta-deus
- Consultada em 23/12/2019 – 12:30 hs
-https://www.youtube.com/watch?v=MGJn1IUzXUI)
– Consultada em 23/12/2019 – 13:00 hs
-Carrón, Julián -
“Onde está Deus? A fé cristã na época da
grande incerteza”
- (Ed. Paulus),Julián
Carrón
- Marsili, Ítalo - “Guerrilha” contra o Vitimismo” - Editora: Auster; Edição: 1ª- Novembro de 2019
-https://pt.quora.com/O-que-voc%C3%AA-acha-da-filosofia-de-vida-Ningu%C3%A9m-te-deve-nada-voc%C3%AA-deve-tudo-aos-outros-do-Dr-%C3%8Dtalo-Marsili
- Consultada em 23/12/2019
– 16:00 hs
-https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/05/18/cotado-para-saude-medico-olavista-nao-tem-registro-de-titulo-de-psiquiatria
-https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/italo-marsili-cotado-para-a-saude-nao-tem-registro-de-psiquiatra-diz-cfm
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Vai aí o primeiro comentário do artigo do blog - que pelo visto, suplica por audiência.
Pontuações feitas totalmente de forma enrijecida, sem contexto.
Copias e colas, como argumentos, de frases fora do contexto. De acordo com sua interpretação.
Claramente uma falta de bela interpretação sobre o alvo abordado por Italo Marsili (o leitor com uma dor específica e não generalizada de acordo com sua resposta).
Sou seguidor desse blog há muito tempo, e uma coisa que esse pessoal realmente não busca é audiência, do contrário eles postariam tudo que você gostaria de ver. Estais completamente equivocado.
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