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Papa Francisco no Angelus: “Nenhum de nós pode dizer: Eu sou santo, sou perfeito, já estou salvo”

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 7 de dezembro de 2015 | 10:42







COMENTÁRIOS DO BLOG BERAKASH: Francisco recorda os missionários beatificados ontem, comenta a Cop21 e o 50º aniversário da reconciliação entre católicos e ortodoxos.



“Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Romanos 9,13-16)


Neste domingo (06/12/2015), o Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano. 



Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Pontífice:


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!


“Neste II Domingo de Advento a liturgia nos insere na escola de João Batista que pregava um batismo de conversão para o perdão dos pecados (Lc 3,3). E podemos nos perguntar: Por que devemos nos converter? A conversão diz respeito a quem era ateu e passou a crer, quem era pecador e se tornou justo, mas nós não precisamos, pois já somos cristãos. Então, estamos bem. E isso não é verdade. Pensando assim, não percebemos que devemos nos converter desta presunção - de que somos cristãos, todos bons, que estamos bem – que devemos nos converter: do pressuposto de que, no cômputo geral, está bom assim e não precisamos de qualquer conversão. Mas devemos nos questionar: É verdade que nas várias situações e circunstâncias da vida temos em nós os mesmos sentimentos de Jesus? É verdade que ouvimos como Jesus se sente? Por exemplo, quando sofremos alguma injustiça ou alguma afronta, conseguimos reagir sem ressentimento e perdoar de coração quem nos pede desculpa? Quanto é difícil é perdoar! Quanto é difícil! "Mas você me paga!”: esta palavra vem de dentro! Quando somos chamados a partilhar alegrias e tristezas, sabemos sinceramente chorar com os que choram e alegrar-nos com os que se alegra? Quando precisamos exprimir a nossa fé, sabemos fazê-lo com coragem e simplicidade, sem nos envergonhar do evangelho? E assim, podemos nos perguntar tantas coisas. Nós não estamos prontos, devemos nos converter sempre, ter os sentimentos que Jesus tinha.





A voz de João Batista grita ainda nos desertos atuais da humanidade, que são - quais são os desertos de hoje? - As mentes fechadas e os corações endurecidos, e nos leva a nos perguntar se efetivamente estamos percorrendo o caminho justo, vivendo uma vida segundo o Evangelho. Hoje, como naquele tempo, ele nos adverte com as palavras do Profeta Isaías: ‘Preparai o caminho do Senhor’ (V. 4). É um premente convite a abrir o coração e acolher a salvação que Deus nos oferece incessantemente, quase obstinadamente, porque quer que todos sejamos livres da escravidão do pecado. O texto do profeta dilata aquela voz, preanunciando que "todo homem verá a salvação de Deus" (v. 6). A salvação é oferecida a todas as pessoas, a todos os povos, sem excluir ninguém, a cada um de nós. Nenhum de nós pode dizer: Eu sou santo, sou perfeito, já estou salvo. Devemos sempre receber esta oferta da salvação. É para isso o Ano da Misericórdia: para caminhar nesta estrada da salvação, estrada que Jesus nos ensinou. Deus quer que todos os homens sejam salvos por meio de Jesus Cristo, único mediador (cf. 1 Tim 2, 4-6).


Portanto, cada um de nós é chamado a anunciar Jesus àqueles que ainda não o conhecem. Mas isso não é fazer proselitismo.  É abrir uma porta. "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 09,16), dizia São Paulo. Se o Senhor Jesus mudou a nossa vida, e muda sempre que recorremos a Ele, como não sentir a paixão de torna-lo conhecido a todos os que encontramos no trabalho, na escola, no bairro, no hospital, nos lugares de encontro? Se olhamos ao nosso redor, vemos pessoas que estão dispostas a começar ou a recomeçar um caminho de fé, se encontram cristãos apaixonados por Jesus. Não devíamos e não podíamos ser nós tais cristãos? Deixo a pergunta: "Eu realmente sou apaixonado por Jesus? Estou convencido de que Jesus me oferece e me dá a salvação?". Se sou apaixonado devo anunciá-lo, mas temos de ser corajosos e abater as montanhas do orgulho e da rivalidade, preencher os sulcos cavados pela indiferença e apatia, endireitar os caminhos da nossa preguiça e dos nossos compromissos.



Que a Virgem Maria, que é Mãe e sabe como fazê-lo, nos ajude a quebrar as barreiras e os obstáculos que impedem a nossa conversão, o nosso caminho rumo ao Senhor. Só Ele, somente Jesus pode realizar todas as esperanças do ser humano!”




Depois do Angelus



Queridos irmãos e irmãs,


Eu acompanho com muita atenção os trabalhos da Conferência sobre as Alterações Climáticas que se realiza em Paris, e recordo uma pergunta que fiz na Encíclica ‘Laudato si’:  Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai nos suceder, às crianças que estão crescendo? Para o bem da casa comum, de todos nós e das gerações futuras, em Paris, todos os esforços devem ser destinados a aliviar os impactos das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, combater a pobreza e fazer florescer a dignidade humana. As duas escolhas caminham juntas: deter as mudanças climáticas e combater a pobreza para que floresça a dignidade humana. Rezemos para que o Espírito Santo ilumine todos os que são chamados a tomar decisões tão importantes e que Deus lhes dê a coragem de manter como critério de escolha o bem de toda a família humana.



Amanhã celebra-se o quinquagésimo aniversário de um evento memorável entre católicos e ortodoxos. Em 7 de dezembro de 1965, vigília da conclusão do Concílio Vaticano II, com a Declaração comum do Papa Paulo VI e do Patriarca Ecumênico Atenágoras, foram apagadas da memória as sentenças de excomunhão entre as Igrejas de Roma e Constantinopla em 1054. É realmente providencial que aquele gesto histórico de reconciliação, que criou as condições para um novo diálogo entre ortodoxos e católicos no amor e na verdade, seja lembrado no início do Jubileu da Misericórdia. Não há caminho autêntico rumo à unidade sem pedir perdão a Deus e entre nós pelo pecado da divisão. Recordamos em nossa oração o querido Patriarca Ecumênico Bartolomeu e os outros Chefes das Igrejas Ortodoxas, e peçamos ao Senhor para que as relações entre católicos e ortodoxos sejam sempre inspiradas no amor fraterno.



Ontem, em Chimbote (Peru), foram beatificados Michael Tomaszek e Zbigniew Strzalkowski, franciscanos conventuais, e Alessandro Dordi, sacerdote fidei donum, mortos por ódio à fé em 1991. A fidelidade desses mártires em seguir Jesus dê força a todos nós, mas sobretudo aos cristãos perseguidos em várias partes do mundo, de testemunhar o Evangelho com coragem.

Fonte: Zenit
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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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