Catolicismo e Maçonaria Juvenil: Por que a Igreja Adverte sobre DeMolay e Filhas de Jó?

(no juramento Cristão se diz: Eu renuncio)

UM "CATÓLICO PRATICANTE" PODE SER DEMOLAY OU FILHA DE JÓ?

A pergunta “um católico praticante pode ser DeMolay ou Filha de Jó?” exige distinguir duas coisas: 

a)-A natureza dessas ordens juvenis e sua relação histórica com a Maçonaria; 

b)-O ensinamento e a disciplina da Igreja sobre a associação a organizações maçônicas. 

A Ordem DeMolay e a Ordem/Igual organização “Filhas de Jó” são associações juvenis historicamente patrocinadas e apoiadas por instâncias maçônicas (sendo amplamente apresentadas como organizações paramaçônicas ou com vínculos maçônicos). Por outro lado, a autoridade magisterial da Igreja Católica reafirmou de modo contínuo — e de forma recente — que a filiação dos fiéis a associações maçônicas é incompatível com a fé católica, e que tal filiação coloca o fiel em situação de pecado grave e impede a sagrada comunhão enquanto não houver arrependimento e afastamento dessa associação.Na prática pastoral há nuances a considerar: menores que participam de atividades juvenis muitas vezes o fazem sob a responsabilidade dos pais e com objetivos formativos; todavia, quando a organização tem vínculos institucionais com a Maçonaria (rituais, patrocínio, supervisão por maçons), a Igreja recomenda prudência e orientação pastoral — o pároco e os pais devem avaliar se a participação compromete a fé e a formação cristã. Além disso, a Doutrina da Fé (CDF) e o Código de Direito Canônico constituem as bases normativas para orientar a resposta pastoral.

Igreja Católica e "Ordens Paramaçônicas":Pode um Católico Ser DeMolay ou Filha de Jó?

Ezequiel 33,1-12: “E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo, e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra, e o povo da terra tomar um homem dos seus termos, e o constituir por seu atalaia; E, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; Se aquele que ouvir o som da trombeta, não se der por avisado, e vier a espada, e o alcançar, o seu sangue será sobre a sua cabeça.Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado, o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida.Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia. A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão.Mas, se advertires o ímpio do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade; mas tu livraste a tua alma.Tu, pois, filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas transgressões e os nossos pecados estão sobre nós, e nós desfalecemos neles, como viveremos então?Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?Tu, pois, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o livrará no dia da sua transgressão; e, quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo poderá viver pela sua justiça no dia em que pecar.”

2 Timóteo 4,1-5:  “Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para fábulas. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério".

NO VIDEO ABAIXO, BISPO DOM HENRIQUE SOARES, ESCLARECE QUE "NÃO É POSSÍVEL SER CATÓLICO E DEMOLEY"

ATENÇÃO! Fazemos estes esclarecimentos com o respaldo do magistério da Igreja Católica, conforme está exposto no decreto do CONCÍLIO VATICANO II “APOSTOLICAM ACTUOSITATEM” Nº 6 (SOBRE O APOSTOLADO DOS LEIGOS):

 

“Aparecendo na nossa época novos problemas e grassando gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, a ordem moral e a própria sociedade humana, este S. Sínodo exorta de coração todos os leigos, conforme a capacidade intelectual e a formação de cada qual, que, segundo a mente da igreja, assumam mais conscienciosamente as suas responsabilidades no aprofundamento dos princípios cristãos, na sua defesa e na adequada aplicação dos mesmos aos problemas de nossa época”.

Vamos agora ao tema em questão: Hoje a Maçonaria atrai muitos católicos, infelizmente, embora a Igreja proíba claramente que nos tornemos maçons. Com todo o respeito que devemos a cada pessoa, em face à sua opção, devemos contudo, lembrar aos que querem ser autenticamente católicos, que a filiação à Maçonaria é considerada pela Igreja Católica “pecado grave”, já que as concepções de Deus e religião, assim como o processo de iniciação secreta imposto aos novos membros, não se coadunam com as noções do Cristianismo relativos a Deus e sua doutrina, a qual ele mandou que proclamasse de cima dos telhados e não guardar segredos (conforme: Mateus 10,27; João 15,15).A Igreja tem uma posição oficial sobre o assunto, que foi feita pelo pronunciamento da Santa Sé em 26/11/1983, por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico pelo Papa João Paulo II. Esta é a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, que vem assinada pelo seu Prefeito, Cardeal Joseph Ratzinger e pelo Fr. Jérome Hamer, Secretário: 

“Tem se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas. Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas, estão em estado de pecado grave, e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240s). 

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação”. Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.É importante notar que a Declaração da Santa Sé afirma que estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Isto é muito sério para os católicos. E é a palavra oficial da Igreja sobre a questão.E Roma falou causa finita, já dizia Santo Agostinho. O número 386 da Revista “Pergunte e Responderemos”, de autoria de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo artigo sobre o assunto. Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólogo renomado; afirma: 

“A Maçonaria professa a concepção de Deus dita  “deista”, ou seja, a que a razão natural pode atingir;  admite a religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões particulares. Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o pensamente cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verdades por Ele reveladas. Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e recebidas dos grandes iniciados do passado entre os quais alguns maçons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole secreta ou esotérica, que vão sendo manifestados e aplicados aos membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação.  Ora um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos;e nada tem de oculto ou esotérico em sua doutrina!”

O QUE DIZ O MAGISTÉRIO OFICIAL DA IGREJA ?

Tenho certeza absoluta que não resta dúvidas sobre o parecer negativo da Igreja acerca das associações maçônicas em geral, como a própria Maçonaria e a Ordem DeMolay e Filhas de Jó, esse ‘movimento’ que hoje arrasta jovens e milhares de adolescentes aos caminhos que não são católicos, sob juramentos, portanto, não são cristãos e, logo, não vêm de Deus! 

Deixamos bem claro que o que postamos aqui é sempre a visão “ OFICIAL” da Igreja acerca da Maçonaria, e não nossa opinião pessoal, ou das Igrejas particulares, de padres e bispos. Apenas transcrevemos e complementamos o que ela prega, sob a inspiração do INERRANTE Espírito Santo de Deus!

Sabe-se que a ligação entre a Ordem DeMolay e a Maçonaria é muito estreita! Isso é expresso no site Wikipédia: 

“A Ordem DeMolay é uma organização filosófica e fraternal, para jovens – do sexo masculino – com idade compreendida entre os 12 e os 21 anos, fundada nos Estados Unidos dia 18 de Março de 1919 pelo Maçom Frank Sherman Land, e as filhas de Jó é a organização feminina. É patrocinada e apoiada pela Maçonaria, oficialmente desde 1921, que na maioria dos casos cede o espaço de seu templo para as reuniões dos ‘Capítulos’, denominação da célula da organização”. 

