Qual o REAL significado de “Impuro” na etimologia?
Elemento que não tem
pureza, algo que está contaminado por alguma coisa, que tem sua natureza original
alterada transformando- a em outra. Tudo aquilo que está contaminado, deixar de
ser puro, como por exemplo as águas do rio após os desastres de rompimentos das
barragens em Minas Gerais. A água tornou-se impura. [A agua foi
alterada e tornou-se intragável devido a mudança de sua forma original]. Puro
portanto, é tudo aquilo que é limpo, sem impureza, livre de elementos
heterogêneos, imaculado, simples, verdadeiro e original.
O que significa cerimonialmente o impuro na escritura Velho
Testamentária?
Essa expressão foi
criada para nos ajudar a compreender o que a lei de Deus no Antigo Testamento
apontava sobre pessoas, objetos ou situações impuras. Não podemos julgar as ações e
mentalidades do homem do antigo testamento com nossos critérios de hoje, seria
anacronismo. A ciência e o conhecimento daquela época era diferente do nosso.
Ao excluir alguém, não se fazia por maldade ou puro preconceito como temos
hoje, mas se fazia para proteger a comunidade de algo desconhecido e que suas
lideranças não sabiam como lidar, e não tinham infelizmente, muitas vezes a
solução. Se excluía como se fazem ainda hoje colocando-se pessoas ou
grupos de pessoas em quarentenas, quando uma população é contaminada por algum
vírus, tipo o Ebola.
Não podemos generalizar dizendo que toda exclusão no Antigo Testamento era exclusivamente preconceituosa, a coisa não era tão simples assim. Uma pessoa impura era portanto alguém que não estava
naquele momento de acordo com as leis (exigências) de Deus (seja por atitudes
internas ou problemas externos), ou seja, pessoas que não tinham observado
algum aspecto da lei ou que estavam passando por algum problema em sua vida,
que as tornava impuras por certo tempo, com o risco de contaminar a comunidade,
mas que podiam sim voltar ao convívio familiar e comunitário, logo que fosse
restabelecida sua cura. Nesse contexto, estar impuro(a) significava
que a pessoa não poderia participar dos rituais (cerimônias) de culto a Deus e
que deveria guardar certo tempo até que pudesse novamente estar pura e para
participar da liturgia e vida comunitária. É por isso que se diz que a
pessoa estava cerimonialmente impura (em desacordo com as exigências de Deus).
Mas vamos entender melhor com alguns exemplos:
1)- Um exemplo
interessante é que se uma mulher que tivesse um descontrole na sua menstruação
e ficasse com sangramentos frequentes, estava cerimonialmente impura, e não
podia participar dos cultos e rituais: “Também a mulher, quando manar fluxo do seu sangue, por muitos dias fora
do tempo da sua menstruação ou quando tiver fluxo do sangue por mais tempo do
que o costumado, todos os dias do fluxo será impura, como nos dias da sua
menstruação” (Levítico 15,25).Essa mulher deveria
aguardar certo tempo após estar curada desse problema, e só então poderia
participar de novo, ou seja, estaria cerimonialmente pura: “Porém, quando lhe cessar o fluxo, então, se contarão sete dias, e
depois será limpa” (Levítico 15,28).
2)- Um outro exemplo
dessa pureza cerimonial exigida era referente às leis alimentares. Alguns
animais não podiam ser comidos, e comê-los constituía trazer para si impureza (e
até doenças por reações alérgicas, ou seja, como aquilo que no Nordeste
chama-se de comida carregada). Por isto usavam também, esta distinção
para fazer diferença entre o imundo e o limpo e entre os animais que se podem
comer e os animais que se não podem comer” (Levítico 11,47). Podemos citar
também doenças, como a lepra e outras doenças de pele, que também deixavam as
pessoas cerimonialmente impuras (Levítico 13-14). Tocar fluxos corporais, como
sêmen, ou tocar em um morto, também deixava a pessoa impura por certo período
de tempo (Levítico 22,4).Temos que lembrar que
as doenças sexualmente transmissíveis neste tempo era comum, se propagava com
facilidade na comunidade e não se tinha tratamento adequado e eficaz, apenas
paliativos.
Esses exemplos demonstram que Deus se importava com todas as áreas da vida da
pessoa e que deveria haver uma observação criteriosa por parte de cada um, para
melhor qualidade de vida e que o culto prestado a Deus fosse agradável e livre
de contaminações. Deveria haver pureza exterior e interior na prática do culto
a Deus de acordo com as regras que o próprio Deus estabeleceu. Quebrar essas
regras deixava as pessoas cerimonialmente impuras.
