Ser descoberto como cristão na Coreia do Norte é efetivamente uma sentença de morte. Caso não sejam mortos, os cristãos são enviados para campos de trabalho forçado como prisioneiros políticos, onde enfrentam uma vida de trabalho duro a que poucos sobrevivem. Os membros da família, mesmo que não sejam cristãos, recebem o mesmo destino.
Não é possível viver livremente a fé cristã na Coreia do Norte. É quase impossível se reunir ou encontrar-se com outros cristãos para cultuar
Aqueles que arriscam se encontrar devem fazer isso em sigilo absoluto – e sob enorme perigo. Isso porque espiões podem entregá-los às autoridades se descobrirem qualquer indício de que alguém seja cristão. Assim, vizinhos e professores frequentemente delatam qualquer um que suspeitem ser um seguidor de Jesus (são recompensados por essa delação).Nesse contexto, reconhecer qualquer divindade além da família Kim é considerado uma ameaça para a liderança do país.
A "lei do pensamento antirreacionário, promulgada em dezembro de 2020", torna ainda mais claro que ser cristão ou portar uma Bíblia é um crime sério e será severamente punido.
Apesar de existirem algumas igrejas para visitantes na capital, Pyongyang, elas existem apenas para propósitos de propaganda, e não há qualquer indício de liberdade religiosa no país. Até mesmo os cidadãos norte-coreanos que escaparam do país não estão a salvo. Refugiados em outros países, particularmente na China, correm o risco de serem encontrados e deportados para enfrentar horríveis punições na Coreia do Norte. Espiões chineses trabalham com as autoridades norte-coreanas para enviar refugiados de volta para o país. Além disso, se for descoberto que um norte-coreano se tornou cristão, ouviu o evangelho ou entrou em contato com cristãos enquanto estava na China, ele receberá uma punição severa.
“Eu conheço os riscos envolvidos. Se eu for pega, posso acabar em um campo de trabalho forçado, pagando um preço árduo por ser cristã.” (Joo Min-pseudônimo - cristã norte-coreana)
Fonte: Porta Abertas
O
cristianismo na Coreia do Norte (segundo seus lideres)
*por LUCAS RUBIO - PUBLICADO EM 17 de setembro de 2019
Embora muitas pessoas achem que a religião na Coreia do Norte, especialmente o Cristianismo, seja proibida ou seguidores de alguma fé sejam perseguidos, aprisionados ou executados, a verdade é que a liberdade de prática de fé é totalmente legal e garantida constitucionalmente.O artigo 68 do capítulo 5 da Constituição da República Popular Democrática da Coreia assegura:
“O
cidadão tem liberdade de crença religiosa. Esse direito é garantido com a
permissão de construir edifícios e celebrar cerimônias com fins religiosos.
(…)”
O
mesmo artigo, em seguida, porém, adverte algo importante:
“(…)
Não se pode aproveitar a religião para introduzir forças estrangeiras ou
perturbar a ordem estatal e social.”
Dessa
forma, não se permite de forma alguma que a religião seja usada como meio de
exploração monetária das pessoas nem como instrumento de intervenção
estrangeira nos assuntos internos do país sobre os quais somente o próprio povo
coreano tem autoridade para decidir.
Além
disso, o artigo 66, no mesmo capítulo, ainda ressalta:
“Todo
cidadão maior de 17 anos tem direito de eleger e ser eleito, sem distinção de
sexo, nacionalidade, profissão, prazo de residência, propriedade, instrução,
filiação partidária, ponto de vista político e CRENÇA RELIGIOSA. (…)”
As imagens desse artigo trazem algumas fotografias de igrejas cristãs na Coreia do Norte
Algumas retratam uma missa em andamento na Catedral Changchung (foto abaixo), no bairro de Songyo-guyok, nos arredores da cidade de Pyongyang.
Essa igreja católica,
originalmente, foi construída no século XIX, porém, foi totalmente destruída por
um bombardeio americano durante a Guerra da Coreia (Guerra de Libertação da
Pátria) em 1950. Em 1988 ela foi reconstruída com doações dos fiéis copiando o
estilo original. Hoje ela é a sede da Diocese de Pyongyang, que foi
estabelecida em 1962.