Ambas, apesar de nomes diferentes, expressam, sem dúvida, a mesma finalidade! Logo, tratemos da Ordem DeMolay da mesma maneira que a Filhas de Jó

(foto reprodução)

É preciso deixar claro que,  a Igreja, em uma linha constante de fidelidade ao Magistério confiado a ela por Jesus Cristo, afirma que a Maçonaria é algo de caráter herético (não compatibiliza  com a doutrina Católica).Logo, quem participa da Maçonaria não pode comungar da Sagrada Comunhão. Isso fica claro no documento que a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé publicou sobre as associações maçônicas em geral. 

 

E aqui é importante lembrar: a Igreja condena não só a maçonaria em si, mas todas as suas associações. Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão."

Fonte: Congregação para a Doutrina da fé – Site do Vaticano

Essa declaração foi escrita pelo Papa emérito Bento XVI e mostra que a Igreja nunca mudou a sua opinião e seu modo de ver sobre as associações maçônicas. O Santo Padre afirma que, já que os seus princípios doutrinários são incompatíveis com a Santa doutrina da Igreja, a maçonaria é uma HERESIA, e isso leva o Padre a afirmar o caráter imoral das associações maçônicas e, como consequência, a impossibilidade do paralelo comunhão e maçonaria!

A declaração do Vaticano acrescenta:

"Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido" (Cong. Para a Doutrina da Fé) 

 

Agora, o Santo Padre diz que: "quem quer que apareça, seja autoridade eclesiástica, como padre ou bispo, contradizendo aquilo que foi afirmado pelo Cardeal Ratzinger nessa declaração, não está de acordo com a Santa Igreja". Isso significa afirmar que não podemos nos deixar levar por qualquer opinião, mas pela da Igreja, do Papa, enfim, do Magistério infalível da Santa Sé.

Pergunto: Quem tem mais autoridade? O soldado, ou delegado? O capitão, ou General? O Papa, ou um bispo isolado?

Se fosse somente essa declaração da Igreja que mostrasse o que ela pensa sobre a maçonaria, seria menos pior… Mas, o Papa Leão XIII escreveu uma Encíclica chamada Humanum Genus mostrando o caráter nocivo e contrário a fé Católica de todas as formas de maçonaria! E essa encíclica já está aqui no blog, dividida em quatro partes, cujas composições estão citadas na postagem Dossiê completo sobre a maçonaria:

http://beinbetter.wordpress.com/2009/02/20/dossie-completo-sobre-a-maconaria/

Análise Doutrinária e Moral sobre a Ordem DeMolay e as Filhas de Jó EM COMPARAÇÃO COM A DOUTRINA CATÓLICA:

Façamos uma análise comparativa mais detalhada do que ensinam e praticam a Ordem DeMolay e as Filhas de Jó, à luz da fé e da doutrina católica

1. O perfil social dos integrantes e a seletividade - Em primeiro lugar, observa-se que as associações de inspiração maçônica — entre as quais se incluem a Ordem DeMolay e as Filhas de Jó — tendem a reunir pessoas influentes, muitas vezes provenientes de classes médias e altas. Essa seletividade, que privilegia o prestígio e o status social, suscita uma reflexão crítica: por que apenas determinados perfis sociais são acolhidos ou destacados nesses ambientes?

O Evangelho ensina que diante de Deus não há acepção de pessoas — “Deus não faz distinção de pessoas” (At 10,35). Jesus não buscou os poderosos, mas os simples, os pobres, os doentes e os marginalizados. Uma associação que adota processos de admissão seletivos e valoriza o prestígio humano parece contradizer o espírito de igualdade e fraternidade universal pregado por Cristo, que veio “buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10).

2. O processo seletivo e a visão cristã de comunidade - A adesão à Ordem DeMolay exige um processo seletivo, o que, à primeira vista, pode sugerir seriedade organizacional. Contudo, à luz da fé cristã, surge uma pergunta essencial: como conciliar esse tipo de exclusividade com o ideal evangélico de inclusão e misericórdia?

Na Igreja, todos são chamados à santidade e à comunhão, sem distinção de origem, classe social ou mérito humano. O verdadeiro discipulado cristão não é conquistado por seleção, mas recebido como dom gratuito da graça de Deus. A fé católica não é um clube de elites, mas um corpo espiritual onde cada membro tem igual dignidade diante do Criador.

3. As virtudes DeMolay e as virtudes cristãs - Outro ponto de divergência está na noção de virtude. A Ordem DeMolay propõe suas próprias sete virtudes cardeais:

 

-Amor filial(a quem?),

-Reverência pelas coisas sagradas, 

-Cortesia, 

-Companheirismo, 

-Fidelidade (ao que e a quem?)

-Pureza (de que tipo?)

-Patriotismo. 

Embora sejam valores humanos respeitáveis, elas não correspondem às virtudes cardeais reconhecidas pela Igreja Católica, que são quatro: prudência, justiça, fortaleza e temperança (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1805).

Além disso, no pensamento cristão, as virtudes cardeais estão ordenadas às virtudes teologais — fé, esperança e caridade — que conduzem o homem a Deus. Já nas associações paramaçônicas, as virtudes têm um caráter moralista e simbólico, desvinculado da graça divina e da finalidade sobrenatural da vida cristã. Isso evidencia, mais uma vez, uma incompatibilidade substancial entre a espiritualidade católica e os valores maçônicos.

4. O segredo e a transparência evangélica - Outro elemento problemático é o caráter secreto que envolve os ritos e ensinamentos dessas ordens. Afirma-se que “a palavra de um DeMolay vale tanto quanto a sua confiança” — uma afirmação nobre, em tese. Porém, como se pode falar em confiança quando se está vinculado a uma associação cujo conteúdo e compromissos são velados?

Jesus nos advertiu: “O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras; o que vos é dito ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados” (Mt 10,27). A fé cristã é pública, transparente, e sua mensagem deve ser proclamada à luz. O segredo iniciático, típico das sociedades maçônicas, contrasta frontalmente com o espírito de evangelização, que é aberto, universal e luminoso. Onde há sigilo e juramento de silêncio, há sombra — e a Igreja ensina que a verdade do Evangelho não habita nas sombras.

5. A falsa aparência de moralidade e o risco espiritual - Por fim, a Ordem DeMolay apresenta-se como promotora de virtudes cívicas e morais, exaltando o patriotismo e a honra familiar: “Um DeMolay é o orgulho de sua pátria, de seus pais, de sua família e de seus amigos”. Contudo, ao reduzir o valor da pessoa à sua reputação social e moral, corre-se o risco de criar uma espiritualidade meritocrática e elitista, que julga o valor humano pelo comportamento externo, e não pela conversão interior.

O cristianismo, ao contrário, reconhece a fragilidade humana e proclama que “todos pecaram e estão privados da glória de Deus” (Rm 3,23). A salvação é dom, não conquista. Assim, uma “evangelização” que se fecha em círculos restritos e que julga os que falham, perde o sentido do Evangelho e se afasta da misericórdia divina. Por isso, a Igreja, em seu Magistério, reafirma que toda associação de inspiração maçônica, ainda que sob formas juvenis ou aparentemente inofensivas, permanece incompatível com a fé católica.