Hoje podemos ainda ficar cerimonialmente impuros?
Com a evolução
podemos achar tudo isto um absurdo, mas não podemos esquecer e lembrar que os
homens da antiguidade, mesmo os mais chegados a Deus, tinham mentalidade
primitiva, e não pensavam e agiam com a nossa mentalidade de hoje. E Deus de
forma pedagógica, lenta e gradual, respeita o lento desabrochar da natureza
humana. Esse desabrochar da consciência humana deveria acontecer pela reflexão
dos homens de todos os tempos, e pela meditação da Revelação de Deus. Assim,
por esses dois meios, reflexão e Revelação, a consciência do povo de Deus foi
se aperfeiçoando, desde a moralidade simples dos Patriarcas do Antigo Testamento
até à lei de Cristo, a caridade. Após a vinda de Jesus Cristo nosso salvador,
as leis cerimoniais tiveram seu cumprimento pleno. Ainda na época de Cristo, se
vivia muito a exteriorização da lei, ou seja, tudo ficava muito no campo
exterior. Fariseus e líderes religiosos foram muito criticados por Cristo por
conta disso. Jesus focou mais no aspecto interior da lei, ou seja, em como a
impureza do pecado atinge o coração e nos torna impuros. Sabemos que o
ser humano pecaminoso está sempre contaminado pela impureza do pecado que o
afasta de Deus, assim, as leis cerimoniais apontavam para Cristo, aquele que
traria a pureza plena, à vida de Seus servos através de Seu sacrifício
perfeito. Hoje nosso foco é andarmos em Cristo, que nos purifica e nos torna
aceitáveis na presença de Deus: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1
João 1,7).
Os mandamentos de Deus podem ser divididos em três categorias: Mishpatim
[julgamentos], Chukim [decretos] ou eidot [testemunhas]. E como dizia Tomas de Aquino: existem as causas primárias e secundárias. A primeira
categoria inclui aquelas observâncias que possuem uma razão óbvia, racional
tais como dar caridade, não roubar, não matar, etc. A segunda categoria,
chukim, inclui leis que não são necessariamente lógicas, e as cumprimos somente
pela razão de que Deus assim nos ordenou. A terceira categoria, eidot, inclui
as mitsvot que comemoram um evento como Shabat e Pêssach. Observar as leis de
cashrut está incluída na categoria de chukim.É fato que
judeus e muçulmanos não comem carne de pouco. O que pouca gente sabe é que isso
não tem nada a ver com superstição. Basicamente, eles acreditam que os
porcos são considerados animais impuros. Considere que,
para as pessoas nessas religiões, comer carne de porco é equivalente a comer
baratas para ocidentais, algo essencialmente imundo. Alguns muçulmanos
racionalizam sua “porcofobia” explicando que os porcos são perigosos para
comer, especialmente durante as épocas mais quentes do ano. Para algumas
pessoas, essa proibição religiosa tem sido associada a preocupações de saúde e
ambientais, relacionadas ao clima árido, uma vez que os suínos podem destruir a
pastagem de terra, considerada preciosa. Para outras, tudo se trata de um
simples teste de fé e obediência. De fato, e não somente na cultura judia ou
mulçumana, os porcos por vezes não são bem vistos na cultura ocidental. Tome
como exemplo a fazenda de animais de “A Revolução dos Bichos”, do escritor
britânico George Orwell, o porco é tido como hipócrita e mau-caráter.Mas por que
os judeus não comem carne de porco? Alguns sábios
judeus tinham a habilidade de responder uma pergunta com outra pergunta para
induzir à reflexão. Assim antes de responder à pergunta título, vamos
perguntar: "Por que na Torah existe a ordem para o povo comer carne de
ruminantes?"( Levíticos 11,3). Os ruminantes se alimentam
basicamente de vegetais (folhagem), portanto são considerados herbívoros
(consumidores de primeira ordem).O aparelho digestivo de ruminantes foi
fabricado basicamente com quatro compartimentos:
-Rúmen ("paunch" ou
"heres")
-Retículo ("reticulum" ou
"bet ha kosot")
-Omaso ( "omasum" ou
"hemses")
-Abomaso
O funcionamento do aparelho deles é
subdividido em duas etapas! Na primeira etapa o alimento é mastigado e enviado
para o rúmen e o retículo. Na segunda, o bolo alimentar regurgitado retorna à
boca através de contrações, sendo novamente mastigado e posteriormente
deglutido em direção ao omaso e abomaso.Haja paciência e tempo para consumir
esse capim! Esse tipo de digestão confere um maior aproveitamento energético
dos alimentos aos ruminantes. Temos exemplos de outros mamíferos ruminantes:
carneiros, bovinos e girafa.No Talmud, aprendemos que o
tempo que o ser humano leva para consumir cada refeição pode influenciar e
prolongar os seus anos de vida. Resumindo: Comer lentamente é mais saudável.
