Logo que Jesus começou a pregar o Evangelho, ele convidou 12 homens para ajudá-lo e acompanhá-lo em seu ministério. Foram homens que passaram a ter intimidade com Jesus e o conhecer, mais de perto, sua verdadeira missão. De acordo com o Missionário Redentorista, Pe. Walmir Garcia, os apóstolos foram os primeiros discípulos que Jesus reuniu para ajudar na missão de evangelizar. “Jesus não querendo estar sozinho Ele reuniu 12 homens que pudessem ajuda-lo nessa missão e, depois de sua morte e ressurreição pudessem prosseguir com a pregação do evangelho”, explica. A seleção dos Doze foi de grande responsabilidade. “Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também, o nome de apóstolo” (Lucas 6,12-13). A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica elitizada, por ser Cafarnaum parte do estado judaico, mas rotulada, em realidade, como “Galileia dos gentios”. O próprio Jesus disse: “Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno!” (Mt 11,23). Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-vozes capazes de transmitir com clareza a fé cristã! O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do Senhorio de Jesus em suas vidas. Nenhum dos escritores dos Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze. Dão-nos, contudo, minúsculas pistas que nos ajudam a fazer “conjeturas razoáveis” sobre como pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente menosprezado em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua juventude. Se levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e quarto quartéis do século, e que João adentrou o segundo século, então eles devem ter sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de seguir a Cristo. Eles acompanharam Jesus durante toda sua jornada na Terra e foram chamados para pregar o Evangelho em todo mundo. Após a morte e Ressurreição de Jesus, os Apóstolos se tornaram os líderes da igreja primitiva, ensinando o que tinham aprendido com Jesus e criando uma base sólida para o crescimento da igreja, com testemunhos prodigiosos acompanhando suas pregações. Hoje, toda a igreja é chamada apostólica, já que carrega consigo o ensino e a missão de levar o Pai, Filho e Espírito Santo ao mundo inteiro.
Efésios 2, 19-21: "Portanto, não sois mais estrangeiros, nem
imigrantes; pelo contrário, sois concidadãos dos santos e membros da família de
Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o
próprio Cristo Jesus a principal pedra angular desse alicerce. Nele, o edifício
inteiro, bem ajustado, cresce para ser um templo santo no Senhor..."
São estes os apóstolos escolhidos por jesus:
1.Simão
Pedro: Conhecido por sua personalidade impulsiva, Pedro era um pescador que se
tornou o líder dos apóstolos. Jesus o chamou de “a pedra” sobre a qual Ele
construiria sua igreja (cf. Mateus 16,18).
2. André: Irmão de Pedro - André também, era
pescador, e foi o primeiro a seguir Jesus. Foi André quem trouxe Pedro para Jesus (cf.
3. Tiago (maior) filho de Zebedeu e irmão de João evangelista - Tiago foi chamado por Jesus para se tornar um dos apóstolos. Ele
foi um dos três discípulos mais próximos de Jesus (Pedro, Tiago e João), e esteve presente em eventos
especiais, como na transfiguração de Jesus.
4. João evangelista - Irmão de Tiago maior - João era conhecido
como “o discípulo amado” e também esteve entre os mais próximos de Jesus. Ele é
autor de um dos evangelhos do Novo Testamento.
5. Filipe: Filipe foi chamado por Jesus
enquanto estava na Galileia. Ele desempenhou um papel importante ao
apresentar Jesus a outro apóstolo, Natanael (ou Bartolomeu - cf.
6. Bartolomeu (Também conhecido como
Natanael) - Bartolomeu foi chamado por Filipe para seguir Jesus (cf.
7. Mateus: Anteriormente conhecido como
Levi - Mateus era um cobrador de impostos. Jesus o chamou para segui-lo, e ele
se tornou um dos apóstolos. Mateus é autor de um dos 4 evangelhos.
8. Tomé: Conhecido como “Dídimo” ou
“Gêmeo” - Tomé é famoso por duvidar da ressurreição de Jesus até que ele o viu
pessoalmente e se rende proclamando: Meu Senhor e meu Deus!
9. Tiago, filho de Alfeu: Às vezes chamado
de “Tiago, o Menor” - para distingui-lo de Tiago maior filho de Zebedeu. Ele é
mencionado como um dos Doze Apóstolos, mas pouco se sabe sobre sua vida.