Diante de tais elementos, fica evidente que, embora a Ordem DeMolay e as Filhas de Jó promovam valores humanos apreciáveis, suas bases simbólicas, ritualísticas e filosóficas são irreconciliáveis com a doutrina católica. O fiel que busca viver em plena comunhão com a Igreja deve, portanto, manter-se afastado dessas ordens, confiando sua formação moral e espiritual à vida sacramental, à Palavra de Deus e à comunidade eclesial.

Referências

-Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a Maçonaria (26/11/1983).

-Código de Direito Canônico, cân. 1374.

-Catecismo da Igreja Católica, §§1805–1829.

Promover e falar a verdade não é inimizade, é fidelidade

-Aí você me pergunta: “Então, você é inimigo dos maçons?”

-Não! De forma alguma!

Como muito bem disse o apóstolo São Paulo:

“Tornei-me, acaso, vosso inimigo porque vos disse a verdade?” (Gl 4,16).

Não há ódio, nem rivalidade pessoal. O cristão não é chamado a odiar ninguém, mas a amar na verdade. O amor autêntico não se cala diante do erro, porque quem ama verdadeiramente deseja a salvação do outro. Assim, ao denunciar o perigo espiritual das práticas maçônicas e paramaçônicas, não se faz por intolerância, mas por caridade e zelo pela fé.

A Palavra de Deus é clara e direta:

“Não participeis das obras infrutíferas das trevas, antes, condenai-as abertamente” (Ef 5,11).

Portanto, não se trata de um julgamento pessoal, mas de obediência à luz do Evangelho, que nos chama a discernir os espíritos e a não nos deixar seduzir por doutrinas que se escondem sob aparência de bem. O cristão, discípulo de Cristo, é filho da luz — e a luz não pactua com as sombras. Enquanto as obras e ensinamentos da Maçonaria e de suas organizações permanecerem envoltos no segredo, no simbolismo oculto e na reserva iniciática, elas não poderão ser vistas senão como obras das trevas, que temem a luz da Verdade. A fé cristã, ao contrário, é pública, transparente e proclamada “dos telhados” (cf. Mt 10,27).

A Igreja, como Mãe e Mestra, não condena pessoas, mas rejeita práticas que afastam da plena comunhão com Cristo. Assim, não é contra o maçom que se fala, mas contra o espírito de ocultismo, relativismo e autossuficiência humana que permeia tais instituições e se opõe à Revelação divina.

O verdadeiro cristão não busca mistérios escondidos, pois sabe que toda verdade já foi revelada em Cristo Jesus, “Luz que veio ao mundo para dissipar as trevas” (cf. Jo 8,12). Por isso, é dever de todo fiel permanecer vigilante, firme na fé e nunca trocar a clareza do Evangelho pela sombra de rituais que se ocultam da luz.

Graça e paz!

Artigo de Everth Queiroz Oliveira

Fonte:http://beinbetter.wordpress.com/2009/03/19/catolico-pode-ser-demolay/

O CONCEITO DE DEUS NA MAÇONARIA BRASILEIRA?

A Maçonaria no Brasil sofreu a influência do Grande Oriente de França, movendo a Questão Religiosa. Esta teve seu ponto alto por ocasião da prisão, em 1874, de Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, bispo de Pernambuco (1871-1877), e de Dom Antônio de Macedo Costa, bispo do Pará. Em 1908, o Grande Oriente do Brasil submeteu à apreciação das Lojas a seguinte tese: 

“O atual momento histórico exige a simplificação dos rituais, de modo que domine no interior de todos os templos o princípio da mais larga tolerância, abrigando no meio da Maçonaria os deístas e os ateus, os sectários de quaisquer religiões e os livre-pensadores”.

O que se concluie disso é que: enquanto a tolerância católica é uma atitude de benevolência em face das pessoas, a tolerância maçônica diz respeito às ideias, por mais contraditórias que elas possam ser entre si; na realidade, é mais uma expressão do relativismo.

Só se tolera tudo no inferno, no céu não se tolera o pecado, a maldade, a mentira e a ambiguidade, mas a certeza e a verdade!

 

A Maçonaria brasileira dividiu-se também, em regular e irregular 

Em 1973, a CNBB mandou proceder a um levantamento das diversas orientações das Lojas maçônicas do Brasil, chegando à seguinte conclusão (Lojas por Percentagem que adotam RITOS sobre o total das Lojas):

-Rito Escocês Antigo e Aceito: 686 = 85,03%

-Rito Francês Moderno:48 = 5,94%

-Rito Adonhiramita: 40  = 4,95%

-Rito Brasileiro:18 =  2,23%

-Rito York: 12  = 1,48%

-Rito Schroeder: 03  =   0,37%

De todos estes ritos ou obediências maçônicas, apenas o Rito Francês Moderno é arreligioso ou mesmo anti-religioso. O Rito Escocês Antigo e Aceito, o mais difundido no Brasil, é fiel às tradições religiosas maçônicas; vem a ser o mais rico em simbolismo. Distingue-se por duas características essenciais:

1)-O *hermetismo nos três graus denominados “azuis”: aprendiz, companheiro e mestre. (*hermetismo: conjunto de doutrinas simultaneamente místicas, astrológicas, alquímicas, mágicas e, tangencialmente, filosóficas, atribuídas pelos seus autores da antiguidade greco-latina à inspiração do deus Hermes Trismegisto, identificado ao deus egípcio Tot. Esse conjunto de doutrinas não cristãs, influenciou teólogos, alquimistas e filósofos na Idade Média, Renascimento e Iluminismo)

2)-O fenômeno dos "Altos Graus" com seus respectivos segredos juramentados (do 4º ao 33º).

Uma Reflexão

 

O Pe. Alberton conclui  em um de seus livros, afirmando que a Maçonaria tradicional e regular, professando o Grande Arquiteto do Universo, de um lado, evita todo ateísmo e, de outro lado, não se enquadra em forma alguma de teísmo: ela proclama simplesmente o deísmo ou a religião natural ou a teologia natural, filosófica. 

Portanto, a Maçonaria apesar de ritos, princípios, hierarquia, e crenças dogmáticas imutáveis, ela se considera uma filosofia, e não uma fé: 

“As Grandes Lojas Unidas da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia, firmando, invariável e ininterruptamente, o verdadeiro conceito do G. A. D. U. na Ordem, não estão dogmatizando ou estão sendo menos liberais, no sentido empregado pelo Grande Oriente de França. Apenas defendendo um landmark – ou rule ou ainda old charge – fundamental delas. E muito menos ainda estão querendo defender uma determinada religião, o que seria contra todo o espírito e toda a letra das Constituições andersoneanas, mas a religião natural, que se baseia na Teologia Natural (ou Teologia Fundamental, ou ainda Teologia Filosófica), que é a Teodicéia uma das disciplinas ensinadas pela verdadeira Filosofia desde os tempos  dos filósofos gregos e de muito antes de Cristo, sobretudo por Platão e seu genial discípulo Aristóteles, Filosofia esta que, penso, os maçons se vêem impelidos a estudar, já que sua instituição é eminentemente FILOSÓFICA e até, como dizem alguns, MAÇONARIA É FILOSOFIA” (pp. 242s). 