Alguns interpretam que se deve prolongar a refeição intercalando-a com palavras
da Torah. O hábito de fazer as refeições em grupo também evita a vergonha de
consumir o alimento de forma rápida e voraz. Enfim, não se deve sair
precipitadamente de mesa após engolir o alimento. Devemos corrigir o que as
pessoas habitualmente fazem, ou seja, nem sentam na mesa para realizar a
maioria de suas refeições (um grande erro contra a vida espiritual e
consequentemente contra a própria saúde). Quando
come-se carne de ruminantes com cascos genuínos
(o casco resguarda os pés das impurezas da terra), como ordena-se na
Torah (Levíticos 11.3), coloca-se a própria Torah na mesa das refeições, que
para os judeus é também um altar. Deveríamos demorar no consumo de nossos
alimentos, assim como deveríamos demorar para estudar a Lei. Acrescentando
algo sagrado à mesa, nos tornamos credores de uma vida mais duradoura e tranquila,
como o tempo da refeição. No ponto de vista de alma, os ruminantes possuem em
sua alma o registro de refeições bem mastigadas, tranquilas e duradouras. Quando uma pessoa come ela não está somente digerindo
elementos e propriedades físicas do alimento, "mas o aspecto de Divindade
que ele contém e que sustenta a própria alma." O porco não é um ruminante,
ele também não tem muitos critérios alimentares bem definidos. Come de forma
voraz, e muitas das vezes fica feliz com restos. O porco não é um animal mau, é
apenas um animal programado para comer assim. Não podemos comer porco, assim
como não podemos comer cachorros, gatos e leões. E
algumas crianças perguntam que se não podemos consumir animais não casher (proibidos),
então por que existem? A resposta é muito simples. Esses animais existem para
que não deixemos as nossas más inclinações agirem como esses animais: comendo
rápido e sem critérios de limpeza e de seleção! Olha que lindo! A
preocupação do Eterno em criar bichinhos tão simpáticos, mas também tão
barulhentos e escandalosos como os porcos, que chamam a atenção para o que não
devemos fazer com as nossas refeições: comê-las de forma rápida e sem
criteriosa inspeção! Outro exemplo é sobre a proibição de comermos animais que
consomem outros animais. Os carnívoros são vorazes, comem sangue, e ás vezes de
animais ainda vivos! Eles tem em sua existência a alma violenta e agressiva.
Não são animais maus, mas belos exemplos também de comportamentos que não
devemos repetir. Antes que me perguntem, cavalos não são ruminantes! O Rabi
Shimon disse: “Se três homens comeram à mesa e não falaram nela da Torah, é
como se tivessem comido de sacrifícios aos mortos, pois foi dito: "Porque
todas as mesas (deles) estão cheias de vômitos e imundícias" e sem o
Onipresente”(Isaías 28,8). Mas se três comeram à mesa e falaram da Torah, é
como se tivessem comido à mesa do Onipresente, pois foi dito: "E me disse:
Esta é a mesa que está perante o Eterno." (Ezequiel 41,22) - (Ética do
Sinai - Ensinamentos dos Sábios do Talmud de Irving M. Bunim _ Editora e Livraria
Sêfer, 3ª edição )
A perspectiva hermenêutica da Teologia da Libertação com
relação ao puro e impuro é vista desta forma:
O evangelista
Marcos mostra, com poucas
linhas em MARCOS 2,3 – 6, a profundidade da
prática de solidariedade e misericórdia de Jesus:“Uma solidariedade e um amor/
misericórdia tão grande que o levou a
uma ruptura com o jeito comum das coisas e estruturas religiosas-sociais de sua
época.” As pessoas pobres, doentes,
maltrapilhas, sem estudo
formal, deficientes, de
outros lugares e raças,
de profissões "baixas," os mendigos, os pecadores etc., eram
excluídos, eram "impuros": não eram dignos de fazer parte do povo de
Deus, segundo os doutores da Lei e os fariseus (?). Havia no judaísmo do tempo de
Jesus, toda a estrutura de "puro -impuro" que controlava rigidamente
a sociedade e as pessoas, botando
para fora da
mesa da vida
a todos estes
"impuros" acima mencionados
e controlando a ascensão socioeconômico das pessoas
na base de
classe e bens
materiais e/ou intelectuais. Jesus
não concordou (e não
concorda ainda hoje)
com isto. Para
Ele (e para
nós cristãos), cada pessoa humana é do mesmo valor infinito diante de
Deus e diante de nós mesmos. Jesus rompeu mesmo com estas estruturas religiosas
-ideológica-econômicas de exclusão social, que tanto sofrimento causava. Em Marcos