Em
algumas fotos, pode-se ver também, a Catedral Católica Ortodoxa da Santíssima
Trindade, administrada pela comunidade da igreja ortodoxa na Coreia. Ela começou
a ser construída em 2003 e em 2006 foi aberta ao público. Ela está localizada
no bairro Jongbaek-dong, distrito de Rangrang.
Outro grande mito sobre o cristianismo na Coreia do Norte é que pessoas que são pegas portando bíblias são fuziladas ou enviadas para a prisão. Essa é outra mentira. Bíblias não são livros proibidos na Coreia do Norte e são impressas com normalidade no país, sendo distribuídas nas igrejas para a realização dos serviços religiosos.
A maioria do povo norte-coreano, entretanto, não professa nenhuma fé (atualmente, mas, nem sempre foi assim), e os que possuem religião, em sua maioria, são chondoístas, budistas ou adeptos de filosofias e religiões milenares tradicionais da Coreia e Ásia.
A Coreia é uma
nação milenar com mais de 5.000 anos de História e sua civilização foi
construída com alicerces totalmente diferentes do Ocidente e não gostar do fato
de que não há em cada esquina coreana uma igreja cristã é etnocentrismo e não
faz qualquer sentido.
Logo, o número de cristãos é um pouco baixo, o que não significa, claro, que não existam!
Vale citar que muitas das vezes uma das raras oportunidades de norte e sul-coreanos se verem por um período extenso são durante as visitas de chefes religiosos cristãos da Coreia do Sul à igrejas norte-coreanas. Muitas caravanas de fiéis sul-coreanos também visitam a Coreia do Norte para rever antigos familiares (que ficaram divididos após a divisão da Coreia).
REFERÊNCIAS:
1.
De Pyongyang a la Habana: “¿Persecución de cristianos en Corea del Norte?
Disponível em: https://depyongyangalahabana.blogspot.com/2013/06/persecucion-de-cristianos-en-corea-del.html
2.
Fórum – LiveJournal: “CHANGCHUN КАФЕДРАЛЬНЫЙ СОБОР РИМСКО_КАТОЛИЧЕСКОЙ ЦЕРКВИ В
ПХЕНЬЯНЕ”. Disponível em: https://remch-ch.livejournal.com/263104.html
3.
Naenara: “Pongsu Church”. Disponível em:
http://www.naenara.com.kp/en/society/?life+1+397
4.
Naenara: “Jangchung Catholic Church”. Disponível em:
http://www.naenara.com.kp/en/society/?life+1+337
*LUCAS RUBIO - PRESIDENTE DO CENTRO DE ESTUDOS DA POLÍTICA SONGUN – BRASIL
Fonte:
https://cepsongunbr.com/2019/09/17/o-cristianismo-na-coreia-do-norte/
Religião e liberdade religiosa na Coreia do Norte Comunista (segundo wikipedia):
Não
há estatísticas oficias conhecidas de religiões na Coreia do Norte, mas, a
partir de estimativas do fim da década de 1990[2] e dos anos 2000,[1][3] o país
é majoritariamente irreligioso, com a vida religiosa sendo dominada pelas
tradições do xamanismo coreano e cheondoísmo, enquanto o governo, a partir da "ideologia juche", promove comportamentos de sentimento religioso próprios.[4]
Budismo
O
budismo (em coreano: 불교) tem um longo histórico na
Coreia do Norte, tendo chegado à região através da China no ano de 372 d.C.,
sendo disseminado por monges-emissários durante o período dos Três Reinos.[5]
Hoje, budistas são representados pela Federação Budista Coreana, cujo líder
desde 2009 é Yu Yong-sun,[6] Há 60 templos budistas no país, mas são mais
vistos como relíquias culturais que como locais de culto ativo.[7]
Cristianismo
A capital da Coreia do Norte, Pyongyang, já foi conhecida como a “Jerusalém do Oriente”.[4] Antes da Segunda Guerra Mundial, muitos missionários cristãos foram autorizados pelo rei da Coreia, da dinastia Joseon, para difundirem a religião no século XIX. A cidade passou a ser o centro presbiteriano asiático.