Ora, esta conclusão parece-nos um tanto simplória demais! 

Pode-se dizer que dentro da Maçonaria regular há um amplo leque de posições religiosas: 

-Existem, sim, Lojas fiéis aos princípios cristãos (geralmente lojas protestantes) dos seus fundadores, 

-Como também, existem Lojas adeptas de uma teologia meramente natural e de certa forma, amoral e liberal nos costumes. 

Além disto, há Lojas, ditas “da Maçonaria irregular” que rejeitam a proclamação do Grande Arquiteto do Universo. Vê-se assim que as posições da Maçonaria diante da religião são múltiplas – o que torna complexa a face da Maçonaria. É preciso, pois, examinar Loja por Loja para se definir a posição de cada Loja maçônica. É esta a conclusão (aliás, não totalmente nova) que se tira do livro em pauta. A Maçonaria vem a ser aquilo que dela fazem os membros de cada uma de suas Lojas: se estes são religiosos. A Loja tomará atitudes de respeito à fé; se são irreligiosos, a Loja respectiva não respeitará os valores religiosos. Em resumo, o livro do Pe. Alberton é muito rico em documentação: a sua leitura é altamente instrutiva. Todavia é pouco sistemático ou ordenado: retorna mais de uma vez ao mesmo assunto depois de o haver abordado. Apresenta várias digressões que consideram a história comparada das Religiões, a história da Filosofia, a Teodicéia, as provas metafísicas da existência de Deus (…). O que o autor do livro transmite ao leitor é interessante e válido: todavia torna a leitura da obra difícil ou pesada, porque contribui para que se perca o fio do pensamento do Pe. Alberton. Isto não impede que tal obra tenha seu valor no diálogo entre a Maçonaria e a Igreja Católica, pois esclarece atitudes e princípios. Possa tal escrito cumprir a missão para a qual foi concebido!

(Obs.: Por deísmo entende-se a religião natural ou aquela que a razão humana é capaz de conceber, sem o auxílio da Revelação Divina. Ao contrário, teísmo é a religião iluminada pela Revelação sobrenatural de Deus aos homens, revelação que começa com a manifestação de Deus ao Patriarca Abraão - século XIX a.C.).

Fonte: Site Cleofas – Prof. Felipe Aquino

A Ordem Demoley é OU NÃO, uma "sociedade secreta?"

(foto reprodução)

“Temos a confiança de que Deus se dignará de enviar um socorro oportuno e misericordioso ao gênero humano exposto a tamanho perigo [a maçonaria] (Encíclica Humanum Genus, Papa Leão XIII).

A Ordem Demoley, quer queiram, gostem ou não, é sim uma sociedade secreta! 

Portanto, se deve esclarecer os pontos em que a doutrina maçônica contradiz a doutrina católica.Felizmente para alguns e infelizmente para outros, há vários argumentos contra a Ordem Demolay que veremos a seguir.

Como afirmar que não há algo de religioso na Ordem Demolay, se até hoje milhões de jovens se ajoelharam e se ajoelham perante os “altares” desta Ordem? E se o próprio fundador e idealizador desta ordem a definiu assim:“DeMolay é conforme uma religião que é difícil de definir” (Frank S. Land).

Podemos começar enumerando os pontos fundamentais da Maçonaria, embutidas na Ordem Demolay, que são contrárias à fé católica. Tão contrárias a ponto do Papa Leão XIII escrever uma encíclica que diz:

"...Em presença desses fatos, simplíssimo era que esta Sé Apostólica denunciasse, publicamente a seita dos maçons como uma associação criminosa, não menos perniciosa aos interesses do cristianismo do que aos da sociedade civil. Decretou, pois, contra ela as penas mais graves com que a Igreja costuma fulminar os culpados, e proibiu filiar-se a ela."(Encíclica Humanum Genus, Papa Leão XIII).

Os sete pontos fundamentais, por vezes chamados também de “Os Princípios Sagrados” da Ordem Demolay são, segundo a própria ordem:

1. Ter menos de 21 e pelo menos 12 anos de idade completos.

2. Professar sua crença em Deus e reverenciar Seu Santo Nome (qual nome?).

3. Afirmar lealdade a seu país e respeito à bandeira nacional.

4. Aderir à prática da "moral pessoal" (Qual? A da figura abaixo?)

5. Fazer votos de seguir os elevados ideais típicos das "Sete Virtudes Cardeais da Coroa da Juventude" (?).

6. Aprovar a filosofia da Irmandade Universal e a nobreza de caráter exemplificada pela vida e morte de Jacques DeMolay (morreu amaldiçoando a Santa Igreja Católica).

7. Estar ciente que o ingresso na Ordem DeMolay não lhes garantirá no futuro a iniciação em um Corpo Maçônico.

Fonte: http://www.sociedadefraterna.org/,  Mas largamente publicado por diversos sites de Capítulos Demolay na internet

A maioria das crianças e jovens que ingressam na Ordem Demolay, são atraídos, muitas vezes, por seus mistérios!

Desde muito cedo, enganam-se com os “bons” princípios que a ordem aparenta ter e, conseqüentemente, adquirem uma mentalidade maçônica. E se estão realmente com alguma boa intenção ao entrar na ordem, esses garotos são obrigados a deixar a sua vontade de lado, ao participar do ritual de iniciação onde não raramente são obrigados a executar prontamente as ordens recebidas de seus “irmãos” mais velhos sem questioná-las. Esta anulação da vontade das pessoas é péssima, pois não é a vontade dos outros que deve reger nossa inteligência, e sim a nossa reta razão, sempre com o foco nos ensinamentos de Nosso Senhor. Outro ponto importante a se esclarecer é o malefício das entidades secretas e fechadas, como a Ordem Demolay. Nessas entidades há uma hierarquia de ensinamentos que são transmitidos secretamente ao logo dos anos aos integrantes. Essa regra imposta por estas seitas é totalmente divergente da prática de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sempre pregou publicamente seus ensinamentos.(conforme: Mateus 10,27; João 15,15 e João 18,20).Há inúmeros documentos da Igreja condenando as sociedades secretas. Recomendo-lhe que leia atentamente a encíclica Humanum Genus, de Leão XIII, sobre a Maçonaria. Esse documento lhe trará bons argumentos contra a seita. A seguir transcrevo mais um trecho, agora da Declaração sobre a maçonaria escrita pelo Cardeal Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI:

“Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.(Declaração sobre a Maçonaria, Cardeal Joseph Ratzinger)

Fonte:http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.html

É importante também, salientar que a Ordem Demolay orienta de forma impositiva e proibitiva a seus membros sob juramento, a não se fazer distinção de credos!