2, 3- 6, Jesus
enfrenta algumas situações
de ruptura com
o status quo religioso-social de
seu tempo, e
rompe as barreiras
falsas erguidas por
uma falsa idolatria das
leis religiosas. Jesus e a sua
prática junto aos
marginalizados, excluídos,
impuros de sua
época, nos interpela
profundamente em nossas
atitudes sobre todos os
excluídos. As pessoas pobres,
doentes, maltrapilhas, sem
estudo formal, deficientes,
de outros lugares e
raças, de profissões
"baixas," os mendigos, os pecadores, etc.,
eram excluídos, eram "impuros": não
eram dignos de
fazer parte do
povo de Deus,
segundo os doutores
da Lei e os
fariseus. Havia no judaísmo do tempo de Jesus, toda a estrutura de "puro -
impuro" que controlava rigidamente a sociedade e as pessoas, botando para
fora da mesa da vida a todos estes "impuros" acima mencionados
e controlando a
ascensão socioeconômico das pessoas na
base de classe
e bens materiais e/ou
intelectuais. Jesus não
concordou (e não
concorda ainda hoje)
com isto. Para Ele (e para nós cristãos), cada pessoa
humana é do mesmo valor infinito diante de Deus e diante de nós mesmos.
Jesus rompeu mesmo
com estas estruturas
religiosas - ideológicas - econômicas
de exclusão social, que tanto
sofrimento causava....
Porém, contrapondo-se um pouco a esta perspectiva
teológico-sociológica, vemos que o mesmo Deus que inspira Paulo a escrever:
1Cor 1, 27 -28: "Deus escolheu
o que é
loucura no mundo,
para confundir os
sábios...”
É o mesmo Deus que inspira Paulo a escrever também:
“Não sabeis que os injustos não
hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras,
nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os
avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o
reino de Deus...” (1 Coríntios 6,9-10)
E o próprio Cristo diz:
“E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes
como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que
se tornar PURO como este menino, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer
que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe. Mas, qualquer que escandalizar um destes
pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.Ai do mundo, por causa
dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por
quem o escândalo vem...” (Mateus 18,2-7)
Por que Deus quer que distingamos o puro do impuro?
“E ao meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão
discernir entre o impuro e o puro...” (Ezequiel 44, 23).
Está no coração de
Deus a sua paciente e misericordiosa pedagogia em ajudar e ensinar seu povo a
distinguir entre o puro e o impuro, o santo (sagrado) e o profano, mas isso
envolve intimidade com Deus para haver discernimento, entendimento genuíno, e
não juízos preconceituosos e excludentes. Ao pregar aos cativos na Babilônia, o
profeta Ezequiel procura abrir os olhos do povo quanto às causas que levaram os
israelitas para sua derrota. Tanto o povo, quanto os sacerdotes, todos se
corromperam: “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas
santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro
do puro...” (Ezequiel 22,26). Ridicularizar o outro
é a arma mais ferina que as pessoas usam, no meio social. Aguentamos melhor um
soco do que uma risada de escárnio. Ser alvo de chacota, principalmente daquela
que vem dos nossos conhecidos e amigos, é pior que punhalada nas costas. Talvez
por causa disso, sacrificamos muito daquilo que cremos, para não ficarmos
diferentes do politicamente correto. Achamos que o ostracismo merece todo o
preço que tivermos que pagar. Mesmo que o preço seja ir contra nossas
convicções. Ezequiel, em uníssono com o resto da Bíblia, quer nos ensinar a nos
libertarmos do cativeiro espiritual. Por isso, ele nos diz francamente: não dá
para igualar o impuro com o puro. Não dá para engolir o profano, mesmo que
venha embrulhado com as roupagens do santo. O Espírito Santo quer nos ensinar
a diferença entre o puro e o impuro. Mas nós fingimos que não existe e lhe
damos outros nomes de caráter pejorativo.
Frequentaremos agora a escola dos quatro
grandes doutores da Igreja latina: Agostinho, Ambrósio, Leão Magno e Gregório
Magno; para ver o que cada um nos diz, hoje, sobre a verdade da fé que mais
particularmente defendeu: respectivamente, a natureza da Igreja!
