por *Francisco José
Barros de Araújo
Quem são os maiores "pensadores de direita" no Brasil e mundo afora, desconhecidos nas Universidades brasileiras?
O estudo do pensamento político muitas vezes reflete as inclinações predominantes das instituições acadêmicas, sendo a predominância de visões progressistas ou de esquerda uma característica notável em muitas universidades brasileiras. Nesse contexto, diversos autores e intelectuais identificados com correntes conservadoras, liberais clássicas ou nacionalistas permanecem marginalizados ou pouco discutidos nos currículos formais. Essa restrição não enriquece, mas empobrece o saber universal, que fica restrito ao repertório limitado das ideias aceitas pelas instituições. Este trabalho busca explorar quem são esses pensadores de direita, tanto no Brasil quanto em âmbito internacional, analisando suas ideias, contribuições e o motivo pelo qual permanecem desconhecidos no cenário acadêmico nacional. Ao abordar suas obras e perspectivas, pretende-se ampliar a compreensão do debate político, mostrando que o pluralismo intelectual inclui, necessariamente, vozes que nem sempre recebem espaço nas universidades.
RESUMO DA FOTO de abertura dessa postagem – (DA ESQUERDA PARA A DIREITA):
1)-Ludwig Heinrich Edler von Mises (Leópolis, 29 de Setembro de 1881
– Nova Iorque, 10 de Outubro de 1973) foi
um economista teórico de nacionalidade austríaca e, posteriormente, americana.Foi
membro da Escola Austríaca de pensamento econômico. É conhecido principalmente por
seu trabalho no campo da praxeologia, o estudo dedutivo das ações e escolhas
humanas. Defensor da liberdade econômica
como suporte básico da liberdade individual, em seu livro Ação Humana expõe as
posições epistemológicas e metodológicas que caracterizam a Escola Austríaca:
concepção subjetiva de valor, individualismo metodológico e praxeologia. Além
disso, Mises dedicou-se à crítica do Socialismo enquanto sistema econômico, por
considera-lo inviável em razão de não apresentar mecanismos de fixação de preço
pelo mercado (problema do cálculo econômico).
Embora seu trabalho tenha sido amplamente ignorado até meados do século
XX,sua obra tem experimentado um certo aumento de popularidade, embora mesmo
pensadores ligados ao liberalismo clássico o acusem de ser "um filho do
Iluminismo nascido por engano no século XX". É autor de diversos
livros sobre economia, dentre os quais:o já citado Ação Humana (1949), A
Mentalidade Anticapitalista (1956) e As Seis lições (1979).

2)-Friedrich August von Hayek (alemão: Viena, 8 de maio de 1899 —
Friburgo em Brisgóvia, 23 de março de 1992) foi
um economista e filósofo austríaco, posteriormente naturalizado britânico. É
considerado um dos maiores representantes da Escola Austríaca de pensamento
econômico. Foi defensor do liberalismo clássico e procurou sistematizar o
pensamento liberal clássico para o século XX, época em que viveu.
Realizou contribuições para a filosofia do direito, economia, epistemologia,
história das ideias, história econômica, psicologia, entre outras áreas. Recebeu o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred
Nobel de 1974, "por seu trabalho pioneiro na teoria da moeda e flutuações
econômicas e pela análise penetrante da interdependência dos fenômenos
econômicos, sociais e institucionais", que dividiu com seu rival
ideológico Gunnar Myrdal. Nasceu em Viena, em uma família de
cientistas e professores. Seu pai era professor de Botânica na Universidade de
Viena. Quando jovem, escolheu a carreira de economista. Serviu na
Primeira Guerra Mundial, e disse que a experiência da guerra e seu desejo de
evitar que ressurgissem os erros que levaram ao conflito tiveram grande
influência na sua carreira. Morou na Áustria, na Grã-Bretanha,
nos EUA e na Alemanha, tornando-se cidadão britânico em 1938. Passou o maior
tempo de sua carreira na London School of Economics (LSE), na Universidade de
Chicago e na Universidade de Freiburg.
Em 1984, tornou-se membro da Order of the Companions of Honour, por indicação
da Rainha Elizabeth II, no conselho da Primeira Ministra Margaret Thatcher, por
seus "serviços no estudo da economia". Ele foi a primeira pessoa a
receber o Prêmio Hanns Martin Schleyer, em 1984. Recebeu também a US
Presidential Medal of Freedom do presidente George H. W. Bush, em 1991. Em
2011, seu artigo O Uso do Conhecimento na Sociedade foi selecionado como um dos
20 principais artigos publicados pela The American Economic Review durante seus
primeiros 100 anos. Foi um importante teórico social e filósofo
político do século XX, e sua consideração
sobre como a mudança dos preços comunica conhecimento, o que permite aos
indivíduos coordenarem seus planos, é amplamente considerada como uma das
grandes proezas da ciência econômica.Na psicologia, propôs uma
teoria da mente humana segundo a qual a mente é um sistema adaptativo. Em
Economia, defendeu os méritos da ordem espontânea. Fez trabalhos importantes
sobre a evolução social, sobre os fenômenos complexos e a metodologia das ciências
sociais. Fundou a Mont Pèlerim Society com outros liberais para propagar o
liberalismo no pós-guerra, entre os quais estavam Michael Polanyi, Ludwig von
Mises, Bertrand de Jouvenel, Wilhelm Röpke, Milton Friedman, Frank Knight,
Lionel Robbins, Karl Popper e outros pensadores de relevo.

3)Ayn Rand (nascida Alisa Zinov'yevna Rozenbaum, em Russo -São
Petersburgo, 2 de fevereiro de 1905 — Nova Iorque, 6 de março de 1982) foi uma escritora, dramaturga, roteirista e filósofa
norte-americana de origem judaico-russa, mais conhecida por
desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo, e por seus romances.
Ela teve sua primeira peça produzida na Broadway em 1932. Depois de dois
primeiros romances que inicialmente não tiveram sucesso, ela alcançou fama com
seu romance de 1943, The Fountainhead (A Nascente). Em 1957, Rand publicou seu
trabalho mais conhecido, o romance Atlas Shrugged (A Revolta de Atlas). Posteriormente,
ela se voltou para a não-ficção para promover sua filosofia, publicando seus
próprios periódicos e lançando várias coleções de ensaios até sua morte em 1982. Rand defendeu a
razão como o único meio de adquirir conhecimento e rejeitou a fé e a religião.
Ela apoiou o egoísmo racional e ético e rejeitou o altruísmo. Na política, ela
condenou a iniciação da força como imoral, e se opôs ao coletivismo e ao
estatismo, bem como ao anarquismo, em vez disso apoiando o capitalismo
laissez-faire, que definiu como o sistema baseado no reconhecimento dos
direitos individuais, incluindo os direitos de propriedade. Na
arte, Rand promoveu o realismo romântico. Ela criticava fortemente a
maioria dos filósofos e tradições filosóficas conhecidas por ela, com exceção
de Aristóteles, Tomás de Aquino e liberais clássicos. Críticos literários
receberam a ficção de Rand com críticas misturadas,tendo a
academia ignorado em um primeiro momento sua filosofia, muito embora o
interesse acadêmico tenha aumentado nas últimas décadas. O movimento
objetivista tenta espalhar suas ideias, tanto para o público quanto em
contextos acadêmicos. Ela tem sido uma influência significativa entre
libertários, liberais clássicos e conservadores americanos.

4)-Milton Friedman (Nova Iorque, 31 de julho de 1912 — São
Francisco, 16 de novembro de 2006) foi
um economista, estatístico e escritor norte-americano, que lecionou na Universidade de
Chicago por mais de três décadas. Ele recebeu o Prémio
de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de 1976 e é conhecido
por sua pesquisa sobre a análise do consumo, a teoria e história monetária, bem
como por sua demonstração da complexidade da política de estabilização.
