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A Canonização de Santos é bíblica, ou é invenção da Igreja Católica ?

Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 3 de março de 2015 | 10:23










GRIFOS DO AUTOR DO BLOG BERAKASH: O grande problema do protestantismo com relação a este tema é o mero revanchismo proselitista cheio de ódio a tudo que é Católico, o qual não permite uma análise imparcial e fundamentada do fenômeno, que como muito católicos desinformados, vêm nos Santos e nos processos de Canonização dos mesmos apenas como a instituição a mais de MEROS  INTERCESSORESpara se pedirem  favores  junto a Cristo, e não exemplos de fé no seguimento a Cristo, como modelos a serem imitados, (e não como Aladins e gênios da lâmpada dispostos unicamente a atenderem nossos pedidos), como nos revelam as escrituras:



Hebreus 6,12: “de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, já receberam a herança prometida.


Hebreus 13,7: “Lembrem-se dos seus líderes, que transmitiram a palavra de Deus a vocês. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.


1 Cor.11,1: “Sede meus imitadores, como também eu sou imitador de Cristo.


Tiago 5,10-11: “Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento.Como vocês sabem, nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança. Vocês ouviram falar sobre a perseverança de Jó e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou...”

 



A Canonização pode-se dizer que é o termo utilizado pela Igreja Católica e que diz respeito ao ato de atribuir o estatuto de Santo a alguém que já era Beato(Bem aventurado) e de vida venerável ainda na terra.


É um assunto sério e um processo complexo dentro da Igreja, a ponto de só poder ser tratada pela Santa Sé em si, por uma comissão de altos membros e com a aprovação final do Papa.




Canonização é a confirmação final da Santa Sé para que um Beato seja declarado Santo. Só o Papa tem a autoridade de conceder o estatuto de Santo.(Conforme Mateus 16,18).O Código de Direito Canônico da Igreja, no seu cânon 1186 estabelece:



"Para fomentar a santificação do povo de Deus, a Igreja recomenda à veneração peculiar e filial dos fiéis a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, que Jesus Cristo constituiu Mãe de todos os homens, e promove o verdadeiro e autêntico culto dos outros Santos, com cujo exemplo os fiéis se edificam e de cuja intercessão se valem."


E, ainda no artigo 1187:


"Só é lícito venerar com culto público os servos de Deus, que foram incluídos pela autoridade da Igreja (Conf. Mateus 16,18), no álbum dos Santos ou Beatos."



A Constituição Apostólica Divinus perfectionis Magister (1983), de João Paulo II, estabeleceu de uma vez as normas para a instrução das causas de canonização e para o trabalho da Congregação para as Causas dos Santos. Nela é afirmado:


"A Sé Apostólica, (…) propõe homens e mulheres que sobressaem pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evangélicas para que sejam venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de canonização, depois de ter realizado as oportunas investigações."

Em 18 de fevereiro de 2008 a Santa Sé torna público a instrução "Sanctorum Mater" (1983) da Congregação para a Causa dos Santos sobre as normas que regulam o início das causas de beatificação juntamente com o "Index ac status causarum".


A Instrução se divide em seis partes:


• Primeira: diz da necessidade de uma autêntica fama de santidade para se dar início ao processo e se explicam as figuras e tarefas do autor do postulador e do bispo competente para a causa.


• Segunda: nela é descrita a fase preliminar da causa que chega até à concessão do "nulla osta" da Congregação para as Causas dos Santos.


• Terceira: diz da celebração da causa.


• Quarta: trata das modalidades para se recolher as provas documentais.


• Quinta: cuida das provas testemunhais.


• Sexta: são indicados os procedimentos para os atos conclusivos da instrução diocesana.

Segundo a Constituição Divinus perfectionis Magister e a instrução Sanctorum Mater, ao bispo diocesano ou autoridade da hierarquia a ele equiparada, de iniciativa própria ou a pedido de fiéis, é a quem compete investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade e milagres atribuídos e, se considerar necessário, a antiguidade do culto da pessoa cuja canonização é pedida.