O objetivo é
redescobrir, por trás desses grandes Padres, a riqueza, a beleza e a felicidade
de crer e passar, como diz São Paulo, “de fé em fé” (Rm 1,17), de uma fé
acreditada para uma fé vivida. Teremos, assim, um aumento do “volume” de fé
dentro da Igreja para constituir depois a força maior do seu anúncio ao mundo. O
título do ciclo vem de um pensamento caro aos teólogos medievais: “Nós”, dizia
Bernardo de Chartres, “somos como anões sentados em ombros de gigantes, de modo
a vermos mais coisas e mais longe do que eles, não pela agudeza do nosso olhar
nem pela altura do nosso corpo, mas porque somos carregados para o alto e
elevados por eles a uma altura gigantesca”. A perspectica existencial de Heidegger, define a estrutura ontológica
do ser humano como " BIDIMENSIONAL", isto é, tem tanto um lado
objetivo quanto um lado subjetivo. Essa consciência da bidimensionalidade
estruturante do existir vem à tona nos chamados momentos de crise pessoal e ou,
social, como um voltar-se para fora,para o mundo e no mundo, ou um voltar-se
para dentro de si na busca de solução e respostas. A Teologia da
Libertação ao fazer uma opção preferencial e quase exclusiva (e excludente) pelo pobre, deixou
de pastorear a classe média e rica que debandaram para o protestantismo. Ao
tratar somente da questão social, deixou as questões existencias sem respostas,
e este mesmo pobre alvo de sua teologia, também, foi buscar as respostas nas
seitas. A Renovação Carismática vem preencher este vazio doutrinal e pastoral
não suprido e considerado irrelevante pela TL. Porém a RCC não tem a
experiência para tratar das necessárias questões sociais, e por isto foi
duramente atacada e excluída da Igreja justamente por esta ala que tanto fala
de inclusão, rotulando pejorativamente a RCC de alienada e emotiva. Na verdade,
a Igreja não era um assunto desconhecido para os Padres gregos nem para os
escritores latinos anteriores a Agostinho (Cipriano, Hilário, Ambrósio). A
Igreja é o novo povo de Deus; a ela é prometida a indefectibilidade, pois ela é
“a coluna e a base da verdade” (I Tim 3,15). O Espírito Santo é o seu mestre
supremo inerrante Espírito de verdade. A Igreja é “católica” porque se estende
a todos os povos, ensina todos os dogmas e possui todos os carismas; na esteira
de Paulo, fala-se da Igreja como do mistério da nossa incorporação a Cristo por
meio do batismo e do dom do Espírito Santo; ela nasceu do lado aberto de Cristo
na cruz, como Eva do lado de Adão adormecido. A situação do mundo, da Igreja e
da teologia mudou desde aquela época. Trata-se de recomeçar a partir da pessoa
de Jesus (partir de Cristo e nada antepor a Ele), de ajudar humildemente os
nossos contemporâneos a descobrir a pessoa de Cristo. Devemos nos remeter ao
tempo dos apóstolos. Eles tinham diante de si um mundo pré-cristão; nós temos
diante de nós um mundo em grande parte pós-cristão. Quando Paulo quis resumir
em uma frase a essência da mensagem cristã, ele não disse: “Não a nunciamos
esta ou aquela doutrina”, mas “Nós proclamamos Cristo, e Cristo crucificado” (1
Cor 1, 23). E ainda: “Nós proclamamos Jesus Cristo, o Senhor” (2 Cor 4,5). Portanto,
quando
simplesmente copiamos estranhos modelos, perdemos nossa identidade, mas se
revitalizarmos através da autêntica tradição e à luz da Palavra de Deus,
teremos orgulho de sermos o que somos.A conversão, verdadeiramente
impressionante para nossos dias, seria a de nossas comunidades serem menos
Tessalônica e mais Beréia: Uma verdadeira e nobre comunidade hermenêutica:
aberta, madura e missionária. A igreja primitiva de Atos 17, é o modelo mais
excelente para todas as outras, em todos os tempos, em todos os lugares. Esta
igreja tornou-se uma referência de igreja fiel, digna de ser imitada. Ao vermos
em nossos dias as mais variadas formas de ser igreja, com as mais diversas
liturgias, diferenças doutrinárias e denominações, nos perguntamos: “Qual é a
igreja que queremos ser”? Ao olharmos para esta igreja no livro de Atos ,
encontraremos as marcas de uma igreja verdadeira. Alguém já disse: “Só
conseguiremos enxergar o futuro com os olhos do passado”.