Como um líder da escola de economia de Chicago, Friedman influenciou vários
campos de pesquisa da economia. Uma pesquisa feita
com economistas posicionou Milton Friedman como o segundo economista mais
influente do século XX, logo atrás do britânico John Maynard Keynes, com o
periódico The Economist descrevendo-o como "o economista mais influente da
segunda metade do século XX e possivelmente de todo o século". Os
desafios de Friedman ao que mais tarde ele chamou de teoria "keynesiana
ingênua" (em oposição à nova teoria keynesiana) começaram com sua
reinterpretação na década de 1950 da função de consumo, sendo que ele se tornou o principal opositor às políticas
governamentais keynesianas. No final da década de 1960, ele
descreveu sua abordagem (juntamente com toda a economia ortodoxa) como sendo
"linguagem e instrumentos keynesianos", rejeitando suas conclusões
iniciais. Durante a década de 1960, ele promoveu uma
política macroeconômica alternativa conhecida como "monetarismo". Ele
afirmou que existia uma taxa "natural" de desemprego e defendeu que
os governos somente poderiam aumentar o nível de emprego acima desta taxa
aumentando a demanda agregada e causando uma aceleração da inflação. Ele
defendeu que a curva de Phillips era, no longo prazo, vertical à "taxa
natural" e previu o que seria conhecido como estagflação. Embora se opusesse
à existência do Federal Reserve System, Friedman defendeu que, dado que ele
existia, uma pequena expansão estável
da oferta monetária era a única política a ser tomada. Friedman
foi um conselheiro econômico de Ronald Reagan, enquanto o republicano ocupou a
posição de chefe de estado dos Estados Unidos da América. Sua
filosofia política exaltava as virtudes de um sistema econômico de livre
mercado com intervenção mínima. Ele
uma vez afirmou que seu papel na eliminação do alistamento nos Estados Unidos
foi sua realização de maior orgulho, sendo que seu apoio à escolha da escola
levou-o a fundar a Fundação Friedman para a Escolha Educacional. Em seu livro de 1962 Capitalismo e Liberdade, Friedman
defendeu políticas como o alistamento voluntário, taxas de câmbio flutuantes, a
abolição da licença médica, um imposto de renda negativo e cupons escolares. Suas
ideias quanto à política monetária, tributação, privatização e
desregulamentação influenciaram as políticas governamentais, especialmente durante
a década de 1980. Sua teoria monetária influenciou a resposta do
Federal Reserve à crise financeira mundial de 2007-2008. No campo da
estatística, Friedman desenvolveu o método de amostragem sequencial de análise. As obras de Milton Friedman incluem muitas
monografias, livros, artigos acadêmicos, colunas em revistas, programas de
televisão, vídeos e palestras, cobrindo uma ampla variedade de tópicos de
microeconomia, macroeconomia, história econômica e assuntos de política
pública. Seus livros e ensaios foram amplamente lidos,
tendo uma influência internacional, até mesmo em antigos estados comunistas.
Infelizmente, não existe ainda no
Brasil uma discussão ideológica sobre esses temas (esquerda, direita e de seus
valores intrínsecos), "nossos políticos, intelectuais e pessoas não estão preparados para
debater idéias"
A sociedade brasileira, infelizmente, não está preparada para discutir valores fundamentais que beneficiariam a todos. Muitas vezes, desconhecem esses conceitos por pura ignorância ou por um revanchismo infantil, o que torna o debate público praticamente impossível. Esse vácuo de discussão permite que o pensamento de esquerda se estabeleça como uma verdade absoluta, especialmente dentro das universidades, da mídia e, pasmem, até em algumas igrejas. Para muitos, as ideias defendidas pelo PT e seus satélites no Brasil são consideradas inquestionáveis, como se fossem o supra-sumo da verdade, a ser simplesmente aceito sem questionamentos. A ascensão do PT ao poder equivaleu, em grande medida, a uma censura do debate público. Embora todos desejem um mundo mais justo e próspero, a esquerda brasileira tenta monopolizar o conceito de “bem comum”, fazendo crer que apenas eles sabem o caminho correto a seguir. Segundo essa visão, a direita seria apenas imaginária ou destrutiva, enquanto os progressistas se apresentam como os únicos capazes de promover o que é justo.
Um ponto crítico que os intelectuais da esquerda insiste em distorcer é a própria ideia de conservadorismo!
Ser conservador não significa manter injustiças, mas sim preservar instituições que garantem a democracia e possibilitam ao Estado oferecer segurança, justiça, saúde e bem-estar. Porém, os progressistas tentam fazer o povo acreditar que ser conservador é defender privilégios ou impedir mudanças sociais. Na realidade, a justiça social depende de um mercado ativo que gera empregos, não de um Estado que centraliza recursos, aumenta impostos e cria programas assistenciais que mantêm a população dependente, como ocorre em políticas de “bolsas básicas” que mais beneficiam interesses políticos do que a sociedade. Os partidos de esquerda no Brasil, como o PT, não seguem fielmente a ideologia socialista; eles se utilizam dela como instrumento para manter o poder. Como ex-marxista, posso afirmar que a doutrina de Marx, em sua forma pura, se opõe ao paternalismo estatal — algo que o PT, paradoxalmente, incentiva ao expandir programas assistenciais. Esse descompasso ideológico demonstra que muitos governos de esquerda atuais estão praticamente extintos no cenário global. Por que isso ocorre? Porque eles propagam meias-verdades, concentram riqueza por meio de impostos e drenam os recursos produzidos por empresários e empreendedores. A atual “derrama fiscal” brasileira faz com que a cobrança de impostos da Inconfidência Mineira pareça simbólica. Mesmo com conhecimento limitado sobre a própria ideologia que defendem, os grupos de esquerda no Brasil cultivam uma falsa sensação de superioridade moral. Essa postura dificulta o debate honesto, impede reformas estruturais e mantém o país preso a um ciclo de paternalismo, estatismo e dependência econômica.
(foto reprodução - meramente ilustrativa)
No Brasil, até mesmo grande parte do empresariado sabe, para seu próprio benefício, que é mais vantajoso se posicionar como de “centro-esquerda”, garantindo acesso a incentivos estatais e linhas de crédito do BNDES. Esse modelo de estado paternalista, iniciado ainda no governo FHC e ampliado pelo PT e pelo governo Lula, cria um empresariado cada vez mais dependente e servil, que se beneficia diretamente das políticas de financiamento público e subsídios estatais. O que se observa claramente é que o lulismo transformou o Estado brasileiro em um aparato que combina paternalismo econômico com autoritarismo crescente. Para esses grupos de esquerda radical, que se consideram detentores da “verdade absoluta”, qualquer discordância é vista como ignorância ou má-fé. A história mostra que, em todos os países onde governos de esquerda assumiram o poder de forma prolongada, o autoritarismo e a corrupção política prosperaram. No Brasil, essa combinação de intervencionismo estatal, controle econômico e favorecimento de aliados cria um ciclo de dependência e limita a liberdade do mercado e do empreendedorismo. O resultado é um ambiente onde o empresariado brasileiro se adapta ao modelo, muitas vezes sacrificando autonomia em troca de benefícios imediatos, enquanto o Estado paternalista e centralizador consolida seu poder, ampliando o controle sobre a economia e a sociedade.
(foto reprodução da internet)
Casos emblemáticos como o Mensalão e a Operação Lava Jato evidenciam como setores da esquerda brasileira tentam justificar a corrupção como um “meio para um fim supostamente bom”. Para esses grupos, desvios milionários e fraudes políticas são minimizados, enquanto os envolvidos se autointitulam presos políticos, buscando construir uma narrativa de perseguição. Organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) chegam a promover ações para contestar condenações judiciais, reforçando a ideia de que a impunidade é aceitável quando beneficia aliados ideológicos. No entendimento da esquerda, a sociedade democrática brasileira é quem estaria equivocadamente chamando criminosos de culpados, invertendo a lógica entre direito, justiça e política. Esse fenômeno demonstra um padrão preocupante de PT e impunidade: corrupção institucionalizada, defesa ideológica de criminosos e tentativas de influenciar decisões judiciais, prejudicando a credibilidade das instituições e enfraquecendo a justiça e a democracia no Brasil.
Afirmam que estamos enganados e que a justiça teria errado ao condenar os mensaleiros, os corruptos da Lava Jato e os políticos envolvidos em escândalos de corrupção no Brasil. Segundo esses críticos da direita, esses “heróis” da esquerda não cometeram crime algum! Mas será mesmo que estamos diante de inocentes, ou a verdade é que a corrupção sistêmica foi devidamente punida? Neste debate sobre justiça brasileira, impeachment, Lava Jato, e crimes de corrupção, fica cada vez mais claro que ignorar evidências e proteger corruptos não ajuda o país.
“Liberdade de Expressão em Risco: Universidades Brasileiras Ignoram Pensamento Liberal e de Direita”
Chegamos a um ponto crítico no Brasil, onde aqueles que defendem o pensamento liberal ou ideias de direita não encontram espaço nem mesmo para debater suas visões dentro das universidades brasileiras. Hoje, muitas instituições acadêmicas estão dominadas por professores e simpatizantes da esquerda radical, prejudicando o debate intelectual e a liberdade de expressão acadêmica. Essa censura ideológica compromete a formação de estudantes, limita o pluralismo político e enfraquece a educação superior no Brasil, criando um ambiente hostil para quem defende princípios de mercado livre, direitos individuais e valores conservadores.
Por que o Pensamento Liberal é Perseguido no Brasil: Financiamento, Censura e Verdades Escondidas
No Brasil, pesquisadores e estudantes interessados em pensamento liberal, como as fórmulas de governo da direita europeia, enfrentam sérias barreiras para obter financiamento acadêmico, seja em bancos, fundos privados ou entes públicos. Enquanto isso, a esquerda insiste em propagar a narrativa de que os capitalistas seriam os responsáveis pelos anos de ditadura no país, ignorando evidências econômicas e históricas. Estudantes com mentalidade crítica e aberta encontram-se sem espaço em praticamente nenhum setor, inclusive na classe empresarial, que muitas vezes prefere manter o status quo, lucrando com subsídios e favores governamentais. Entre 2003 e 2016, durante os últimos anos da era petista, os bancos brasileiros registraram US$ 63 bilhões de lucro, apesar de o PIB do Brasil (US$ 2,2 trilhões) ser apenas uma fração do PIB dos EUA (US$ 16,5 trilhões), cujos bancos não chegaram perto desse nível de lucro. Sob governos liberais conservadores, a responsabilidade pelos ganhos e perdas do capital recai sobre os capitalistas individuais e empresas privadas, enquanto nos governos de esquerda, os agentes públicos frequentemente tomam decisões, incluindo práticas como compra de votos e favorecimento político, como evidenciado no escândalo do Mensalão. Quando há falhas, a esquerda dissolve responsabilidades, culpando terceiros e protegendo os agentes públicos envolvidos. Não é exagero afirmar que muitos daqueles que se identificam com a esquerda preferem depender do Estado, evitando responsabilidade individual. No Brasil, a esquerda tem demonizado o pensamento liberal, evitando o debate racional por não possuir argumentos sólidos para confrontar uma visão baseada em liberdade econômica, responsabilidade individual e meritocracia.