Nesta fase a pessoa investigada recebe o tratamento de "Servo de Deus" se é admitido o início do processo.Haverá um postulador que deverá recolher informações pormenorizadas sobre a vida do Servo de Deus e informar-se sobre as razões que pareceriam favorecer a promoção da causa da canonização.


Os escritos que tenham sido publicados devem ser examinados por teólogos censores, nada havendo neles contra a fé e aos bons costumes, passa-se ao exame dos escritos inéditos e de todos os documentos que de alguma forma se refiram à causa. Se ainda assim o bispo considerar que se pode ir em frente, providenciará o interrogatório das testemunhas apresentadas pelo postulador e de outras que achar necessário.


Em separado se faz o exame do eventual martírio e o das virtudes, que o servo de Deus deverá ter praticado em grau heroico (fé, esperança e caridade; prudência, temperança, justiça, fortaleza e outras) e o exame dos milagres a ele atribuídos. Concluídos estes trabalhos tudo é enviado a Roma para a Congregação da Causa dos Santos.



Para tratar das causas dos santos existem, na Congregação para a Causa dos Santos, consultores procedentes de diversas nações, uns peritos em história e outros em teologia, sobretudo espiritual, há também um Conselho de médicos.


Reconhecida a prática das virtudes em grau heroico o decreto que o faz declara o Servo de Deus "Venerável".


Havendo apresentação de milagre este é examinado numa reunião de peritos e se se trata de curas pelo Conselho de médicos, depois é submetido a um Congresso especial de teólogos e por fim à Congregação dos cardeais e bispos. O parecer final destes é comunicado ao Papa, a quem compete o direito de decretar o culto público eclesiástico que se há de tributar aos Servos de Deus.


A Beatificação portanto, só pode ocorrer após o decreto das virtudes heroicas e da verificação de um milagre atribuído à intercessão daquele Venerável.O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz da ciência e da medicina, consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões e ateus. Deve ser uma cura perfeita, duradoura e que ocorra rapidamente, em geral de um a dois dias.



Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimônia de beatificação, que pode ser presidida pelo Papa ou por algum bispo ou cardeal delegado por ele.Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e seja comprovado mais um milagre pela Igreja Católica, em missa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa (Conf. Lucas 22,31-32: “Confirma teus irmãos na fé”), e digna de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, concluindo assim o processo de Canonização.



A FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA SOBRE O RECONHECIMENTO E A CANONIZAÇÃO DAQUELES QUE NOS PRECEDERAM NA FÉ  (Conf.Tiago 5,10-11)

Por fim, a própria Escritura dá testemunho de que Abraão foi considerado justo pelos apóstolos (cf. Rm 4,3-9; Gl 3,9; Hb 6,15; Tg 2,23). Este reconhecimento de que Abraão estava no céu com Deus é um exemplo de canonização na própria Escritura e já na era apostólica.


Outro exemplo que podemos citar na própria Escritura é a canonização de Estevão. Diz a Escritura que era homem cheio do Espírito Santo (cf. At 6,8). Quando foi martirizado em nome da Fé em Cristo, viu a Glória do Cristo e pediu ao Senhor que recebesse o seu espírito (cf. At 7,55-59). Será que Estevão não foi para o céu? Claro que sim! E foi considerado santo pelo próprio apóstolo Paulo (cf. At 22,20), que assistiu a pregação de Estevão e corroborou com a sua morte.



E o bom ladrão que reconheceu Cristo como seu Salvador e que o próprio Senhor lprometeu levá-lo ao paraíso (Lc 23,43), por acaso não é outro exemplo de canonização feita pela própria Escritura?


A canonização não faz parte da doutrina católica, mas da práxis católica. O que faz parte da doutrina católica é a Comunhão dos Santos, não confundir. A práxis católica de se canonizar santos não apareceu em 995 como sugere alguns desinformados e protestantes revanchistas sem conhecimento de causa.


Depois das provas bíblicas que mostramos, citaremos por exemplo as obras conhecidas na antiguidade como hagiógrafos (atas da vida dos santos). Os hagiógrafos testificavam o reconhecimento pela Igreja de que uma determinada pessoa ou grupo de pessoas era santo e que já gozava da presença de Deus.