Queremos ser uma igreja comprometida
com a verdade (At 2,42) e não com ideologias, ou politicas partidárias!
A igreja que nasceu como fruto do derramamento do
Espírito e da exposição ungida das Escrituras perseverava na doutrina dos
apóstolos. Não há igreja verdadeira sem a doutrina apostólica. Onde as verdades
das Escrituras são negadas ou distorcidas, pode haver sociedades religiosas,
mas não igreja de Cristo. A igreja não pode estar à mercê de doutrinas e
ACHOLOGIAS pessoais de grupos e de homens, mas fundamentada na eterna e
infalível Palavra de Deus, na tradição e magistério Sagrado.A igreja não pode
andar às escuras. Ela sabe com segurança para onde vai. Ela anda na luz da
verdade. A Igreja atual precisa urgentemente voltar a sua missão original
ordenada por Cristo. Infelizmente o que está crescendo espantosamente,
não é o Evangelho, mas outro evangelho, um evangelho mistificado, sincrético,
antropocêntrico, meramente sociológico, que prega não uma libertação do pecado
mas uma libertinagem que justifica e se associa com o pecado, que busca agradar
e salva apenas uma classe, em vez de buscar a salvação e libertação de todos, e
assim glorificando a Deus.
Queremos ser uma igreja marcada pela profunda união
entre os irmãos (At 2,42):
Uma igreja jamais poderá atrair pessoas se não
houver comunhão entre os seus membros. O amor é a evidência do verdadeiro
discípulo de Jesus (Jo 13,35). Nesta igreja todos os membros da igreja estavam
juntos e tinham tudo em comum. Nesta igreja a prioridade eram pessoas, hoje
invertemos, a prioridade é quanto está entrando no caixa da igreja, ou quantos
adeream a nossa forma de ideológica de pensar e a nossa práxis. Essa igreja
acolhia com muito amor todos os que a ela se chegavam (pobres ou ricos), e ao
mesmo tempo, era simpática com os de fora (At 2,47). A igreja apostólica era
uma comunidade terapêutica. Atualmente, muitas vidas em vez de serem curadas,
saem mais doentes e escravas do pecado, de quando entraram na igreja. Numa
sociedade ferida e quebrada pelo pecado, a igreja de Cristo é lugar de refúgio
e restauração para aqueles que se arrependem e crêem no Senhor Jesus, e querem
fazer o caminho de volta como o filho pródigo.
Queremos ser uma igreja séria e de boa reputação aos olhos da sociedade (At
2,47):
A igreja de Jerusalém desfrutava de uma boa reputação na cidade. Os cristãos
davam testemunho irrepreensível. Eles eram uma referência para os não Cristãos.
Podemos dizer o mesmo de nossas paróquias e lideranças dos dias atuais? Há
muito comércio e ideologias humanas. Alguém já disse: “Cuide de sua vida, pois
ela pode ser a única Bíblia que alguém irá ler”. Temos dado bom testemunho?
Temos sido sal e luz do mundo? Hoje infelizmente a igreja é mais conhecida
por seus escândalos, do que a firmeza e integridade de sua missão, tanto por
parte de suas lideranças, como de seus membros. A igreja é grande, mas
não causa impacto. Ela tem extensão, mas não tem profundidade. Tem até membros
ilustres e de peso, mas não há santidade. Tem um orçamento exemplar, e uma
militância até fanática, mas não há nela a atuação do Espírito. A igreja via de
regra tem crescido para os lados, mas não para cima nem em profundidade. Tem
quantidade, mas não há qualidade.
Queremos ser uma igreja que tem “fome” de Deus (At
2,42), mas que sua fome e sua sede, não sejam saciadas em cisternas rachadas e
alimentos meramente perecíveis.
A igreja de Jerusalém não apenas acreditava na
oração e não tinha ensinos profundos sobre oração; ela simplesmente rezava. As
reuniões de oração em muitas igrejas pela sua mecanicidade, estão morrendo. A
igreja contemporânea desaprendeu a rezar. Temos grandes livros e tratados sobre
oração, mas não oramos. Pregamos sobre a oração, mas não rezamos. O povo de Deus
anda muito ocupado para ocupar-se com Deus. Hoje temos gigantes nas pregações e
homilias, e pigmeus na vida de oração. E homens mortos para a oração tiram de
si pregações mortas, e pregações mortas matam o povo. Hoje temos fome, mas não
de Deus. Temos fome de sucesso daqueles cinco minutos de glória na busca pelo
ter, poder e prazer. Como esperar outro Pentecoste se nem ainda
fomos despertados para unidos rezar ansiando por ele? Primeiro, vem a igreja
toda, unânime, perseverando unidos em oração, para só depois vir o Pentecostes.