Conservadorismo e Revolução Francesa: Como Pensadores Como Burke e Maistre Combateram o Iluminismo
O processo revolucionário na França do século XVIII e XIX marcou um período de profundas transformações políticas e sociais, alternando entre diferentes tipos de radicalismos. Entre eles, destacam-se o cientificismo, caracterizado pela ideologização absolutizada da ciência, e o racionalismo, que superestimava a capacidade da razão humana. Karl Popper chamou o racionalismo de “fé irracional na razão”, reconhecendo seus limites. Por outro lado, o irracionalismo, que desconsiderava qualquer valor da razão, foi evidenciado em movimentos como o nazismo, o desconstrutivismo e o progressismo radical, demonstrando os perigos da negação da razão. A fé, segundo os pensadores conservadores, é uma luz superior à da razão, permitindo compreender o que a razão sozinha não alcança. Esse debate entre fé e razão foi central no contexto da Revolução Francesa, que também consolidou princípios do ateísmo e progressismo, presentes na doutrina do Iluminismo. Em reação às ideias iluministas, surgiram pensadores conservadores que sistematizaram ideologias para preservar a ordem tradicional e combater os excessos revolucionários. Entre eles, destaca-se o filósofo inglês Edmund Burke (1729-1797), que criticou o racionalismo, o ateísmo e o Iluminismo, defendendo a estabilidade social e a ordem tradicional em declínio. Em seu livro Reflexões sobre a Revolução em França, Burke confrontou autores como Denis Diderot, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant, ressaltando os riscos de reformas sociais rápidas e radicais. No século XIX, o conservadorismo francês ganhou força com figuras como Louis de Bonald (1754-1840), que defendia a necessidade de liderança única para evitar a destruição social, e Joseph de Maistre (1753-1821), defensor da monarquia hereditária e crítico da revolução burguesa. O pensamento conservador, em suas origens, surgiu como resposta às rápidas mudanças sociais provocadas pelos movimentos revolucionários europeus, que quebraram tradições, costumes e crenças religiosas. Historicamente, é relevante notar que, ao alcançar o poder, muitos revolucionários progressistas também assumem posturas conservadoras, mostrando que o conservadorismo não é apenas uma resistência ao novo, mas uma força reguladora frente à instabilidade provocada pelas revoluções.

O que é a Direita Política? Tipos, Ideologias e Diferenças do Conservadorismo à Extrema-Direita
O conceito de direita política varia amplamente entre sociedades, épocas históricas, sistemas políticos e ideologias. Segundo o The Concise Oxford Dictionary of Politics, nas democracias liberais, a direita se opõe ao socialismo e à social-democracia, englobando partidos conservadores, democratas-cristãos, liberais e nacionalistas. A extrema-direita inclui movimentos como nacional-socialistas e fascistas. Críticos alertam que reduzir a política a um simples eixo esquerda-direita é enganoso. Friedrich Hayek sugere que cada grupo deve ser posicionado em um triângulo político, e não em uma linha única.
Segundo Eatwell e O'Sullivan, a direita pode ser dividida em cinco tipos, cada um respondendo às ideias da esquerda surgidas desde a Revolução Francesa de 1789:
-Direita reacionária – Olha para o passado, sendo aristocrática, religiosa e autoritária.
-Direita moderada – Inspirada em Edmund Burke, aceita mudanças graduais e alguns princípios do liberalismo clássico, como Estado de direito e capitalismo, rejeitando o laissez-faire radical e o individualismo extremo. Frequentemente apoia políticas de assistência social e nacionalismo moderado.
-Direita radical – Conceito pós-Segunda Guerra Mundial, incluindo movimentos como macarthismo, John Birch Society e Republikaner Parte na Alemanha Ocidental. Também abrange variantes democráticas como o populismo de direita, embora seu uso tipológico seja controverso.
-Extrema-direita – Definida por quatro características principais, segundo Roger Eatwell:
Anti-democracia
Nacionalismo
Racismo
Capitalismo estatal forte
-Nova direita – Representa os conservadores liberais, que valorizam governo limitado, mercados livres e iniciativa individual, buscando combinar princípios liberais com conservadorismo social.
O entendimento dessas divisões é crucial para analisar movimentos políticos contemporâneos, eleições, políticas públicas e debates sobre liberalismo, conservadorismo, populismo e extremismo político em todo o mundo.
Direita Política na França e no Mundo: Legitimistas, Orleanistas, Bonapartistas e Conservadores
O cientista político francês René Rémond, em seu livro Les Droites en France, propôs uma classificação tripartida da direita política, focando na história da França:
-Direita legitimista – Monárquica, tradicionalista, clerical e pró-Antigo Regime.
-Direita orleanista – Liberal e parlamentar, historicamente desconfiada do sufrágio universal, defendendo reformas graduais e a estabilidade institucional.
-Direita bonapartista – Populista e nacionalista, atraída por líderes carismáticos e hostil ao parlamentarismo e ao “jogo dos partidos”.
Complementando essa visão, Jaime Nogueira Pinto propõe uma distinção entre direita conservadora e direita revolucionária:
-Direita conservadora – Inclui o conservadorismo anglo-saxônico, a democracia-cristã europeia e grande parte das antigas ditaduras militares sul-americanas. Esse grupo defende a preservação de valores intemporais, baseados na revelação religiosa ou na tradição histórica, priorizando os equilíbrios sociais e rejeitando a ideia de construir uma sociedade perfeita por meio de projetos teóricos ou racionalistas.
Entender essas subdivisões é essencial para analisar o conservadorismo político, o nacionalismo, o liberalismo europeu e os movimentos de direita contemporânea, fornecendo contexto histórico e ideológico para debates sobre política, economia e sociedade.
Direita Política, Centro-Direita e Extrema-Direita: História, Ideologias e Movimentos Globais
A direita política apresenta uma diversidade de correntes e posições ideológicas. Alguns movimentos, como o bonapartismo, boulangismo, fascismo, peronismo e nasserismo, orientam-se por projetos de transformação social, frequentemente com conteúdo nacionalista, interclassista e caudilhista, ainda que distintos das propostas da esquerda.
Outros autores distinguem entre centro-direita e extrema-direita:
Centro-direita – Partidos da centro-direita geralmente apoiam a democracia liberal, o capitalismo, a economia de mercado, os direitos à propriedade privada e um estado de bem-estar público limitado, oferecendo serviços como educação e assistência médica. Valorizam o conservadorismo, o liberalismo econômico e se opõem ao socialismo e ao comunismo.
Extrema-direita – Definida por apoio a governos absolutistas, que favorecem um grupo étnico ou religioso dominante e restringem direitos de minorias. Líderes históricos frequentemente associados incluem Francisco Franco na Espanha e Augusto Pinochet no Chile.
O conservador norte-americano Thomas Sowell ressalta que a “direita” abrange uma ampla gama de posições: desde libertários defensores do mercado livre até monarquistas, teocratas e defensores de ditaduras militares, todos unidos principalmente pela oposição à esquerda. Historicamente, após a Revolução Francesa, a direita buscou preservar os direitos da nobreza hereditária e manter hierarquias sociais e instituições tradicionais, mostrando desconfiança frente ao capitalismo, ao Iluminismo, ao individualismo e ao industrialismo. No século XIX, em países como a Inglaterra, a direita passou a apoiar os novos ricos industriais, favorecendo capitalistas sobre a classe operária, enquanto movimentos como o Carlismo na Espanha e nacionalismos na França, Alemanha e Rússia permaneceram hostis ao capitalismo. Movimentos modernos incluem a Nouvelle Droite (Nova Direita) na França, CasaPound na Itália e os paleoconservadores nos EUA, muitos dos quais se opõem ao capitalismo extremo e aos efeitos percebidos sobre as tradições sociais e hierarquias essenciais para a ordem social.
O termo "Nova Direita", originalmente criado pela esquerda francesa, também é usado para classificar partidos surgidos na Europa Oriental após o colapso da União Soviética e de regimes comunistas.
Outra corrente recente é a Alt-Right (Direita Alternativa) nos Estados Unidos. Representantes como Milo Yiannopoulos descrevem sua base como composta de jovens atraídos não apenas por ideologia política, mas também por transgressão social, diversão e desafio às normas sociais. Na prática contemporânea, o termo direita é frequentemente associado ao capitalismo laissez-faire, embora isso não represente toda a amplitude da ideologia. Historicamente, na Europa, capitalistas formaram alianças com a direita para proteger seus interesses contra os trabalhadores, especialmente após 1848, e na França, essa aliança entre direita e capitalismo se consolidou no final do século XIX.