Os missionários abandonaram gradualmente a Coreia devido à Segunda Grande Guerra.[8] O quadro foi agravado com a Guerra da Coreia e com a política da dinastia Kim, que até hoje governa a nação!
Desde meados do século XIX, diversos missionários cristãos partiram dos EUA, para tentar converter os coreanos, na época em que a península da Coreia abrigava somente um Estado. Até então, os habitantes da região seguiam o budismo, o confucionismo e o xamanismo. Além de levar a sua crença, os estadunidenses também influenciaram de modo marcante a educação, por meio de colégios religiosos, e a intelectualidade.
Tais religiosos detiveram elevado relevância na Coreia, já que se envolveram ativamente nos movimentos de independência, depois que a península entrou sob domínio do Japão, em 1905.
Dos 33 integrantes do movimento de independência Primeiro de Março, 16 eram cristãos, sendo que 10 deles eram do norte do país.[4]. Na década de 40, quando uma guerra entre os países aliados contra o Eixo (Japão, Alemanha e Itália) era iminente, os Estados Unidos da América retiraram seus missionários da Coreia dominada pelos japoneses.[4]. Hoje, há ao menos duas igrejas presbiterianas em Pyongyang, uma das quais recebeu o evangelista americano Billy Graham em 1992.
Em 1988, foi reconstruída uma catedral católica, a Igreja de Changchung, na cidade, mas sem sacerdotes residentes, celebrando missas apenas segundo a disponibilidade de clero estrangeiro.[9] Em 2003, foi inaugurada em Rakrang-guyŏk pelo Arcebispo Clemente de Kaluga e Borovsk a Paróquia da Trindade Vivificante, sob a Eparquia de Vladivostok da Igreja Ortodoxa Russa, a primeira igreja ortodoxa do país. Tem clero residente e ofícios ao menos duas vezes por semana.[10]
Islamismo
Há
ao menos uma mesquita islâmica xiita no país, localizada no complexo da
embaixada do Irã em Pyongyang, perto das embaixadas romena e belga. Tendo sua
existência confirmada pelo especialista em satélites Curtis Melvin, o mesmo
acredita que a Coreia do Norte provavelmente seria o único país com uma
mesquita xiita, mas sem mesquitas sunitas.[11]
Referências
-Alton, David (2013). Building Bridges: Is
There Hope for North Korea?. [S.l.]: Lion Hudson. p. 79. ISBN 0745955983
-Chryssides, George; Geaves, Ron (2007). The
Study of Religion: An Introduction to Key Ideas and Methods. [S.l.]: Continuum
International Publishing Group. p. 110. ISBN 0826464491
-Association of Religion Data Archives: North
Korea: Religious Adherents, 2010. Data from the World Christian Database.
-Teixeira, Duda (31 de julho de 2017). «Veja -
Religião norte-coreana». Revista Veja. Consultado em 28 de março de 2018
-«Korean Buddhist Sculpture (5th–9th Century)».
The Metropolitan Musem (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2018
-«Buddhist leader gets North's South policy spot». Korea JoongAng Daily (em inglês). 5 de janeiro de 2008. Consultado em 12 de maio de 2018. Arquivado do original em 29 de junho de 2013
-Baker, Donald (2008). Korean Spirituality. [S.l.]: University of Hawaii Press. pp. 145–146. ISBN 0824832574
-Grant, Jessica. «Você sabia que Pyongyang já
foi a Jerusalém do Leste?». Caminhos da missão. Consultado em 21 de abril de
2018
-Corfield, Justin (2014). Historical Dictionary
of Pyongyang (em inglês). [S.l.]: Anthem Press. pp. 37–38. Consultado em 12 de
maio de 2018
-«Orthodox Church of the Live-Giving Trinity in
Pyongyang». Embassy of Russia to the DPRK (em inglês). Consultado em 12 de maio
de 2018
-O'Carroll, Chad (22 de janeiro de 2013). «Iran Build's Pyongyang's First Mosque». NK News (em inglês). Consultado
Fonte: Wikipedia
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