10. Simão, o Zelote: Pouco se sabe sobre Simão, além do fato de que ele foi chamado de “o Zelote”, possivelmente indicando que ele pertencia ao grupo radical dos zelotes. Provavelmente "Zelote", por ser um ardoroso defensor dos costumes judaicos, tinha o desejo de retirar o Império Romano do poder em Israel a qualquer custo para reconquistar o poder e a autonomia política de Jerusalém. Esse zelo pelas coisas sagradas e pelo templo se confundia com um espírito de combate e vingança que guardava dentro de si. Mas a partir do encontro com Cristo, seu coração e seus pensamentos mudaram ao entender que o Salvador veio ao mundo não apenas para uma libertação política, mas a verdadeira liberdade dos filhos de Deus. As palavras e principalmente as atitudes de Jesus tocaram a alma de Simão que ao invés da violência passou a usar a força misericórdia e do anúncio do Evangelho de Cristo, se tornando testemunha da Ressurreição e de seus ensinamentos. Recebendo o Espírito Santo junto aos demais apóstolos (At 2), Simão iniciou suas missões pelo Egito, Mauritânia, Líbia, Numidia, Cirenia e Abjásia, sendo instrumento de Deus para a conversão de numerosos pagãos na costa nordeste do Mar Negro. Assim como os outros apóstolos, Simão também percorreu os caminhos do Evangelho sem mala, sem dinheiro, pregando o reino dos Céus; curou os enfermos, ressuscitou os mortos, limpou os leprosos, expulsou os espíritos maus; zeloso desde jovem das tradições hebraicas, e agora zeloso e humilde servo do Senhor. Judas Tadeu e Simão Zelota foram martirizados a golpes de bastões, machados e lanças a mando de sacerdotes da religião persa. Isso terá ocorrido no dia 28 de outubro do ano 70. Foi Santa Brígida da Suécia (1303-1373) que propagou a devoção a São Judas Tadeu como santo das causas perdidas, desesperadas e difíceis de serem resolvidas.
11. Judas Tadeu: Também chamado de “Lebeu” ou “Tadeu” - A tradição católica considera também, que este apóstolo era filho de Alfeu, irmão de Tiago menor e primo do Senhor Jesus Cristo. Ele é mencionado brevemente no Novo Testamento. A Carta que São Judas escreveu faz parte dos livros canônicos e está na Bíblia. Seu conteúdo é uma severa advertência contra os falsos mestres e também, um fraterno convite endereçado a todos os corações de boa vontade para seguirem perseverantes os ensinamentos Divinos, mantendo a pureza da fé. Foi escrita com a finalidade de combater as heresias que proliferavam naquela época. Fazendo uma apreciação da Missiva do Apóstolo, Origines afirmou: “São Judas escreveu uma carta em poucas linhas, mas repleta de coisas vigorosas. É comparada aos escritos de um Profeta. O estilo é vivo, claro e cheio de imagens. Os pensamentos admiravelmente coordenados. A época em que a carta foi escrita, deve ter sido no ano 66 ou 67, e o local, em Alexandria ou Jerusalém”. Merece realce os versículos 22 e 23, nos quais o Apóstolo propõe aos fieis, uma série de iniciativas objetivando a elaboração de um programa de vida cristã, com o cultivo da fé, disponibilidade para oração, ajuda fraterna e mútua entre as pessoas, sobretudo, o exercício de uma imensa confiança na misericórdia de JESUS.
12. Judas Iscariotes: Infelizmente, Judas
Iscariotes é lembrado por trair Jesus, entregando-o às autoridades. Após sua
traição, ele provavelmente se arrependeu, não se perdoou, e se enforcou. Muito se especula sobre o nome JUDAS ISCARIOTES.
*São Matias, o apóstolo que ficou no lugar de Judas Iscariotes - Matias, o apóstolo “póstumo”. É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor. Alguns teólogos se referem à ele como o décimo terceiro apóstolo, pois foi eleito para ocupar esse posto, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia. A eleição dos onze apóstolos deu-se dias depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo e assim foi descrita: “Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo”. O salmo 109 ordena “Que outro receba seu cargo”. ‘Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus’”. (At 1, 21-26) - As outras informações existentes sobre Matias fazem parte das tradições e dos escritos da época. Esses registros, entretanto, são apenas fragmentos com algumas citações e frases, que foram recuperadas e, segundo alguns estudiosos, são de sua autoria. De fato, existe uma certa confusão entre os apóstolos Matias e Mateus em alguns escritos antigos. Segundo a tradição Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus. Há registros de que santa Helena, mãe do imperador Constantino, o Grande, mandou trasladar as relíquias de são Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas se encontra na antiqüíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro. São Matias era comemorado no dia 24 de fevereiro, mas atualmente sua festa ocorre no dia 14 de maio.
De
Compostela a Salerno, de Roma a Éfeso. Você sabe onde os 12 Apóstolos estão
enterrados?