Direita Neoliberal e Alt-Right: Mercado Livre, Conservadorismo e Movimentos Contemporâneos
A Direita Neoliberal, popularizada por líderes como Ronald Reagan nos Estados Unidos e Margaret Thatcher no Reino Unido, combina o apoio ao mercado livre, privatizações e desregulamentação econômica com a valorização da ordem social tradicional. Liberais de direita defendem uma economia descentralizada baseada na liberdade econômica, considerando os direitos à propriedade, ao mercado livre e ao livre comércio como elementos centrais da liberdade individual. Para pensadores como Russell Kirk, a liberdade econômica e o direito à propriedade estão intrinsecamente ligados.
Outra corrente contemporânea é a Alt-Right (Direita Alternativa), surgida como alternativa ao modelo conservador tradicional nos Estados Unidos. Segundo Milo Yiannopoulos, alguns jovens são atraídos por essa corrente não apenas por convicções políticas, mas pelo desafio às normas sociais, transgressão e liberdade de expressão.
Nos tempos modernos, o termo direita é por vezes associado ao capitalismo laissez-faire, embora esta definição seja incompleta. Historicamente, na Europa, capitalistas formaram alianças com a direita em conflitos com os trabalhadores após 1848, e na França, o apoio da direita ao capitalismo pode ser rastreado no final do século XIX, mostrando a relação entre mercado livre e ideologias conservadoras.
Liberalismo de Direita: Anthony Gregory e a Visão sobre Estado e Liberdade Individual
O liberalismo de direita, segundo o pesquisador Anthony Gregory, pode assumir diversas formas e, por vezes, abranger orientações políticas que se contradizem entre si. Gregory enfatiza que o ponto central não é simplesmente se alinhar à direita política ou à esquerda política, mas avaliar como cada indivíduo percebe o papel do Estado. Para o autor, a questão fundamental é determinar se o Estado é visto como um perigo à liberdade individual ou apenas como outra instituição passível de reforma e direção para objetivos políticos. Essa perspectiva é essencial para compreender o liberalismo econômico, o conservadorismo liberal e os debates modernos sobre governo limitado, liberdade econômica e direitos individuais.
Extrema-Esquerda no Brasil: Ideologias, Movimentos e Diferenças com a Direita Política
ATENÇÃO: No Brasil, não existem partidos assumidamente de extrema-direita como em outros países, e formalmente organizados, mas há partidos assumidamente de extrema-esquerda, e ativos no cenário político!
A extrema-esquerda, também chamada de ultraesquerda, é um termo usado em diversos países da Europa e América para identificar correntes políticas situadas à esquerda dos partidos socialistas e comunistas tradicionais. Ela se aplica a movimentos revolucionários mais radicais, anticapitalistas, que defendem a ditadura do proletariado e um Estado centralizador provisório, frequentemente baseado em princípios marxista-leninistas.
Embora esses grupos geralmente defendam reformas radicais no sistema social, político e econômico, incluindo a redistribuição de riqueza e descentralização do controle dos meios de produção, nem todos são marxistas estritos. Alguns setores consideram os partidos comunistas tradicionais degenerados, transformando-se em partidos burgueses ao aceitar a participação no modelo parlamentar convencional. A extrema-esquerda se posiciona radicalmente oposta à extrema-direita, e uma de suas principais atuações atuais envolve a oposição à globalização financeira e ideológica, defendendo uma agenda internacionalista e crítica ao capitalismo global.
Anarquismo: Por que Não Pode Ser Classificado como Direita ou Extrema-Direita?
Algumas classificações políticas erroneamente colocam o anarquismo como extrema-direita, baseando-se apenas na oposição ao Estado. Teóricos como Bakunin e Malatesta são às vezes rotulados dessa forma, a partir de uma simplificação baseada na ideia de “Estado forte x Estado fraco”. Essa abordagem ignora elementos essenciais do pensamento anarquista, como propriedade privada, economia, objetivos políticos e estratégias de luta social.
Classificar o anarquismo como direita é um equívoco histórico e conceitual. Tanto anarquistas quanto marxistas veem o Estado como um instrumento de controle social que favorece a classe dominante. A diferença fundamental é a abordagem: os marxistas defendem a eliminação gradual do Estado, após a extinção da propriedade privada e da burguesia, enquanto os anarquistas buscam o fim imediato do Estado, considerando-o a raiz de toda desigualdade.
O anarquismo moderno é geralmente coletivista, promovendo a colaboração de cada indivíduo para o bem-estar coletivo. A sociedade ideal anarquista visa distribuir os frutos do trabalho de forma equitativa, sem distinções sociais. Nesse sentido, embora haja pontos de convergência com o marxismo, nem todo anarquista é marxista, e nem todo marxista segue as estratégias anarquistas. Portanto, classificar o anarquismo como extrema-direita é simplista e incorreto. Para compreender corretamente essa ideologia, é essencial analisar suas bases filosóficas, sua oposição ao Estado centralizador e seu foco na igualdade social e coletivismo, distantes das características típicas da direita política ou da extrema-direita.
A extrema-esquerda tem como objetivo central a igualdade social e o desmantelamento de todas as formas de estratificação social. Os grupos mais radicais da esquerda buscam abolir hierarquias, incluindo a distribuição desigual de riqueza e poder, promovendo uma sociedade igualitária por meio de mudanças profundas.
Enquanto a extrema-esquerda frequentemente acredita que os sistemas desiguais devem ser derrubados por revolução, a centro-esquerda busca alcançar a igualdade dentro do próprio sistema democrático, utilizando reformas graduais e políticas públicas progressistas.
Em sociedades que permitem liberdade política e dissidência, grupos de extrema-esquerda podem participar do processo democrático para avançar suas metas, defendendo justiça social, redistribuição de riqueza e igualdade de oportunidades.
As
demandas da extrema-esquerda são de mudanças radicais para desmantelar
sociedades desiguais, incluindo o confisco de riquezasOs críticos da
extrema-esquerda consideram que muitos meios que
têm sido utilizados, historicamente, para atingir estes objetivos não foram
mais que crimes contra a humanidade. Por exemplo, em O Livro
Negro do Comunismo, de Stéphane Courtois, há um levantamento estatístico das
atrocidades realizadas por regimes conotados com a extrema-esquerda na execução
de suas políticas de governo.Muitas organizações militantes de extrema-esquerda
de caráter terrorista formaram-se a partir de partidos políticos existentes nas
décadas de 1960 e 1970,como as Brigadas Vermelhas, Montoneros e a Fração do
Exército Vermelho. Esses grupos geralmente têm como objetivo derrubar o
capitalismo e as classes dominantes ricas com práticas terroristas.
Partidos Políticos no Brasil: A Ausência da Extrema-Direita e o Predomínio da Esquerda
No Brasil, diferentemente de outros países, não existem partidos de extrema-direita assumidos e formalmente organizados, mas há diversos partidos de extrema-esquerda ativos no cenário político nacional. Um exemplo clássico é o PCdoB, que em sua resolução política de 1967 afirmava que a força revolucionária do país residia principalmente no interior do Brasil, defendendo a luta armada como caminho para a derrubada das classes dominantes.
O PCdoB também procurava se diferenciar do PCB, que defendia a chamada frente única reformista, buscando libertar o país gradualmente pelo caminho pacífico, com eleições diretas e reformas democráticas. Segundo a agência de checagem Lupa, em 2018, tanto radicais de extrema-esquerda quanto da extrema-direita compartilham o repúdio à imprensa e a jornalistas, intensificado após a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.
O "extremismo político", seja de direita ou esquerda, geralmente se caracteriza por:
-Defesa da revolução armada na tomada e manutenção do poder;
-Supremacia ideológica e pensamento único;
-Execução sumária de opositores, sem garantir direitos humanos internacionais ou amplo direito de defesa.
Classificação ideológica dos principais partidos brasileiros (2014-2018):
-Extrema-esquerda: PCdoB (10), PSTU, PCB, PCO, PSOL (5) – Total: 15 deputados.
-Esquerda: PT (68), PSB (34), PTB (25), PDT (20), PPS (10), PTdoB (2), PTN (4), PPL, SD (15), REDE – Total: 178 deputados.
-Centro-esquerda: PMDB (32), PSDB (54), PRP (3), PV (8), PP (38), PHS (5), PSD (36), PEN (2), PROS (11) – Total: 189 deputados.
-Centro-direita: PMDB (33), DEM (21), PTC (2), PSC (13), PMN (3), PRB (21), PR (34) – Total: 127 deputados.
-Direita: PRTB (1), PSDC (2), PSL (1), PL (antigo PRONA) – Total: 4 deputados.
-Extrema-direita: Nenhum partido formal.
No Brasil, muitas vezes, políticos de esquerda se filiam a partidos de direita e vice-versa. Isso faz com que partidos como o PMDB sejam classificados simultaneamente como centro-direita e centro-esquerda.
A ausência de partidos de extrema-direita faz com que qualquer movimento ou candidato mais à direita do PSDB seja imediatamente rotulado pela imprensa como radical ou ultraconservador, mesmo que suas propostas não correspondam a extremismo ideológico.