A Igreja desde os primeiros séculos reconhecia os mártires como santos (a exemplo de Estevão, considerado o primeiro mártir da Igreja). Ser um mártir da fé era um critério que não deixava dúvidas se uma pessoa devia ser considerada santa, isto é, um modelo na fé, um herói em Cristo e que estava no céu.



Os hagiógrafos mais citados da antiguidade são as atas dos mártires de Lião (177 d.C) e do Martírio de S. Policarpo de Esmirna (250 d.C.), discípulo de S. João.



Como se vê, a canonização dos santos, isto é, o reconhecimento de que uma pessoa venceu a corrida (cf. Cl 2,8) e que está com Deus, é uma prática que consta na Bíblia e que sempre foi observada pelos primeiros cristãos:

Hebreus 6,12: “de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, já receberam a herança prometida.


Hebreus 13,7: “Lembrem-se dos seus líderes, que transmitiram a palavra de Deus a vocês. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.


1 Cor.11,1: “Sede meus imitadores, como também eu sou imitador de Cristo.


Tiago 5,10-11: “Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento.Como vocês sabem, nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança. Vocês ouviram falar sobre a perseverança de Jó e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou. O Senhor é cheio de compaixão e misericórdia.


Os santos não são o caminho e nem a salvação, mas são placas ao longo da estrada que nos apontam o nosso destino e salvação: Jesus Cristo.


Diante de tudo isto e de todas estas evidências aqui mostradas,só podemos dizer:


“O Pior cego não é aquele que não ver, mas aquele que não quer ver...”



“LOUVADO SEJA  NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”


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5 de setembro de 2016 às 19:53

então a canonização já é algo feito àqueles que receberam a salvação e não precisam estar mortos pra isso.

8 de setembro de 2016 às 14:19

Prezado Pitágoras

A canonização não pode ser feita em vida, mas sempre após a morte, mesmo que em vida a pessoa tenha realizado milagres e prodígios, ninguém pode ser canonizado em vida. Os milagres pós mortem, é justamente a confirmação de qua a alma do justo já está junto a Cristo, conforme nos revela as escrituras:


Apocalipse 6:9-11: "E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador [Poderoso Deus], não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram. "



Apocalipse 2,26-28:“Aos que conseguirem a vitória e continuarem a fazer até o fim a minha vontade eu darei a mesma autoridade que recebi do meu Pai: autoridade sobre as nações para governá-las com uma barra de ferro e quebrá-las em pedaços como se fossem potes de barro. Eu lhes darei a estrela da manhã.”

Esperando ter esclarecido


Shalom !!!

17 de abril de 2018 às 13:31

Paz! Primeiramente, gostaria de questionar o fato que você escreveu no início da matéria sobre o ódio do protestantismo, sou protestante e cheguei até aqui por curiosidade a respeito da canonização. Jesus morreu para quebrar onkuro da inimizade, tenha cuidado ao escrever palavras tão duras, Deus é amor. Discordo da forma que falou, existem muitos católicos desinformados assim como existem muitos protestantes desinformados que nada mais é que a ignorância (falta de conhecimento) e também muitos se dizem parte mas não são praticantes. Discordo de coisas que aqui foi citado, versículo isolado não justifica, precisamos entender o contexto. Mas muito obrigada por expor aqui algo interessante e curioso. Deus abençoe!

13 de outubro de 2019 às 16:31

Sou catolica, apostólica romana e nunca neguei minha condição de cristã. A igreja católica está para os católicos, assim como o protestantismo está para eles, mesmo que tenham mudado por seus motivos ou já tenham nascidos neles. A questão é que cada um tem suas orientações. Eu sigo a católica e creio e aceito o que diz pra mim, é minha caminhada espiritual vai por esses ensinamentos. É aí que o desorganização acontece. Se respeitamos nossas posições tidos vão viver em harmonia. Eu creio nas virtudes da santidade e peço com fervir para que Deus nos dê a graça desse respeito . Deus os abençoe! Santa Dulce dos pobres, rigai a Deus POR todos nós! Amém.

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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