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Liberal na economia e conservador nos costumes, é possível?

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 25 de julho de 2019 | 21:22







O oposto de “conservador” em termos sociais ou de costumes não é liberal, mas sim “progressista”. A questão a ser aprofundada aqui não é se devem ou não, respeitar costumes e tradições, ou se cada pessoa deve ter a liberdade, independente do modelo de família, nível de educação, ramo de trabalho, religião, posição social, etc; de escolher quais costumes e tradições prefere manter e quais costumes e tradições prefere ignorar.




Este contraditório pacto liberal-conservador deu-se em razão de que ambos os grupos tinham, inobstante suas enormes diferenças, muitos objetivos em comum. Seu principal ponto de discórdia se dava nos temas morais e religiosos, pois enquanto uns queriam o estabelecimento de uma ordem favorável ao império da moral religiosa predominante, outros defendiam, por diversas razões, muitas delas de ordem econômica, havendo até aqueles que professavam o ateísmo, uma ordem constitucional mais aberta. Liberais e conservadores apresentavam diferenças, também, em relação ao nível de concentração da autoridade nacional e política. Para além destas discrepâncias, houve um enorme campo de convergência: tanto liberais como conservadores tinham interesse na defesa da propriedade, ameaçada pelas demandas crescentes de grupos politicamente cada vez mais exigentes. Neste sentido, ambas as colorações políticas se mostravam temerosas das consequências do acesso ativo das massas ao sistema de tomada de decisões. 





Enquanto o ideário conservador exalta uma sadia e comprovada tradição de sucesso, fruto de tentativas de erros e acertos ao longo da história. O conservador acredita na natureza humana, em princípios morais sólidos, fundamentados na tradição prevalente e evolutiva de nossa civilização, uma ordem moral e social herdada e testada na história de nossos antepassados e sobre a qual construímos o nosso presente, tendo em vista o futuro. O conservador acredita no valor desta sã tradição e dos bons costumes herdados que sustentaram a humanidade evitando a “barbárie anarquista”, e sobre este alicerce firme assentam sua opinião política, desejosa sempre da ordem social e do bem comum. O liberalismo faz a defesa do equilíbrio, da conciliação, da ordem sem conflito, da isenção de novos valores, e da exaltação individualidade contrapondo-se ao coletivo estatal.






Na verdade a expressão “liberal-conservador” é um oximoro, uma contradição em termos.Em seu famoso manifesto “Por que não sou conservador”, Hayek imaginou um triângulo eqüilátero no qual, sobre cada um dos vértices, situavam-se liberais, conservadores e socialistas. O triângulo de Hayek visava contrapor a ideia de que os liberais se encontram no meio de uma linha em que os extremos são ocupados, à direita, por conservadores e, à esquerda, por socialistas. Malgrado existam liberais, conservadores e socialistas de diversos matizes, distribuídos ao longo de cada um dos lados do triângulo, a verdade é que podem ser traçadas fronteiras bem nítidas entre essas três correntes. 








Assim como os ditos socialistas podem ser mais ou menos radicais (comunistas ou social-democratas), o mesmo ocorre com os conservadores e com os próprios liberais. Entretanto, nenhuma dessas correntes ou ideologias se funde com a outra. Assim como não existe “social-liberalismo”, também não acho adequado falar de “liberal-conservadorismo” ou “social-conservadorismo”. Embora certos nichos neoconservadores mais radicais ainda prezem o nacionalismo e, por conseguinte, apoiem medidas protecionistas (tanto em relação ao comércio quanto à imigração), além do aumento da tributação para financiar o fortalecimento das forças armadas, de forma geral a doutrina conservadora observa o liberalismo econômico como um valor, ainda que lhe atribuam um peso bem menor que os próprios liberais. Portanto, se você é liberal apenas em economia, mas conservador no resto, você não é “liberal-conservador”, mas apenas conservador. Da mesma forma, a defesa da liberação das drogas, da prostituição, da eutanásia, etc. não o torna um “social-liberal”, mas, pura e simplesmente, liberal. Por outro lado, muitos liberais autênticos se consideram conservadores pelo simples fato de defenderem valores morais rígidos. Gente que é avessa ao consumo de drogas, à prostituição, à eutanásia, ao aborto, à pornografia, bem como professa valores religiosos e familiares rigorosos, por exemplo, não raro se considera conservadora. Na verdade, você pode ser tudo isso e, ainda assim, ser um liberal radical, bastando apenas que você não defenda o uso dos poderes de polícia do estado para impor aos demais os seus valores ou obrigá-los a rezar pela sua cartilha.







Este que vos escreve até aqui, apesar de defender princípios econômicos liberais, é considerado por muitos um sujeito bastante careta e conservador. Entre outras coisas, está casado há mais de 30 anos com a mesma mulher, defende a posse de armas para a legítima defesa da família, mas não tem armas em casa, não consome drogas, e não defende o liberalismo moral e sexual. Entretanto, defende o direito dos outros de fazer tudo isso, e acha que o Estado não tem o direito de impor seus próprios valores aos demais.Como se vê, o que determina se alguém é liberal ou conservador não é, de maneira nenhuma, os valores morais segundo os quais essa pessoa decidiu viver, mas a sua visão sobre os limites dos poderes do estado. Portanto, a diferença não está propriamente nos valores, mas precisamente nos princípios que cada um defende. Mas deixemos que o próprio Hayek sintetize:


“Como o socialista, o conservador preocupa-se menos com o problema de como deveriam ser limitados os poderes do governo do que com o de quem irá exercê-los; e, como o socialista, também se acha no direito de impor às outras pessoas os valores nos quais acredita. Quando digo que o conservador carece de princípios, não quero com isso afirmar que ele careça de convicção moral. O conservador típico é, de fato, geralmente um homem de convicções morais muito fortes. O que quero dizer é que ele não tem princípios políticos que lhe permitam promover, junto com pessoas cujos valores morais divergem dos seus, uma ordem política na qual todos possam seguir suas convicções. É o reconhecimento desses princípios que possibilita a coexistência de diferentes sistemas de valores, a qual, por sua vez, permite construir uma sociedade pacífica, com um emprego mínimo da força. Sua aceitação significa que podemos tolerar muitas situações com as quais não concordamos. Há muitos valores conservadores que me atraem mais do que muitos valores socialistas, porém a importância que um liberal atribui a objetivos específicos não lhe serve de justificativa suficiente para obrigar outros a submeter-se a eles. Não duvido que alguns de meus amigos conservadores ficarão chocados com as “concessões” às opiniões modernas que eu teria feito na Parte III de meu livro. Contudo, embora possa não gostar, tanto quanto eles, de algumas das medidas mencionadas e até votasse contra elas, não conheço nenhum princípio geral ao qual recorrer para persuadir os que têm opinião diferente de que tais medidas são inaceitáveis na sociedade que eu e eles desejamos. Para conviver com os outros é preciso muito mais do que fidelidade aos nossos objetivos concretos. É necessário um comprometimento intelectual com um tipo de ordem em que, até nas questões que um indivíduo considera fundamentais, os demais têm o direito de buscar objetivos diferentes...”


Pois é...tire agora suas conclusões...


Veja o vídeo abaixo para melhor entendimento:


https://www.youtube.com/watch?v=NHpW2o85UvI


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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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