Por outro lado, a presença de partidos de extrema-esquerda faz com que a esquerda e centro-esquerda pareçam moderadas, mesmo defendendo marxismo, socialismo e ditaduras revolucionárias, sem que a imprensa utilize termos como radical de esquerda para descrevê-los. Essa disparidade impacta diretamente o Congresso Nacional, onde partidos de centro-esquerda e esquerda somam 382 deputados, enquanto partidos de direita e centro-direita representam apenas 131 deputados. Como consequência, pautas com apoio popular, como revogação do estatuto do desarmamento e redução da maioridade penal, enfrentam grande resistência. O ponto central é que a ausência de partidos de extrema-direita no Brasil provoca um deslocamento do espectro político para a esquerda, favorecendo a predominância de agendas e políticas progressistas e socialistas, enquanto candidatos de direita são indevidamente rotulados como radicais.

Extrema-Esquerda no Congresso Brasileiro, o REFERENDO SOBRE O Desarmamento, E A Falta de Representação da Direita
No Congresso Nacional do Brasil, a extrema-esquerda possui 5 partidos e 15 deputados federais, enquanto não existe nenhum partido de extrema-direita formalmente registrado. Para piorar, apenas 4 deputados representam partidos de direita moderada. Isso significa que a extrema-esquerda tem mais do que o triplo de representantes do que os partidos de direita, demonstrando a força e predominância das pautas de esquerda no debate legislativo. Essa disparidade impacta diretamente decisões de grande relevância para a população. Um exemplo clássico foi o referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, realizado em 23 de outubro de 2005, previsto no Estatuto do Desarmamento (Lei 10826/2003). O artigo 35 propunha:
"É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei."
O Senado Federal promulgou a consulta popular em 7 de julho de 2005 pelo Decreto Legislativo nº 780, com a seguinte pergunta:
"O comércio de armas de fogo e munição DEVE SER PROIBIDO no Brasil?"
O resultado foi claro:
-59.109.265 votos rejeitaram a proposta de proibir o comércio de armas (63,94%)
-Apenas 33.333.045 votos foram favoráveis a proibição (36,06%)
Mesmo assim, o Estatuto do Desarmamento prevalece atualmente, em desrespeito à vontade da maioria da população brasileira expressa no plebiscito!
Diante desse cenário de forte presença da extrema-esquerda e quase inexistência da direita no Congresso, surge a questão:
Quem são os grandes pensadores de direita do Brasil e do mundo, muitas vezes desconhecidos ou até proibidos nas universidades brasileiras, capazes de apresentar alternativas sólidas para o debate político, econômico e social do país?
MAIORES "PENSADORES DE DIREITA DO MUNDO" (Por ordem
alfabética):
-Adam Smith.
-Alexander Hamilton.
-Alexis de Tocqueville.
-Ayn Rand.
-Barry Goldwater.
-Ben Shapiro.
-Charles Krauthammer.
-Claude Frédéric Bastiat.
-Edmund Burke.
-Eric Hoffer.
-Eugene Volokh.
-Friedrich August von Hayek.
-Irving Babbitt.
-Irving Kristol.
-Jaime Nogueira Pinto (Portugal).
-Johann Wolfgang von Goethe.
-John Locke.
-John
Rawls (Teoria da Justiça)
-John Hope Bryant (autor do livro: “Como os Pobres podem salvar o capitalismo”)
-Jordan Bernt Peterson.
-Jorge Mario Pedro Vargas Llosa
(Peruano)
-Joseph de Maistre.
-Karl Popper.
-Kirk Hansel.
-Larry Elder.
-Ludwig von Mises.
-Michael Oakrshott.
-Milton Friedman.
-Niall Ferguson.
-Nicolás Gómez Dávila
(Colombiano).
-Norman Podhoretz.
-Ortega y Gasset (autor de: A Rebelião
das Massas)
-Raymond Aron.
-Robert Nozick (criador do conceito de "Estado Mínimo")
-Ronald Reagan (ex presidente Norte Americano)
-Roger Scruton.
-Stephen Hicks.
-Thomas Sowell.
-Whittaker Chambers.
-William F. Buckley Jr.
-Yoshihiro Francis Fukuyama.
-Yuval Noah Harari.
PENSADORES
BRASILEIROS DA "DIREITA CONSERVADORA e DIREITA LIBERAL" (Por ordem alfabética):
(foto reprodução)
-Alexandre
Borges.
-Alexandre
Garcia.
-Alexandre
Versignassi.
-Allan dos
Santos (jornalista e criador do Terça Livre)
-Ana Paula Henkel (do Vôlei - Arquiteta, com mestrado em ciência politica)
-Ângelo
Monteiro.
-Antonio
Carlos Pereira
-Antonio Ferreira Paim (filósofo, membro fundador da Academia Brasileira de Filosofia, e historiador brasileiro)
-Antônio
Olinto.
-Armando
Falcão.
-Artur
César Ferreira.
-Augusto
Frederico Schmidt (poeta)
-Augusto
Nunes.
-Bárbara (do Canal Te Atualizei)
-Beatriz Kicis Torrents de Sordi (Bia Kicis - Política brasileira, advogada, procuradora aposentada do Distrito Federal, ativista declaradamente conservadora, tornou-se conhecida por seu ativismo em pautas como a comprovação do voto impresso nas urnas eletrônicas e o movimento "Escola sem Partido").
-Bertrand
Maria José de Orléans e Bragança.
-Bolívar
Lamounier.
-Bruno
Garschagen.
-Bruno
Tolentino.
-Caio Coppolla (Comentarista)
-Carla Zambelli Salgado (política brasileira, e uma das fundadoras do movimento Nas Ruas).
-Carlos
Alberto Sardenberg
-Cibele Bumbel Baginski (Jornalista)
-Cornélio
Pena.
-Cristina Graeml (Jornalista)
-Demétrio
Magnoli.
-Denis
Rosenfield.
-Denise Campos de Toledo (jornalista, economista e escritora)
-Diego
Escosteguy
-Donald
Stewart Jr.
-Felipe Fiamenghi (Colunista do JORNAL DA CIDADE ONLINE)
-Flavio
Morgenstern.
-Francisco
Razzo.
-Gerardo
Melo Mourão.
-Gilberto
Freyre.
-Guilherme
Fiuza.
-Gustavo
Corção (foi um escritor, engenheiro, ensaísta e jornalista católico brasileiro, autor de diversos livros sobre política e conduta, além de um romance. Expoente do pensamento conservador no Brasil. Sua obra é influenciada pelo distributismo, a apologia católica do escritor inglês G.K. Chesterton, influência extensamente explicada no seu ensaio "Três Alqueires e uma Vaca". Teve também, influência do filósofo Jacques Maritain).
-Gustavo
Nogy.
-Helio
Beltrão Filho.
-Herberto
Sales.
-Ives
Gandra Martins.
-J.R. Guzz.
-Jair Messias
Bolsonaro.
-João
Camilo de Oliveira Torres.
-João de
Scantimburgo.
-João
Pereira Coutinho.
-José
Guilherme Merquior.
-José
Osvaldo de Meira Penna.
-José Pedro
Galvão de Sousa.
-José Tolentino (Jornalista)
-Josias de
Souza.
-Josué
Montello (foi jornalista, professor, teatrólogo e escritor brasileiro membro da ABL).
-Leandro
Narloch.
-Lenildo Tabosa Pessoa
-Luís
Viana Filho.
-Luis Ernesto Lacombe
Luiz
Felipe Pondé (filósofo)
-Machado
de Assis.
-Madeline Lacsko (jornalista, escritora e youtuber)
-Magalhães
Pinto.
-Mário
Henrique Simonsen.
-Mário Dias Ferreira dos Santos (Anarquista
Cristão - considerado por Olavo de Carvalho como o maior filósofo de todos os
tempos).
-Miguel
Reale (Filósofo, advogado, professor e poeta)
-Milton
Campos.
-Mulillo
de Aragão
-Nara Resende (Psicóloga)
-Nelson
Rodrigues.
-Nicolas Boer
-Octávio
Gouveia de Bulhões.
-Olavo de
Carvalho (ensaísta, escritor, jornalista, filósofo e um dos maiores
pensadores representante do conservadorismo no Brasil e no mundo)
-Otto
Maria Carpeaux (foi jornalista, ensaísta, poliglota, crítico literário, crítico de arte, crítico de música,e historiador literário. Austríaco naturalizado brasileiro. Polímata, Carpeaux é famoso por sua Magnum Opus: "A História da Literatura Ocidental", uma das obras mais importantes já publicadas no Brasil no século XX).
-Paulo
Francis.
-Paulo
Guedes (economista)
-Paulo
Rabello de Castro.
-Pe. Maurílio Pennido.
-Pedro Calmon.
-Percival
Puggina.
-Plinio
Corrêa de Oliveira.
-Raimundo de Farias Brito (Crítico da
Revolução Francesa e simpatizante do Cristianismo Católico)
-Raquel Brugnera (Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político)
-Renan
Felipe dos Santos - (Direitas Já).
-Ricardo
da Costa.
-Ricardo
Gama.
-Ricardo
Salles.
-Roberto
Campos.
-Rodrigo
Constantino.
-Rondon
Pacheco.
-Rui
Barbosa.
-Samuel
Pessôa.
-Sobral Pinto (Advogado e anticomunista)
-Pe. Stanislavs
Ladusãns.
-Vicente
Ferreira da Silva.
-Vilém Flusser - (filósofo Checo-brasileiro).