Onde estão seus túmulos e relíquias? Um artigo de ‘National Catholic Register’ informou sobre os lugares onde, com maior certeza e baseando-se em pesquisas atualizadas por arqueólogos, estariam os túmulos dos 12 apóstolos. os lugares dos restos mortais e das relíquias dos apóstolos estão espalhados por todo o mundo - muitos na Itália. Na verdade, a dispersão dos apóstolos deu origem a muitas tradições e estudos para reconstruir a história de seus vestígios. A lista dos 12 Apóstolos é relatada quatro vezes, nos Evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos, Lucas) e no livro de Atos dos Apóstolos. Na disposição dos quatro elencos existem variações. O nome de Pedro é posto em primeiro e o de Judas por último. O apóstolo Simão se distingue do homônimo Simão Pedro, no Evangelho de Mateus, com o nome de Cananeu. Esta denominação deriva da palavra aramaica "qanana", traduzida do grego "cananoios" e quer dizer zeloso, ou seja, zelote, e não significa que ele pertencia ao partido dos zelotes, fariseus que se opunham ao domínio dos romanos até com as armas. Os apóstolos pertenciam à classe social que pode ser comparada ao nosso pequeno comerciante ou funcionários público modesto (não eram pobres materialmente), suas condições de vida permitiam que se abstivessem de trabalhar, mesmo por vários dias seguidos. O início dos Atos dos Apóstolos fala de onze apóstolos, isto é: Pedro e João, Tiago Maior e André, Filipe e Tomé, Bartolomeo e Mateus, Tiago Menor e Simão o Zelote e Judas Tadeu.Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. (Atos dos Apóstolos, 1-13). Comparado ao Evangelho de Lucas, não há Judas Iscariotes que morreu após ter traído Jesus; após a ascensão de Jesus, um décimo segundo apóstolo, Matias, foi integrado por sorteio por iniciativa de Pedro (cf. Atos 1, 21-26).
A lista abaixo identifica o lugar onde os santos estão sepultados,
segundo a tradição, a qual tornou-se portanto, um destino para os fiéis
1. São
Pedro - Basílica de São Pedro (Cidade do Vaticano, Roma) - Itália
O
cemitério do discípulo que Jesus indicou como o mestre dos outros apóstolos e
como a "pedra" sobre a qual a Igreja seria fundada, como é conhecido,
é a Basílica de São Pedro no Vaticano em Roma, o templo principal do
Cristianismo. A basílica foi construída sobre o que a tradição cristã
identifica como o local do sepultamento de São Pedro (o apóstolo teria sofrido
o martírio sob o imperador Nero, crucificado de cabeça para baixo por sua
própria vontade), embora nem todos concordem com esta versão. O atual templo
foi construído a partir de 1506 sob o pontificado de Júlio II e durou décadas
(foi concluído em 1626, ano da consagração de Urbano VIII) e abriga obras
extraordinárias de arte, começando com a Pietà de Michelangelo. O que é
identificado como o túmulo do primeiro papa está localizado nas Grutas do
Vaticano.
2. Santo André - Basílica de Santo André (Patras) - Grécia
Os chamados "primeiros chamados" (Santo André e Pedro, seu irmão, foram de fato, juntos, os primeiros apóstolos chamados por Cristo), segundo a tradição, sofreu o martírio sob Nero, poucos anos antes de Pedro, e também por crucificação (na famosa cruz em forma de X, por esta razão também conhecida como a "cruz de Santo André"). O martírio aconteceu em Patras, no sudoeste da Grécia.
A história das relíquias de Santo André é particularmente
conturbada: o crânio foi trazido de Roma para a basílica de Patras (na foto acima) em
1964. No mesmo ano a mandíbula, até então mantida em Pienza, no Val d'Orcia
(Itália), também foi enviada para Patras, enquanto algumas partes da cruz
chegaram em 1980. Outras relíquias são encontradas espalhadas em diferentes
partes do mundo, como na Catedral de Sarzana (Liguria, Itália), cidade cujo
padroeiro é Santo André. Até a igreja de São Francisco em Città di Castello
(Umbria, Itália) conservaria um fragmento de osso.