A igreja
em Atos era uma igreja que crescia diariamente (At 2,47)
Enquanto a igreja crescia em graça e santidade, Deus a fazia crescer em número.
Qualidade gera quantidade, não o inverso. Quando a igreja planta e rega, Deus dá o
crescimento (1 Co 3,6). Quando a igreja vive o que prega e testemunha
no poder do Espírito, Deus a faz crescer. A igreja apostólica crescia em 3
dimensões:
A) Crescimento para cima – A igreja cresce para cima em adoração. O
fim principal do homem é glorificar a Deus. Deus, e não o homem, é o centro da
missão da igreja. Adorar a Deus não é apenas um momento do culto coletivo,
quando entoamos hinos e ouvimos a Palavra. Toda a nossa vida deve ser uma vida
de adoração. Não podemos separar a vida particular da adoração comunitária.
B) Crescimento para dentro – A igreja cresce para dentro em
comunhão. Onde não há comunhão fraternal, não há adoração verdadeira a Deus.
Onde não há perdão, o inimigo prevalece. Não podemos amar a Deus e odiarmos os
irmãos ao mesmo tempo. Deus derrama-se em graças e a vida plena onde os irmãos
vivem em união (Sl 133).
C) Crescimento para fora – A igreja cresce para fora por meio da
evangelização. Uma igreja saudável não vive para si mesma. Ela não é
narcisista. A igreja deve buscar os perdidos, aqueles que estão sentados nas
trevas da morte. Sua missão é anunciar o evangelho a toda criatura e fazer
discípulos de todas as nações. A evangelização deve arder em nosso coração. A
evangelização deve ser um estilo de vida de todo o cristão. Quão triste é saber
que muitos cristãos não conseguem ganhar uma alma durante o ano inteiro. Isso
deveria ser um motivo de nos envergonhar, lamentar e chorar, e não para
ficarmos indiferentes e colocando a culpa nos outro.
CONCLUSÃO
Uma igreja e
uma comunidade que já não mais evangeliza precisa ser evangelizada. Mas dando
continuidade ao tema inicial sobre o puro e impuro, e este último que vamos
permitindo entrar na vida da Igreja, o sacerdote jesuíta francês, Marcel Domergue,
nos ajuda nesta distinção ao nos questionar: O que realmente significa "ser puro"? Nada que venha do
exterior pode tornar o homem "impuro", ou seja, pode impedi-lo de
caminhar rumo à perfeição da sua criação à imagem de Deus. "Puro" é o
que não tem divisão, o que não se deixa alterar por uma mistura de finalidades
e intenções. Em linguagem corrente, por exemplo, podemos falar de "vinho
puro". Um homem impuro é o que, sem capacidade de decisão, deixa-se atrair
por interesses contraditórios; é o homem do "sim-não", do "sim,
mas..." Por isso o Salmo 86, versículo 11, nos faz dizer: "Unifica
meu coração para temer o teu nome". A pureza legal é uma coisa muito diferente:
consiste em cumprir certo número de ritos que, aliás, não são destituídos de
significado. O problema de todo rito é que podemos permanecer no gesto apenas,
sem chegarmos ao seu significado. A ablução exterior, o lavar-se,
significa escolher a pureza interior, assim como acabamos de descrever. Daqui
vem a prática da higiene, que, desta forma, encontra-se gratificada com um
sentido religioso. E para que este sentido não seja esquecido, é comum que os
gestos rituais se façam acompanhar de palavras que explicitem o que buscamos
com as nossas práticas. Temos o coração dividido, carente de inteireza, impuro,
quando nos para Deus e para os ídolos. Jesus,
no final do evangelho, faz aos discípulos uma enumeração que corresponde às
práticas idolátricas: culto ao dinheiro, ao sexo, a vontade de dominar, etc.