-Wilson
Martins (Magnum
opus: “História
da Inteligência Brasileira”)...
Autores de Direita: Como Estudar, Ler e Entender o Pensamento Conservador, Liberal e Libertário
A pergunta que não cala: Você já encontrou na biblioteca da sua universidade autores renomados da direita, tanto brasileiros quanto internacionais? Pense em nomes como Roger Scruton, Thomas Sowell, Alexis de Tocqueville ou Edmund Burke. Se temos uma abundância de formadores de opinião de esquerda, por que não investir no estudo de pensadores de direita?
Mesmo como iniciante, é fundamental reconhecer que o pensamento conservador, liberal ou libertário possui obras de grande relevância para compreender política, economia, moral e cultura. Este artigo apresenta listas de autores de direita com base em publicações de notável visibilidade, incluindo conservadores, liberais e libertários.
Recomendações essenciais para estudar autores de direita (mesmo que você não goste e se identifique) seria como um cristão ler o alcorão para entender melhor!
1. Comece pelos autores modernos do século XXI - Os autores contemporâneos utilizam termos e exemplos próximos da nossa realidade. Ainda assim, é indispensável ler os clássicos da direita, pois fornecem a base histórica e filosófica necessária para entender o pensamento político moderno.
2. Explore autores nacionais e internacionais - Não se limite a nomes brasileiros. Leia autores internacionais consagrados como Roger Scruton, Thomas Sowell, Alexis de Tocqueville e Edmund Burke. Prefira os livros originais para construir uma biblioteca pessoal e evitar traduções que possam distorcer conceitos.
3. Não se restrinja à política - O estudo da direita também envolve literatura, arte, música e filosofia moral. A compreensão completa da cultura conservadora ou liberal exige ampliar horizontes além de tratados políticos.
4. Compare com autores clássicos de esquerda - Para desenvolver pensamento crítico, é necessário conhecer os três lados da moeda. Primeiro estude a direita, depois compare com as ideias de esquerda. Isso permite analisar de forma consciente e informada.
5. Reconheça a importância da utopia - A utopia não é exclusiva da esquerda. Autores de direita também constroem ideais sociais e econômicos que guiam políticas e modelos econômicos. Estudar essas utopias ajuda a fugir do populismo e fortalecer a democracia, o Estado de Direito e a sociedade plural.
O lado moral e ético do capitalismo
Poucos valorizam o capitalismo como sistema moral, mas ele fortalece a cooperação, recompensa a produtividade e incentiva o atendimento das demandas sociais. Diferente do socialismo, que frequentemente impõe igualdade forçada, o capitalismo promove mérito individual e prosperidade coletiva.
Exemplos práticos:
-Relações de consumo: vendedores e clientes trocam valor mutuamente, criando ganhos voluntários.
-Produção e riqueza: o capitalista e o trabalhador dependem um do outro; ambos contribuem para o crescimento econômico.
-Ética e liberdade: mercados livres respeitam limites individuais e promovem a responsabilidade pessoal.
O socialismo histórico, por outro lado, tende a centralizar poder, criar dependência estatal e premiar os menos éticos. Isso ficou claro em regimes como Venezuela, Cuba e no período petista no Brasil.
Fundamentos do liberalismo clássico
O estudo de John Locke (1690) e Adam Smith (1776) mostra que o liberalismo clássico de direita defende:
-Propriedade privada limitada às necessidades e ao trabalho individual.
-Mercado livre com mínima intervenção estatal.
-A "Mão invisível" promovendo prosperidade coletiva a partir de escolhas individuais:A “mão invisível”, conceito proposto por Adam Smith em sua obra “A Riqueza das Nações” (1776), descreve como o interesse individual de cada pessoa, ao buscar seu próprio lucro, pode gerar resultados positivos para toda a sociedade, mesmo que essa não seja sua intenção. Quando um empresário investe ou produz bens e serviços visando benefício próprio, ele simultaneamente atende às necessidades de outras pessoas. Da mesma forma, o consumidor, ao escolher produtos que mais lhe satisfazem, orienta o mercado sobre o que deve ser produzido, incentivando qualidade e preços justos. Essa coordenação espontânea entre oferta e demanda permite que o mercado livre promova prosperidade coletiva, aumento de empregos, inovação e riqueza sem planejamento centralizado. Um exemplo simples é o de um padeiro que busca lucro vendendo pães; ao produzir bons pães a preços justos, ele atende a comunidade e obtém lucro, mostrando que escolhas individuais bem direcionadas podem gerar benefícios para todos.
Mesmo ideias utópicas do socialismo, como igualdade total, têm antecedentes históricos muito anteriores, como "Utopia" de Thomas More (1516) e a "República" de Platão. O importante é comparar utopias e avaliar seus impactos na sociedade real.
Estudar autores de direita é fundamental para formar opinião crítica e equilibrada. A compreensão de conservadorismo, liberalismo e libertarianismo permite analisar políticas públicas, economia e sociedade de forma consciente. Ao mesmo tempo, comparar com a esquerda fortalece a capacidade de julgar modelos sociais, econômicos e políticos, evitando distorções ideológicas. No Brasil, a falta de uma elite intelectual efetivamente engajada e a predominância da esquerda nas universidades tornam ainda mais importante o estudo sistemático de pensadores de direita nacionais e internacionais, construindo uma base sólida de conhecimento e visão plural do mundo.
Axiomas da “Não-Prosperidade” e a Ética Protestante no Capitalismo
Christopher Hitchens, conhecido ateu e crítico cultural, sintetizou em seus axiomas algumas verdades sobre a prosperidade e a sociedade. Ele afirmava que “uma sociedade que negligencia educação fundamental de excelência para suas crianças será sempre politicamente instável, socialmente pobre, violenta, com elites medíocres e corruptas”. Hitchens ainda alertava: “aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança acabarão sem uma nem outra”. Em outras palavras, sem investimento na educação de qualidade para todos, não existe competitividade justa, e os grandes problemas sociais e econômicos dependem de uma minoria intelectual formatada pelo poder ou pela mídia. Essa vulnerabilidade política e social se torna combustível para interesses de jornalistas, banqueiros, empresários, funcionários públicos, investidores internacionais e políticos, perpetuando desigualdades e injustiças.

Nesse contexto, a sociologia compreensiva de Max Weber se torna essencial para entender a relação entre cultura, religião e desenvolvimento econômico. Nascido em Munique em 1864, Weber viveu a Segunda Revolução Industrial, a unificação do Império Alemão e a Primeira Guerra Mundial. Sua trajetória foi marcada por crises de saúde mental, depressão e afastamentos acadêmicos, mas ele se destacou como economista, jurista e fundador da sociologia moderna ocidental. Weber desenvolveu conceitos fundamentais, como tipos ideais e ação social, ferramentas essenciais para analisar a sociedade e o comportamento individual.Os tipos ideais funcionam como uma caricatura da realidade, permitindo ao sociólogo identificar características essenciais de um fenômeno social, enquanto as nuances secundárias se tornam invisíveis. Já a ação social refere-se às atitudes individuais moldadas por um entendimento coletivo, ou seja, a sociedade é compreendida através das ações de cada indivíduo.
Weber descreve quatro tipos de ação social:
-A racional com relação a fins, guiada por objetivos eficientes;
-A racional com relação a valores, motivada por princípios éticos ou religiosos;
-A ação afetiva, movida por emoções;
-A ação tradicional, enraizada em costumes e hábitos antigos.
Além disso, Weber diferencia poder e dominação. O poder é a capacidade de impor a própria vontade, mas seu alcance é limitado. A dominação, por outro lado, é a capacidade de obter obediência legítima de uma sociedade. Weber identifica três formas de dominação: tradicional, baseada em costumes; racional-legal, fundamentada em leis e consenso; e carismática, sustentada na crença nas qualidades excepcionais de um líder. Compreender esses tipos de dominação é essencial para analisar a estabilidade política e social, correlacionando com o desenvolvimento econômico e cultural.
Weber percebeu que regiões de maioria protestante, como Alemanha e Inglaterra, apresentavam maior desenvolvimento econômico e cultural em comparação a regiões católicas, como Portugal e Espanha. O espírito do capitalismo surge da valorização do trabalho, da disciplina e da busca racional individual pelo ganho econômico, características reforçadas pelo Puritanismo Calvinista. Benjamin Franklin exemplifica esse espírito, enfatizando a prudência financeira, a dedicação ao trabalho e a responsabilidade individual.