Com isto esta doutrina pretende nivelar todas as religiões, ou seja, as falsas e a plena e verdadeira. (misturar ressurreição com reencarnação, monoteísmo com politeísmo). A Igreja Católica, a única esposa de Cristo não pode ser equiparada às falsas religiões. É deste falso conceito de liberdade religiosa que levado muitos ao indiferentismo religioso, disse Gregório XVI:

"Outra causa que tem acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo, ou seja, aquela perversa teoria espalhada por toda a parte, graças aos enganos dos ímpios e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em qualquer religião, contanto que se amolde à norma do reto e honesto. Podeis com facilidade, patentear à vossa grei esse erro tão execrável, dizendo o Apóstolo que há um só Deus, uma só fé e um só batismo (Ef. 4,5): entendam, portanto os que pensam poder-se ir de todas as partes ao Porto da Salvação que, segundo a sentença do Salvador, eles estão contra Cristo, já que não estão com Cristo (Luc. 11,23) e os que não colhem com Cristo dispersam miseravelmente, pelo que perecerão infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem íntegra e sem mancha (Simb. Sancti Athanasii)...Desta fonte lodosa do indiferentismo promana aquela sentença absurda e errônea, digo melhor disparate, que afirma e que defende a liberdade de consciência(até liberdade e direito para a prática do mal). Esse erro corrupto que abre alas, escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estende por toda parte, chegando a imprudência de alguém asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte pior há para a alma do que a liberdade do erro?, dizia Santo Agostinho (Ep. 166)" - (Encíclica Mirari Vos, Papa Gregório XVI, apud. Fora da igreja não há salvação).

E mais, a Ordem Demolay diz que não se ensina nenhum credo em seus capítulos, e o que vale é a opinião “sagrada” de cada um a respeito de Deus. Ora, além de instigar uma soberba em seus adeptos, isso fortalece uma mentalidade subjetivista em seus membros que aos poucos passarão a odiar o Deus verdadeiro por causa de suas regras, leis e dogmas infalíveis. É a vitória do “eu acho” sobre a verdade. 

“A Igreja reconhece nas outras religiões a busca, "ainda nas sombras e sob imagens", do Deus desconhecido, mas próximo, pois é Ele quem dá a todos vida, respiração e tudo o mais, e porque quer que todos os homens sejam salvos. Assim, a Igreja considera tudo o que pode haver de bom e de verdadeiro nas religiões "como uma preparação evangélica dada por Aquele que ilumina todo homem para que, finalmente, tenha a vida".(Catecismo da Igreja Católica § 843). 

Caros irmãos e irmãs em Cristo, o Cristianismo é, em sua essência, a vitória da razão e da fé no mundo das religiões!

Nenhuma outra tradição espiritual revela com tanta profundidade o amor de Deus, a verdade eterna e o sentido da existência humana. A Igreja Católica, como guardiã da fé e da revelação divina, reconhece que nas religiões não cristãs há também uma busca sincera por Deus, ainda que nas sombras e com sementes da verdade. Isso, contudo, não diminui a plenitude da revelação cristã, mas apenas confirma que o anseio pelo divino está inscrito no coração humano, e que somente em Cristo essa busca encontra sua plenitude.  

O Cristianismo não é fruto apenas da ação da Igreja, mas da própria pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus e único Salvador da humanidade. Todo o poder da Igreja vem de Cristo, e é em Seu nome que a fé cristã encontra força, sentido e salvação. O nome de Jesus Cristo tem poder e autoridade muito superiores aos de Maomé, Moisés ou qualquer outro líder religioso da história, pois somente Ele provou ser Deus, afirmando publicamente Sua divindade e confirmando-a pela Sua morte e ressurreição. 

Cristo é o único que uniu o humano e o divino, o único que revelou o rosto misericordioso de Deus.  É correto afirmar que o Cristianismo é a religião revelada por Deus — o próprio Deus que viveu entre nós como homem. Jesus teve uma vida extraordinária desde o Seu nascimento em Belém, perseguido por Herodes, até Sua morte na cruz e ressurreição gloriosa. Ele mostrou que Deus não é uma ideia distante, mas um Pai que ama, perdoa e salva. Ao encarnar-se, Cristo dignificou a condição humana e ofereceu a cada pessoa a oportunidade de participar da vida eterna.  

Ao longo dos séculos, incontáveis mártires da Igreja testemunharam essa verdade com o próprio sangue. Homens e mulheres que preferiram morrer a negar a fé, recusando-se a prestar culto ao imperador de Roma, pois sabiam que somente Cristo é digno de adoração. É algo que nos faz refletir profundamente: por que aqueles cristãos estavam dispostos a enfrentar a morte em nome de Jesus? Porque acreditavam firmemente que Ele é o Filho de Deus e que fora Dele não há salvação nem vida verdadeira. O testemunho dos mártires confirma que o Cristianismo é mais do que uma religião: é uma revelação viva, uma comunhão de amor que transforma o mundo.  

Mesmo com suas divisões, fraquezas e erros humanos, o Cristianismo foi capaz de moldar e humanizar a civilização ocidental. Os valores cristãos — a dignidade da pessoa humana, o respeito à vida, a liberdade de consciência, a justiça e a caridade — tornaram-se os pilares da sociedade moderna. Foi o Evangelho que inspirou a criação de universidades, hospitais, instituições de caridade e leis baseadas na defesa da vida e da justiça. O Cristianismo, portanto, não apenas mudou o mundo espiritual, mas também construiu as bases morais e culturais que sustentam o Ocidente.  Mais do que uma doutrina, o Cristianismo é a revelação do próprio Deus encarnado, que veio ao mundo para libertar e redimir a humanidade. É a religião da razão e do amor, da fé e da verdade. Por isso, entre todas as religiões, o Cristianismo permanece como a luz que ilumina as trevas, a fonte da verdadeira sabedoria e o caminho que conduz à vida eterna. O nome de Jesus Cristo continua sendo o mais poderoso da história — o nome que salva, que transforma e que dá sentido à existência humana.

O cristianismo é superior às outras religiões e FILOSOFIAS?

Sim! Toda a tradição cristã e a reflexão teológica ao longo dos séculos mostram que o Cristianismo é superior às outras religiões e filosofias, não por arrogância espiritual, mas porque é a plenitude da revelação divina. Enquanto as mitologias antigas e as filosofias humanas buscam compreender o sagrado por meio da razão ou de narrativas simbólicas, o Cristianismo revela o próprio Deus encarnado em Jesus Cristo, o Filho de Deus que veio ao mundo para redimir a humanidade e revelar o verdadeiro rosto do Pai.  Diferente das mitologias, nas quais o divino é representado por deuses violentos e ciumentos, que exigem o sacrifício de vítimas inocentes para restabelecer a ordem social, o Evangelho de Cristo inverte completamente essa lógica. Nas religiões pagãs e nas antigas filosofias, o sacrifício do bode expiatório serve para aplacar a ira divina e conter a violência coletiva. 

