Lula não trabalha para a pacificação e
continua jogando gasolina na fogueira
"Não haverá pacificação com Lula e suas falas sobre
o impeachment de Dilma são prova disso"
Por J.R. Guzzo
O presidente Lula, em um mês de casa, ainda
não foi capaz de produzir ou propor uma única ação útil em seu governo, mas
continua plenamente empenhado em levar adiante a guerra que declarou contra
todo o Brasil que não se ajoelha diante dele. Sua ideia fixa, no momento, é
construir pela repetição e arrogância uma mentira oficial, com carimbo da
presidência da República, para falsificar a história do Brasil – o disparate de
dizer que a ex-presidente Dilma Roussef foi demitida do poder por um “golpe de
Estado”. É uma decisão bem pensada, consciente e deliberada de se comportar de
maneira desonesta; não foi um deslize de linguagem, ou uma distração. Lula
falou em golpe pelo menos três vezes, inclusive em viagem oficial ao exterior;
na última menção, aliás, fez questão de citar o “golpista Michel Temer” – o
que, além de mentira, é um insulto grosseiro e gratuito a um homem que nunca
lhe fez mal nenhum.
Lula não quer paz; chegou à conclusão de que, não tendo nada de positivo a apresentar, nem agora e nem no futuro próximo, o mais lucrativo para ele é continuar fazendo discursos para construir inimigos artificiais e espalhar veneno em tudo o que fala. A alegação do golpe contra Dilma é demente! Dilma foi destituída da presidência por um processo absolutamente legal de impeachment, estritamente dentro do que estabelece a Constituição. Sua demissão foi aprovada pelos votos de 61 senadores, num total de 81, e 367 deputados num total de 513 – um placar de goleada histórica. O processo levou nove meses inteiros para ser concluído; a acusada pode exercer, ao longo deste tempo, todos os seus direitos de defesa.
O STF, em pessoa, fiscalizou cada passo do
impeachment. Como um presidente da República pode chamar isso de “golpe de
Estado”? É 100% irresponsável!
A mentira oficial de Lula vai ainda adiante. Ele sustenta a enormidade segundo a qual as maravilhas do seu governo e do tenebroso governo Dilma foram “destruídas” por Michel Temer. Estamos, aí, em plena insânia. Lula-Dilma, para ficar só no grosso, deixaram o Brasil com a maior recessão de toda a sua história econômica, com mais de 5% de recuo, 14 milhões de desempregados, juros recorde. Temer, em pouco mais de dois anos, consertou tudo isso; é o que mostram os fatos, e esses fatos mostram o contrário do que Lula diz. Mais: se Temer é golpista, como garante o atual presidente da República, então o seu governo terá sido ilegal, e todas as decisões que tomou também são ilegais.
Que tal, nesse caso, que Lula exija a demissão do ministro Alexandre de Moraes, do STF? Ele foi nomeado pelo ”golpista” Michel Temer. Onde está a coragem que exibe no discursório?
É
extraordinário que o governo Lula tenha dois – não um, dois – órgãos oficiais
diferentes para combater a “desinformação” e as “fake news” tão amaldiçoadas
pela esquerda, na Advocacia-Geral da União e no seu Ministério da Propaganda, a
“Secom”. O que vão fazer esses vigilantes da verdade, agora, diante da brutal
violação dos fatos pelo presidente da República? Dizer que houve um “golpe”
contra Dilma é mais do que praticar “desinformação” – é uma agressão comprovada
à verdade mais elementar. Quais as sanções que serão tomadas? A esquerda, mais
uma vez, veio com uma tentativa de explicação perfeitamente hipócrita para as
mentiras de Lula: disse que ele “pretendeu dizer” que tinha havido “um golpe
dentro da Constituição”. É uma desculpa safada. Se quisesse mesmo dizer isso,
Lula teria dito; se não disse, é porque não quis, e fez questão de falar em
golpe e acusar de golpe um homem que fez um governo 1.500 vezes melhor do que o
seu. O que o presidente quer é confronto. Não tem outra coisa a apresentar.
Fonte:https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/nao-havera-pacificacao-com-lula-e-suas-falas-sobre-o-impeachment-sao-prova-disso/
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