O Puritanismo e suas vertentes, como Calvinismo, Pietismo e Metodismo, introduziram uma ética de vocação que associava sucesso econômico à realização de deveres seculares. No Calvinismo, a predestinação tornou a vida individual e o trabalho instrumentos de significado, enquanto o Puritanismo inglês justificou a acumulação de riqueza como um bem moral, diferindo radicalmente da ética católica. Para Weber, o capitalismo moderno não é apenas um sistema econômico, mas uma construção cultural profundamente influenciada por valores religiosos e pela ética do trabalho individual. Em síntese, unir os axiomas de Hitchens à análise de Weber permite compreender que desenvolvimento educacional de qualidade, liberdade individual e ação social consciente são pilares indispensáveis para prosperidade econômica, estabilidade política e justiça social. Sociedades que negligenciam esses elementos tendem à estagnação e vulnerabilidade, enquanto culturas que cultivam disciplina, vocação e ética do trabalho prosperam e transformam o potencial individual em riqueza coletiva.
tempo é dinheiro? Ou a sua busca desenfreada é desperdício do tempo? (Produtividade, Puritanismo e o Capitalismo Moderno)
O tempo tornou-se um recurso valioso na sociedade moderna, e a pergunta “o tempo é dinheiro?” nunca foi tão pertinente. O filme “Mulher-Maravilha” (2017) ilustra de forma simbólica essa importância: em uma conversa, o protagonista apresenta um relógio de pulso à heroína, que cresceu isolada da sociedade, explicando que ele indica quando dormir, acordar e comer. Surpresa, ela reage: “não acredito que você deixa uma coisa desse tamanho controlar a sua vida”. Essa cena revela como o tempo, na sociedade capitalista, se tornou central, refletindo a lógica do Puritanismo Calvinista que influenciou profundamente o capitalismo moderno.
Segundo a visão de Calvino, o desperdício de tempo é moralmente condenável. Dormir mais que o necessário ou se dedicar a atividades sem propósito racional, como lazer excessivo ou distrações, é um obstáculo à vocação individual e à produtividade. O tempo é dinheiro, e cada momento perdido representa uma oportunidade de acumular riqueza ou progredir economicamente. Essa perspectiva moldou uma sociedade em que a vida se organiza em torno da eficiência, produtividade e desenvolvimento econômico, promovendo a ética protestante e capitalismo como princípios centrais da modernidade.
Essa lógica é reforçada em clássicos cinematográficos como “Tempos Modernos” (1936), de Charles Chaplin, onde o trabalhador é reduzido a uma engrenagem dentro da grande máquina da produção. O indivíduo não é mais livre para viver de forma descontraída; sua rotina é determinada pela maximização do trabalho, pelo aumento da produtividade e pelo lucro, refletindo os valores calvinistas que associam a vocação ao esforço e à disciplina.
O Puritanismo Calvinista não apenas valorizou a dedicação ao trabalho, mas também ofereceu uma justificativa divina para a busca da riqueza. A aversão histórica à acumulação de bens foi reinterpretada: enriquecer de forma ética e produtiva passou a ser considerado não apenas aceitável, mas moralmente correto. Essa ética moldou a cultura econômica do capitalismo moderno, criando uma sociedade em que o tempo é estruturado para maximizar resultados, eficiência e progresso individual. Em síntese, a relação entre gestão do tempo, ética protestante e desenvolvimento econômico revela que o “tempo é dinheiro” não é apenas um ditado popular, mas um reflexo de valores históricos que continuam moldando a economia, a produtividade e a vida do homem moderno. Entender essa conexão é essencial para compreender como o capitalismo e a cultura do trabalho surgiram e se consolidaram ao longo dos séculos.
Veja no link abaixo uma
entrevista esclarecedora com o Sociólogo de esquerda
Jessié Souza, explicando um pouco este tema:
Pensar Diferente é Essencial: Democracia, Liberalismo e Liberdade no Brasil
Pensar diferente é saudável e absolutamente necessário no processo democrático. O capitalismo moderno, até o momento, permanece como o sistema econômico mais eficiente e adaptável às realidades históricas contemporâneas. Por mais conservadora que essa afirmação pareça, ela reflete uma verdade concreta: governos centralizados, burocratas ou intelectuais isolados jamais conseguirão ditar rumos eficientes para milhões de pessoas. A história mostra que tentativas de sistemas socialistas ou comunistas fracassaram exatamente por ignorar a complexidade da sociedade e impor ideologias uniformes, resultando em ditaduras repressivas e ineficientes.
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| (Sociólogo da esquerda Jessié Souza) |
O direito ao contraditório é um pilar da democracia. Ouvir opiniões diferentes e contestá-las com argumentos racionais é essencial para debates frutíferos. O pensamento político único e uniforme, imposto por esquerdas ou progressistas, ignora essa regra básica e cria um clima de confronto contínuo, suprimindo a pluralidade de ideias.
Como afirmou o ministro Guedes: “Sejam responsáveis, pratiquem a verdadeira democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha?” Discordar não é apenas um direito; é um dever de todo cidadão consciente!
O Brasil recente demonstrou ao mundo o poder da democracia direta e participativa. A eleição de Jair Bolsonaro exemplifica uma vitória inédita sobre o establishment político, a grande mídia e a elite acadêmica que tentava moldar a opinião pública. A mudança ocorreu sem violência, dentro do estado democrático de direito, provando que o voto é a principal ferramenta de transformação política. Movimentos sociais e a política partidária, apesar de burocráticos, podem ser desafiados por líderes que valorizam a liberdade, a ética, a transparência e a meritocracia, consolidando avanços em economia, segurança e educação. O manifesto do movimento Aliança pelo Brasil reforça esses princípios: um país baseado na liberdade, na prosperidade, na educação de qualidade e na ética pública, onde o liberalismo econômico é ferramenta de desenvolvimento e não fim em si. Conservadores e liberais clássicos defendem um estado limitado, um instrumento humano e imperfeito, focado na manutenção da ordem, e não em uma visão moral ou iluminada da sociedade. Como destacou John Adams, “um sistema de leis, e não de homens” é a base de uma democracia funcional e responsável.
A pluralidade de pensamentos e a crítica racional fortalecem a democracia, enquanto o pensamento único e a imposição ideológica levam à estagnação e à corrupção.
Aprender com a história, aceitar diferenças, valorizar o debate e praticar a liberdade com responsabilidade são os caminhos para um país mais próspero e justo. Ao incentivar a reflexão, o diálogo e a participação ativa, fortalecemos a sociedade, evitando que erros do passado se repitam, e consolidamos os princípios do capitalismo moderno como motor de desenvolvimento humano e econômico.
Em suma, pensar diferente é essencial para a democracia brasileira, para o fortalecimento da liberdade individual e coletiva, e para a construção de um país baseado em ética, responsabilidade e mérito. Quem aceita o debate racional e respeitoso contribui para o progresso social, econômico e político, enquanto a uniformidade ideológica ameaça não apenas a democracia, mas a própria capacidade do país de evoluir.
ATENÇÃO! Assistam esta excelente entrevista a Olavo de Carvalho feita por Pedro Bial (no link abaixo) para entender o atual momento brasileiro. Temos que pensar e agir a longo prazo, pensando nas "próximas gerações" e não apenas na próxima eleição!
https://www.youtube.com/watch?v=r0uX0hrpHtQ
CONCLUSÃO
A análise dos pensadores de direita pouco estudados nas universidades brasileiras revela a existência de uma produção intelectual rica, porém subestimada. Autores nacionais e estrangeiros oferecem reflexões que vão desde a defesa de valores tradicionais e princípios de liberdade individual até críticas ao progressismo dominante, contribuindo para a diversidade de perspectivas políticas. A restrição ao estudo dessas obras não enriquece, mas empobrece o saber universal, limitando o acesso a ideias e debates que poderiam fortalecer a compreensão crítica da realidade social e política. Reconhecer e estudar essas obras não significa endossar todas as ideias, mas sim promover o pluralismo acadêmico e intelectual, permitindo que estudantes e pesquisadores tenham contato com um espectro mais amplo do pensamento político, histórico e filosófico. Além disso, a integração dessas vozes no debate acadêmico estimula a reflexão sobre valores, ética, economia e sociedade, oferecendo subsídios para decisões mais conscientes tanto no campo público quanto privado. Portanto, a inclusão dos pensadores de direita pouco conhecidos no Brasil não apenas amplia horizontes, mas também contribui para a maturidade intelectual das instituições, mostrando que o conhecimento verdadeiro se fortalece quando confronta, compara e dialoga com múltiplas correntes de pensamento.
*Francisco José
Barros de Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme
diploma Nº 31.636 do Processo Nº 003/17 - Perfil curricular no
sistema Lattes do CNPq Nº 1912382878452130.
Bibliografia Internacional
-BURKE, Edmund. Reflections on the Revolution in France. London: J. Dodsley, 1790.
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-MISES, Ludwig von. Human Action: A Treatise on Economics. San Francisco: Fox & Wilkes, 1949.
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-SMITH, Adam. An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations. London: Methuen & Co., 1776.
-LOCKE, John. Two Treatises of Government. London: Awnsham Churchill, 1689.
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-HOPPE, Hans-Hermann. Democracy: The God That Failed. New Brunswick: Transaction Publishers, 2001.
Bibliografia Nacional
-CARVALHO, Olavo de. O Mínimo que Você Precisa Saber para não Ser um Idiota. São Paulo: Record, 2013.
-ROCHA, Rodrigo Constantino. Esquerda Caviar e Direita Pobre. Rio de Janeiro: Ediouro, 2011.
-LACERDA, Paulo. Direita Brasileira: Histórias e Ideias. São Paulo: Saraiva, 2017.
-PINTO, Luiz Felipe. Conservadorismo e Liberdade no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
-PEREIRA, Leandro. A Tradição Liberal no Brasil. São Paulo: Atlas, 2008.
-FURTADO, Caio. Pensadores Conservadores Brasileiros. Belo Horizonte: UFMG, 2015.