Já no Cristianismo, o sacrifício de Cristo não nasce da violência humana, mas da misericórdia de Deus. Ele é a vítima inocente que aceita o sofrimento para salvar os próprios culpados, dizendo na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.  Essa revelação é absolutamente única na história das religiões. Nenhum outro mestre, profeta ou líder espiritual — nem Maomé, nem Buda, nem Sócrates — demonstrou um amor tão radical, capaz de romper o ciclo da violência e do ódio sagrado. A cruz de Cristo é, portanto, a vitória do amor sobre o ódio, da verdade sobre a mentira e da vida sobre a morte. É nela que se manifesta a superioridade espiritual e moral do Cristianismo em relação às outras crenças.  Os Evangelhos cumprem e aperfeiçoam tudo o que o Antigo Testamento já havia revelado sobre a justiça divina. Assim como os profetas do Antigo Testamento denunciaram as falsas idolatrias e defenderam as vítimas inocentes, os Evangelhos universalizam essa mensagem, mostrando que todas as vítimas da história — desde Abel até os mártires cristãos — participam do mesmo mistério da Paixão de Cristo. Em Jesus, a humanidade compreende finalmente que o verdadeiro Deus não exige sacrifícios humanos, mas oferece a Si mesmo em sacrifício para reconciliar o homem com o Criador.  Essa é a grande verdade que destrona os falsos deuses da mitologia e desmascara o sistema religioso baseado no medo, na violência e na vingança. 

(cena do filme A Cabana)

Enquanto as antigas religiões criavam divindades à imagem dos homens — ciumentas, vingativas e limitadas —, o Cristianismo revela um Deus de amor, Trindade perfeita de comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa é a verdadeira superioridade do Cristianismo: não está em poder humano, mas na plenitude da revelação divina e da salvação que só se encontra em Cristo, o Deus encarnado.  Portanto, dizer que o Cristianismo é superior não é uma afirmação de orgulho, mas uma constatação teológica e histórica. Nenhuma outra religião ou filosofia oferece uma explicação tão completa para o sentido da existência, o problema do mal, o valor da vida humana e o caminho para a eternidade. Jesus Cristo não é apenas um mestre moral, mas o próprio Deus que se fez homem para libertar a humanidade do pecado e abrir as portas do céu. 

É nessa verdade que o Cristianismo se distingue de todas as outras crenças e sistemas filosóficos:

O Cristianismo se distingue e se eleva acima de todas as outras religiões e sistemas filosóficos porque somente em Cristo há revelação plena, amor perfeito e salvação eterna. Jesus Cristo, Deus encarnado, morreu na cruz por todos, oferecendo a redenção inclusive àqueles que seguem outras tradições religiosas, que ainda necessitam da salvação operada por Ele. A condenação de Cristo, crucificado por se declarar Deus, não é apenas um evento histórico, mas a prova de Sua divindade e da plenitude da revelação cristã.

-O Cristianismo é a única fé que oferece salvação plena, reconciliando a humanidade com Deus. Cristo revelou o verdadeiro amor divino, perdoou os culpados e demonstrou que o ciclo da violência e do ódio pode ser interrompido pelo perdão e pelo amor. Diferente de outras tradições, que muitas vezes colocam o homem no centro ou limitam a revelação a normas humanas, o Cristianismo apresenta a plenitude da verdade e a promessa de vida eterna para todos os que creem em Jesus.

-O Judaísmo, por sua vez, foi a religião de preparação para a vinda de Cristo. Deixou-nos os profetas, os Dez Mandamentos e as lições do Antigo Testamento, oferecendo valores morais e espirituais fundamentais. No entanto, apesar de suas sementes de verdade, não possui a plenitude da revelação, que só se encontra em Jesus Cristo.

-O Budismo apresenta Buda como um mestre que buscou compreender o sofrimento humano e encontrar libertação dele. Seus ensinamentos oferecem sabedoria prática, mas Buda não é Deus e não trouxe a salvação completa. A humanidade continua necessitando da redenção operada por Cristo, que oferece reconciliação com Deus e vida eterna.

-O Islamismo surgiu como uma das últimas seitas judaicas, com Maomé promovendo a unificação da Nação Árabe sob o monoteísmo. Maomé nunca se declarou Deus e não possui autoridade para conceder salvação eterna. Os seguidores do Islã, portanto, também necessitam da salvação que Cristo oferece na cruz.

-O Hinduísmo é uma religião politeísta que acredita em vários deuses e mantém sistemas sociais como o das castas, baseando-se na doutrina da reencarnação. Apesar de conter práticas e filosofias antigas, não oferece a plenitude da revelação divina nem a salvação eterna. Todos os hindus precisam da redenção oferecida por Cristo.

-O Espiritismo, fundado por Allan Kardec, é uma filosofia religiosa que busca compreender a vida, a reencarnação e a evolução espiritual. Embora proponha reflexão ética, carece da salvação plena que só Cristo pode proporcionar. Mesmo os espíritas necessitam da redenção operada por Jesus na cruz.

-É importante compreender que este reconhecimento das outras religiões não desvaloriza suas tradições; muitas contêm sementes da verdade. Porém, apenas no Cristianismo encontramos a plenitude da revelação divina, revelada em Cristo por Sua vida, paixão e morte. Os seguidores humanos, mesmo sendo falhos, não diminuem a verdade absoluta que Cristo revelou.

Ao contrário de algumas filosofias e sociedades, como a maçonaria e a Ordem DeMolay, que promovem virtudes exclusivamente humanas e filantrópicas, o Cristianismo ensina as virtudes cardeais — fortaleza, prudência, temperança e justiça — e as virtudes teologais — fé, esperança e caridade — que nos são dadas por Deus para nos conduzir à vida eterna. Outras doutrinas gnósticas ou esotéricas, como as defendidas por Madame Blavatsky, distorcem a verdade sobre Deus, a criação e a moralidade, colocando o homem como centro e negando a salvação plena, enquanto Cristo oferece a revelação completa, amor verdadeiro e salvação eterna.

Em resumo, o Cristianismo é superior não por vaidade ou orgulho, mas porque é a única religião com plenitude da revelação, caminho de amor perfeito e promessa de salvação eterna, capaz de reconciliar toda a humanidade com Deus através de Jesus Cristo, o único Deus encarnado, Salvador e mestre moral supremo.

Sobre o Recebimento da Eucaristia por Maçons e Demolays

Quando um jovem ingressa na Ordem DeMolay ou em qualquer estrutura maçônica, ele inicia, muitas vezes sem perceber, um processo de afastamento dos verdadeiros ensinamentos da doutrina católica. 

Para que esse jovem possa receber corretamente o Sacramento da Eucaristia, é necessário que ele se afaste da ordem secreta, se arrependa sinceramente de sua participação, tenha firme propósito de não retornar e realize atos concretos de reparação pelos erros cometidos. Assim como alguém que rouba deve restituir o que tomou para receber o perdão de Deus, a confissão só é válida se houver arrependimento genuíno, propósito de não repetir o pecado e disposição para reparar o mal. Uma confissão hipócrita constitui um sacrilégio, pois busca enganar a Deus, que tudo vê. Isso impede a comunhão e se torna mais um pecado grave. No caso de maçons ou Demolays, o arrependimento deve incluir o desligamento total da ordem. Somente após este afastamento sincero é que a confissão e, posteriormente, a comunhão, tornam-se válidas diante de Deus. Infelizmente, muitos padres e bispos não alertam a juventude sobre os perigos espirituais dessas associações, muitas vezes por estarem mal preparados para enfrentar as heresias contemporâneas.