São as "potestades e dominações" que, como diz Paulo, o Cristo as pôs
debaixo dos seus pés.Naturalmente, estas potestades e dominações, mesmo se
vindas do exterior, podem nos agredir com muita violência. De
fato, elas não nos deixam incólumes. Jesus não havia dito, no entanto, que o
que vem de fora não pode verdadeiramente nos prejudicar? Não exatamente. Na
realidade, os ídolos podem fazer-nos muito mal; o próprio Cristo foi vítima
deles, quando a inveja e o medo de perder o poder levaram os chefes do seu povo
a fazer com que o crucificassem. Quando Jesus nos diz que o que entra em nós,
“vindo de fora”, não pode nos corromper, está explicando exatamente o que irá
acontecer na cruz: nada poderá levá-lo a separar-se do amor, que é a sua
própria natureza. Pelo contrário, quanto mais a perversidade humana se
incrementa, mais este amor revela a glória da sua gratuidade absoluta. É onde
descobrimos o que é o amor "em estado puro". Em geral, muitos
de nós, somos capazes de admitir isto "intelectualmente", mas tudo se
complica quando se trata de, num caso concreto, perdoarmos uma afronta ou um
ato de hostilidade: a vontade de vingança aparece com frequência quando nos
defrontamos com o que não tem justificativa. O "impuro" passa, então,
a tomar a palavra dentro de nós. Ao lado do discípulo de Cristo, revela-se em
nós um personagem diferente, um outro nós mesmos que estivera até então oculto,
dissimuladamente "escondido atrás da nossa porta", assim como o
pecado de que fala Gênesis 4,7 a propósito da pulsão homicida de Caim.
Jesus repreende os
escribas por deixarem de lado o mandamento de Deus para se apegarem à tradição
dos homens. De modo consciente ou não, estes ilustres senhores exercem um
julgamento, portanto, ao escolherem isto ao invés daquilo. O exercício da liberdade está,
portanto, na origem desta degradação da relação com Deus. Não pode haver
impureza sem liberdade. Creio que foi Malraux quem dizia que temos de escolher
uma parte de nós mesmos, para privilegiá-la. Nem tudo o que sai do coração do
homem tem o mesmo valor. Há em nós personagens aos quais não somos forçados a
dar a palavra, não importa o que pensem certos ideólogos da espontaneidade. Espontaneidade,
forçosamente, não é a verdade, nem muito menos a mera sinceridade, pois uma
pessoa pode estar SINCERAMENTE EQUIVOCADA em suas convicções pessoais fora da
luz de Cristo.Nosso texto termina com uma enumeração das condutas
perversas que correspondem às proibições do Decálogo. Todas estas proibições
referem-se finalmente a diversas formas de assassinato: o assassinato de Deus,
do Filho do homem e de não importa qual homem. Diante disto, o mandamento único
(notemos o singular do versículo 8), que evidentemente é o mandamento do amor a
Deus, só pode ser observado através do amor aos homens e se levanta contra
todas as figuras do homicida. Os ritos, as celebrações diversas, as cerimônias,
os jejuns e abstinências, perdem todo o valor se não são expressão desta
escolha fundamental e um encorajamento para praticá-la.O Catecismo (n.2518), comparando
este ensinamento de Jesus com a Bem-aventurança dos " corações puros
", comenta : "Os corações
puros apontam aqueles que uniram a inteligência e a vontade às exigências da
vontade de Deus, nomeadamente em TRÊS domínios : a caridade, a castidade ou
retidão sexual, o amor da verdade e a ortodoxia da fé. Há uma relação entre a
pureza de coração, do corpo e da fé". Segue uma citação admirável de
Sto Agostinho, que mostra bem a natureza daquela relação:“Os fiéis têm de
acreditar nos artigos do Símbolo, "afim de que crendo, obedeçam a Deus ;
obedecendo, vivam bem ; vivendo bem, purifiquem o seu coração, e purificando o
coração, percebam o que crêem".
Na Imitação de Jesus Cristo podemos ler também :
"Duas asas levantam o homem
por cima das coisas terrenas : a simplicidade e a pureza. A simplicidade deve estar na intenção, a pureza na afeição. A
simplicidade orienta para Deus; a pureza encontra-O e ama-O. Se o teu coração
fosse simples e puro, verias e perceberias tudo sem dificuldade. Um coração
puro penetra o Céu e a terra. Como está a gente, assim julga...”
"Sim, amanhã, veremos a Deus
face a face, mas desde agora o coração puro vê à maneira de Deus. Julga tudo à
luz de Deus. Tão simples é a vida quando nela se vive de Deu. " (Jean-Louis Bruguès)
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A teologia da libertação que tanto critica e diz combater a exclusão, ao fazer a opção preferencial pelo pobre, excluindo os ricos da salvação e libertação, cai no erro que supostamente combate. Jesus não se encarnou e morreu para salvar uma classe social, mas todos os pecadores. Nem todo rico vai para o inferno e nem todo pobre vai para o céu, mas o pecador humilde e arrependido de seus pecados. Simples assim!
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