-GONÇALVES, Ricardo. Liberalismo e Democracia no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2007.
-SILVA, João. Direita e Política no Brasil Contemporâneo. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
-MELO, Fernando. Conservadorismo e Sociedade Brasileira. Recife: UFPE, 2016.
-ALMEIDA, Carlos. O Pensamento Político de Direita no Brasil. São Paulo: Loyola, 2011.
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Otimo!
excluiria a Raquel.
Excelente!
Ola! Você tem e-mail para dirimir dúvidas?
Obrigado!!!
Estou chegando à conclusão que eu sou Extrema-Direita.
Ótima lista e excelente analise sobre o tema...
Cheguei a conclusão que sou de centro direita, neoliberal ! Apoio o livre mercado e o estado mínimo !
Só uma questão: Muitos brasileiros citados são formadores de opinião, por isso não o veremos em livros, pois não produzem a nível acadêmico (Rachel Sharezad, Reinaldo Azevedo e outros)
Obrigado pelo texto, esclarecedor. Recomendo apenas dar uma limpada na lista de pensadores da direita brasileira. Danilo Gentil, Rachel Sherazade e Marcelo Madureira, por exemplo, não cabem em lista alguma de pensadores.
Lógico sabendo bem menos que o Beraká, que inclusive o texto é ótimo. Acrescento o Jordan Peterson, é talvez uma forma de entender esse assunto de modo menos complexo.
Prof.Tamires, foi isto que observei tmb. Não são pensadores. Seria bom ter pensadores de direita, o que implica acima de tudo ética e respeito ao individuo.
Ótimo texto!
Incluiria como pensador de direita o Professor Marco Antonio Villa, e excluiria Danilo Gentili
Cheguei ao blog após pesquisa sobre o tema escritores de direita. Sou de Mato Grosso de Sul e tenho uma pesquisa sobre um personagem polêmico e considerado persona "nom grata"a esquerda. A ascensão de Jair Bolsonaro ao poder ensejará uma guinada também na produção literária considerada de Direita. Biografias de personagens polêmicos poderão ser produzidas através da releitura de suas trajetórias. Importante, no entanto, que editoras possam estimular tal nicho de mercado.
Bom post, mas talvez seria ideal ser mais seletivo nos brasileiros. Olavo de carvalho não é um intelectual, att.
os cristaos tambem,sao em sua maioria de direita,pois essa e a unica visao politica q tem aguns principios respeitaveis e conservadores.
Eu acho que deveria ter mais textos assim,pras pessoas saberem o que é realmente a direita,sobre o que é ser um conservador e saber a diferença entre extrema direita e centro direita.
Só acho um equivoco, hoje em dia, considerar o Reinaldo Azevedo como de Direita;
Muito bom, um ótimo norte, para quem quer estudar sobre o pensamento d direita, obrigado.
Hoje não incluiria Raquel, Reinaldo e Villa.
Ótimo. Esclarecedor. Apenas retiraria da lista de brasileiros Danilo Gentilli,, Marco Antonio Villa, Raquel Sherazade e Reynaldo Azevedo, substituindo por Lenildo Tabosa Pessoa e Nicolas Boer.
Olavo de carvalho é mais intelectual do que qualquer um aqui no Brasil. ..
Parabenizo pelo texto. Um empurrão para quem quer começar a pensar e pesquisar sobre filosofia, sobre autores nacionais e estrangeiros. Como pensante, discordo de alguns nomes que foram locados como pensadores de direita, alguns são meros rostos de rádios e televisões, não acrescentam nada, defendem o que eles consideram bom para eles e suas classes. Usar de premissa em um argumento, defendendo aquilo que somente se afina e gosta, colocando-o como verdade plena, torna-se-a um monologo cansativo. Dialogar sem impor, apresentar teorias comprovadas ou não, pois para fundamentar, temos que ter a visão dos dois lados. O mundo filosófico Brasileiro calou-se, perdeu-se nas sombras esquerdista. Lamentavelmente.
Que aula !!!
SENSACIONAL...Obrigado!
Muito bom o texto. Sou marxista e procuro referências de bons autores de direita para minhas aulas. Quero que meus alunos entendam as diferenças entre os diversos tipos de direita e de esquerda.
A propósito, como você classificaria o governo Bolsonaro? Existem ministros liberais (Guedes), reacionários (Weintraub), da Nova direita (Salles) e um monte de militares.
Gostaria de saber sua opinião.
Só acho que alguns dos citados por você não são propriamente'intelectuais'. Olavo? Danilo? Reinaldo? Quem diz que a Terra pode ser plana não merece ser chamado de intelectual.
Ainda estou em busca de bons livros para entender os princípios da direita. Aceito sugestões.
Eu estou fazendo graduação em história e com a emergencias de discuções eu me senti carente em saber quem são as pessoas da direita e quantas direitas existem, muito difícil achar algo sucinto sem denegrir a imagem do pensamento político que é confundido constantemente, o seu blog, por favor, nunca tire essa página do ar pois quero usar em todas as minhas aulas para explicar o que é direita,esquerda, centro e etc...
Faltou falar de Frédéric Bastiat!
Baseado em quê vocês fizeram esta lista de brasileiros? Ali Kamel, de Direita? Mas é nunca!!!! Ele foi meu chefe quando era diretor do jornal O Globo. Sei do que estou falando. É melhor atualizarem esta lista. A Janaína Paschoal já falou em vídeo que é de esquerda; a Joice Hasselman é Centro; Kim Kataguiri? Isso é uma piada! E por fim... Vera Magalhães? De Direita? Tá. Conta outra...
Meu caro você precisa rapidamente reescrever seu artigo que é em grande parte excelente, mas quando chega nos brasileiros que você classifica como de Direita erra feio, e bota feio nisso! Além do mais você confunde pois parece que não sabe o que é ser um PENSADOR! Leia a definição:Pessoa que reflete sistematicamente sobre grandes questões (filosóficas, econômicas, sociais, etc.), sintetizando os seus aspectos principais e fornecendo novas perspectivas para a sua abordagem conceituação. E a tua seleção está totalmente furada no caso dos brasileiros!Parece piada colocar Vera Gagalhães como pensadora, no máximo ela é uma Dilma com o dobro de neurônios!A Joice é SOCIALISTA E TRAIDORA JUNTAMENTE COM O KIm KATAGUI RI
Fico contente de pessoas como você querer e tentar escrever algo sobre a ideologia conservadora e defender alguns conceitos porém o mesmo tem que reescrever seu artigo existem muitos erros de português , existem muitos estudiosos que o mesmo podia estudar mais sobre o conservadorismo como Burke , na atualidade Olavo de Carvalho e Rodrigo Constantino tem uma boa opinião sobre oque é ser conservador e os erros da esquerda no Brasil e no mundo .
Só se equivocou em alguns nomes, mas a definição do que é e o que defende a direita e a esquerda, foi a melhor que já vi.
Precisamos aprovar o #VotoImpressoJa , pois a hegemonia esquerdalha se perpetuou no poder atraves das eleições fraudadas e dos caciques donos de partidos que selecionam os candidatos possíveis que serão eleitos pelo sistema eleitoral controlado pelo STE e STF.
Assista ao vídeo com Bia Kicis denunciando o esquema eleitoral prostituído.
https://www.youtube.com/watch?v=2XS-yWWh7-Q
Fato !!!
O Brasil já ouviu e vai continuar ouvindo muitas verdades e, para alguns, isso é extremamente difícil. O atual caso brasileiro é único no mundo. É muito maior do que o Brexit, é algo inédito e gigante perto da eleição de Trump. Não tivemos o impacto de uma mudança radical, como a entrada em massa dos muçulmanos no Reino Unido. Não elegemos um bilionário numa eleição com dois partidos consolidados, como nos EUA. Elegeu-se um desconhecido e insignificante capitão do Exército, não muito simpático, sem dinheiro, sem televisão, e sem apoio de celebridades. Mostramos ao mundo a quintessência da democracia! Bolsonaro não baixou a cabeça! Peitou uma das maiores empresas de mídia do planeta, os artistas formadores de opinião, a elite acadêmica da esquerda, as milícias sociais, e a máquina Estatal do Stablishment! Todo o poder estabelecido convulsionava contra o candidato, numa tentativa desesperada de manter seus benefícios escusos. E, ainda assim, ele venceu! Gramsci, o principal ideólogo da esquerda, e idolatrado por Lula, disse: "Não tomem quartéis, tomem escolas. Não ataquem tanques, ataquem ideias". O filósofo Socialista esqueceu, porém, que o capitalismo evolui e, com sua evolução, deu vós ao povo que não passava de gado no pasto para políticos messiânicos, carismáticos e salvadores da Pátria se servirem deles. Hoje, a grande mídia não é mais o principal propagador de notícias! A escola não é mais o principal propagador de conhecimento! Com o advento da internet, podemos nos informar, podemos pesquisar e, principalmente, podemos nos expressar. Atentaram contra a vida do atual presidente, deixaram-no fora dos compromissos de campanha, o qual ficou nos corredores do hospital a andar de pijamas e pantufas, mesmo assim, o povo brasileiro o elegeu! Com a eleição de Bolsonaro, foi derrubado um plano de poder de três décadas, detentor de uma militância violenta, arrogante e muito bem aparelhada.
Nikolas
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