3. São
Tiago Maior - Basílica de São Tiago de Compostela (Santiago de Compostela) -
Espanha
Depois
da Basílica de São Pedro, é talvez o templo mais famoso dedicado a um apóstolo:
segundo a tradição, após o martírio sofrido pela decapitação e que ocorreu em
Jerusalém sob o reinado de Herodes Agripa (assim dizem os Atos dos Apóstolos),
o corpo de Tiago de Zebedeu (chamado de "Maior" para distingui-lo do
outro Tiago, o apóstolo de Jesus) teria sido trazido pelos discípulos para a
Galícia, e seus restos mortais milagrosamente descobertos no século IX após a
visão de uma estrela (daí o topônimo Compostela, do campus stellae, "campo
da estrela"). Foi assim construída uma primeira igreja no final do século,
mas o templo atual data de um período posterior: a construção iniciou-se no
século XI e o edifício, em estilo românico-gótico, foi consagrado em 1211. A
fachada caracterizada por uma exuberante riqueza decorativa, denominada fachada
do Obradoiro, remonta ao século XVIII e foi construída entre 1738 e 1750 por projeto
do arquiteto Fernando de Casas. Dentro da basílica, durante séculos, é ponto de
chegada do Caminho de Santiago (a peregrinação que é feita para reverenciar o
santo), inúmeras obras de arte estão preservadas. A tumba contendo seus restos
mortais teria sido descoberta no ano 830 pelo anacoreta Pelágio após uma visão
luminosa. O bispo Teodomiro, avisado deste prodígio, chegou ao local e
descobriu os restos mortais do apóstolo. Depois deste acontecimento milagroso,
o local foi denominado campus stellae ("campo da estrela"), de onde
deriva o nome atual de Santiago de Compostela, capital da Galiza.
4. São João evangelista - Basílica de São João (Éfeso) - Turquia
Segundo
a tradição cristã, São João, apóstolo e evangelista, foi o único dos doze a
morrer de causas naturais: seu desaparecimento remonta aos anos do imperador
Trajano e teria ocorrido em Éfeso, na Ásia Menor. Na cidade, no século IV, foi
construído um primeiro templo dedicado a ele, que já duzentos anos depois se
encontrava em estado de abandono. Assim, no século VI, o imperador Justiniano
mandou construir uma nova e imponente basílica dedicada ao santo: do edifício,
porém, hoje só restam ruínas (o local foi de fato completamente abandonado
depois que a cidade caiu nas mãos dos turcos), e o mais jovem entre os apóstolos
de Jesus hoje não tem destino de peregrinação (no passado Éfeso, pelo menos até
a conquista otomana, era destino de frequentes viagens dos fiéis). Não há
vestígios do corpo do santo.
5. São Filipe – Martírio em Hierápolis (atual Pamukkale) - Turquia
São
Filipe teria conduzido sua obra de pregação em Hierápolis, na Frígia, um lugar
onde teria sofrido o martírio, também por crucificação (entretanto, a tradição
diz que ele foi pregado em uma árvore e não em uma cruz). A antiga cidade, hoje
um dos sítios arqueológicos mais visitados da Turquia, viu a presença de um
mártir (ou uma basílica bizantina dedicada a um mártir) de São Filipe: as
ruínas do edifício foram descobertas em 2011 por uma equipe de arqueólogos da
Universidade de Lecce, que com base nas inscrições encontradas no local
encontrou o que se acreditava ser o túmulo de São Filipe. As relíquias de São
Filipe são veneradas na Basílica dos Doze Apóstolos em Roma, para onde foram
levadas em tempos remotos. A Basílica foi construída para conservar seus restos
e depois passou a ser dedicada aos Doze Apóstolos. O edifício está localizado
na praça do mesmo nome, junto ao Palácio Colonna, muito perto da centralíssima
Piazza Venezia.
6. São Bartolomeu - Basílica de San Bartolomeu (Benevento,
Campania) - Itália
Diz a
tradição que as relíquias de São Bartolomeu, que sofreu o martírio esfolado
vivo em um lugar indeterminado no Oriente Médio, apareceram no século VI em
Lipari (Sicilia) e de alguma forma chegaram a Benevento, onde foram atestadas
cerca de trezentos anos depois. Em 983, o imperador Oto II da Saxônia pediu as
relíquias do santo, mas os habitantes da cidade deram-lhe relíquias falsas, que
mais tarde foram colocadas na basílica de San Bartolomeo all'Isola, em Roma. O
que realmente aconteceu, porém, não está muito claro, tanto que ainda hoje as
relíquias do santo são disputadas entre Benevento e Roma. A igreja de
Benevento, construída entre 1726 e 1729 no local de igrejas anteriores
destruídas várias vezes por eventos sísmicos, é a que tem origens mais antigas,
visto que o primeiro edifício foi construído no século IX.