Alguns pontos das doutrinas maçônicas contrariam diretamente a Fé Católica:

-A Bíblia como símbolo: Para os maçons, a Bíblia é apenas um símbolo da vontade divina, e não necessariamente inspirada por Deus. Isso contradiz claramente 2 Timóteo 3,16-17 e João 5,39, que afirmam que toda Escritura é inspirada e útil para a instrução na justiça.

-Negação do Deus Trino: Os maçons não reconhecem o Deus pessoal e triúno, contrariando o magistério da Igreja e passagens como Gênesis 1,26 e Mateus 28,19, que revelam a Trindade.

-Jesus Cristo não divino: Para a Maçonaria, Cristo não é Deus. Isso contradiz o dogma católico imutável e as Escrituras, como João 1,1-4,14 e Colossenses 2,8-9, que afirmam que nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.

-Salvação por esforço próprio: A ideia de que cada pessoa pode alcançar a salvação por si mesma entra em conflito com Efésios 2,8-9 e João 17,3, que ensinam que a salvação é dom de Deus e só se realiza em Cristo.

-Negação do juízo final: A Maçonaria não prega o juízo final, essencial à fé cristã, conforme Romanos 14,12 e 2 Coríntios 5,10, que lembram que todos prestaremos contas diante de Deus.

Portanto, mesmo que a Maçonaria não esteja ligada diretamente ao satanismo, ela nega princípios fundamentais da fé cristã, tornando incompatível ser maçom e cristão ao mesmo tempo. Não se trata de questionar a sinceridade ou bondade dos membros, mas de reconhecer que, biblicamente, não há harmonia entre os ensinos bíblicos e os princípios maçônicos. Para aprofundamento, recomenda-se a leitura do livro Eu Fui Maçom, de Maurice Caillet, que revela a experiência de 15 anos na Maçonaria na França.

O Cristianismo chama todos à luta pela verdade! 

A Cruz de Cristo atrai pelo heroísmo, autenticidade e radicalidade evangélica, e não pelo pacifismo frouxo ou complacência. Como nos lembra João 12,32: “Quando Eu for levantado, atrairei tudo a Mim.” Ser cristão é ser militante na fé; a vida do homem sobre a terra é uma luta, como afirma Jó 7,10. A Igreja Católica é militante, e o católico que não se engaja na defesa da fé corre o risco de tornar-se acomodado, perdendo o sentido da própria vida espiritual. O combate contra o reino das trevas traz alegria e significado, pois nos permite defender a verdade, confirmar irmãos na fé e, pela graça de Deus, converter inúmeras almas. Devemos usar argumentos sólidos, inspirados por Deus, para confrontar sofismas, heresias e falsidades, evitando perder tempo com discussões inúteis. 

Como afirma o Salmo 144,1: “Bendito seja o Senhor Deus que formou minhas mãos para o combate e meus dedos para a guerra.” 

Um cristão verdadeiro não se curva ao mundo; pelo contrário, permanece firme na defesa da fé, da verdade e da Igreja de Cristo, como ensinam os Papas e a tradição católica imutável.

Afinal Cristo nos disse: Ide é Evangelizai, ou Ide e sede Evangelizados ? 

Quem realmente é o portador da verdade que carregamos em frágeis vasos de argila? Somos nós, ou seriam os inimigos da fé verdadeira?

Preferiríamos, acaso, ser estimados pelos maus, mantendo uma cordialidade superficial que encobre covardia profunda, aceitando a impotência de reagir, apenas para conquistar a simpatia de muitos, ser admirados ou populares, e calar-nos quando Deus e Sua Santa Igreja são atacados? Não! Jamais! A nossa glória está em combater o bom combate, em lutar, cantar, aceitar desafios, não temer e não vacilar. Estar sempre na linha de frente, defendendo a honra de Deus e de Sua Santa Igreja, é o verdadeiro chamado do cristão. E se isso nos atrair ódio, desprezo, calúnias, isolamento ou pobreza, nisso estará nossa maior honra, pois Nosso Senhor nos advertiu:

"Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e vos perseguirem, e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa do meu nome" (Mt 5,11).

Permitam-me, a propósito, parafrasear o poeta Edmond Rostand em Cyrano de Bergerac:

"Ah, se você soubesse, meu caro, que divertidas manchas fazem sobre nossa roupa o fel dos invejosos e a baba dos covardes."

Se não compreendemos a felicidade que se encontra na luta pela Verdade, nada entendemos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos disse:

"Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (João 18,37).

E também:

"Quem vos ouve, a mim me ouve; e quem vos rejeita, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lucas 10,16).

A vida do cristão não é para a acomodação, mas para a defesa intransigente da verdade, para a coragem, para o testemunho firme e audacioso da fé que recebemos. A glória do discípulo de Cristo está em ser firme na verdade, mesmo quando o mundo o rejeita, pois é nesse combate que encontramos a verdadeira alegria, o sentido profundo da vocação cristã e a fidelidade ao Evangelho.

jESUS não engana a ninguém EM SEU SEGUIMENTO!

"No mundo tereis tribulação, mas coragem! Eu venci o mundo" (João 16,33)

Muitos se enganam ao pensar que uma vida de luta, de coragem e de polêmicas espirituais traz infelicidade. Pelo contrário: seguir Jesus Cristo é assumir a missão de combater a mentira, a hipocrisia e os falsos ensinamentos, assim como Ele fez durante sua vida pública. Cristo enfrentou fariseus, escribas e doutores da Lei, denunciou injustiças, confrontou mentiras e proclamou a Verdade, mesmo sabendo que isso o levaria à cruz. Ele nos mostrou que a fidelidade à Verdade exige coragem e militância, e que a verdadeira felicidade nasce da luta e da fidelidade, não da acomodação. Será que hoje não existem hipócritas modernos? Fariseus que escondem sua falsidade sob aparente moralidade? Cristãos que se acomodam, temendo polêmicas ou julgamentos, esquecendo que “Christianus, alter Christus” — o cristão é outro Cristo — é chamado a denunciar o erro e defender a fé, mesmo quando isso gera antipatia, críticas, perseguição ou isolamento. Ser cristão é assumir o combate doutrinário, a polêmica pela verdade e a coragem de permanecer fiel a Deus, não importando o preço que se deve pagar.

Cristo foi combativo e polêmico, e ainda hoje provoca divisão entre os que O seguem e os que O rejeitam. Ele nos advertiu:

"Não julgueis que eu vim trazer a paz à terra; Eu não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho de seu pai, e a filha de sua mãe, e a nora de sua sogra" (Mateus 10,34-35).

Seguir Jesus implica assumir uma postura firme e intransigente, não de covardia, mas de coragem radical. Escolher a luta pela fé é abraçar a verdadeira alegria, pois não há maior felicidade do que rir dos sofismas dos inimigos de Deus, desmascarar mentiras e louvar a Verdade. É uma alegria profunda testemunhar jovens e pessoas retornando à pureza da fé Católica, celebrando a vitória da Verdade, mesmo em meio à luta e ao combate espiritual.