7. São
Mateus - Catedral de Salerno (Salerno, Campania) - Itália
Até as
origens do culto a São Mateus se perdem na tradição: o santo apóstolo e
evangelista supostamente sofreu o martírio na Etiópia, morto por um assassino
durante uma missa. As relíquias de alguma forma teriam chegado à Lucania
(Basilicata) no século V: encontradas depois de alguns séculos por um monge
chamado Atanásio, notícias delas se perdem novamente até 954, ano em que as
relíquias foram encontradas, novamente na Lucania, e transportadas para
Salerno, onde são mantidas até hoje. Para ser mais preciso, os restos mortais
do santo encontram-se na cripta da Sé Catedral, construída a partir do século
XI e depois amplamente remodelada nos séculos seguintes. Todos os anos, a
Catedral de Salerno é palco de celebrações em homenagem ao santo, que também é
o padroeiro da cidade da Campania. Nem todos sabem que até o evangelista tem um
caminho próprio: é o Caminho de San Matteo que serpenteia ao longo da costa de
Cilento e segue o itinerário que segundo a tradição as suas relíquias teriam
feito depois da descoberta na Lucania e da transferência a Salerno.
8. São Tomé - Basílica de San Tomé Apostolo (Ortona, Abruzzo) -
Itália
San Tomé,
o apóstolo conhecido por não ter acreditado na ressurreição de Jesus e por
querer uma prova tangível, segundo a tradição, repousa na Basílica de São Tomé
Apostolo em Ortona, Abruzzo, um templo construído no século XII, mas totalmente
reconstruído no Século 20, após os danos sofridos durante a segunda guerra
mundial. O santo teria sido morto durante sua pregação na Índia, e após o seu
martírio duas versões existem: uma diz que as relíquias teriam sido roubadas
por alguns habitantes de Ortona, em 1258, da ilha grega de Chio, onde se
encontravam na época; outra afirma que algumas relíquias são mantidas em
Chennai, na Índia, onde existe uma basílica cristã dedicada a São Tomé.
9. São Tiago Menor - Basílica dos Santos Apóstolos (Roma) - Itália
Tiago
de Alfeu, conhecido como Tiago Menor para distingui-lo de São Tiago venerado em
Santiago de Compostela, é outro dos casos de relíquias em disputa. De fato, a
tradição católica quer que ele seja enterrado na Basílica dos Santos Apóstolos
em Roma, enquanto que, de acordo com a tradição da Igreja Apostólica Armênia, o
corpo do santo repousa na Catedral de San Giacomo em Jerusalém. Além disso, a
tradição católica diz que na basílica romana, além dos restos mortais de Tiago
o Menor, também existem algumas relíquias de São Filipe. A Basílica dei Santi
Apostoli, uma das mais belas igrejas de Roma, destaca-se pelo longo pórtico do
século XV que antecede a fachada neoclássica projetada por Giuseppe Valadier.
Dentro do prédio é possível encontrar obras de grandes artistas como Antonio
Canova, Antoniazzo Romano, Giovanni Battista Gaulli, Sebastiano Ricci.
10. e 11.
São Simão Zelota (Cananeu) e São Judas Tadeu - Basílica de São Pedro (Cidade do
Vaticano, Roma) - Itália
Segundo
a tradição, os dois santos se encontraram, depois de algum tempo, na Pérsia
(atual Irã), onde teriam realizado juntos sua obra de evangelização. Ambos
foram martirizados por apedrejamento (e Judas Tadeu teria sido finalizado com
um machado ou uma lança, que mais tarde se tornou seu atributo iconográfico) e
suas relíquias seriam mantidas na Basílica de São Pedro em Roma. No entanto,
também há quem diga que alguns fragmentos de seus corpos teriam sido levados
por um frade franciscano de Larciano, chamado Jacopo, que em 1438 estava em
Veneza, onde se atestam os restos mortais dos dois apóstolos na época: o frade
os teria trazido para a cidade e segundo a tradição hoje se encontram na igreja
de Sant'Agostino, em Abruzzo.
12. São
Matias - Basílica de Santa Giustina (Padova) - Itália
Como se
sabe, Matias foi o último dos apóstolos a ser chamado, a fim de
"substituir" Judas Iscariotes, culpado de ter traído Jesus, mas é
também o apóstolo sobre o qual a tradição é mais confusa: para além do episódio
da ligação (que recebeu na sequência de uma assembleia dos outros onze), pouco
se sabe sobre ele. Parece que ele foi martirizado por apedrejamento em
Jerusalém, e que suas relíquias teriam sido transportadas para Roma por Santa
Helena, a Imperatriz. Parte dessas relíquias foi então levada para a Abadia de
Santa Giustina em Pádua, onde ainda são encontradas hoje (mas outras seriam
mantidas na Abadia de San Mattia em Trier, Alemanha).
Fonte - https://www.ncregister.com/blog/where-are-the-12-apostles-now
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