No dia do Juízo Final, Deus não medirá nossa santidade pelo número de títulos acadêmicos, graus filosóficos ou conhecimentos esotéricos. O critério divino é simples: fidelidade, serviço ao próximo e compromisso com a verdade, conforme Mateus 25,40. A grandeza do cristão está na coragem de permanecer fiel à Verdade, mesmo quando o mundo inteiro a rejeita.

Seguir Jesus é também renunciar às filosofias do engano, que prometem liberdade, mas aprisionam a alma. É escolher confiar em Deus e não em homens falhos ou cegos que tentam guiar cegos com ideias humanas. É viver a fé cristã com coragem, militância e autenticidade, sabendo que cada desafio enfrentado é uma oportunidade de crescer em santidade, aproximar-se de Cristo e transformar o mundo. O cristão verdadeiro sabe que não há glória na passividade. Cada batalha espiritual, cada debate pela fé, cada ato de coragem diante da mentira e da injustiça é uma oportunidade de testemunhar a Verdade de Deus. A fidelidade a Cristo é um chamado à ação, à militância cristã, à evangelização corajosa e à formação de novos discípulos que também caminhem na luz da Verdade.

Se você deseja lutar pela fé e fazer novos discípulos para Jesus, junte-se aos que combatem bravamente pela verdade. Não seja covarde; não abandone a Santa Igreja quando ela mais precisa. E se não puder lutar ativamente, reze, interceda e apoie aqueles que estão na linha de frente do combate espiritual, fortalecendo a comunidade de fiéis e sendo um canal da graça de Deus. Tenha coragem de renunciar às filosofias humanas e seculares, que não conduzem à salvação nem à verdadeira liberdade. Pergunte-se: em quem você coloca sua esperança? Em Deus Todo-Poderoso ou em homens falhos, limitados e cegos que tentam guiar cegos com ideias humanas? A fé não é conforto passageiro; é um chamado à militância, à coragem e à fidelidade.

Seguir Jesus é abraçar a luta, viver a verdade e permanecer firme, sabendo que cada desafio enfrentado, cada polêmica pela fé e cada ato de coragem é uma oportunidade de crescer em santidade e de aproximar-se mais de Cristo. Quem caminha assim não teme o mundo, pois já tem Cristo como vencedor e guia. Rir dos enganos dos inimigos de Deus, cantar a verdade e celebrar cada vitória espiritual é reconhecer a verdadeira alegria cristã.

A vida do cristão é uma missão de combate espiritual, de fidelidade intransigente e amor radical à Verdade. Cada batalha vencida fortalece a alma, aproxima do Criador e transforma o mundo à luz da fé. Não nos calamos diante da injustiça, não nos escondemos diante da mentira e não nos curvamos diante do medo, pois a glória do discípulo de Cristo está em ser fiel, valente e incansável na defesa da fé, hoje e sempre.

Seguir Cristo é testemunhar a Verdade com ousadia, coragem e amor, sendo um farol em meio às trevas do mundo. É cantar a vitória de Deus, mesmo no combate; é alegrar-se com cada alma convertida à verdade; é ser firme, forte e constante, mesmo diante de todas as adversidades. Porque quem caminha com Cristo nunca estará sozinho, e a recompensa do fiel combatente da fé é eterna, gloriosa e inestimável.

CONCLUSÃO

Na perspectiva católica normativa — isto é, conforme o ensinamento constante do Magistério e a disciplina canônica da Igreja — um católico praticante não deve e não precisa filiar-se nem participar de organizações que possuam vínculos diretos ou indiretos com a maçonaria, uma vez que tal associação é considerada incompatível com a fé e a pertença plena à Igreja Católica. As Ordens DeMolay e Filhas de Jó, por sua origem, estrutura e patrocínio institucional ligados à maçonaria, enquadram-se nessa categoria de organizações paramaçônicas, mesmo quando afirmam possuir caráter filantrópico, educativo ou moral.  Dessa forma, a adesão de católicos a tais ordens configura uma incoerência objetiva com o compromisso batismal e com a comunhão eclesial, podendo gerar escândalo e confusão entre os fiéis. A fidelidade à Igreja exige discernimento e obediência às suas orientações, especialmente quando se trata de questões que envolvem associações com princípios, ritos e símbolos alheios — e por vezes contrários — à fé cristã.  Em situações particulares, como no caso de menores de idade ou comunidades locais onde o caráter maçônico não seja evidente, recomenda-se prudência pastoral: buscar sempre o diálogo com o pároco ou com o bispo diocesano, a fim de obter esclarecimento seguro e acompanhamento espiritual adequado. O objetivo último não é o de exclusão ou condenação pessoal, mas o de proteger a integridade da fé, a formação moral e a unidade de consciência do fiel, assegurando que sua vida e suas escolhas permaneçam plenamente conformes ao Evangelho e à comunhão da Igreja.

Bibliografia 

-Declaração sobre as Associações Maçônicas — Congregação para a Doutrina da Fé (26/11/1983) — texto oficial (tradução PT): esclarece que o juízo negativo da Igreja permanece e que a inscrição em associações maçônicas “está proibida pela Igreja”; fiéis filiados estão em estado de pecado grave e não podem comungar enquanto persistir essa condição. (Vaticano). https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.html

-Notícia / reafirmação recente — Vatican News (15 nov. 2023): “A maçonaria continua proibida para os católicos” — cobertura jornalística do Dicastério para a Doutrina da Fé (resposta de 13/11/2023) que reafirmou a proibição. Útil para ver a reafirmação contemporânea. Vatican News:https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-11/maconaria-para-catolicos-continua-proibida.html

-Código de Direito Canônico (Codex Iuris Canonici), tradução em português (CIC 1983) — texto canônico vigente; embora não cite explicitamente “maçonaria” no novo código, o contexto histórico-canonístico e as instruções da CDF são referência normativa. (Arquivo Vaticano, texto em PT). Vaticano: https://www.vatican.va/archive/cod-iuris-canonici/portuguese/codex-iuris-canonici_po.pdf

-“Inconciliabilidade entre fé cristã e maçonaria” — artigo/nota de acompanhamento publicado na Santa Sé (1985) — reflexões e notas oficiais que ajudam a compreender as razões teológicas e pastorais do juízo negativo da Igreja.  Vaticano: https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19850223_declaration-masonic_articolo_po.html

-Estudo CNBB — “Maçonaria e Igreja: conciliáveis ou inconciliáveis?” (coleção Estudos da CNBB) — análise e subsídios nacionais (CNBB é fonte pastoral da Igreja no Brasil). (ver catálogo de Estudos da CNBB). https://www.cnbb.org.br/estudos-da-cnbb/

-Ordem DeMolay — página institucional (Brasil) — informações institucionais sobre a natureza da Ordem DeMolay e seu patrocínio maçônico. Útil para avaliar concretamente o vínculo organizativo. 

demolaybrasil.org.br - https://demolay.org.br/

-Ordem Internacional das Filhas de Jó / Jobs’ Daughters (informações em português e constituição) — fontes institucionais e explicativas que mostram a ligação histórica e organizacional com estruturas maçônicas (versões PT e material de constituição). Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_Internacional_das_Filhas_de_J%C3%B3

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